Da Nestlé para a Worten. Andreia Vaz é a nova head of brand e customer experience da marca da Sonae

Está escolhida a nova diretora de marca e comunicação da Worten, função em aberto desde o verão e que agora também agrega a área de CX. Ao +M, Andreia Vaz traça os objetivos para as novas funções.

 

Andreia Vaz, head of brand e CX da Worten, em entrevista ao ECO/+MHugo Amaral/ECO

Cerca de meio ano após a saída de António Fuzeta da Ponte para a Nos, a Worten tem uma nova diretora de marca e comunicação. Trata-se de Andreia Vaz, até aqui marketing & innovation director na Nespresso Portugal, e vai acumular também o pelouro de customer experience (CX), integrando as equipas de serviço ao cliente e CMI (consumer market intelligence) , avança a empresa ao +M.

“Quando a Worten me convidou para assumir este cargo, confesso que fiquei curiosa para perceber o que poderia eu acrescentar à Worten. Lançaram-me o duplo desafio de liderar a equipa de Marca e Comunicação e a área de Customer Experience, com o objetivo de fortalecer, mais ainda, a conexão e a proximidade da marca com os consumidores nestas duas vertentes. É uma posição desafiante para a qual tenho grandes expectativas. Estou entusiasmada por trabalhar com uma equipa que agora duplicou e a fortalecer a estratégia da Worten e impulsionar o crescimento da marca nos próximos anos”, diz a profissional ao +M.

Andreia Vaz explica que as áreas de marca e de customer experience já funcionavam de forma próxima e alinhada. “Este novo cargo vem, sobretudo, trazer uma visão mais global e ao mesmo tempo mais alinhada na comunicação com foco no cliente, permitindo uma maior sinergia na forma como a marca se posiciona no mercado, para que a experiência do cliente seja, cada vez mais, um reflexo contínuo da identidade da marca”, justifica.

Quanto aos maiores desafios nas novas funções, a profissional, que tem cerca de 25 anos de experiência em marketing de consumidor e inovação, começa por referir que “a Worten é uma marca líder no seu setor em Portugal, com uma estratégia de marca forte e muito bem definida, com resultados reconhecidos que se destacam no mercado“. “Embora já tenha estado no Grupo Sonae, na minha passagem pela Optimus, o retalho é um setor novo e um desafio do qual espero estar à altura. Espero poder trazer a minha experiência em inovação e que isso possa acrescentar mais à marca e à nossa forma de comunicar com o cliente”, resume.

Quanto a alterações na linha de comunicação, Andreia Vaz admite que possam surgir, mas não para já. “Primeiro há que conhecer bem a marca e a sua dinâmica”, diz. Depois, “como com qualquer boa estratégia, a linha de comunicação tem vindo a evoluir ao longo dos anos. O nosso objetivo passará sempre por reforçar a relação, a confiança e a proximidade com os consumidores, e agora vamos poder fazê-lo de forma mais integrada“.

A entrar na Worten, o primeiro passo será conhecer bem a marca e a sua dinâmica, conhecer e trabalhar com a sua nova equipa que também é nova na Worten e perceber os desafios e as oportunidades de cada área. “A partir daí, vamos trabalhar em conjunto para alinhar estratégias que reflitam a visão da marca”, resume.

Andreia Vaz começou a carreira na Media Capital, onde foi product manager da Mix FM e Cidade FM. Seguiu-se a experiência na Optimus (atual Nos) como advertising brand manager, de 2003 a 2007, e na Diageo, onde começa em Portugal, passa pelo trade marketing, brand management e innovationcommercialisation. Ruma então a Londres, para começar um percurso na Inovação começando pelo cargo de european senior innovation manager, passando mais tarde para a equipa global de inovação — Global Futures Team — como senior innovation manager.

Em 2015, ainda em Londres, foi convidada para se juntar à Merlin Entertainments (operador mundial de atrações de Location Based Entertainment) como global senior creative director, onde foi responsável a nível global pelo pipeline estratégico de criação de novos produtos e respetiva supervisão criativa nas atracões físicas de marcas como Legoland Discovery Centres, Madame Tussauds ou Sea Life Aquarium. Ainda na Merlin, assume mais tarde a posição de global brand marketing directorinnovation brands.

Ao regressar a Portugal, em 2020, junta-se à Nestlé Portugal como head of CMI, strategy and innovation e, mais tarde, assume o cargo de innovation & digital transformation diretor para a Nestlé Iberia. Em 2023, depois de ter sido mãe, regressou à Nestlé como marketing & innovation director da Nespresso Portugal.

A Worten foi, em outubro, a 10ª maior anunciante do país, de acordo com dados MediaMonitor.

 

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Dividendo do Novobanco tem efeito positivo “pontual” em 2025

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

Estado vai encaixar cerca de 300 milhões com dividendos do Novobanco após fim do CCA. Ministro das Finanças lembra que terá um efeito positivo "pontual" nas contas públicas de 2025.

