Portugal e Espanha acordaram reduzir descargas de água no Douro

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

As descargas que vão ser reduzidas estão previstas para barragens que têm produção hidroelétrica na zona de Salamanca e Zamora.

Portugal e Espanha acordaram reduzir esta semana as descargas de água de barragens espanholas da bacia do Douro, assumindo a impossibilidade de cumprimento dos caudais mínimos acordados, disseram fontes do Governo espanhol citadas pela agência de notícias EFE.

As descargas que vão ser reduzidas estão previstas para barragens que têm produção hidroelétrica na zona de Salamanca e Zamora, segundo as mesmas fontes, e a decisão acordada entre os dois países avançou perante a evidência de que Espanha não conseguirá cumprir totalmente este ano, em relação ao Douro, o que está estipulado na Convenção de Albufeira, de 1998, que regula a gestão e caudais dos rios partilhados.

Os contactos entre Portugal e Espanha são diários e o acordo para reduzir as descargas esta semana foi alcançado no sábado passado, disseram as mesmas fontes à EFE, que garantiram que as negociações entre os dois países respondem ao compromisso mútuo de gerir as bacias hidrográficas partilhadas “com lealdade e de forma solidária na atual situação de seca”.

Até sexta-feira, 30 de setembro, quando termina o atual ano hidrológico, Espanha tinha previsto a descarga de 400 hectómetros de água na barragem de Almendra, no rio Tomes, entre Salamanca e Zamora, para cumprir a Convenção de Albufeira, sendo este um dos pontos em que a redução acordada terá mais impacto, a par da barragem de Ricobayo, no rio Esla, em Zamora.

Segundo as fontes da EFE, a necessidade de fazer esta descarga de 400 hectómetros cúbicos em Almendra, a quarta maior barragem espanhola em termos de capacidade, teria obrigado a uma obra de emergência, para uma captação flutuante de água, de forma a garantir o abastecimento de 48 povoações de Zamora.

Sempre segundo as mesmas fontes, nas conversas entre Portugal em Espanha foram respeitadas as premissas da administração equitativa dos recursos hídricos, de atender aos usos prioritários nos dois lados da fronteira e de zelar pelo bom estado ecológico dos caudais dos rios.

Na segunda-feira da semana passada, cerca de três mil agricultores das províncias de León, Zamora e Salamanca manifestaram-se no centro da cidade de León para exigir a paragem da libertação de água para Portugal no âmbito do acordo de Albufeira.

A Associação de Comunidades de Rega da Bacia do Douro (Ferduero) disse estarem em causa “libertações extraordinárias” de água e considerou que se trata de uma “espoliação” que está a ocorrer de forma unilateral e sem qualquer tipo de diálogo, acusando o Ministério da Transição Ecológica e Desafio Demográfico (MITECO) espanhol de voltar continuamente as costas à irrigação e ao mundo rural.

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Raquel Corker de Macedo reforça recursos humanos da Michael Page

A profissional vai ter como principais funções a construção e gestão de relações de trabalho com líderes e managers, gestão de carreiras, comunicação interna, coaching e revisão salários e benefícios.

A Michael Page nomeou Raquel Corker de Macedo para o cargo de human resources business partner, uma nova função que foi criada na estrutura organizacional. A necessidade deste novo cargo surgiu pelo crescimento das equipas da Michael Page em Portugal, crescente preocupação com o engagement e bem-estar dos colaboradores, bem como promoção dos valores e cultura empresarial e o fortalecimento do employer branding.

“Acredito que a contratação desta posição que agora integro é por si só uma ação. A Michael Page está comprometida a ouvir as necessidades das suas equipas e de cada um dos seus colaboradores. Um negócio como este implica foco, rapidez, trabalho por objetivos e onde o mote ‘tempo é dinheiro’ encaixa na perfeição. Mas a realidade que estou a encontrar é que todos, sem exceção, dão o tempo que for preciso para darem suporte a tornar a Michael Page uma empresa ainda melhor”, afirma Raquel Corker de Macedo, em comunicado.

