Israelita HiBob instala tech hub europeu em Portugal. Quer criar 70 postos de trabalho

A plataforma de RH tem como missão transformar a forma como as empresas operam no mundo moderno, envolvendo todas as complexidades dos processos de RH numa ferramenta de fácil utilização para todos.

A israelita HiBob escolheu Portugal para instalar o seu novo tech hub europeu, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. A plataforma de recursos humanos, que pretende transformar a forma como as organizações operam no mundo de trabalho moderno, pretende criar 70 novos postos de trabalho em Portugal durante os próximos 12 meses. O valor do investimento que o “Center of R&D Excellence” envolveu é de “vários milhões de euros”. João Ferro Rodrigues irá juntar-se à equipa como managing director da HiBob em Portugal.

“Iremos criar cerca de 70 novos empregos para profissionais da tecnologia durante os próximos 12 meses, com um processo de recrutamento que já está em curso”, avança Ronni Zehavi, cofundador e CEO da HiBob, em declarações à Pessoas.

A escolha de Portugal prendeu-se com o rápido crescimento do país, que é, agora, “um dos mais importantes polos de tecnologia na Europa, com muito talento a chegar ao país recentemente”.

“Ao longo dos anos, muitas grandes empresas chegaram a Portugal vindas de outros países da Europa e de todo o mundo. Muitas plataformas e empresas de tecnologia também se concentraram em Portugal, atraídas pela disponibilidade de talento”, sustenta o líder.

As expectativas estão “altas”, tanto do ponto de vista do mercado de talentos como do “cenário tecnológico”. “Vemos que o cenário tecnológico está em ascensão e que irá gerar startup, scaleups e unicórnios”, antevê.

Já o economista e empreendedor João Ferro Rodrigues irá juntar-se à equipa como managing director para liderar a operação no país e gerir uma equipa de especialistas. João Ferro Rodrigues vai focar-se em atrair os melhores operacionais tecnológicos da Europa, de forma a construir um centro de research & development sólido que apoiará o trabalho global da HiBob.

Questionado sobre o valor de investimento na aposta em Portugal, Ronni Zehavi desvenda apenas que estão envolvidos “vários milhões de euros, que compreendem salários, custos de escritório ou fornecedores locais, durante os próximos anos”.

380 pessoas contratadas e dois novos escritórios em menos de um ano

Desde o quarto trimestre de 2021, a HiBob duplicou de tamanho, com 380 novas contratações, bem como com a expansão de novos escritórios em Berlim (Alemanha), que cobrem a atividade da Alemanha, Áustria e Suíça, e, agora, em Lisboa. Estes dois escritórios juntam-se aos já existentes em Tel Aviv (Israel), Sydney (Austrália), Amesterdão (Holanda), Londres (Inglaterra) e Nova Iorque (EUA).

A empresa viu também a sua base global de clientes crescer na ordem dos 133%, sendo já a plataforma usada por mais de 2.500 empresas, incluindo a Fiverr, a HappySocks ou a VaynerMedia, segundo números adiantados pela tecnológica.

Antevendo alguns daqueles que serão os principais desafios, em termos de recursos humanos, para o próximo ano, como é o caso da flexibilidade — “os colaboradores vão, de uma forma genérica, exigir ainda mais flexibilidade” –, do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal — “que está a mudar para um equilíbrio entre vida pessoal e trabalho (life-work balance)”, da semana de quatro dias de trabalho ou a saúde mental, Ronni Zehavi defende que os próprios sistemas de RH terão de evoluir para fazer face a estas mudanças.

“A HiBob foi criada para este contexto desde o início. Concebido para ser um sistema de compromisso e envolvimento e não apenas de registo, está preparada para lidar com estas novas expectativas emergentes”, assegura o CEO e cofundador da plataforma de RH.

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HCM: empresas mais preparadas para ganhar a disputa pelo talento

  • Conteúdo Patrocinado
  • 13 Setembro 2022

Novos tempos, novos modelos de trabalho, novas formas de recrutar e gerir o talento. Agora as empresas já têm aquilo de que precisam para receberem os novos modelos de trabalho: uma solução de HCM.

A grande competitividade pelo talento não é novidade e é um desafio real para as empresas.

Porém, nos últimos dois anos acelerou a necessidade de criar, não só uma nova cultura e modelo de trabalho, mas também de dotar as empresas e equipas de ferramentas que possibilitem a mobilidade, a produtividade e a motivação, ferramentas colaborativas que se adaptem a este novo paradigma.

Até porque hoje, são os candidatos que escolhem as empresas e não o contrário. E também já não chega atrair os melhores, é necessário reter os colaboradores.

Foco numa melhor experiência de trabalho para os colaboradores

A experiência dos colaboradores e a organização do trabalho são alguns dos grandes desafios que a gestão tem de enfrentar.

E, de acordo com os novos modelos de trabalho, a experiência só pode ser digital através de tecnologia especializada e preparada para acompanhar o colaborador nos seus processos de trabalho e dar-lhe a agilidade de que precisa.

Mas, será possível garantir e medir a produtividade das equipas em modelo remoto?

É possível continuar a motivá-las da mesma forma?

Ou, até mesmo, capacitá-las para terem tempo de qualidade e evolução?

A resposta é SIM.

A fórmula para o sucesso passa por atrair e reter as melhores pessoas, aliada a um forte aumento da produtividade com recurso à tecnologia certa: a gestão de trabalho centralizada e disponível em qualquer lugar, canais de comunicação abertos para partilha e tudo isto com o acompanhamento próximo do líder.