O ministro das Finanças defendeu que a distribuição de dividendos no Novobanco em 2025, que permitirá um encaixe financeiro de 325 milhões de euros, será uma “boa notícia meramente pontual” no próximo ano.

“O mais importante é que se olhe para estes 300 a 325 milhões de euros [de distribuição de dividendos do Novobanco] como uma receita pontual que vai acontecer em 2025 e que não vai acontecer — ou pelo menos não nesta dimensão — nos próximos anos. Pode afetar o excedente [orçamental previsto] em 2025, mas aquilo que foi decidido pelo parlamento após a entrega do Orçamento durante a discussão na especialidade afeta as contas de 2025, e de todos os anos seguintes, em cerca de 400 milhões de euros”, explicou Joaquim Miranda Sarmento.

Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final de uma reunião do Ecofin, o governante rematou: “Esta boa notícia é uma boa notícia para o setor financeiro e para o país, mas também uma boa notícia para o Estado, é meramente pontual e não nos deve desviar daquilo que é a necessidade de manter as contas públicas equilibradas“.

A posição surge depois de, na segunda-feira, o Governo ter confirmado o fim antecipado do acordo de capitalização contingente (CCA) no banco, falando num “bom acordo” que permite “normalizar” a instituição financeira, reduzir os encargos do Estado e encaixar 400 milhões de euros.

“O Novobanco foi vendido em 2017 com um acordo de contingência de capital e esse acordo foi fechado no final da semana passada, com o acordo do Governo”, disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento

“É um acordo que permite […] normalizar a situação do banco – o banco, a partir desta semana, passa a ser um banco que opera em condições perfeitamente normais como a sua concorrência […] -; permite ao Estado português deixar de ter uma responsabilidade contingente relacionada com a garantia de cerca de 500 milhões de euros – portanto há 500 milhões de euros dos 3,9 mil milhões da garantia que sabemos que já não serão utilizados”, acrescentou.

O acordo permitirá ainda, segundo o ministro, “ao Estado português ter um ganho financeiro de cerca de 400 milhões de euros, entre o não exercício de uma penalização que o Novo Banco tinha direito, de cerca de 75 milhões de euros, e a distribuição de dividendos que ocorrerá no próximo ano, […] de 325 milhões de euros”, elencou o governante.

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Governo não se compromete em Bruxelas com fim dos apoios nos combustíveis

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

Ministro das Finanças informou a Comissão Europeia de que "não se pode comprometer" com a retirada de apoios nos combustíveis devido às tensões mundiais, nomeadamente no Médio Oriente.

O ministro das Finanças afirmou esta terça-feira ter informado a Comissão Europeia de que “não se pode comprometer” com a retirada de apoios nos combustíveis devido às tensões mundiais, nomeadamente no Médio Oriente, que afetam o preço do petróleo.

“É por isso que não nos podemos comprometer ainda com qualquer decisão e dissemos isso mesmo à Comissão Europeia, de que não queremos agravar o preço final que os portugueses pagam nas bombas de gasolina e, portanto, se o preço do petróleo nos mercados internacionais se agravar, naturalmente, a reposição do desconto ou a progressiva eliminação do desconto será muito mais demorada“, disse Joaquim Miranda Sarmento.

Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas após uma reunião do Ecofin, o governante aludia aos avisos do executivo comunitário, que no final de novembro fez alertas sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) relacionados com o previsto apoio do Estado português aos combustíveis, no que toca a reduções no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP).

Na altura, a Comissão Europeia divulgou que o OE2025, entretanto aprovado, “não está totalmente em linha” com as recomendações da União Europeia (UE) por continuar a prever reduções no ISP, descongelando apenas a taxa de carbono.

Nos próximos meses, iremos olhar para a situação internacional e ir tomando decisões paulatinamente nos próximos meses”, respondeu hoje Joaquim Miranda Sarmento.

Em concreto, estima-se que estes apoios de emergência do Estado português ainda em vigor, nomeadamente a redução geral do ISP, pesem 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e 0,1% do PIB em 2025, segundo cálculos de Bruxelas, para quem “este valor não está em conformidade com o recomendado pelo Conselho”.

“Vamos avaliar no primeiro semestre o que é que sucede e, lentamente, tomar decisões. Naturalmente, nunca será possível fazer a reversão num único momento e se calhar nem será possível fazer reversão num único ano, [pelo que] vamos ver o que é que o contexto internacional permite fazer“, referiu o ministro das Finanças.

O governante assegurou que a retirada de tais apoios “será sempre de forma gradual”, apesar de a Comissão Europeia ser “bastante insistente”.

Na segunda-feira, o Governo garantiu que os avisos do executivo comunitário, de que o OE2025 não está em conformidade com as regras comunitárias pelas reduções no ISP, “não beliscam” a posição orçamental do país.

