Estudo aponta redução nas remunerações variáveis nos seguros

  • ECO Seguros
  • 3 Abril 2023

Redução nas remunerações variáveis, mas os salários fixos mantêm-se estáveis no setor segurador. São conclusões do estudo salarial da Page Executive Portugal de funções de direção e RH.

A Page Executive Portugal, marca do Page Group, dedicada ao recrutamento de executivos, revela as conclusões do seu estudo salarial sobre as principais funções de direção e as tendências de recrutamento de quadros em Portugal.

Do ponto de vista salarial, no setor segurador, “observa-se uma redução nas remunerações variáveis, mas os salários fixos mantêm-se estáveis”. “Como referência”, escreve a Page Executive, “nas empresas com um volume de negócios superior a 250 milhões de euros, para a função de CEO, a remuneração fixa situa-se a partir de 195 mil euros e variável entre 15-35%”.

“Uma organização cujo propósito se baseie em colocar as pessoas no centro da sua estratégia, procurando flexibilizar e acomodar diferentes culturas, referências e valores, será encarada como um empregador mais atrativo no mercado de trabalho”, afirma José Peixoto, Principal, Page Executive Portugal.

O estudo conclui ainda que “embora sejam setores com um padrão mais conservador, os executivos seguradores e bancários valorizam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, demonstrando um grande interesse em opções de trabalho flexíveis e boas oportunidades para o desenvolvimento de carreira”.

Banking & Insurance “são mercados estáveis, sustentados por uma profunda alteração em resposta à era digital e mantendo a sua competitividade na forma exímia com que se relacionam com os seus clientes”.

De acordo com o estudo, “uma das principais tendências é a diversificação para as atividades e negócios não tradicionais, o que tem aumentado a atração de talento e perfis mais transversais”.

A necessidade de digitalização e inovação obrigam as instituições financeiras a procurar profissionais que ofereçam “conhecimentos técnicos aliados a uma clara orientação para o mundo digital”. Aposta-se num ambiente de trabalho dinâmico, em planos de carreira bem definidos, na mobilidade interna e noutras políticas que promovam a retenção de talento”.

O estudo conclui ainda que a crescente preocupação com a segurança do emprego é transversal aos vários setores. Os profissionais de direção valorizam a estabilidade salarial, mas também benefícios complementares ao salário fixo e variável, como bónus de saída e bónus garantidos que minimizam o efeito da incerteza. Entre os benefícios mais comuns, surgem ainda o automóvel (incluindo combustível, portagens, estacionamento, manutenção), seguros de vida, de saúde e regalias associadas à saúde e bem-estar (tais como ginásio e atividades desportivas), além de subsídios destinados à educação dos filhos, formação, habitação, férias e alimentação. No pacote remunerativo é também valorizado o “salário emocional“, associado a fatores como a flexibilidade, diversidade, inclusão e responsabilidade social corporativa.

José Peixoto, Principal, Page Executive Portugal, declara: “uma organização cujo propósito se baseie em colocar as pessoas no centro da sua estratégia, procurando flexibilizar e acomodar diferentes culturas, referências e valores, será encarada como um empregador mais atrativo no mercado de trabalho. A longo prazo, as empresas que consigam atrair e reter os melhores talentos irão alcançar certamente um melhor posicionamento relativamente aos seus concorrentes. A remuneração — fixa e variável — em conjunto com os benefícios sociais e o salário emocional continuam a ser, atualmente, os fatores essenciais para a construção de uma equipa de excelência em termos de rendimento e motivação”.

 

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Multilateralismo marca presidência russa do Conselho de Segurança

  • Lusa
  • 3 Abril 2023

Rússia assumiu no início de abril a presidência mensal rotativa do Conselho de Segurança da ONU. Multilateralismo e violações dos acordos, que regulam a exportação de armas, na agenda.

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, estará este mês em Nova Iorque para presidir a dois debates sobre multilateralismo e Médio Oriente, no âmbito da presidência russa do Conselho de Segurança da ONU, anunciaram sta segunda-feira fontes oficiais.

A Rússia assumiu no início de abril a presidência mensal rotativa do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), tendo anunciado dois eventos durante a sua liderança: um debate aberto dedicado ao tema “Riscos derivados de violações dos acordos que regulam a exportação de armas e equipamentos militares”; e um debate de nível ministerial, presidido por Lavrov, sob o título “Multilateralismo eficaz através da defesa dos princípios da Carta da ONU”, que contará com um briefing do secretário-geral da organização, António Guterres.