Atrair e recrutar os melhores talentos? Sim, é possível

Atrair o melhor candidato não é uma questão de sorte e é resultado de vários fatores que, em conjunto, criam a melhor experiência para o candidato: cultura da empresa, feedback e tecnologia.

É importante respeitar e dar confiança do candidato, ser eficaz, mostrar profissionalismo, responder rapidamente às questões e dar feedback ao longo de todo o processo.

Cada candidato vê numa candidatura uma hipótese de futuro e evolução naquela organização, e a falta de feedback, aliado a um acompanhamento deficitário ao longo de todo o processo de recrutamento, transparecem uma cultura organizacional pobre e pouco apelativa.

É preciso ter a tecnologia certa, saber reconhecer e abrir novos caminhos, tanto a nível de meios como de profissionalização dos processos. Só assim é possível evitar a lentidão e o peso que um processo de recrutamento habitualmente acarreta.

Como proporcionar uma boa experiência e cativar o candidato? Como conseguir dar-lhe agilidade ao longo de todo o processo?

Atenção: o recrutamento é apenas uma parte do processo, mas é apenas o início. Depois de recrutado, é necessário, cada vez mais, reter e motivar o talento na empresa e garantir que está em linha com o propósito definido.

O desafio de reter o talento

Conseguir que um candidato permaneça na empresa é desafio real nos dias que correm e há dois fatores que podem facilitar a permanência de um colaborador: apostar no seu desenvolvimento pessoal dando-lhe formação para evoluir, através de uma avaliação criteriosa:

  1. A formação é um fator diferenciador que promove a evolução dos colaboradores e das suas capacidades, até porque este é um benefício que fica sempre na posse do próprio;
  2. A avaliação pressupõe o acompanhamento dos colaboradores e um reconhecimento no trabalho desenvolvido, sem esquecer o impacto na sua motivação e no crescimento.

Estes são aspetos fundamentais que estabelecem relações de confiança mútua e que devem traduzir os valores e a cultura da empresa.

É necessário ter também bem claro que reter um talento não é uma questão de intuição ou sorte. As pessoas precisam de sentir que pertencem a algo maior do que elas próprias para darem o melhor delas e manterem-se motivadas.

De acordo com a Gallup, os colaboradores desmotivados têm um custo para a empresa de 34% do seu salário anual.

Não restam dúvidas de que felicidade é lucrativa. É imperativo apostar na cultura da empresa, no seu bem-estar e agilidade das equipas.

Só assim é possível reduzir a rotatividade e o absentismo, para além de incentivar um maior compromisso e responsabilidade: para uma performance de topo é preciso garantir condições de topo aos colaboradores.

E qual o impacto do tempo dependido nos departamentos de RH?

Os departamentos de recursos humanos são normalmente compostos por poucos elementos onde tipicamente a carga administrativa impera, deixando pouco tempo para a efetiva gestão, acompanhamento e crescimento das pessoas.

É por isso imperativa a necessidade de existir uma boa gestão do tempo que permita aliviar a carga administrativa destes departamentos.

De acordo com um relatório da Bloomberg BNA’s HR Department Benchmarks and Analysis, por cada 100 colaboradores, as equipas de recursos humanos têm, em média, 1,4 pessoas dedicadas a tempo inteiro.

Por isso, e com deste rácio, para ter a certeza de que têm a capacidade de tomar as melhores decisões assentes num acompanhamento cuidadoso às pessoas, os departamentos de RH devem munir-se das melhores ferramentas e dashboards que incorporam as melhores práticas de people analytics que permitam identificar onde e como atuar.

Hoje e cada vez mais, as pessoas são um dos principais fatores diferenciadores da competitividade nas organizações.

É crucial garantir o engagement das equipas com a conjugação de todos estes fatores, desde a atração à retenção e preocupação com a formação e evolução das equipas, passando por um processo de recrutamento altamente profissionalizado.

A tecnologia certa permite contratar as pessoas certas e retê-las da melhor forma

A conjugação de todos estes fatores que irão melhorar a produtividade em todas as etapas da employee journey.

Sem pessoas não há empresas.

Hoje os gestores precisam munir-se da tecnologia certa que facilite a comunicação entre colaborador e empresa através de uma relação de proximidade, objetivos comuns e compromisso em continuar o trabalho desenvolvido.

A solução Human Capital Management, disponibilizada pela PHC Software, assegura a gestão integrada de pessoas na empresa, desde o recrutamento à gestão administrativa, passando pela colaboração, formação e desenvolvimento pessoal, com base em métricas e avaliações que apoiam a tomada de decisão.

Esta solução está totalmente integrada com o software de gestão, permitindo uma gestão eficiente de todos os processos relacionados com os recursos humanos, tornando qualquer organização mais colaborativa, inteligente e, por conseguinte, mais produtiva.

Com a solução Human Capital Management da PHC Software, a sua empresa tem tudo aquilo de que precisa para fazer da disputa pelo talento uma aposta ganha.

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Nas notícias lá fora: Aviação, banca e supermercados

Iberia garante que companhia irá recuperar lucro pré-pandemia nos próximos dois anos. Goldman Sachs prevê despedir entre 1% a 5% dos funcionários. Espanha ameaça tabelar preços nos supermercados.

Em destaque na revista internacional desta terça-feira está a Iberia, que pretende recuperar os resultados pré-Covid até 2024, e a Lufthansa, que garante que os preços dos bilhetes nunca irão regressar aos níveis pré-pandemia. No setor da banca, o Goldman Sachs prevê despedir até 5% dos funcionários com menor desempenho, e as famílias francesas precisam, em média, de mais 510 euros por mês para viver decentemente, segundo um barómetro. Já Espanha ameaça tabelar os preços nos supermercados após o setor recusar limitar os preços ou baixar as margens.