Os ministros das Finanças da zona euro discutiram na segunda-feira, na reunião do Eurogrupo, o OE2025 e os planos orçamentais dos outros países da moeda única, bem como as perspetivas económicas da região.

Já hoje, na reunião do Ecofin, foi discutido o plano orçamental de Portugal a médio prazo com objetivos para despesas e investimentos e reformas, enviado por Lisboa a Bruxelas ao abrigo das novas regras orçamentais da UE.

O executivo comunitário entendeu que o documento português e os outros 19 (dos 21 avaliados) cumprem os requisitos e definem uma trajetória orçamental credível para assegurar sustentabilidade, pelo que decidiu recomendar a ‘luz verde’ ao Conselho da UE.

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Cimpor vai investir 1.400 milhões de euros em Portugal até 2030

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

Presidente executivo Cevat Mert garante que a intenção da Taiwan Cement Corporation (TCC) é manter os 100% da Cimpor, uma marca que é a sua “porta de entrada na Europa”.

A Cimpor pretende investir 1,4 mil milhões de euros em Portugal até 2030, grande parte para fazer face ao “desafio número um” da descarbonização, com infraestruturas, tecnologia e novos produtos, adiantou o presidente executivo.

O anúncio foi feito por Cevat Mert num encontro com jornalistas, que assinalou cerca de seis meses desde que assumiu o comando da cimenteira, após ter passado a ser detida a 100% pela Taiwan Cement Corporation (TCC), em março.

Em outubro, a Cimpor tinha anunciado um investimento de 360 milhões de euros em projetos de descarbonização e inovação, até 2026, dos quais 180 milhões no seu Centro de Produção de Alhandra, em Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa.

No encontro desta manhã, o CEO da Cimpor Portugal e Cabo Verde adiantou também que o objetivo da empresa é entrar em mais mercados, além dos 14 países em que está atualmente presente.

Atualmente, adiantou, a Cimpor está a investir no Reino Unido – cerca de 50 milhões de euros próprios num terminal do porto de Bristol -, assim como em França. E vai “sem dúvida, investir nos Estados Unidos”.

Cevat Mert, CEO da Cimpor para Portugal e Cabo Verde

Já o responsável comercial da cimenteira, Ignacio Gomez, explicou que a alteração nos mercados, com mais enfoque na Europa e Estados Unidos, se deveu aos novos requisitos ambientais.

“Os players em África ou na China não estão a investir nisto, […] por isso têm um custo [de produção] mais baixo. Continuar a exportar em África tornou-se mais difícil”, explicou, adiantando que 25% a 30% da produção em Portugal se destina à exportação.

Cevat Mert garantiu que a intenção da TCC é manter os 100% da Cimpor, marca que é a sua “porta de entrada na Europa”. E pretende também continuar a reforçar o quadro de trabalhadores, embora admita dificuldades de atração de talento.

Segundo o administrador financeiro, Diogo Felgueiras, no conjunto de Portugal e Cabo Verde, a cimenteira é responsável por cerca de 2.000 postos de trabalho, diretos e indiretos.

Estamos a fazer um investimento grande. Se o Governo não está com o mesmo ritmo, teremos um problema no futuro.

Ignacio Gomez

Responsável comercial da Cimpor

Quantos aos desafios futuros, os gestores da Cimpor sinalizaram a necessidade de aumentar o ritmo de investimentos previstos pelo Governo e simplificar procedimentos que facilitem o desenvolvimento dos projetos.

“Estamos a fazer um investimento grande e se o Governo não está com o mesmo ritmo, teremos um problema no futuro”, apontou Ignacio Gomez, dando como exemplos os problemas com o transporte de dióxido de carbono (CO2) que é capturado e com o licenciamento dos projetos.

quanto à instabilidade geopolítica, Cevat Mert disse esperar “altos e baixos”, mas não vê ainda razões para “levantar a bandeira vermelha”. “Está tudo a correr de forma bastante estável e, como todos sabemos, o futuro é energia e tecnologia e, enquanto essa transformação estiver a acontecer, haverá construção, e se houver construção, haverá cimento”, apontou o CEO.

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Barragem de Fagilde vai “resolver problemas hídricos” na região de Viseu

A futura barragem de Fagilde será construída no vale a jusante da atual infraestrutura que abastece 140 mil habitantes dos concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas, Sátão e Penalva do Castelo.

Apresentação do estudo do projeto da nova Barragem de Fagilde, Viseu10 dezembro, 2024

O presidente da câmara de Viseu, Fernando Ruas, mostrou-se satisfeito com o anúncio da construção da nova barragem de Fagilde, em Viseu, que, juntamente com a integração do município nas Águas do Douro e Paiva para o abastecimento da água em alta, vai “resolver os problemas hídricos que afetam toda a região” há vários anos, principalmente em períodos de seca decorrentes das alterações climáticas.