Como senior HR business partner e representante de recursos humanos da Michael Page em Portugal, Raquel Corker de Macedo reporta a Ana Rodriguez, diretora de recursos humanos da Europa do Sul e Leste do PageGroup e a Álvaro Fernández, diretor-geral da Michael Page em Portugal.

Raquel Corker de Macedo vai ter como principais funções a construção e gestão de relações de trabalho com líderes e managers, gestão do talento e das carreiras, comunicação interna, coaching, revisão de salários e benefícios, além da realização de questionários de satisfação interna e do plano de ação. O principal desafio será alinhar os projetos globais à realidade local e dar resposta às necessidades de todos os colaboradores, desde os membros do board, ao management passando pelas funções de trainee.

Com uma licenciatura em Psicologia e mestrado em Psicologia das Organizações e do Trabalho, ambos administrados pela Universidade de Coimbra, antes de entrar na Michael Page, em agosto deste ano, Raquel Corker de Macedo desempenhava o cargo de HR business partner na Miniclip, empresa onde esteve mais de cinco anos.

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Tribunal de Contas já deu aval ao Fundo de Capitalização

Ao ECO, fonte oficial do Tribunal de Contas confirmou que "o aval foi entregue a 23 de setembro". Fundo vai ser operacionalizado nos próximos dias, garante o ministro da Economia.

O ministro da Economia anunciou esta quarta-feira que o Fundo de Capitalização de 1,3 mil milhões de euros já recebeu o aval do Tribunal de Contas e deverá ser operacionalizado dentro de dias.

“O visto do Tribunal de Contas já veio e o fundo será operacionalizado dentro de dias”, disse António Costa Silva, aos deputados, numa audição na Comissão de Economia.

Ao ECO, fonte oficial do Tribunal de Contas confirmou que “o aval foi entregue a 23 de setembro”. Este processo estava parado desde 22 de março, quando o Tribunal de Contas decidiu solicitar informações adicionais ao IAPMEI. A resposta terá sido enviada em agosto, de acordo com o secretário de Estado da Economia, ou a 15 de setembro, segundo fonte oficial do Tribunal de Contas. Divergências à parte, o Fundo poderá avançar agora.

Os 1,3 mil milhões de euros que o Banco de Fomento vai colocar nas empresas, para as capitalizar, têm origem no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mais concretamente na fatia de empréstimos de 2,7 mil milhões de euros disponibilizados pela bazuca (os restantes 14 mil milhões são subvenções).

É com estas verbas que é financiado o Programa Consolidar — cuja dotação foi duplicada — e o Programa de Recapitalização Estratégica cujas primeiras 12 candidaturas foram anunciadas a 30 de junho. O ministro da Economia confirmou que as negociações dos contratos estão a decorrer, isto depois de as minutos dos contratos terem chegado às empresas na sexta-feira, tal como o ECO noticiou.

Este programa funciona com duas janelas de investimento. Uma primeira a ser anunciada foi a janela B, com a escolha de 12 empresas para acederem a 76,7 milhões de euros, no âmbito do Quadro Temporário de Auxílio Estatal que terminou a 30 de junho de 2022, ou seja, 20 dias depois da emissão da decisão do Banco de Fomento. Depois disso houve a desistência de Mário Ferreira do empréstimo de 40 milhões de euros. Esse dinheiro transitou para a janela A, cujo período de investimento só termina a 31 de dezembro deste ano, mas a data pode ser prorrogada se o Banco de Fomento assim o entender.

Revisão dos critérios do programa

O ministro da Economia reconhece que os resultados deste programa ficaram “aquém do desejado” e, por isso, a tutela irá estudar com a nova administração do banco a possibilidade de rever os critérios para a atribuição de apoios no âmbito desta linha. “As políticas públicas primeiro são desenhadas e depois afinadas”, justificou, destacando a necessidade de haver uma consonância entre os critérios e o tecido empresarial.

“Sabemos que a resposta não foi aquilo que pensávamos e, portanto, vamos ter, talvez, alguma flexibilidade de alguns critérios para permitir que o programa se transforme, realmente, no programa motor da economia”, disse.