Expansión

Iberia espera recuperar lucro pré-pandemia nos próximos dois anos

O CEO da companhia aérea espanhola Iberia, Javier Sánchez-Prieto, defende que a empresa irá recuperar os níveis de lucro pré-pandemia nos próximos 24 meses. Após dois anos de restrições, Sánchez-Prieto defende que a empresa planeia recuperar o EBIT (lucro antes de juros e impostos) de 500 milhões de euros de 2019 entre 2023 e 2024. Sem revelar mais detalhes, o gestor garante que a Iberia irá ter um resultado positivo já a partir do segundo trimestre do ano.

Leia a notícia completa na Expanción (acesso pago/conteúdo em espanhol).

Reuters

Lufthansa diz que preços dos bilhetes não irão regressar ao pré-pandemia

O CEO da alemã Lufthansa, Carsten Spohr, avançou que os preços dos bilhetes de avião da companhia nunca irão regressar aos valores pré-pandemia e prevê uma evolução dos preços estável ou crescente no futuro. Para o responsável, a venda de bilhetes a menos de 20 euros representou um valor demasiado baixo e irresponsável e acrescentou que a indústria precisa de uma revisão em alta dos preços, para financiar maiores investimentos e ser resiliente face a crises como da Covid.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago/conteúdo em inglês).

CNBC

Goldman Sachs prevê despedir até 5% dos trabalhadores

O banco de investimento Goldman Sachs planeia despedir centenas de funcionários já este mês, no que será o regresso de uma tradição anual das empresas de Wall Street, que consiste no corte de 1% a 5% dos funcionários com menor desempenho em toda a empresa. Estarão em causa centenas de postos de trabalho.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre/conteúdo em inglês).

BFMTV

Faltam 510 euros/mês para famílias francesas viverem decentemente

O disparar dos preços dos bens faz com que faltem, em média, 510 euros por mês para que as famílias francesas possam viver decentemente, de acordo com um estudo da Cofidis e CSA Research. Este é o maior valor de sempre desde pelo menos 2014, ano em que foi criado o barómetro. Se os 510 euros fossem acrescentados ao orçamento das famílias, 53% serviriam para pagar a comida e 29% para a energia. O estudo mostra ainda que 82% dos franceses notam a subida dos preços face a 2021.

Leia a notícia completa na BFMTV (acesso livre/conteúdo em francês).

El Economista

Governo espanhol ameaça supermercados com preços tabelados

A ministra do Trabalho de Espanha, Yolanda Díaz, ameaça tabelar os preços nos supermercados. A hipótese foi posta em cima da mesa depois de um dia de reuniões com o setor da distribuição, que recusaram limitar os preços ou baixar as suas margens de negócio. Os preços tabelados poderão ser introduzidos para bens de primeira necessidade ou para matérias-primas estratégicas, segundo a lei espanhola.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

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“Ainda estamos longe da paz”, diz Guterres após telefonema com Putin

  • Lusa e ECO
  • 13 Setembro 2022

"Ainda estamos longe de um acordo de paz. (…) Estaria a mentir se dissesse que isso vai acontecer rapidamente", disse Guterres, após telefonema com Vladimir Putin.

A possibilidade de um acordo de paz na Ucrânia permanece muito distante, admitiu esta quarta-feira o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, após uma conversa telefónica com o Presidente russo, Vladimir Putin. “Ainda estamos longe de um acordo de paz. (…) Estaria a mentir se dissesse que isso vai acontecer rapidamente”, disse Guterres.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou esta quarta-feira ser “demasiado cedo” para antecipar o resultado da contraofensiva do exército da Ucrânia, no nordeste do país, contra as forças da Rússia.

Na segunda-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu que a Ucrânia já reconquistou aos russos quase 6.000 quilómetros quadrados de território desde o início da contraofensiva.

Acompanhe aqui os desenvolvimentos da guerra na Europa.

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Poupança do Estado com juros acaba no próximo ano

  • ECO
  • 13 Setembro 2022

Despesa das Administrações Públicas com juros aumenta 591 milhões de euros em 2023, e é a segunda maior despesa do Orçamento do Estado de 2023. Aumento da despesa com pensões está em primeiro lugar.

Pela primeira vez desde 2014, o Governo está a prever que a despesa pública com juros da dívida, em vez de gerar poupanças, se irá agravar no próximo ano, avança o Público.

É o fim de um período de oito anos em que a política monetária do BCE, em combinação com um aumento da credibilidade das finanças públicas portuguesas, contribuiu para melhorar os saldos orçamentais, antecipa o Ministério das Finanças no Quadro de Políticas Invariantes para 2023.

O documento prevê que a despesa das Administrações Públicas com juros aumente 591 milhões de euros em 2023, face ao valor atual, representando a segunda rubrica que mais vai pesar no Orçamento do Estado para o próximo ano.

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PS avança com banco de terras público para terrenos sem proprietário conhecido

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

Projeto de lei é discutido no dia 22 e irá “completar a reforma da floresta” de 2017. Diploma define período de 15 anos de posse pelo Estado, e tudo será feito em defesa da propriedade privada.

O PS vai avançar com um projeto para a criação um banco de terras público, visando promover a gestão integrada de terrenos sem proprietário conhecido, “sem colidir com a Constituição” em matéria de propriedade privada.

Este projeto de lei vai ser debatido em plenário no parlamento no próximo dia 22 e, segundo o líder parlamentar do PS, irá “completar a reforma da floresta” apresentada pelo Governo em 2017, insistindo-se com um diploma que foi chumbado nessa legislatura em que os socialistas governaram com maioria relativa.