O cenário que vivemos em 2017 foi muito crítico e não queremos que se volte a repetir. Com a construção desta nova barragem e a integração do município nas Águas do Douro e Paiva, para o abastecimento da água em alta, alcançamos, finalmente, soluções concretas e duradouras para os problemas hídricos que há anos nos afetam”, sublinhou o autarca social-democrata, durante a cerimónia de apresentação do estudo do projeto da nova infraestrutura, em Viseu.

Este estudo resulta de um protocolo de colaboração técnica e financeira celebrado, em março de 2022, entre a câmara viseense e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), com o objetivo de serem encontradas alternativas à reabilitação da atual barragem face “à necessidade de adequar e aumentar a capacidade de armazenamento de água para abastecimento urbano”, não só de Viseu, como também dos concelhos vizinhos, explana a autarquia.

Num investimento de 30 milhões de euros, a obra da nova barragem de Fagilde deverá estar concluída até 2029 e vai duplicar o volume de armazenamento de água da albufeira que, atualmente, abastece 140 mil habitantes dos concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas, Sátão e Penalva do Castelo. A atual barragem de Fagilde já tem 41 anos de existência e apresenta problemas estruturais e de segurança hidráulica.

O cenário que vivemos em 2017 foi muito crítico e não queremos que se volte a repetir.

Fernando Ruas

Presidente da Câmara Municipal de Viseu

“Hoje é um dia marcante para toda a região de Viseu. O desfecho não poderia ser melhor. A nova barragem de Fagilde vai ser construída, assegurando um abastecimento de água seguro e sustentável para todos os municípios que dela beneficiam”, assinalou Fernando Ruas, durante a sessão que contou contou ainda com a participação do presidente da APA, José Pimenta Machado, e da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e do secretário de Estado, Emídio Sousa. Estiveram também presentes o presidente da Águas de Portugal, António Carmona Rodrigues, e o presidente da Águas do Douro e Paiva, António Manuel Borges.

A futura barragem vai, assim, ser construída no vale a jusante da atual infraestrutura, duplicando o atual valor do volume de armazenamento de água. O aproveitamento dos recursos hídricos será otimizado, e será igualmente dada uma melhor e mais eficiente resposta às necessidades da região, principalmente em períodos críticos de seca, decorrentes das alterações climáticas.

Pelo menos 15 milhões do custo total da obra serão cofinanciados pelo Programa Operacional da Região Centro, em articulação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Centro (CCDR), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Governo, avançou o município liderado pelo social-democrata Fernando Ruas. Mas ainda faltam o estudo de impacto ambiental e o projeto de execução.

Já a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, citada num comunicado enviado às redações, considerou tratar-se de uma obra prioritária. “Isto irá dar escala e massa crítica a toda esta região e preparar melhor todos os municípios envolvidos nas ADP para os desafios do futuro”, frisou a governante.

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Bombeiros sapadores ameaçam voltar aos protestos em janeiro se Governo não retomar negociações

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

Se até o dia 20 deste mês, o Executivo não voltar à mesa negocial para a valorização salarial e criação de um suplemento de risco, o sindicato vai regressar à rua com novas manifestações.

O presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), Ricardo Cunha, avisou esta terça-feira que os seus associados vão regressar aos protestos em janeiro, caso o Governo não retome as negociações previstas.

“A direção reuniu e o que ficou decidido um voto de repúdio à posição que o Governo adotou relativamente ao cancelamento das negociações” e, “se até dia 20 não reatar as negociações, vamos voltar aos protestos no início de janeiro”, afirmou à Lusa Ricardo Cunha.

Na semana passada, o Executivo suspendeu as negociações com os bombeiros sapadores, acusando-os de estarem a fazer pressão ilegítima, com um protesto que incluiu petardos, tochas e fumos junto à sede do Governo. As próximas sessões negociais estavam agendadas para 13 e 20 de dezembro.

“Não havia motivos para cancelar negociações”, disse o sindicalista, considerando que “foi uma maneira de o Governo fugir à sua responsabilidade, porque na realidade não tinha nada a apresentar” como proposta de aumentos.

Em janeiro, os sapadores querem também avançar com ações contra os “municípios que não venham a público demarcar-se da posição que o Governo tem adotado”, avisou.

Os sapadores são funcionários das autarquias mas a sua carreira é regulada pelo poder central, o que acrescenta complexidade às negociações.

“Quem tem de regulamentar, através da lei, é o Governo, a Assembleia da República. E as câmaras têm que aplicar aquilo que for legislado”, explicou Ricardo Cunha, considerando que o “Governo deveria apoiar, pelo menos em parte, algum do investimento que os municípios fazem nos bombeiros sapadores”, algo que hoje não sucede.