A par de participar no debate sobre o multilateralismo, agendado para 24 de abril, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo vai presidir ao debate trimestral sobre a situação no Médio Oriente, com foco na questão da Palestina, no dia 25. O programa para o mês de abril foi apresentado esta segunda pelo embaixador russo junto à ONU, Vasily Nebenzya, que abordou as críticas que lhe foram dirigidas por países ocidentais por assumir a presidência rotativa do Conselho de Segurança.

“Alguns países pensam que podem decidir o funcionamento do Conselho de Segurança, mas não lhes cabe a eles decidir”, afirmou Nebenzya. O programa da presidência russa contará com vários eventos sobre o continente africano, com reuniões sobre o Mali, Saara Ocidental, Líbia ou República Democrática do Congo.

Além do debate trimestral sobre a situação no Médio Oriente, outros assuntos relacionados com essa região estão no programa deste mês, como reuniões sobre a situação no Iémen e sobre as questões políticas e humanitárias na Síria. Reuniões sobre a Missão de Verificação da ONU na Colômbia e sobre o Escritório Integrado da ONU no Haiti também foram agendadas pela Rússia.

No que diz respeito às questões europeias, haverá um briefing sobre o trabalho da Missão de Administração Interina das Nações Unidas no Kosovo (UNMIK). Sobre a Ucrânia, a Rússia está a planear realizar na quarta-feira uma reunião em formato ‘Fórmula Arria’ (reuniões informais com representantes da sociedade civil) subordinada ao tema “Crianças e conflito armado: crise ucraniana, retirada de crianças da zona de conflito”.

Esta reunião ocorre depois de o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, ter emitido em 17 de março um mandado de detenção para o Presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra na Ucrânia, pelo seu alegado envolvimento na deportação de crianças de territórios ucranianos ocupados para a Rússia.

A Rússia (um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança com poder de veto) assumiu este mês a presidência rotativa do órgão, que tem capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo. Nas últimas semanas, o representante permanente da Ucrânia junto das Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya, apelou publicamente à organização para que não permitisse a presidência russa.

Na noite da invasão [russa da Ucrânia], [o secretário-geral da ONU] António Guterres classificou-o de ‘o dia mais triste do seu mandato’; na verdade, o dia mais triste da história da ONU será o 1 de abril de 2023, quando, a menos que a justiça prevaleça, a Rússia assumir a presidência do Conselho de Segurança”, disse recentemente Kyslytsya na rede social Twitter.

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Finanças já receberam mais de 727 mil declarações de IRS

Os contribuintes portugueses já submeteram mais de 727 mil declarações de IRS este ano, segundo o balanço divulgado esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças.

Os contribuintes portugueses já submeteram mais de 727 mil declarações de IRS este ano, segundo o balanço divulgado esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças. Campanha começou à meia-noite de sábado, dia 1 de abril.

“Até às 18h30 do dia de hoje [segunda-feira, 3 de abril] já foram entregues pelos contribuintes 727.143 declarações de IRS. Deste total, 375.120 (51,5%) foram submetidas através do IRS Automático e 352.023 através de entrega manual. Até ao final primeiro dia da campanha já tinham sido entregues 418.200 declarações, correspondendo 54% ao IRS Automático”, informa a tutela liderada por Fernando Medina.

Tal como o ECO tinha adiantado, até ao final desta manhã já tinham sido entregues mais de meio milhão de declarações.

O Ministério das Finanças indica ainda que “os constrangimentos verificados relativamente ao reporte de rendimentos pagos pela Segurança Social“, nomeadamente no que diz respeito aos pensionistas, “estão sanados e o sistema de liquidação do IRS já reflete a totalidade desses rendimentos para os contribuintes em causa, estando pré-preenchidos corretamente com os valores das pensões auferidas em 2022. Assim, a campanha que se prolonga até 30 de junho, decorre “com normalidade”.

No sábado, deu-se início à campanha de IRS relativa aos rendimentos obtidos no ano passado. A declaração obrigatória permite à Autoridade Tributária calcular o montante exato da tributação dos rendimentos, dado que é um imposto progressivo — ou seja, só é possível calcular o IRS no final do ano, momento em que é feito o acerto face aos descontos que já tenham sido feitos ao longo de 2022.