Em relação aos direitos dos proprietários, o presidente do Grupo Parlamentar do PS assinalou que o diploma define à partida “um período de 15 anos de posse pelo Estado”.

“Tudo será feito em defesa de um direito constitucional fundamental, o direito à propriedade privada. Mas o território nacional, neste momento, tem um conjunto de terras, fundamentalmente florestal, com uma percentagem muito considerável sem dono conhecido”, justificou.

Na dimensão relativa à parte da floresta, o líder da bancada do PS começou por referir que está em curso um processo de cadastro, estando prevista uma dotação “significativa” ao nível do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR). E a seguir destacou a percentagem significativa de solo florestal sem dono.

“Há quem estime que um milhão de hectares de terreno florestal não tenha dono conhecido, há quem diga que 20 a 30% do cadastro em zonas florestais tem solos sem dono conhecido. Respeitando sempre a propriedade privada, entendemos que é preciso limpar esse solo florestal, manter e agregar para integrar unidades de exploração que sejam economicamente viáveis”, defendeu o líder da bancada socialista.

Caso contrário, segundo Eurico Brilhante Dias, o abandono “gera mais risco de incêndios e impossibilita-se explorar de forma equilibrada uma importante componente de combate às alterações climáticas”.

“Sem unidades viáveis não conseguimos ter gente com atividades económicas no território. Pretendemos que seja possível gerir [esses bancos de terras sem dono] durante um período de tempo, os proprietários terão sempre o direito de reclamar a sua propriedade (o que não fizeram no passado), mas possibilita-se colocar esses solos em explorações com dimensão económica”, completou.

O presidente do Grupo Parlamentar do PS adiantou ainda que o diploma prevê “um fundo para a mobilização de terras que permita que a relação do Estado com esses territórios, com arrendamento, possa permitir ter resultados que sejam mais tarde investidos em outros solos, em outras terras, visando um melhor ordenamento do território”.

“Para o PS, estamos perante um pilar fundamental para a reforma da floresta que ficou para trás em 2017, depois de a proposta do Governo, com esta natureza, ter sido chumbada no parlamento. Passaram cinco anos, voltando à floresta, e verificamos que se impõe que o território sem dono conhecido seja administrado através de um banco público de terras, respeitando sempre a propriedade privada”, acentuou.

Para Eurico Brilhante Dias, “se os proprietários não são conhecidos, se não se apresentam, o Estado tem o dever de cuidar desse território”.

“Mantemos a bolsa de terras, que é outro instrumento no qual os privados e outros atores como autarquias podem colocar os seus solos para outros interessados explorarem ao nível das dimensões agrícola e florestal. Neste caso são terras com dono conhecido e por iniciativa dos seus proprietários vão para uma bolsa de terras para serem colocados no terreno”, disse.

Já no respeita ao micro e minifúndio florestal, de acordo com o presidente da bancada do PS, “há uma situação muito difícil de gerir”, já que uma parte “não tem dono conhecido e é preciso gerir com uma intervenção pública”.

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PSI sobe com energia mas BCP trava ganhos

Principal praça portuguesa volta a iniciar sessão em terreno positivo, suportado em ganhos no setor energético, enquanto a queda das ações do BCP impedia uma subida mais expressiva do PSI.

A bolsa de Lisboa iniciou a sessão em terreno positivo. O PSI começou o dia a somar 0,12%, para 6.087,76 pontos, com a ajuda do setor energético, mas sob pressão da banca.

Pouco depois da abertura, a EDP Renováveis somava 0,91%, para 25,39 dólares, enquanto a Galp contribuía para a subida da praça nacional com um ganho de 0,75%, para 10,805 euros, no contexto da subida dos preços do petróleo. Já a EDP subia 0,32%, para 4,991 euros.

As ações da Greenvolt também se destacavam pela positiva, ao somarem 0,75%, para 9,41 euros. As da Jerónimo Martins somavam 0,61%, para 23,08 euros. Nota ainda para os ganhos de 0,59% da Corticeira Amorim (10,18 euros).

Em terreno negativo estavam as ações do BCP, que perdiam 1,11% (15,12 cêntimos), da Sonae (-0,51%, 0,981 euros) e dos CTT (-0,15%, 3,38 euros).

Nas restantes praças europeias, o dia também começou em terreno positivo: o italiano FTSE Mib somava 0,45% (22.712,31 pontos); o espanhol IBEX-35 crescia 0,43% (8.229,5 pontos); o francês CAC-40 acrescentava 0,28% (6.351,43 pontos); o inglês FTSE 100 subia 0,07% (7.477,96 pontos).

Já o índice Stoxx 600 abriu a subir 0,31%, para 429,08 pontos.

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Assembleia do Porto aprova redução do IRS dos munícipes

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

A Assembleia Municipal do Porto aprovou a redução do IRS em 0,5 pontos percentuais, para 4%. Mantém IMI e redução da taxa de derrama às empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros/ano.

A Assembleia Municipal do Porto aprovou a redução do IRS em 0,5 pontos percentuais, fixando-se em 4%, com os votos contra do BE e CDU, e os votos favoráveis do movimento Rui Moreira, PSD, PS, Chega e PAN.

Na sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na noite de segunda-feira, foi também aprovada, por unanimidade, a manutenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 0,324% e a sua majoração em 30% para os prédios degradados.

A manutenção da redução da taxa da derrama, a aplicar às empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros anuais, fixando-a em 1% do lucro tributável e não isento de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) foi aprovada com o voto contra da CDU e do BE, e com os votos a favor do movimento independente Aqui Há Porto, do PSD, PS, Chega e PAN.