Por comparação, os apoios camarários às associações humanitárias são comparticipadas, salientou Ricardo Cunha, que lamenta o silêncio por parte das autarquias relativamente a esta luta sindical.

Segundo o sindicalista, “há municípios que não valorizam os bombeiros e, infelizmente, é a maioria deles, que não dão o devido valor aos bombeiros”, impondo-lhes horários excessivos ou funções não adequadas.

“É por isso é que eles estão a tentar que o Governo faça legislação no sentido de legalizar aquilo que eles já fazem que são ilegalidades”, afirmou, referindo-se à proposta de um subsídio de função que os iria obrigar a trabalhar mais 31 horas por mês, sem retribuição adicional.

As futuras ações de protesto, que não quis especificar, deverão contar com o apoio de um sindicato espanhol que já “disse que estava disposto a vir a apoiar a luta dos sapadores se fosse necessário”.

“A nossa dignidade nunca será posta em causa e já dissemos isso várias vezes” ao Governo, acrescentou o dirigente sindical, que critica a tentativa de diabolização dos associados.

“Um país sem políticos viveria tranquilamente, mas sem bombeiros eu já não sei”, afirmou, lamentando que “tentem ostracizar os bombeiros, quando na realidade ninguém adjetivou um Governo que faz uma proposta que tenta legalizar a escravatura”. “A nós não nos vão amedrontar, não é com ameaças que vamos resolver os problemas”, concluiu ainda.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, reafirmou na segunda-feira que não existem condições para voltar à mesa de negociações, recusando discutir com o sindicato sob coação e perante o que classificou de comportamentos ilegais.

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Salário médio aumenta quase 5%. Lisboa, Setúbal e Porto têm os melhores ordenados

Salário médio em Lisboa é de 1.616 euros brutos, superando a média nacional, que ronda hoje os 1.400 euros. Também no Porto e em Setúbal, os ordenados estão acima da média nacional.

O salário médio dos trabalhadores portugueses voltou a subir no terceiro trimestre do ano. De acordo com uma análise divulgada esta terça-feira pela empresa de recursos humanos Randstad, o ordenado médio subiu 4,9% até setembro, face ao período homólogo, ficando pouco abaixo dos 1.400 euros brutos mensais. Em Lisboa, Porto e Setúbal, o vencimento médio supera esse valor.

“As remunerações dos trabalhadores portugueses aumentaram 4,9%, face ao período homólogo, atingindo um valor médio de 1.398,17 euros em setembro de 2024“, sublinha a Randstad, numa nota enviada às redações esta manhã.

“Sem surpresa, Lisboa é o distrito onde os salários são mais altos (1.616 euros), seguido de Setúbal e Porto (1.457 euros e 1.412 euros, respetivamente)”, acrescenta a empresa de recursos humanos, que destaca que esses três distritos são os únicos cujos salários médios superam a tendência nacional.

Em contraste, é em Beja que os salários são mais baixos, tendo a média mensal a atingido os 1.111 euros brutos no terceiro trimestre.

Quanto ao emprego, o terceiro trimestre foi sinónimo de um novo aumento do número de pessoas a trabalhar em Portugal, ultrapassando-se a fasquia dos 5,14 milhões de indivíduos. “A taxa de emprego, na faixa dos 16 aos 64 anos, supera até a média europeia, em 1,8 pontos percentuais, representando 72,7%”, salienta a Randstad.

Ainda assim, importa notar que cerca de três em cada dez das pessoas empregadas em Portugal (32,5%) têm um baixo nível de qualificação (no máximo, o ensino secundário), fatia que é o dobro da média da União Europeia, observa a Randstad.

Outro dado relevante sobre a população empregada é que 19,2% dos trabalhadores estiveram em teletrabalho no terceiro trimestre. Em causa estão, no total, 984,5 mil indivíduos, mais 24,5 mil do que há um ano. Também neste caso, Lisboa e Setúbal superam a média nacional.

“A análise que fizemos na Randstad Research permitiu-nos comprovar que estamos a viver um clima económico estável, o que, na generalidade, é bastante favorável ao emprego. Por um lado, há um aumento histórico de pessoas empregadas, por outro os salários registam uma trajetória de crescimento”, assinala, tudo somado, Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal.

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EDP estreia-se nas baterias autónomas na Europa com projeto em Inglaterra

A EDP espera que este primeiro projeto, em Inglaterra, esteja totalmente operacional em 2025. Mas já tem outros na calha.

A EDP Renováveis iniciou a construção do seu primeiro projeto de armazenamento de energia em baterias (BESS) autónomo na Europa, avança a empresa num comunicado.

O projeto Harrington Franklin contribuirá para a rede britânica com uma capacidade de 50 megawatts (MW), o que equivale a 100 megawatts-hora (MWh) de produção de energia ou a duas horas de armazenamento. Este projeto, que se espera estar totalmente operacional em 2025, “desempenhará um papel crucial para melhorar a flexibilidade da rede e na otimização do equilíbrio entre oferta e procura de energia”, afirma a empresa de energias limpas.