António Costa Silva explicou que a nova administração do banco está pronta a entrar em funções e aguarda apenas a conclusão do processo de fit and proper do Banco de Portugal. Em causa está a chairman Celeste Hagaton, a presidente executiva Ana Carvalho e um terceiro elemento para substituir Susana Berardo, a diretora de risco que não vai renovar o mandato. “Assim que o processo estiver concluído a nova administração entrará em funções e estará mais perto do tecido empresarial, vai rever mecanismo como o time to market, ou seja minimizar o tempo entre o anúncio das medidas e o momento em que estas chegam ao terreno”, sublinhou o ministro da Economia.

 

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Gómez-Acebo & Pombo assessora EUTELSAT na venda da sua carteira de clientes do serviço Konnect

A sócia Mafalda Barreto e os associados séniores Susana Morgado e Pedro Vilarinho Pires fizeram parte da equipa da GA_P que esteve envolvida no aconselhamento jurídico prestado a esta operação.

A Gómez-Acebo & Pombo assessorou, em Portugal e em Espanha, a EUTELSAT, cotada francesa do setor de serviços na área de telecomunicações, na venda de uma carteira de mais de 1.000 clientes do serviço satélite Konnect à EURONA, empresa especialista em serviços de conectividade e soluções de acesso em áreas rurais e remotas.

“Esta operação é o culminar de um acordo anterior estabelecido entre a empresa francesa e a HISPASAT S.A., com o intuito de promover iniciativas que permitam a redução do valor da fatura paga pelos clientes, em Portugal e em Espanha”, refere o escritório em comunicado.

Com esta operação a EURONA expande os seus serviços em Espanha e entra no mercado português, com o objetivo de aumentar o negócio no segmento de consumidores e disponibilizar serviço de Internet via satélite, a localidades sem ligação a outros países.

Em Portugal, Mafalda Barreto (sócia da área de M&A), Susana Morgado (associada sénior da área de M&A) e Pedro Vilarinho Pires (associado sénior da área de TMT) fizeram parte da equipa que esteve envolvida no aconselhamento jurídico prestado a esta operação, tendo participado na definição da estrutura da operação e negociação e implementação do contrato de compra e venda.

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Emprego em Portugal recua em contraciclo com União Europeia

Percentagem de população empregada em Portugal no segundo trimestre encolheu face ao primeiro trimestre de 2022, uma tendência de recuo que só foi observada em quatro outros países.

O emprego em Portugal seguiu uma trajetória inversa à da União Europeia no segundo semestre. A percentagem de população empregada no país encolheu face ao trimestre anterior, enquanto a média dos Estados-membros registou uma subida. Só em quatro outros países é que houve recuos no emprego entre abril e junho.

Os dados foram publicados esta quarta-feira pelo Eurostat, referindo-se à percentagem de pessoas entre 20 e 64 anos que têm emprego. A percentagem, no caso do conjunto da União Europeia, fixou-se em 74,8% no final do segundo semestre, o que representou um crescimento de 0,3 pontos percentuais (p.p.) face aos primeiros três meses deste ano.

Fonte: Eurostat

No entanto, Portugal foi um dos cinco Estados-membros a apresentarem uma tendência inversa na evolução trimestral do emprego em cadeia. A percentagem de população com emprego encolheu 0,1 p.p, tal como no Chipre. Juntam-se a estes o Luxemburgo, com um recuo de 0,2 p.p., e a Croácia e a Bélgica, ambos com recuos de 0,5 p.p.

Os maiores crescimentos, em contrapartida, registaram-se na Lituânia e Letónia, com, respetivamente, subidas de 1,6 p.p e 0,9 p.p. Irlanda e Eslováquia tiveram, ambos, uma melhoria de 0,8 p.p. em cadeia.

Por fim, segundo o Eurostat, a chamada “folga do mercado laboral” atingiu 11,5% na União Europeia entre abril e junho, uma redução face aos 11,9% no trimestre anterior. Este indicador inclui “todas as pessoas” que não têm emprego e abrange também, mas não só, o desemprego.

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Webinar: Hábitos e atitudes na procura de emprego. Assista aqui

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  • 28 Setembro 2022

Depois da pandemia, como estão a reagir talento e empresas nas suas estratégias de procura de emprego e atração de pessoas? É o tema deste webinar que pode assistir aqui.