Raul Almeida, eleito pelo movimento Aqui Há Porto, destacou que o município se deve “congratular” por ter a “taxa mais baixa de IMI do país”, a qual entra nas “boas contas” e “desonera as famílias”, mas também por, ao nível do IRS, “fazer mais e melhor do que o Governo”.

“Só não garantimos mais porque temos em cima da mesa a descentralização [de competências] e qualquer promessa maior neste momento choca com a imprevisibilidade do Governo nesta matéria”, observou.

Também Nuno Borges, do PSD, salientou que a política fiscal do município é um “meio para atingir outros objetivos”, como maior investimento público e uma vida equilibrada. Destacando, à semelhança do eleito pelo movimento independente, que a taxa de IMI no Porto é a “mais baixa do país” refletindo-se de forma “positiva” na poupança dos contribuintes, Nuno Borges deixou ao executivo o “desafio” de ajustar a taxa às famílias residentes no município com menos de 35 anos e às famílias numerosas.

O social-democrata afirmou ainda que a redução efetuada no IRS reflete a “continuidade” do acordo de governação estabelecido entre o movimento independente de Rui Moreira e o PSD, esperando, contudo, que a mesma possa ser “mais ambiciosa” nos próximos anos.

Pelo PS, Agostinho de Sousa Pinto mostrou-se favorável com a redução e manutenção da política fiscal do município, dizendo, no entanto, que o partido “gostaria de ver as taxas do IMI, IRS e derrama baixarem”.

“Estamos de acordo com a desoneração fiscal das famílias e das pequenas e médias empresas”, disse o socialista, recusando as críticas feitas pelas outras forças políticas às medidas apresentadas pelo Governo para as famílias, tendo em vista a mitigação dos efeitos da inflação e do aumento dos custos energéticos.

Paulo Vieira de Castro, eleito pelo PAN, disse ser “correta” a manutenção da taxa do IMI, mas sugeriu a possibilidade, temporária ou permanente, da isenção deste imposto.

No que toca ao IRS, o deputado único do PAN lembrou que o município de Lisboa “devolve 3% aos contribuintes, enquanto o município do Porto apenas devolve 1%”.

Para Susana Constante Pereira, do BE, o IMI “pode e deve” ser usado como um instrumento para “obter uma justa compensação pela utilização do solo”, bem como uma “forma de responder à falta de habitação na cidade”.

“Entendemos que se devem estabelecer os indicadores do conceito de zonas de pressão”, destacou a eleita do BE, que relativamente ao IRS considerou que “favorece os grandes rendimentos e não a grande maioria dos agregados”.

Também a eleita da CDU, Joana Rodrigues, afirmou que a redução do IRS é “preocupante” por “não abranger a população de igual forma” e “beneficiar quem tem mais rendimentos”.

“A redução preocupa-nos e achamos que não é justo. A nosso ver, esta proposta não distribui riqueza de forma igualitária”, observou a deputada, defendendo ainda que os “tempos implicariam um sinal diferente do município” relativamente à derrama, nomeadamente, a sua isenção.

Na sessão, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, esclareceu algumas das questões colocadas pelos deputados sobre matéria fiscal e defendeu a necessidade de o parlamento “voltar a revisitar os centros históricos patrimónios da humanidade” em matéria de IMI.

“Porque é que o parlamento há de dizer que ali o IMI é zero? (…) Estes centros históricos estavam com um nível de prédios devolutos enorme e havia de criar fomento ao investimento, mas isso já não é a realidade hoje porque são as zonas de pressão nas cidades. Não só no Porto. Aquilo que parecia algo generoso deixou de ter fundamento e justificação”, acrescentou.

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Ministro da Educação defende exames apenas para acesso ao superior

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

João Costa defende que passe a ser definitiva a regra de os exames no ensino secundário sejam apenas para acesso ao ensino superior, tal como aconteceu no período da Covid-19.

As regras para os exames nacionais do ensino secundário deste ano ainda não foram definidas, mas o ministro da Educação defende que continuem a servir apenas para o acesso ao ensino superior, à semelhança dos últimos três anos.

“Eu sou favorável a manter em definitivo esta modalidade que adotámos durante os anos da pandemia [de covid-19]”, admitiu João Costa em entrevista à agência Lusa a propósito do início do ano letivo, que arranca entre hoje e sexta-feira.

Este ano, as provas finais do 9.º ano, retomadas no ano passado, mas só para aferição, vão voltar a contar para a avaliação dos alunos, mas ainda não se sabe como vão ser os exames nacionais do ensino secundário, uma decisão que está a ser discutida com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O impacto da pandemia da covid-19 na educação durante o ano letivo 2019-2020, quando as escolas encerraram pela primeira vez, impôs também novas regras para os exames nacionais que, nesse ano, não foram obrigatórios para concluir o ensino secundário e puderam ser realizados apenas por quem quisesse seguir para a universidade.

Foi também assim nos dois anos letivos seguintes e, apesar de ainda não ser certo que se repita este ano, João Costa concorda que a exceção se torne regra.

“O que aconteceu nestes dois anos mostra que não há nenhum prejuízo, nem para o trabalho que se faz nas escolas, nem para o acesso ao ensino superior. Até pelo contrário, porque os números das colocações no ensino superior devem-nos deixar muito orgulhosos”, sublinhou o ministro, aproveitando para comentar a colocação de quase 50 mil alunos na primeira fase do concurso nacional.

Por outro lado, além de facultativos, a estrutura das provas também mudou e, pela primeira vez, passou a contar com conjuntos de perguntas optativas em que era contabilizada a melhor reposta. É também uma das lições positivas que o ministro da Educação retira da adaptação aos tempos excecionais e que, no seu entender.