“O armazenamento terá um papel fundamental no futuro da energia renovável e na EDP estamos orgulhosos de investir nesta área-chave do setor”, afirma Duarte Bello, responsável da EDP para a Europa, citado no comunicado.

Além de Harrington Franklin, a EDP também garantiu outro projeto de armazenamento de 50 MW no Reino Unido e de 36 MW em Espanha, e assegurou recentemente subsídios para desenvolver um portefólio adicional de 141 MW em Espanha e Portugal. A empresa tem ainda projetos de armazenamento noutras geografias, como os Estados Unidos, onde anunciou um acordo para adicionar 200 MW de armazenamento de energia à rede do Arizona através do projeto Flatland Energy Storage, um sistema de baterias de iões de lítio de 200 MW/800 MWh que deverá entrar em operação em 2025.

No seu Plano de Negócios de 2023 a 2026, a EDP pretende alcançar uma capacidade de armazenamento superior a 500 MW em todo o mundo. Além disso, a empresa indica está a explorar oportunidades para aumentar o valor dos ativos existentes através da integração de novas soluções de armazenamento com hidroelétricas, térmicas, eólicas e solares. Para a EDP, o armazenamento representa uma “oportunidade relevante” para melhorar o seu portfólio, permitindo o crescimento e mitigando o risco de preço e perfil, remata a elétrica.

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Subsídios fazem crescer rendimento da atividade agrícola este ano

Rendimento da atividade agrícola deve crescer 14,7% este ano à boleia dos subsídios pagos aos produtores agrícolas.

O rendimento da atividade agrícola, em termos reais, deverá aumentar 14,7% em 2024, crescendo pelo segundo ano consecutivo e acelerando face ao ano anterior.

Este aumento resulta, sobretudo, dos subsídios à produção a pagar em 2024, que mais do que duplicaram, com um crescimento superior a 128%, uma vez que se perspetiva um aumento ligeiro do Valor Acrescentado Bruto de 1%, avançou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) esta terça-feira.

A primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura mostram que uma “ligeira variação nominal negativa da produção do ramo agrícola (-0,5%), conjugada com um decréscimo mais acentuado do consumo intermédio (-1,3%), concorreu para o aumento do Valor Acrescentado Bruto (VAB) em valor (1%)”.

Os dados do INE mostram também que em 2024, o “total de ajudas, classificadas como subsídios, pagos ao produtor agrícola, registe um aumento pronunciado (94,2%), após um decréscimo de 33,3% em 2023, segundo informação disponibilizada pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP)”.

O gabinete nacional de estatísticas mostra que a “transição para o novo Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC, 2023-2027) intensificou o apoio aos produtores este ano, prevendo-se, em particular, um aumento mais expressivo dos outros subsídios à produção (128,4%)”

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

A evolução nominal negativa para a produção vegetal (-1,4%) resulta de um acréscimo em volume de 5,1% e de uma redução dos preços de base (-6,2%), com os vegetais e produtos hortícolas, as plantas forrageiras e o azeite a serem determinantes para este decréscimo nominal.

Preço do azeite desce quase 30% em 2024

As estimativas de produção de cereais apontam para um aumento em volume (10,5%) e em valor (2,5%), para o que contribuiu a generalidade dos cereais, à exceção do milho, que registou um quebra de 14,8%. Este aumento deve-se sobretudo às condições meteorológicas favoráveis.

Já no que toca às plantas industriais estima-se um aumento da produção em valor (19,6%), principalmente devido ao crescimento dos preços em 22,7%. O aumento foi relativamente generalizado, com destaque para as proteaginosas e cana-de-açúcar. Por outro lado, o ano não propiciou uma boa produção de girassol, pelo que se preveem decréscimos do volume e do preço (-20,4% e -2,2%, respetivamente).

Nas plantas forrageiras estima-se um acréscimo em volume (9,6%), em consequência das condições climatéricas, que permitiram uma produção abundante de pastagem. No entanto, os preços diminuíram (-30,5%), após um aumento de 29,8% em 2023.

Relativamente aos vegetais e produtos hortícolas, prevê-se um aumento em volume (8,1%), que reflete, sobretudo, a evolução dos hortícolas frescos, nos quais se destaca o tomate para indústria, cuja produção deverá aumentar 3,5% devido ao alargamento da área cultivada em 5%, com o INE a apontar que a “produtividade e respetiva qualidade diminuíram”.