Para quase um terço dos contribuintes, segundo o Ministério das Finanças, a entrega da declaração de IRS não exige mais do que carregar num botão. Trata-se da fração de contribuintes abrangidos pelo IRS Automático, calculada com base em dados do ano passado. Não obstante, a Autoridade Tributária disponibiliza também um atendimento presencial nos serviços de Finanças, “podendo o agendamento ser feito através do Portal das Finanças ou do Centro de Atendimentos Telefónico da AT (217 206 707)”, lê-se.

De acordo com a RTP, que a 1 de abril emitiu uma breve entrevista com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sobre a campanha de IRS, os reembolsos deverão ser pagos entre duas a três semanas depois da entrega da declaração. Geralmente, em anos anteriores, os primeiros pagamentos chegam às contas bancárias dos contribuintes na primeira quinzena do mês.

(Notícia em atualizada pela última vez às 19h49)

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Norte 2030 lança primeiro aviso de 15 milhões para cursos técnicos superiores profissionais

  • Lusa
  • 3 Abril 2023

"Estas candidaturas destinam-se a instituições do ensino superior público do Norte legalmente habilitadas para a oferta dos cursos TeSP", indica a CCDR.

O programa de fundos europeus Norte 2030 lançou esta segunda-feira o seu primeiro aviso, no caso um de 15 milhões de euros para Cursos TeSP (Técnicos Superiores Profissionais), anunciou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

Estas candidaturas destinam-se a instituições do ensino superior público do Norte legalmente habilitadas para a oferta dos cursos TeSP, ou seja, as instituições do Ensino Superior Politécnico e as unidades orgânicas do ensino superior politécnico integradas em instituições públicas de ensino superior universitário”, pode ler-se num comunicado hoje divulgado.

As candidaturas estão abertas até 2 de maio e “pretendem financiar Cursos TeSP cujos ciclos formativos tenham tido início nos anos letivos 2021/2022 e 2022/2023”, devendo estar “alinhados com a estratégia regional de especialização inteligente” para serem alvos de financiamento.

Em declarações à Lusa, o presidente da CCDR-Norte, António Cunha, reconheceu que “havia uma promessa” de lançar o aviso nos últimos dias de março, mas o prazo resvalou para o primeiro dia útil de abril. “É um setor onde a nossa formação tem de crescer muito”, disse António Cunha sobre os cursos TeSP, assinalando a “margem de crescimento” na formação que os jovens entre os 18 e os 24 anos podem ter.

Segundo a CCDR, “os Cursos TeSP têm como finalidade alargar a procura do ensino superior através da diversificação e da especialização da oferta formativa”, “possibilitar formação complementar e/ou regresso de ativos à formação num contexto de ensino superior”, “oferecer formação especializada com reconhecimento profissional, que garanta créditos para prosseguir estudos, embora sem atribuição de grau académico”, e “responder às necessidades gerais do mercado de trabalho”.

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Greve dos tripulantes da easyJet cancelou 220 voos, diz sindicato

  • Lusa
  • 3 Abril 2023

A greve dos tripulantes de cabine da easyJet cancelou 220 voos entre sábado e esta segunda-feira, adiantou fonte oficial do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil.

A greve dos tripulantes de cabine da easyJet cancelou 220 voos entre sábado e hoje, adiantou fonte oficial do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

Segundo a fonte, a transportadora aérea tinha programado 276 voos, tendo sido estipulados 52 voos a título de serviços mínimos. “Assim, nestes três dias foram cancelados 220 voos tendo sido efetuados apenas quatro voos. Estes quatro voos foram efetuados por chefias da easyJet que têm licença para voar”, destacou.

Segundo o SNPVAC, “excluindo estes quatro voos, em que a tripulação dos aviões é composta por chefias da easyJet com licença para voar, a greve teve uma adesão de 100%”.

Os tripulantes de cabine da easyJet em Portugal anunciaram, no dia 17 de março, uma greve para 1, 2 e 3 de abril, depois de um impasse nas negociações com a empresa, segundo um comunicado do SNPVAC.

Na sua fundamentação para avançar com a iniciativa, o sindicato recordou a recuperação do setor nos últimos anos, depois da pandemia, lembrando que em Portugal os tripulantes da easyJet “sempre tiveram uma postura séria de compreensão para as necessidades operacionais da empresa ao longo dos anos”, tendo votado “unanimemente quando a empresa pediu um auxílio, aceitando congelar as suas condições de trabalho por três anos”.

No entanto, indicou o SNPVAC, “durante a pandemia, a easyJet decidiu apoiar com top ups bem superiores aos de Portugal a alguns países como a Alemanha e UK [Reino Unido], que por sua vez já tinham apoios bem maiores do Estado”.