“O que o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) diz é que há vantagens, até porque nós estamos num momento em que demos muito mais liberdade à escola para desenvolver o currículo de uma forma mais flexível e isto esbarra um bocadinho em provas ‘ultra standardizadas’”, justificou.

E a propósito dos exames nacionais, o ministro da Educação comentou também eventuais alterações ao modelo de acesso ao ensino superior.

“O modelo de acesso ao ensino superior tem problemas, a meu ver, mas é percebido como justo e absolutamente transparente. Portanto, melhorias a introduzir no acesso não podem levar-nos a perder estas duas qualidades”, sublinhou, referindo em particular a possibilidade defendida por alguns de as próprias instituições selecionarem os alunos.

“Isto, que pode fazer sentido, pode introduzir fatores de iniquidade”, alertou o ministro, que elogiou, por outro lado, outras alterações recentes, como a criação dos concursos especiais de ingresso para diplomados de cursos profissionais e artísticos ou do contingente especial para alunos de escolas dos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP), anunciado em 2021, mas que ainda não teve efeito.

Esse contingente, acrescenta, funciona como “uma discriminação positiva” para que não sejam excluídos, à partida, do acesso às universidades e politécnicos “alunos com um potencial muito positivo para fazerem um ensino superior com muita qualidade apenas porque não tiveram as condições de competitividade que outros alunos tiveram”.

Ministro da Educação compromete-se a não congelar carreira de professores

O ministro da Educação avisa os professores que é escusado “empatar tempo” com negociações sobre recuperação do tempo de serviço congelado durante a ’troika’, mas compromete-se a não haver mais congelamentos.

“Tenho plena noção da penalização que existe para quem é professor desta incapacidade de recuperação daquela fatia do tempo que ficou por recuperar”, começou por afirmar o ministro da Educação, em entrevista à Agência Lusa.

“Temos de perceber que há o que conseguimos fazer e o que não conseguimos fazer. Eu considero-me uma pessoa honesta e não iria para uma mesa de negociações empatar tempo, a fazer de conta”, acrescentou João Costa, referindo-se à recuperação integral do tempo de serviço, uma das principais reivindicações dos sindicatos de professores, que em breve retomam negociações com a tutela.

As duas maiores estruturas sindicais – Fenprof e FNE – pediram ao Ministério da Educação que fosse elaborado um protocolo negocial com os temas a debater, mas para o ministro essa é uma reivindicação que deverá ficar de fora.

“Muito sinceramente, não me parece que seja sério da minha parte incluir questões num protocolo que já sei à partida que não temos condições de negociar. Estamos a fazer essa análise para identificar os pontos em que podemos chegar a algum lugar”, afirmou.

Durante o período de assistência financeira da ‘troika’, a carreira dos professores esteve congelada durante nove anos, quatro meses e dois dias, dos quais o Governo aceitou recuperar quase três anos.

O ministro afirma agora que a carreira docente não voltará a ser congelada: “Podemos hoje ter garantias, apesar da crise que vivemos, de que a carreira docente não vai voltar a ser congelada e damos esta garantia porque o processo de descongelamento e de recuperação do tempo de serviço foi feito com responsabilidade orçamental. Se não tivesse sido, hoje podíamos estar numa situação mais delicada”.

Questionado sobre a desigualdade em relação aos docentes das ilhas dos Açores e da Madeira, que conseguiram recuperar de forma faseada todo o tempo de serviço, João Costa explicou que o salário mensal é pago pelo orçamento regional, mas “a pensão é paga pelo Orçamento do Estado do Governo da República”.

“Se eu pudesse dizer assim ‘muito bem os professores que estão aqui no continente, mas quando se aposentarem, outro paga’, se calhar também tinha condições para recuperar integralmente o tempo de serviço. Temos de ter seriedade também na forma como analisamos estas questões. Os Açores e Madeira podem, porque não têm o peso das aposentações”, afirmou.

Sobre a recente reivindicação da Fenprof, que veio defender que os salários dos professores deveriam sofrer um aumento mínimo de 10%, tendo em conta a inflação, João Costa disse que essa é uma negociação da Administração Pública.

O ministro reconheceu que em Portugal os “salários são baixos” e que, depois do aumento do salário mínimo, “é compromisso deste Governo olhar para o salário médio”.

No entanto, defendeu que é preciso olhar para as carreiras gerais: “Um técnico superior, que tem habilitações semelhantes à de um professor ou de outros profissionais, tem um salário significativamente mais baixo do que o das carreiras especiais”.

Sobre o próximo Orçamento do Estado, João Costa revelou que estarão lá algumas das reivindicações dos sindicatos.

“Há um compromisso que estará, obviamente, já presente no Orçamento do Estado. Nós vamos negociar um modelo de recrutamento que tem também como fim uma maior estabilidade e uma maior vinculação de professores. E, obviamente, isso estará expresso no Orçamento de Estado, que é uma aspiração legítima das organizações sindicais e, já agora, é também uma aspiração nossa”, disse.

Entretanto, na segunda-feira, a Fenprof admitiu que os professores poderão avançar para uma greve ainda durante o primeiro período de aulas, caso não vejam atendidas algumas das suas reivindicações.

João Costa disse ter “um grande respeito pelo sindicalismo e pelo direito à greve”, acrescentando que o Ministério quer negociar, mas deixou um aviso: “Eu não negociarei sobre ameaças de greve. Ou há vontade de negociar ou há vontade de fazer greve. As duas coisas têm uma certa incompatibilidade. Portanto, é preciso que a Fenprof também saiba o que quer”.