Os dados do instituto nacional de estatística mostram que a produção de batata terá diminuído 6,4% em volume, em consequência de decréscimos de área e produtividade nas principais regiões produtoras, tendo a área plantada atingido o valor mais baixo da série. Por sua vez, refletindo a redução da produção os preços deverão ter aumentado 5%.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Nos frutos prevê-se um acréscimo da produção em volume (7,3%), com destaque para as azeitonas (27,1%). Os dados do INE indicam que o “preços dos frutos deverão diminuir 4,%, sendo de destacar as azeitonas (-29,5%)”, impulsionado pela “normalização da procura de azeitona para azeite, que foi muito elevada nos anos anteriores, em resultado da escassez no mercado internacional”.

Na produção de azeite é expectável, para o ano civil de 2024, um acréscimo de produção em volume (18,7%), em “resultado da conjugação da excelente campanha anterior (2023/2024) com a boa campanha em curso (2024/2025)”. O preço deverá registar uma diminuição acentuada (-29,3%), comparativamente aos elevados preços praticados em 2023, como consequência do aumento da produção mundial de azeite e da normalização da oferta.

Em relação ao vinho, as vindimas decorreram com normalidade, estimando-se um decréscimo de produção face ao ano anterior (-5,0%).

Para a produção animal prevê-se acréscimo em volume (3,6%) e uma diminuição dos preços de base (-3,5%), resultando numa estabilização do valor. Para os bovinos, as estimativas apontam para um acréscimo em volume face a 2023 (5,3%), devido ao aumento do abate de bovinos adultos, em particular de novilhos, o que estará relacionado com perturbações de exportações de animais vivos para Israel, decorrentes de razões sanitárias e bélicas, tendo, por isso, aumentado o abate destes animais em Portugal. O preço de base deverá ser semelhante ao de 2023.

Relativamente aos suínos, estima-se um acréscimo em volume (5,2%), em resultado de um aumento no abate de porcos de engorda. Os preços de base deverão ser inferiores aos registados em 2023 (-6,8%).

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Quanto aos ovinos e caprinos, o INE perspetiva um acréscimo da produção em volume (15%), em função dos abates em peso limpo face a 2023, em especial de borregos. Esta situação deve-se às perturbações das exportações já referidas para os bovinos. Os preços de base são bastante superiores aos do ano transato (20,6%), como consequência do aumento dos montantes pagos classificados como subsídios ao produto.

Para as aves de capoeira prevê-se um acréscimo do volume (5,5%), fundamentalmente devido a uma maior produção de frango e de peru (produção particularmente afetada por problemas sanitários em 2023). Os preços registam uma diminuição (-2,9%).

Em relação à produção de leite, são estimados decréscimos em volume (-0,9%) e, mais acentuadamente, em preço (-7,5%). Em 2023 o aumento foi de 17%.

Por fim, o INE destaca que comparando o peso do VAB do ramo agrícola no VAB nacional nos diferentes Estados-Membros constata-se que, entre os triénios 2005-2007 e 2021-2023, o peso relativo da agricultura no total da economia diminuiu em Portugal, mantendo-se ligeiramente acima do da UE27 (1,8% vs. 1,6%), mas abaixo de Itália, Espanha e Grécia (com 2,1%, 2,5% e 3,5%, respetivamente)”.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

No que toca ao rendimento da atividade agrícola em Portugal evoluiu de forma menos favorável do que a média dos Estados-Membros (56,8% vs. 75,3%), entre os triénios de 2005-2007 e 2021-2023, posicionando-se como o 11.º crescimento mais elevado da UE.

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Startup de Coimbra Ethiack levanta 4 milhões para lançar IA hackbots

Acelerar a expansão para novos mercados, começando pelo Reino Unido e Europa, "com olhos nos EUA e no Médio Oriente", estão entre os objetivos da ronda seed.

A startup de cibersegurança Ethiack fechou uma ronda de 4 milhões para lançar hackbots ‘alimentados’ por Inteligência Artificial (IA), “uma tecnologia que simula a abordagem de um hacker ético que testará os ativos digitais, capazes de proteger a Internet em escala” a ser lançada “em breve”. Acelerar a expansão para novos mercados, começando pelo Reino Unido e Europa, “com olhos nos EUA e no Médio Oriente”, estão entre os objetivos da ronda.

Jorge Monteiro, CEO da Ethiack, destaca a entrada dos novos parceiros através desta ronda seed, com a participação da Explorer Investments, da CoreAngels, de Paulo Marques (empreendedor e investidor), da Startup Wise Guys, da Aralab, da Amena Ventures e do Start Ventures. “Com a sua experiência” vão ajudar a startup de Coimbra “a crescer e a ultrapassar os desafios de crescimento e de internacionalização”, diz, citado em comunicado.

Fundada há dois anos no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, por André Baptista, Jorge Monteiro e Vitor Pinho, ‘hackers éticos’ portugueses especializados em cibersegurança, a startup “já testou mais de 150 mil ativos digitais e, só no último ano, cerca de 20% das vulnerabilidades foram detetadas em ativos críticos de elevada importância, sendo que metade destas foram consideradas muito impactantes para os negócios”, informa o comunicado.