O sindicato apontou ainda que, “aquando da retoma da operação, a easyJet decidiu por si ajudar” os “colegas espanhóis com uma garantia mínima, quando os tripulantes em Portugal passaram dificuldades financeiras” e que “as bases e as rotas portuguesas estão entre as mais rentáveis na rede”.

“Devido à conjuntura económica, os trabalhadores da easyJet têm perdido poder de compra ao longo dos últimos três anos”, salientaram, destacando que “o aumento do custo de vida asfixia os trabalhadores e põe em causa o bem-estar e conforto das suas famílias”.

“Nos últimos dois anos, os tripulantes de cabine tiveram de lidar com experiências que ninguém previa, encontrando-se na linha da frente mesmo em períodos críticos”, disse ainda o SNPVAC, garantindo que “noutros países e bases onde a empresa não apresenta o mesmo nível de rentabilidade apresentado em Portugal, os colegas obtiveram aumentos significativos” e que “nesses países foram negociados acordos durante o verão, de maneira a proteger a estabilidade de horário dos trabalhadores”.

No comunicado, o SNPVAC defendeu que os tripulantes de cabine da easyJet “não podem continuar a permitir que a empresa adote uma postura de indiferença, quanto aos problemas da classe há muito identificados”, garantindo que se “gerou um clima de tensão e desagrado pelo longo impasse na resolução dos diversos diferendos laborais”.

Para o sindicato, “não é tolerável o impasse a que se chegou nas negociações do AE/CLA em curso, as quais se podem prolongar indefinidamente no tempo”, assegurando que os profissionais em Portugal “desejam ver a sua lealdade e produtividade mostradas para com a empresa reconhecidas”.

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CP lança consulta prévia para novo concessionário dos bares dos comboios

  • Lusa
  • 3 Abril 2023

A empresa espera que, "no prazo de duas a três semanas, o serviço de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades seja retomado" e a situação laboral seja regularizada.

A CP-Comboios de Portugal anunciou que lançou esta segunda-feira uma consulta prévia para escolher um novo concessionário para os comboios de longo curso, depois da resolução do contrato com a Apeadeiro 2020, segundo um comunicado.

A operadora recordou, no comunicado, que “procedeu à resolução do contrato para a prestação de serviços de exploração de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades que detinha com a empresa Apeadeiro 2020”.

Por isso, “a CP avançou hoje com uma consulta prévia, convidando várias entidades para apresentarem propostas, com o objetivo de celebrar um novo contrato para a prestação de serviços de exploração de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades ao serviço da CP”.

A transportadora referiu que, “no intuito de proteger os direitos dos trabalhadores da anterior concessionária, o caderno de encargos desta consulta prévia lançada hoje prevê, sem prejuízo do regime legal ou convencional aplicável e do eventual direito de regresso que lhe assista, que o novo adjudicatário pague aos respetivos trabalhadores quaisquer créditos laborais vencidos e não pagos pela Apeadeiro 2020”.

A operadora disse esperar que, “no prazo de duas a três semanas, o serviço de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades seja retomado e a situação laboral dos trabalhadores envolvidos seja regularizada”. A CP já tinha dito, em 17 de março, que tinha iniciado os procedimentos legais para lançar um novo concurso para o serviço de bares nos comboios de longo curso, depois de avançar com a resolução do contrato com a Apeadeiro 2020.

A empresa deixou de pagar salários, estando o serviço suspenso há algumas semanas nos bares dos comboios. Os trabalhadores estão em greve desde 1 de março e têm-se mantido em vigília nas estações de Campanhã, no Porto, e de Santa Apolónia, em Lisboa. Os trabalhadores pedem que os seus direitos, nomeadamente salários e contratos, fossem assegurados diretamente pela CP enquanto não houvesse um novo concessionário.

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Pensões vão ser pagas a 6 de abril

  • ECO
  • 3 Abril 2023

A Segurança Social decidiu antecipar o pagamento das pensões de velhice e do complemento solidário para idosos para 6 de abril.

A Segurança Social decidiu antecipar o pagamento das pensões de velhice e do complemento solidário para idosos para 6 de abril, indica a entidade numa nota publicada no site.

Por norma, o processamento das pensões ocorre no dia 8 de cada mês, sendo que quando calha no fim de semana, o pagamento é efetuado no dia útil seguinte. Contudo, desta vez a Segurança Social decidiu antecipar o pagamento, que será feito por transferência bancária ou por vale correio, em dois dias.