A pandemia da Covid-19 teve repercussões na forma como os portugueses passaram a olhar para os seus postos de trabalho. Primeiro, foi a Grande Demissão, que levou à movimentação voluntária do talento. Depois, veio o Big Regret: estará o talento português disposto a regressar à ex-empresa? E como estão as empresas a reagir a tudo isto?

Quem são os colaboradores mais dispostos a mudar de empresas e porquê? Que estratégias o talento tem vindo a adotar na hora de procurar trabalho, e de que modo a organizações estão a adaptar-se para encontrar o talento que necessitam? O que se prevê para 2023 no mercado de trabalho, tendo em conta a conjunta atual?

Hoje, 28 de setembro, a partir das 11h, assista aqui e no Facebook ECO ao webinar “Hábitos e atitudes na procura de emprego em Portugal”, organizado pela Pessoas, em parceria com a Multipessoal.

O debate, com moderação de Ana Marcela, diretora executiva da Pessoas, conta com a participação de Frederico Contreiras, responsável pelo Departamento de Talento e Desenvolvimento da Fidelidade; Nuno Cardoso Filipe, diretor executivo de pessoas e organização do Banco BPI; e Rute Belo, national senior manager da área de recrutamento e seleção especializado da Multipessoal.

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Santander, Telefónica e MRM ganham Stevie Awards e ARC Awards

  • Servimedia
  • 28 Setembro 2022

O Banco Santander, a agência de comunicação MRM e a Telefónica ganharam dois prémios internacionais - o Stevie Awards e o ARC Awards. Os dados dos relatórios anuais estão na base da premiação.

MRM, a agência que concebe, desenvolve e implementa estratégias de marketing e comunicação através da criatividade, dados e tecnologia, conseguiu, juntamente com dois dos seus principais clientes na área de Corporate Reporting e ESG – o Banco de Santander e a Telefónica -, ganhar dois prémios internacionais (o Stevie Awards e o ARC Awards) pelos seus relatórios anuais, noticia a Servimedia.

O relatório anual do Banco Santander ganhou bronze na categoria de Melhor Relatório Anual nos Prémios Stevie e prata nos Prémios ARC. Além disso, o último relatório da Telefónica ganhou um bronze no Relatório Consolidado de Gestão (relatório anual e sustentabilidade).

Os Prémios Stevie são um dos mais importantes prémios empresariais do mundo. Foram criados em 2002 para promover o reconhecimento público das realizações e contribuições de organizações e profissionais. Uma atribuição do prémio na categoria de Melhor Relatório Anual é uma referência de prestígio global.

Os Prémios ARC são prémios específicos de relatórios anuais. Também trazem prestígio e reconhecimento a nível mundial a quem atribuírem um dos prémios.

A área de Corporate Reporting e ESG da MRM colabora também com as equipas de relatórios anuais das maiores empresas espanholas Ibex-35, tais como Santander, Telefónica, Mapfre e Enagás. Colabora também com a CNMV e outros organismos reguladores internacionais.

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FMI pede ao Governo britânico que reconsidere corte de impostos

Num tipo de pedido pouco usual, o Fundo Monetário Internacional (FMI) apelou ao Governo de Liz Truss para que recue no corte de impostos, receando que acelere a inflação e aumente desigualdade.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) instou o Governo britânico a reconsiderar o corte de impostos de 45 mil milhões de libras que foi anunciado na semana passada. O fundo teme que o plano prejudique os esforços do Banco de Inglaterra para controlar a inflação e que promova a desigualdade no país.

Para o FMI, um discurso do titular da pasta das Finanças, Kwasi Kwarteng, marcado para 23 de novembro, é uma “oportunidade para o Governo do Reino Unido considerar formas de providenciar apoio mais direcionado [aos setores e famílias em maiores dificuldades] e reavaliar as medidas fiscais, especialmente aquelas que vão beneficiar as pessoas com maiores rendimentos“.

Este tipo de apelos do FMI é pouco usual para uma economia como a britânica, sendo mais comum quando estão em causa economias emergentes, noticia o The Guardian. Mas tal não impediu o fundo de considerar que Kwarteng deve reconsiderar estas opções políticas.