A sua solução “combina testes manuais realizados por uma equipa com mais de 50 hackers éticos de elite mundial, com automação e Inteligência Artificial para fazer testes de segurança ofensivos contínuos, precisos e impactantes para identificar vulnerabilidades em tempo real bem como para emitir relatórios de conformidade com as novas regulamentações de cibersegurança europeias e internacionais”, refere a startup.

Em dois anos, a startup atingiu o milhão de euros de faturação, tendo uma carteira com mais de 50 clientes, em nove países, e uma equipa com 10 pessoas.

Foi distinguida como WebSummit’s Most Promising Startup, WSA in 2023, recebeu o Prémio Nacional de Inovação de Portugal e foi selecionada para o Google for Startups Growth Academy: AI for Cybersecurity, por oferecer uma plataforma baseada em IA.

André Baptista, CTO e cofundador da Ethiack, conquistou este ano, pela segunda vez, o título de Hacker Mais Valioso, um de cinco hackers em todo o mundo que obtiveram este reconhecimento por duas vezes.

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Vendas e marketing são as áreas com mais anúncios de emprego online

Profissões em vendas, marketing e gestão de desenvolvimento são as que têm mais anúncios online na UE. Profissões do setor público têm menos anúncios, mas não se descarta dificuldade no recrutamento.

Os empregos nas áreas de vendas, marketing e gestão de desenvolvimento são aqueles para os quais há mais anúncios online nos países da União Europeia, de acordo com os dados publicados esta terça-feira pelo Eurostat. Os postos de trabalho na indústria também estão entre os que mais anúncios digitais registam, enquanto os empregos nos transportes e armazenamento têm das taxas mais baixas de anúncios online.

“Em 2023, as profissões em vendas, marketing e gestão de desenvolvimento registaram as taxas de anúncios de emprego online mais elevadas da União Europeia, fixando-se em 26,6%“, informou o Eurostat, numa nota divulgada esta manhã.

É a primeira vez que é publicado este indicador, que mostra as profissões onde há maior procura online por parte das empresas e onde os “recrutadores podem enfrentar potenciais desafios” na contratação de pessoal, realça o gabinete de estatísticas.

Ora, depois dos empregos em vendas, marketing e gestão de desenvolvimento, são as profissões da indústria que registam as taxas de anúncios de emprego online mais elevadas (22,4%), seguindo-se os outros trabalhadores de vendas (17.6%).

A fechar o top cinco aparecem os gestores de retalho e comércio por grosso (16,8%) e trabalhadores em funções administrativas (16,7%), conforme mostra o gráfico abaixo.

Já do outro lado da tabela, aparecem os empregos nos transportes e armazenamento, com uma taxa de anúncios online inferior a 13%.

O Eurostat sublinha que as ocupações do setor público (como as profissões na área da saúde e os professores) também não estão entre as que têm mais anúncios de emprego online, mas o gabinete de estatísticas realça que tal não significa que não haja dificuldades de recrutamento. Antes, a baixa taxa de anúncios de emprego online pode ser explicada pela preferência por outras vias de divulgação das oportunidades de trabalho.

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Abreu Advogados assessora APRIL na venda da empresa ao grupo Royse

A equipa da Abreu que assessorou a Auto Progresso Industrial Lusitânia foi liderada pelo sócio Hugo Teixeira. Com esta transação, a nova entidade será denominada April Royse Unipessoal LDA.

A Abreu Advogados assessorou a Auto Progresso Industrial Lusitânia (APRIL), empresa portuguesa do setor de transmissões mecânicas e eletromecânicas, na venda da totalidade da atividade da empresa à Rodamientos y Servicios (Royse), integrante do grupo Power Transmission Solutions da Axel Johnson International. Com esta transação, a nova entidade será denominada April Royse Unipessoal LDA.

Esta operação estratégica permitirá à Royse consolidar uma presença significativa em Portugal, enquanto a APRIL beneficiará das sólidas relações da Royse com clientes, parceiros e fornecedores”, refere o escritório em comunicado.

A equipa multidisciplinar da Abreu envolvida na operação foi liderada pelo sócio Hugo Teixeira, contando com o apoio dos sócios Fernando Veiga Gomes e Patrícia Viana, das sócias contratadas Patrícia Perestrelo e Susana A. Duarte, dos associados sénior Francisco Estácio, Inês Cortez Elói e Tiago Salgueiro Mendes, do associado Manuel Santiago e da advogada principal Ana Luísa Ferreira.

Fundada em 1986 em Sacavém, a APRIL é uma empresa especializada em transmissão mecânica e eletromecânica. Atualmente, cobre todo o mercado nacional assim como alguns mercados externos, dispondo de vasto stock de produtos e acessórios destinados ao abastecimento de boa parte dos industriais portugueses, visando a manutenção, reparação e fabricação de muitos dos seus equipamentos.

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