Assim, a maioria dos pensionistas deverá receber já na quinta-feira. À SIC, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social justificou a decisão com os feriados bancários do período da Páscoa e tendo como objetivo não prejudicar os pensionistas.

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Bónus dos traders de Wall Street regista maior queda desde 2008

No ano passado, cada corretor da Bolsa de Nova Iorque terá recebido cerca de 178 mil dólares em bónus, menos 26% face a 2021. Desde 2008 que não se registava uma correção tão expressiva.

Em 2022, a carteira dos corretores de Wall Street ficou menos cheia do que o costume. Segundo estimativas do agente fiscal de Nova Iorque Thomas P. DiNapoli, o valor médio do bónus recebido pelos traders de ações de Wall Street caiu para 176.700 dólares (cerca de 165,5 mil euros), menos 26% face aos 240.400 dólares pagos em 2021.

Trata-se da maior correção do bónus dos corretores de ações da Bolsa de Nova Iorque desde a crise financeira de 2008, após três anos de subidas, com destaque para o aumento de 28% em 2020 (a maior subida desde 2009).

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“O aumento das taxas de juro e o medo de uma recessão levaram a lucros significativamente menores em Wall Street, após um ano recorde em 2021″, refere DiNapoli em comunicado. Recorde-se que em 2022 o S&P 500 desvalorizou 14,5% (quando medido em euros) e o tecnológico Nasdaq quase 30%.

Como resultado do desempenho negativo das Bolsas no ano passado, o bónus dos corretores voltaram aos níveis pré-pandémicos, “o que significará um declínio nas receitas de imposto sobre o rendimento relacionadas, como previsto pelo estado de Nova Iorque e pela cidade.”

O mercado de capitais tem um peso significativo na economia nova-iorquina. Os dados do gabinete de DiNapoli revela que Wall Street tem um impacto significativo no emprego e na economia global da cidade, com a indústria a empregar mais de 190 mil pessoas em 2022, “o valor mais alto nível em mais de duas décadas”. DiNapoli estima que 1 em 11 empregos em Nova Iorque está direta ou indiretamente associado a Wall Street.

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Como o Dia das Mentiras é aproveitado pelas marcas

Anunciando produtos mais ou menos inusitados, lançando desafios ou promovendo passatempos, são várias as marcas que aproveitam o Dia das Mentiras para pontuar nas redes sociais.

A 1 de abril é o único dia em que as mentiras são “permitidas”. Entre sorrisos e eventuais sentimentos de vergonha por se ter sido enganado, o Dia das Mentiras é certamente uma oportunidade de pregar uma bela partida. Também as marcas aproveitam este dia para interagir com os seus consumidores e ganhar destaque nas redes sociais. E, quem sabe, para testar ideias de novos produtos ou serviços.

Este ano voltaram a ser várias as marcas que serviram pequenas mentiras aos seus seguidores nas redes sociais. Por exemplo a Dr. Bayard que anunciou o lançamento de uma embalagem de rebuçados premium de edição limitada com um novo sabor a… alho. Também a Bom Petisco fez uma publicação onde dava a conhecer a entrada em um novo segmento, o dos gelados. O novo produto seria rico em proteína, sem adição de açúcar, com sabor a… atum.

Gelados que brilham no escuro (Olá), um hambúrguer cheio de pickles (McDonald’s), uma manteiga em formato de stick (Mimosa), gelados com sabor a cerveja (Super Bock), um molho muito “Picantão” (Licor Beirão) ou sais de banho com cheiro a almôndegas (Ikea) foram outros dos “novos” produtos apresentados por marcas no Dia das Mentiras.

O grupo Portugália deu também esperança a muitos dos seus apreciadores com uma publicação a dizer que o seu molho ia passar a estar à venda nas principais superfícies comerciais, colocando-o à disposição de qualquer um. “1 de abril, obviamente. Malvados!”, lê-se num dos comentários à publicação no Facebook, acompanhado de emojis a rir.

Já o Lidl decidiu assinalar este Dia das Mentiras com o passatempo “Detetor de Tangas”, onde desafiou os utilizadores a identificar o amigo “tangas” e a contarem a maior mentira que este já lhes tenha dito. Os dez participantes mais criativos em cada uma das redes (Instagram e Facebook) habilitavam-se a ganhar uma tanga do Lidl e um vale de 20€ em compras nos supermercados da insígnia. ​

No que toca a supermercados, o E.Leclerc pode também ter surpreendido por um momento alguns dos utilizadores mais desatentos. A frase da publicação era bem chamativa: “Hoje é tudo de graça!”.