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Hoje nas notícias: “Windfall tax”, ordens e juros da dívida

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Dirigentes do PS defendem taxas sobre empresas com lucros extraordinários. Despesa pública com juros da dívida deverá agravar-se no próximo ano, prevê Governo. Projeto de lei das ordens profissionais sob risco de ir ao Tribunal Constitucional. Indústria da carne defende que aumentos dos custos da eletricidade e do gás provocaram “situação catastrófica” no setor. Professores licenciados ganham quase menos 350 euros face a um professor no primeiro escalão da carreira.

Poupança do Estado com juros acaba para o ano

Pela primeira vez desde 2014, o Governo está a prever que a despesa pública com juros da dívida, em vez de gerar poupanças, se irá agravar no próximo ano. É o fim de um período de oito anos em que a política monetária do BCE, em combinação com um aumento da credibilidade das finanças públicas portuguesas, contribuiu decisivamente para melhorar os saldos orçamentais, antecipa o Ministério das Finanças no Quadro de Políticas Invariantes para 2023.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Cresce movimento no PS para taxar lucros extraordinários

O presidente do partido, Carlos César, o eurodeputado Pedro Marques e a deputada e ex-ministra Alexandra Leitão estão entre os principais dirigentes do PS que defendem o avanço da taxa sobre as empresas com lucros extraordinários, também conhecida por windfall tax. O líder parlamentar, Eurico Brilhante Dias, não exclui que este tipo de taxa seja uma hipótese no futuro, mas pediu cautela e tempo para avaliar os exemplos dos outros países. Pressionado, esta segunda-feira, o primeiro-ministro admitiu que ainda não é um assunto encerrado.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Lei das ordens profissionais arrisca ida ao Tribunal Constitucional

O projeto de lei das ordens profissionais arrisca ser enviado para o Tribunal Constitucional. A discussão pública desta lei tem levantado várias questões sobre uma eventual ingerência na independência destas ordens. Caso vá ao Tribunal Constitucional, o diploma dificilmente poderá entrar em vigor até ao final deste ano, conforme era compromisso do Governo junto da Comissão Europeia ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Setor da carne em “situação catastrófica”

A Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes (APIC) defende que a situação do setor está incomportável, e, em alguns casos, catastrófica, face aos aumentos dos custos da energia elétrica e do gás. Em causa estão aumentos na fatura do gás natural na ordem dos 500% em maio, face ao período homólogo, mas industriais admitem subir o preço dos produtos. Segundo Graça Mariano, diretora executiva da associação, nem todas as indústrias da carne tomaram conhecimento ao mesmo tempo do valor a que chegariam as suas faturas, pelo que a associação contactou o ministro da Economia por duas vezes, mas sem resposta.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Professores licenciados ganham quase menos 350 euros do que professores do primeiro escalão

Um professor no primeiro escalão da carreira aufere um salário em torno dos 1.500 euros brutos, enquanto um licenciado contratado pelas escolas ganha 1.159 euros brutos, no caso de um horário completo, ou quase menos 350 euros, denunciou o líder da Fenprof, Mário Nogueira. A legislação foi alterada para a contratação de profissionais pós-Bolonha, que se encontram impedidos de concorrer para o primeiro ciclo e pré-escolar, mas o ministro da Educação, João Costa, já admitiu que esta não é a solução para resolver a falta de docentes.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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Euro recupera para 1,0144 dólares com BCE a acelerar juros

O euro está a negociar em máximos de meados de agosto face ao dólar, estando a recuperar desde que o BCE decidiu subir os juros em 75 pontos base.

O euro continua a valorizar face ao dólar, para máximos de meados de agosto, depois de uma sequência de sessões que colocaram a moeda única novamente acima da paridade. Pelas 7h30 em Lisboa, o euro negociava-se por 1,0144 dólares, uma subida de cerca de 0,23% face a segunda-feira.

A recuperação prossegue depois de, na sessão prévia, o euro ter registado a maior valorização em seis meses, na ordem de 1,6%, de acordo com a Bloomberg. Um avanço que estará intimamente relacionado com as perspetivas de subida agressiva dos juros diretores pelo Banco Central Europeu (BCE).

Euro em máximos de agosto

Fonte: Refinitiv

Os investidores temiam que a Zona Euro estivesse a ficar para trás no combate à inflação, numa altura em que a Fed norte-americana tem vindo a escalar as taxas a um ritmo bastante superior. Mas, em 8 de setembro, Christine Lagarde, presidente do BCE, anunciou uma nova subida dos juros, agora de 75 pontos base.

Há ainda outro fator que estará na base da recuperação do euro nos últimos dias. Segundo a agência, os investidores estão a tentar proteger os portefólios perante aquilo que vai ser a divulgação da taxa de inflação em agosto esta terça-feira. Os economistas antecipam uma desaceleração, o que poderia levar a Fed a moderar a subida dos juros nos EUA.

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Airbus Atlantic admite duplicar investimento em Santo Tirso

Decisão só será tomada no próximo ano, mas CEO está "muito confiante" que vai voltar a investir na fábrica em Portugal. Até ao final de 2023 terá 250 trabalhadores.

Quando em 2020 a Airbus Atlantic decidiu comprar o terreno para a fábrica em Santo Tirso, quis o dobro da área necessária para a unidade que quando estiver concluída ocupará 20 mil metros quadrados e empregará 250 trabalhadores. O motivo é simples: o investimento em Portugal poderá duplicar nos próximos anos.

A informação foi adianta pelo CEO da Airbus Atlantic, Cédric Gautier, numa conferecence call com jornalistas na quinta-feira à tarde. “Estou muito confiante que vamos voltar a investir“, afirmou o responsável. A decisão final só será tomada no próximo ano, adiantou.