Também esta quarta-feira, a Moody’s avisou que o Reino Unido pode ter o seu rating em risco por causa das novas medidas fiscais. A agência alega que elas podem agravar o défice financeiro e fazer aumentar ainda mais as taxas de juro, ameaçando a credibilidade do país junto dos investidores, refere a Reuters.

“Um choque de confiança sustentado decorrente de preocupações do mercado sobre a credibilidade da estratégia fiscal do governo, que resultem em custos de financiamento estruturalmente mais altos, poderia enfraquecer, de forma mais permanente, a capacidade de aceder à dívida do Reino Unido”, apontou a agência de notação financeira.

O plano de estímulos fiscais do Governo de Liz Truss tem causado forte turbulência nos mercados financeiros. O valor da libra caiu esta segunda-feira para um mínimo histórico e os juros da dívida pública britânica dispararam. Esta quarta-feira, a libra volta a perder valor, depois de uma recuperação ligeira na terça: cai 0,54% para 1,0666 dólares e desliza 0,31% para 1,1155 euros.

Os investidores temem que as medidas obriguem o Banco de Inglaterra a subir ainda mais os juros do que o previsto até aqui.

(Notícia atualizada às 11h13 com evolução da libra)

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MFE atinge rendimento líquido positivo no 1º semestre de 2022

  • Servimedia
  • 28 Setembro 2022

A Media For Europe (MFE) conseguiu, no primeiro semestre de 2022, aumentar a receita, diminuir a dívida e atingir um rendimento líquido positivo de 84,6 milhões.

A Media For Europe (MFE), o grupo que detém a Mediaset, registou um lucro líquido positivo de 84,6 milhões no primeiro semestre de 2022, noticia a Servimedia.

A MFE observou que as receitas da Mediaset España permaneceram estáveis (415 milhões de euros), bem como os custos (319 milhões), e que as redes do grupo mantiveram a sua liderança absoluta nas 24 horas com uma quota de 29,5% do alvo comercial, e que Telecinco confirmou a sua posição como o canal espanhol mais visto no alvo comercial no total do dia (14,1%).

Além disso, a empresa conseguiu aumentar as suas receitas líquidas consolidadas para 1.388 milhões de euros, um lucro operacional (EBIT) positivo de 112 milhões de euros e um fluxo de caixa livre de 270 milhões de euros. A dívida financeira líquida consolidada em 30 de Junho de 2022 ascendia a 630 milhões de euros, em comparação com 869 milhões de euros no início do período.

A empresa salienta que estes resultados positivos foram alcançados num contexto de crise geopolítica e económica caracterizada por uma inflação crescente, emergência energética e propensão decrescente para o consumo, e que o grupo não foi afetado por impactos significativos graças à sua reatividade de gestão imediata.

As receitas líquidas consolidadas aumentaram em relação ao mesmo período do ano passado e as vendas de publicidade do grupo, apesar de um segundo trimestre muito difícil, registaram uma tendência melhor do que a do mercado graças à liderança televisiva dos canais Mediaset, tanto em Itália (mais de 40% de quota do alvo comercial em horário nobre) como em Espanha.

Na mesma declaração, a MFE diz, ainda, que, através de um “controlo cuidadoso dos custos, apesar do aumento da inflação e dos preços da energia”, conseguiu obter um resultado líquido positivo no primeiro semestre do ano, uma diminuição acentuada da dívida e um fluxo de caixa livre significativo.

Resultados em Espanha

Relativamente à evolução dos resultados em Espanha, a MFE salienta que as receitas ascenderam a 415 milhões de euros, um valor semelhante ao de 2021 (423 milhões de euros) 2021. As receitas brutas de publicidade ascenderam a 385 milhões em comparação com 406 milhões em 2021, um valor em linha com o do mercado televisivo local (-5,0%, de acordo com dados Infoadex).

Entretanto, os custos em Espanha mantiveram-se estáveis em 319 milhões de euros, o mesmo valor que no mesmo período do ano passado. Além disso, as redes do grupo mantêm a sua liderança 24 horas por dia com uma quota de 29,5% do objetivo comercial. Telecinco é confirmado como o canal espanhol mais assistido no alvo comercial no total do dia (14,1%).