A TAP apostou antes numa publicação em formato vídeo, onde apresentou três afirmações relacionadas com aviões, duas verdadeiras e uma falsa, desafiando os utilizadores a adivinharem qual era a mentira.

Outras marcas optaram por publicações simples e diretas, como no caso da Bertrand que colocou uma imagem simples com a frase “Tenho livros a mais” e “1 de abril / Dia das Mentiras”. A publicação recolheu 465 reações, 22 comentários e 99 partilhas no Facebook, à data em que este texto foi escrito.

De uma forma mais institucional, também as forças de segurança aproveitaram o dia das mentiras para interagir com os seus seguidores e alertar para alguns problemas de segurança. A PSP chamou a atenção para as burlas e a necessidade de denúncia destes casos (mesmo que se tratem apenas de tentativas): “No Dia das Mentiras, não te esqueças da maior de todas, as Burlas!”.

Já a GNR, por sua vez, aproveitou o dia para alertar sobre as chamadas indevidas para os números de emergência. “A sua mentira pode colocar em espera muitas outras verdades”, lembra a Guarda Nacional Republicana.

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Alentejo alerta para risco de perder fundos comunitários com reorganização das NUTS

  • Lusa
  • 3 Abril 2023

A criação da NUTS II do Oeste e Vale do Tejo retira ao Alentejo os 11 concelhos da Lezíria do Tejo e os seus 240 mil habitantes, o que pode "significar a subida do PIB per capita acima dos 75%".

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo alertou esta segunda-feira para o risco de o território ser prejudicado no acesso a fundos comunitários, após 2030, com a reorganização administrativa já aprovada.

Em causa, indicou à agência Lusa António Ceia da Silva, está a criação da NUTS (sigla em inglês para as nomenclaturas de unidades territoriais para fins estatísticos) II do Oeste e Vale do Tejo, que retira ao Alentejo os 11 concelhos da Lezíria do Tejo. Segundo o responsável, a saída destes concelhos, com 240 mil habitantes, e a subida do produto interno bruto (PIB) regional, devido ao desenvolvimento de Sines, podem “significar a subida do PIB per capita acima dos 75%”.

“Se isso suceder, o Alentejo deixa de ser considerada região de convergência e passa a estar ao nível do Algarve ou de Lisboa e isso significa perder fundos e as taxas de comparticipação vão, obviamente, diminuir”, vincou. Assinalando que a situação, a ocorrer, “será no pós Portugal 2030 (PT2030)”, o presidente da CCDR do Alentejo apontou a necessidade de se fazerem “as contas sobre o que pode significar para [a NUTS II do] Alentejo perder 240 mil habitantes” dos 11 concelhos da Lezíria do Tejo.

“Acho que tem de ser estudado”, insistiu Ceia da Silva, escusando-se, no entanto, a apontar uma solução: “A mim não me compete arranjar soluções. Apenas chamei a atenção para este facto que deve ser analisado”, limitou-se a sublinhar.

Também a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, numa resposta a um requerimento do PSD sobre as alterações ao mapa das NUTS, no parlamento, há cerca de duas semanas, mostrou-se preocupada e assegurou que será encontrada uma solução. “É uma preocupação. Não ignoro, não escondo que é uma preocupação. Aliás, o próprio testemunho do presidente da CCDR do Alentejo não escondeu essa preocupação. Se o presidente da CCDR do Alentejo está preocupado, certamente que a ministra da Coesão Territorial não deixa de estar preocupada e atenta”, disse.

Ana Abrunhosa comprometeu-se, na altura, que, enquanto tiver este dossiê em mãos, haverá “uma preocupação de não prejudicar o Alentejo”, sublinhando que existem “muitos mecanismos para não prejudicar” a região. A ministra destacou, então, que a elegibilidade das regiões para o quadro que se seguirá ao PT2030 será feita com base nos dados relativos aos anos de 2020 a 2023 e apenas em 2025/2026 terá dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) para saber se existirá ou não “um problema com o Alentejo”.