Cédric Gautier, CEO da Airbus Atlantic.

“A minha experiência dos nossos investimentos em Marrocos, na Tunísia e no Canadá é que eles foram, pelo menos, duplicados ou até mais, face ao inicialmente previsto. Uma grande razão é o crescimento da aviação comercial e o sucesso da Airbus e dos seus bons produtos”, justifica Cédric Gautier. Uma tendência que deverá prosseguir, com o construtor europeu a apontar para a venda de 75 A320 por mês em 2025.

“Vamos certamente precisar de investimento adicional. A questão é onde? Faremos um pouco por todo o lado, mas mais especificamente no lugar onde for mais interessante. Durante o próximo ano vamos tomar decisões sobre os novos investimentos e a Airbus Atlantic Portugal é um bom candidato. Já estávamos a antecipar isto, porque a terra que comprámos há dois anos corresponde à duplicação do investimento atual“, afirmou o CEO.

A fábrica de Santo Tirso começou a laborar ainda em 2020, mas a inauguração oficial só acontecerá na quarta-feira, com a presença do primeiro-ministro, devido à pandemia. Conta atualmente com 130 trabalhadores, incluindo pessoal em formação, e deverá chegar aos 150 nos próximos meses. Até ao final de 2023 serão 250 colaboradores, antecipa o responsável.

Fábrica da Airbus Atlantic em Santo Tirso.

Da unidade na Zona Industrial da Ermida saem secções e painéis de fuselagem para os aviões da família A320 e A350, para já da parte frontal e porta de carga, mas no futuro também para outras secções da estrutura das aeronaves. O investimento rondou os 40 milhões de euros.

Talento com custo competitivo e elogios à AICEP

Cédric Gautier enumerou os cinco principais motivos que levaram a então STELIA Aerospace a investir em Portugal e em particular no Norte. Começou por destacar “o dinamismo do país, da região, a inovação e empreendedorismo” e “a qualificação dos trabalhadores e o nível elevado das estruturas de formação“.

“Em aeronáutica precisamos, por razões de segurança, de pessoas altamente qualificadas. Ter uma pool de talento e disponibilidade de formação era muito importante para nós”, explicou. A que se junta “a competitividade dos custos de trabalho, que é uma vantagem-chave de Portugal“, considerou.

O quarto é a logística, que é algo cada vez mais importante, tendo em conta o contexto global. Portugal está muito bem localizado, perto de infraestruturas de transporte-chave, por estrada, mar e ar. E também perto da atual rota logística da Airbus Atlantic. Há uma clara sinergia”, explicou o responsável.

Por último, disse que “Portugal é um país amigo do investimento. Tem uma agência de promoção do investimento muito eficiente, a AICEP, que desde o primeiro dia nos deu um ótimo apoio para a construção do nosso projeto”.

O grupo Airbus está absolutamente convencido de que apesar de alguns problemas que possamos ter com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, as companhias aéreas continuam com vontade de investir para modernizar as frotas.

Cédric Gautier

CEO da Airbus Atlantic

A travagem da economia global devido à elevada inflação e à subida das taxas de juro não preocupa Cédric Gautier. “Quando se olha para os aeroportos e o nível de voos, ainda não estamos ao nível pré-pandemia. Em média, estamos 25% abaixo. Apesar disso, mesmo a este nível existe uma grande necessidade de as companhias adquirirem novos aviões. Têm de substituir as aeronaves por outras mais eficientes no consumo de combustível”, aponta.

“O grupo Airbus está absolutamente convencido de que apesar de alguns problemas que possamos ter com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, as companhias aéreas continuam com vontade de investir para modernizar as frotas”, acrescentou.

Compras de 65 milhões a fornecedores e crescimento de 25% ao ano

A Airbus compra 65 milhões a fornecedores em Portugal e o número deverá crescer cerca de 25% ao ano, antecipa o CEO da empresa que desenha e constrói peças para aeronaves e que além da casa-mãe tem como clientes a Bombardier, a ATR, a Embraer ou a Dassault Aviation. Lauak, Mecachrome, Critical Software e Caetano são alguns dos principais fornecedores em solo nacional.

Segundo a empresa, Portugal é já “um dos principais contribuintes para todos os programas da Airbus, desde montagens de aeronaves comerciais a quadros elétricos de helicópteros, até ao fabrico a montagem de compósitos”, gerando cerca de mil empregos diretos e mais de 4.000 indiretos. A atividade no país cresceu, em média, 16% nos últimos quatro anos.

A aposta no país traduziu-se também no lançamento, em 2021, do Airbus Global Business Services Center, em Lisboa, onde o grupo pretende concentrar todos os seus serviços partilhados, como finanças, recursos humanos, compras, tecnologias de informação, serviço a clientes, entre outros. Conta já com cerca de 300 colaboradores e a expectativa é que possa chegar aos 800 até 2025.

O objetivo passa por “desenvolver gradualmente uma forte competência no fabrico de aeroestruturas no norte do país, de forma a apoiar a sua competitividade e complementar a sua presença industrial global”, aponta.

A Airbus Atlantic foi criada em janeiro de 2022, juntando as unidades da Airbus em Nantes e Montoir-de-Bretagne com a STELIA Aerospace. A nova empresa reclama o segundo lugar mundial na construção de aeroestruturas e a liderança no fabrico de assentos para pilotos e assentos premium (primeira classe e classe executiva). Está presente em cinco países (França, Canadá, Marrocos, Tunísia e Portugal) e emprega 13 mil colaboradores, dos quais 10 mil em França.

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