Relativamente à evolução previsível das operações, a MFE assinala que as previsões dos principais estudos de investigação estão progressivamente a delinear possíveis cenários de recessão para o último trimestre de 2022 e para o início do próximo ano. Mas diz que, mesmo neste contexto, “graças ao forte posicionamento editorial, à considerável quota de mercado mantida no mercado publicitário e à capacidade de ajustar rapidamente os custos à tendência das vendas de publicidade, o grupo MFE confirma o seu objetivo de alcançar resultados para o exercício financeiro de 2022“.

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Algoritmo vai inventar nomes das “empresas na hora”

  • ECO
  • 28 Setembro 2022

A medida está incluída no programa Simplex e visa utilizar um algoritmo de inteligência artificial que vai gerar listas de nomes para empresas de forma automática.

Um algoritmo de inteligência artificial vai assumir a escolha dos nomes das empresas criadas na hora, sistema disponibilizado no Portal da Justiça, noticia o Jornal de Negócios. O trabalho era, até aqui, assegurado manualmente por dois funcionários, no mínimo.

A medida está incluída no programa Simplex e vai ser apresentada pela ministra da Justiça esta quarta-feira, sendo que o objetivo é permitir “progressivamente libertar quatro funcionários para tarefas de maior valor acrescentado”, dado que “o algoritmo poderá gerar, de uma só vez, uma quantidade muito maior de nomes do que uma pessoa seria capaz num só dia”, explica o Governo.

Desde que foi criada a modalidade de Empresa na Hora, mais de 80 mil empresários já utilizaram esta possibilidade e por dia estão no mínimo dois funcionários afetos a esta tarefa. A nova ferramenta informática foi desenvolvida por startup, constituída por antigos alunos do Instituto Superior Técnico e deverá facilitar a vida aos empresários que têm vindo a ter dificuldades em arranjar um nome que se adeque ao seu ramo de atividade.

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Multipessoal lança Clan para uma procura de emprego e contratação 100% digital

O objetivo desta solução de emprego 100% digital é que a digitalização não se fique por apenas algumas fases do recrutamento e contratação, e que se adote uma abordagem que seja realmente 360º.

Ciente que o futuro mercado de trabalho passa, cada vez mais, pelo plano digital, a Multipessoal acaba de lançar o Clan, uma solução de emprego 100% digital para candidatos e colaboradores. Todos os passos da jornada de emprego, desde o momento em que são candidatos até ao que se tornam colaboradores, podem, agora, ser realizados e acompanhados na plataforma online. Até mesmo a assinatura do contrato de trabalho e o processo de admissão. O objetivo é que a digitalização não se fique por apenas algumas fases do recrutamento e contratação, e que se adote uma abordagem que seja realmente 360º.

“Há três anos, iniciámos um processo de transformação, tendo consciência de que, inevitavelmente, o futuro do trabalho passaria cada vez mais pelo meio digital. A pandemia veio não só mostrar que esta aposta era acertada, mas também acelerar o processo de transformação, trazendo novos desafios para as empresas, no sentido de se adaptarem às novas realidades, modelos de trabalho e expectativas e necessidades dos profissionais”, começa por explicar Eduardo Marques Lopes, diretor de marketing e comunicação da Multipessoal, à Pessoas.

“Tendo antecipado as novas tendências do mercado, o Clan vem consolidar todo o trabalho desenvolvido até aqui numa solução única e inovadora, que tira partido dos recursos tecnológicos que temos, hoje, ao nosso dispor, e de todas as aprendizagens dos últimos anos, para garantir um serviço cada vez mais próximo e alinhado com o perfil das pessoas que nos procuram e confiam em nós”, esclarece.

Ao integrarem o Clan, os profissionais têm acesso a uma linha de atendimento e a outros canais de apoio, como um assistente virtual disponível 24/7. Estando registados no website, tanto os candidatos como os colaboradores dispõem de uma área reservada personalizada, que proporciona uma comunicação regular, permite editar e melhorar o perfil individual, e possibilita o acesso a informação crítica, como é o caso da situação contratual e dos respetivos recibos de vencimento.