As contas que eu tenho foram feitas com base nos dados apenas de 2021″ e “o PIB ‘per capita’ em paridade de poder de compra no Alentejo é de 70,5”, disse, salientando que, para já, “o problema não existe”. A designação das NUTS corresponde às unidades de referência do Eurostat, o Gabinete de Estatísticas da União Europeia, e a inclusão das regiões nos diferentes níveis condiciona o acesso a fundos comunitários.

A nova organização do país em NUTS, aprovada por Bruxelas, exigiu alterações ao regime jurídico das autarquias locais, das áreas metropolitanas e das comunidades intermunicipais para a criação de uma NUTS II e de uma Comunidade Intermunicipal (CIM) na Península de Setúbal e para que as CIM do Oeste, da Lezíria do Tejo e do Médio Tejo se constituíssem igualmente como NUTS II.

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TAP: Chega vai apresentar ação popular no Supremo Tribunal Administrativo

  • Lusa
  • 3 Abril 2023

O objetivo desta ação, que vai ser entregue "até ao final da semana", é "recuperar os valores ilegais que esta administração da TAP pagou" em indemnizações a gestores.

O presidente do Chega, André Ventura, anunciou esta segunda-feira que o partido vai apresentar uma ação popular contra o Estado junto do Supremo Tribunal Administrativo relativamente às indemnizações pagas pela TAP a trabalhadores.

O Chega levará o Governo à justiça e o Estado português à justiça com uma ação popular que daremos entrada para responsabilizar todos aqueles que, no caso da TAP, deixaram o país a pagar indemnizações absolutamente ilegais e imorais”, afirmou André Ventura.

Em conferência de imprensa, o presidente do Chega indicou que o seu partido vai “dar entrada com uma ação popular junto do Supremo Tribunal Administrativo nos termos do artigo 52, número 3, da Constituição, que prevê que algumas associações podem em alguns casos ir junto da justiça para assegurar a defesa dos bens do Estado quando eles estão em causa”.

O líder do Chega indicou também que o objetivo desta ação, que vai ser entregue “até ao final da semana”, é “recuperar os valores ilegais que esta administração da TAP pagou” e, “se necessário, responsabilizar o Governo e o Estado por erros de gestão, por má gestão e por cumplicidade danosa de gestão da TAP”.

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Chegou o “Dia D” na descentralização: municípios assumem competências na ação social

A partir desta segunda-feira todos os municípios passam a exercer competências na ação social, à exceção de Lisboa. Até agora só 144 em 277 tinham essa competência.

Muita tinta já correu no plano político no que toca à descentralização de competências na área da ação social com dois adiamentos num espaço de um ano. O “Dia D” chegou esta segunda-feira para as autarquias o fazerem obrigatoriamente, ainda que até 30 de março pouco mais de metade dos municípios – “144 num universo de 277 possíveis” – já o tenha feito voluntariamente, assegura ao ECO/Local Online a ministra da Coesão Territorial. Mesmo assim, falta “aprofundar” a descentralização nas áreas dos portos, estradas ou habitação, e “acelerar a assinatura de autos” na saúde, avança Ana Abrunhosa.

A governante já sabia, de antemão, que o dossier da transferência de competências na ação social não seria pera doce. “Antecipava-se que, entre as 22 áreas a descentralizar, a ação social fosse uma área particularmente sensível. Não só porque é uma peça-chave na arquitetura da descentralização e serve de âncora a várias outras áreas descentralizadas, mas também porque o momento em que acontece é de incerteza económica e de maior fragilidade do tecido social“, ressalva a ministra que tutela a pasta da descentralização de competências no país.

Ainda assim, Ana Abrunhosa contabiliza ao ECO que “144 municípios, num universo de 277 possíveis”, já tinham assumido “as competências até 30 de março”. Lisboa não entra neste bolo, porque na capital estas competências são exercidas pela Santa Casa da Misericórdia. Esta segunda-feira é uma data fulcral para todo este processo depois de muitos reparos e protestos em várias frentes, com a descentralização a tornar-se um dos temas quentes de 2022. Alguns autarcas receavam que a transferência de competências pusesse em risco os cofres municipais, mas o Governo acabou por acenar com um envelope financeiro que aplacou alguns receios.

“A partir de 3 de abril, a ação social junta-se às outras áreas, constituindo a 22ª área descentralizada desde que o processo de transferência de competências da Administração Central para os municípios se iniciou”, afirma a governante.