Processo de admissão totalmente digital

A começar pela procura de emprego, através do Clan, os candidatos têm acesso a novas formas de pesquisa bem como de qualificação do seu perfil, permitindo o mapeamento entre o emprego que procuram e as ofertas que estão disponíveis.

O processo de candidatura é “simples e intuitivo”: os profissionais podem registar-se em apenas três passos e acompanhar online o estado dos seus processos de recrutamento.

Quanto à etapa de contratação, a principal novidade é que, para além da garantia de que todos os colaboradores podem assinar digitalmente os seus contratos de trabalho, o processo de admissão, que obriga à validação de vários documentos, passa a ser feito de forma 100% online, “sempre acompanhados de um suporte presente em todos os canais de contacto”, alerta a empresa especializada em recursos humanos.

Hoje em dia, processos demasiado longos, complicados e burocráticos, a par de falta de feedback e suporte contínuos, geram frustração e, em última análise, podem colocar em causa a atração e retenção de talento. É cada vez mais importante estar atento às tendências do mercado e às atitudes dos profissionais, e ter a capacidade de responder ágil e adequadamente.

Eduardo Marques Lopes

Diretor de marketing e comunicação da Multipessoal

“A realidade do mercado de trabalho alterou-se profundamente e, como sabemos, emergiram novos modelos e regimes que, embora inicialmente tenham sido encarados como algo temporário, se vieram a consolidar e a tornar mais permanentes. Os profissionais de hoje têm hábitos, preferências e expectativas diferentes e é inquestionável que as rotinas, quer pessoais, quer profissionais, transitam cada vez mais para o digital. Ora, não faz sentido proporcionar fases da jornada de recrutamento e de contratação online, sem contemplar todo o processo. A abordagem deve ser, a nosso ver, 360º”, defende Eduardo Marques Lopes.

“Hoje em dia, processos demasiado longos, complicados e burocráticos, a par de falta de feedback e suporte contínuos, geram frustração e, em última análise, podem colocar em causa a atração e retenção de talento. É cada vez mais importante estar atento às tendências do mercado e às atitudes dos profissionais, e ter a capacidade de responder ágil e adequadamente”, continua. “O meio digital permite-nos sermos mais ágeis e oferecermos maior acessibilidade e comodidade, que consideramos serem elementos-chave no que ao trabalho diz respeito.”

O Clan está disponível a partir de www.clan.pt.

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Operação Lex: Debate instrutório marcado para 3 de novembro

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

O debate instrutório da Operação Lex terá início pelas 10h00 do dia 3 de novembro. O caso conta com 17 arguidos, incluindo o ex-juiz Rui Rangel e o antigo presidente do Benfica Luís Filipe Vieira.

O debate instrutório do processo Operação Lex, com 17 arguidos, incluindo o ex-juiz Rui Rangel e o antigo presidente do Benfica Luís Filipe Vieira, ficou marcado para 3 de novembro, revelou fonte do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A mesma fonte do STJ precisou à agência Lusa que o debate instrutório da Operação Lex terá início pelas 10h00 desse dia.

Na semana passada, teve início a fase de instrução do processo Operação Lex com a inquirição de testemunhas arroladas pelo vice-presidente do Benfica Fernando Tavares e pelo advogado Jorge Rodrigues Barroso, ambos arguidos neste processo que corre termos no Supremo Tribunal de Justiça.

A instrução do processo, a cargo do juiz conselheiro Sénio Alves, começou praticamente dois anos após ter sido deduzida a acusação do Ministério Público (MP) a 17 arguidos.

Entre os acusados encontram-se três antigos desembargadores – Rui Rangel (expulso pelo Conselho Superior da Magistratura), Fátima Galante (ex-mulher de Rangel e aposentada compulsivamente pelo órgão de gestão e disciplina dos juízes) e Luís Vaz das Neves (ex-presidente da Relação de Lisboa, entretanto jubilado) –, bem como o ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira, o vice-presidente “encarnado” Fernando Tavares e o empresário José Veiga.

Em causa no processo estão os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento, segundo divulgou a Procuradoria-Geral da República (PGR) num comunicado em 18 de setembro de 2020.

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