Até 30 de março já assumiram competências de ação social 144 municípios, num universo de 277 possíveis, já que Lisboa tem um estatuto diferente. Portanto, falamos de 52% de adesão antes mesmo do prazo terminar. A partir de 3 de abril, essa competência estará nas mãos dos restantes municípios.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão Territorial

Apesar de alguns percalços, Governo, autarquias e Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) chegaram a acordo e a ministra acredita que valeu o esforço ao ponto de já se verem resultados no terreno. “Graças a um papel muito ativo da ANMP, que nos apresentou propostas concretas, conseguimos chegar a um acordo que satisfez e acautelou os interesses dos municípios“, sustenta Ana Abrunhosa. Ainda assim, realça, “foi preciso alterar alguns dos pressupostos iniciais e assumir o impacto financeiro. Depois de reforçado, o financiamento desta área chegou aos 91,5 milhões de euros”.

A 3 de janeiro Governo e ANMP assinaram o acordo que prevê as alterações contempladas no diploma promulgado, a 29 de dezembro de 2022, pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa na transferência de competências da área social. O líder dos Autarcas Social Democratas (ASD), Hélder Silva, já na ocasião, em conversa com o ECO/Local Online, chamou a si mérito deste acordo. “Uma reivindicação dos ASD que, depois de muita luta e insistência, o Governo finalmente assumiu, frisou.

Este acordo contemplava um pacote de correções, como o reforço do envelope financeiro inicialmente previsto de cerca de 56 milhões de euros para 91,5 milhões de euros a transferir para os municípios. Ou seja, mais cerca de 35 milhões de euros do que o inicialmente previsto. Além da prorrogação do prazo limite, de 1 de janeiro para 3 de abril de 2023, para os municípios assumirem a competência da ação social. O que acontece esta segunda-feira.

A ministra refere ainda que este trabalho conjunto entre Governo, autarquias e ANMP, “ajudou a identificar problemas que até podiam ser resolvidos durante esta reforma”. Como foi o caso, elenca ao ECO, da criação de rácios para o número de processos a atribuir a cada técnico, para que não houvesse um acompanhamento social assimétrico entre os municípios. “E impedir casos, como encontrámos, de técnicos com centenas de processos em mãos. Isto permitiu também reforçar o quadro de pessoal nesta área, com pelo menos mais 380 profissionais”.

 

Questionada pelo ECO sobre a importância deste processo na área social, a ministra é perentória em assegurar que “descentralização é uma das mais importantes reformas para o país, porque quem está mais próximo das pessoas, do território e dos desafios, está em condições de decidir melhor, de forma mais célere e de garantir uma gestão mais eficaz”. Na prática, justifica, “gerir em proximidade é sempre uma garantia de melhor qualidade dos serviços prestados e de menor desperdício, permitindo quase sempre fazer mais e melhor”.

Gerir em proximidade é sempre uma garantia de melhor qualidade dos serviços prestados e de menor desperdício, permitindo quase sempre fazer mais e melhor.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão Territorial

A governante destaca ainda o mecanismo financeiro, criado pelo Governo, para suportar estas competências e até reforçar as verbas sempre que seja comprovadamente necessário. “Não porque os municípios gastem mais dinheiro, mas porque nalgumas áreas, a Administração Central investia pouco”, sustenta.

Ana Abrunhosa descreve, por isso, os feitos do Governo em matéria de descentralização de competências: “Criámos um programa de reconstrução e reabilitação de escolas e centros de saúde a custo zero para as autarquias, uma nova fórmula de cálculo para a manutenção das escolas transferidas, assumimos as despesas com os seguros de acidentes de trabalho e de medicina no trabalho dos trabalhadores transferidos”.

Criámos um programa de reconstrução e reabilitação de escolas e centros de saúde a custo zero para as autarquias, uma nova fórmula de cálculo para a manutenção das escolas transferidas, assumimos as despesas com os seguros de acidentes de trabalho e de medicina no trabalho dos trabalhadores transferidos.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão Territorial

Mas ainda há muito a fazer no que concerne à transferência de competências. “O trabalho de parceria que temos feito com a ANMP, entre as áreas governativas envolvidas e as autarquias, num espírito de constante aperfeiçoamento do processo de descentralização, vai continuar para que se cumpra o objetivo último desta reforma administrativa: aproximar as pessoas a um serviço público de qualidade, mais eficiente e mais escrutinado“. O que, clarifica, “implica concluir o processo em áreas que não têm tanta visibilidade pública, como os portos, as estradas ou a habitação, onde a descentralização deve ser aprofundada, ou acelerar a assinatura de autos nas áreas que o exigem, como é o caso da Saúde.

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