Diogo Brito é o “All-Star” que vai representar Portugal no Portfolio Night

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  • 28 Outubro 2024

No evento, em Lisboa, participaram 37 talentos criativos que puderam mostrar o seu portfólio a mais de cinco diretores criativos no período de duas horas.

O designer gráfico e web developer independente Diogo Brito é o All-Star que vai representar Portugal no Portfolio Night, evento global do The One Club for Creativity, em Portugal promovido pelo CCP.

A Portfolio Night Lisboa decorreu pelo sexto ano consecutivo e juntou 30 diretores criativos de agências e estúdios nacionais “que se sentaram com talentos de todas as áreas da criatividade que procuraram opiniões qualificadas para fazer evoluir o seu portfólio”, refere o Clube da Criatividade de Portugal (CCP) em nota de imprensa.

O portefólio de Diogo Brito foi eleito o melhor da noite, pelo que o designer vai representar Portugal numa competição internacional realizada online, com os All-Stars das restantes cidades que fazem parte desta edição do programa, e integrar um dos grupos com três a quatro vencedores de outras cidades do mundo, que vão trabalhar um briefing real de uma marca. O grupo vencedor viaja até Nova Iorque para uma semana de eventos, workshops, networking e recrutamento.

Estou mesmo muito feliz. É uma sensação ótima de reconhecimento do meu trabalho e dá-me bastante força para continuar a crescer como profissional. Agradeço ao CCP e a todos os profissionais que estiveram aqui e viram o meu trabalho”, diz Diogo Brito, citado pelo CCP. O portefólio do designer gráfico pode ser consultado aqui.

No evento em Lisboa participaram 37 talentos criativos que puderam mostrar o seu portfólio a mais de cinco diretores criativos no período de duas horas. A votação dos 30 diretores craitivos foi moderada por Mário Mandacaru, co-fundador e creative partner d’A Equipa e ex-presidente do CCP.

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Caso CMEC. Mexia e Manso Neto acusados de corromper Manuel Pinho

Doze anos depois do início da investigação, há finalmente uma acusação. O Ministério Público entende que o Estado sofreu um prejuízo superior a 840 milhões de euros.

António Mexia, Manso Neto, Manuel Pinho, Miguel Barreto, João Conceição foram acusados de corrupção, no âmbito do processo dos CMEC/EDP.

António Mexia e João Manso Neto são acusados pelo Ministério Público (MO) de terem corrompido Manuel Pinho, ex-ministro socialista da Economia, para obter 840 milhões de euros de benefícios para a EDP, segundo explica o comunicado enviado pela Procuradoria-Geral da República. O MP pediu ainda a perda de bens dos arguidos e de duas empresas do Grupo EDP (EDP, SA e EDP Gestão de Produção de Energia, SA) no valor desses mesmos 840 milhões de euros a favor do Estado.

De acordo com a acusação, os factos ocorreram entre 2006 e 2014 e, em síntese, relacionam-se com a transição dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) para os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), designadamente com a sobrevalorização dos valores dos CMEC, bem como com a entrega das barragens de Alqueva e Pedrógão à Eletricidade de Portugal (EDP) sem concurso público e ainda com o pagamento pela EDP da ida de um ex-ministro para a Universidade de Columbia dar aulas.

“Ainda segundo a acusação, um dos arguidos, à data ministro da Economia, apoiou a nomeação de outro arguido como presidente executivo da EDP e favoreceu indevidamente essa empresa, mediante contrapartidas. Ao acordo, que para o efeito ambos fizeram, vieram a aderir os restantes arguidos, que o concretizaram também mediante contrapartidas”, diz o mesmo comunicado.

“Ao acordo, que para o efeito ambos fizeram, vieram a aderir os restantes arguidos, que o concretizaram também mediante contrapartidas”, conclui a acusação. Quanto a alguns dos factos pelos quais era investigado Miguel Barreto, ex-diretor-geral da Energia – relacionados com o negócio da “Home Energy” -, foram arquivados, por falta de provas, acrescenta o Ministério Público.

Quais os crimes imputados a cada arguido?

António Mexia — Ex-presidente executivo da EDP:

  • Um crime corrupção ativa para ato ilícito de titular de cargo político.

João Manso Neto — Ex-presidente da EDP Renováveis e ex-administrador da EDP:

  • Um crime corrupção ativa para ato ilícito de titular de cargo político.

Manuel Pinho — Ex-ministro da Economia do Governo socialista de José Sócrates:

  • Um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.

João Conceição — Ex-assessor do ministro Manuel Pinho no Ministério da Economia:

  • Um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.

Miguel Barreto — Ex-diretor-geral da Energia:

  • Um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.

Rui Cartaxo — Ex-assessor de Manuel Pinho no Ministério da Economia:

  • Um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.

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Clube da Criatividade de Portugal vai a eleições para o biénio 2024/2026 a 28 de novembro

  • + M
  • 28 Outubro 2024

As candidaturas e programa de novas listas para a direção do CCP devem ser entregues até ao fim do dia de 24 de novembro. As eleições para o biénio 2024/2026 decorrem quatro dias depois. 

O Clube da Criatividade de Portugal (CCP) reúne-se em assembleia geral no dia 28 de novembro. Um dos pontos da sessão passa por eleger os corpos sociais da organização para o biénio 2024/2026.

O CCP convoca os sócios ativos a juntarem-se à sessão, via Zoom, que conta com um total de três pontos na ordem de trabalhos, conforme a convocatória assinada por Luís Alvoeiro Quaresma, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Clube.

À “apreciação de relatório e parecer do Conselho Fiscal relativo às contas de 2023 e apreciação do relatório de gestão pela Direção”, segue-se a “realização de Eleições para a Direção e Corpos Sociais do Clube da Criatividade de Portugal para o Biénio 2024/2026″. Apurada a lista eleita, procede-se à “análise da execução” do plano de atividades da respetiva direção.

Nas eleições podem candidatar-se à direção e corpos sociais do CPP as listas cujos membros integrantes sejam sócios com as quotas válidas. As candidaturas e programa de novas listas devem ser entregues até 24 de novembro (às 23h59), através do email geral@clubedacriatividade.pt, dirigido à mesa de assembleia.

A atual direção do CCP é encabeçada por Susana Albuquerque enquanto presidente, a quem se junta Pedro Mesquita (vice-presidente), José Maria Machado (tesoureiro), Andreia Ribeiro (primeira vogal), Mafalda Quintela (segunda vogal) e Daniel Caeiro (terceiro vogal).

Os sócios ativos vão receber no seu email o link de acesso ao Zoom da Assembleia Geral, sendo que as empresas sócias do CCP devem fazer-se representar por um elemento na reunião.

“A direção convida a comunidade criativa a participar neste momento tão importante do Clube, onde vai apresentar os trabalhos desenvolvidos nos últimos dois anos, e reforça a importância da participação dos sócios na dinamização da estrutura e atuação da associação de forma a potenciar esforços e ganhar escala“, refere-se em comunicado.

“Se, na hora marcada para o início dos trabalhos, não se encontrarem presentes mais de metade dos associados com direito a voto, (…) a Assembleia Geral funciona legalmente em segunda convocatória, trinta minutos depois do seu início, com a mesma ordem de trabalhos, qualquer que seja o número de associados presentes, passando a realizar-se como Assembleia Extraordinária”, acrescenta-se.

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Banco polaco do BCP quer retomar dividendos em 2027

No plano comercial, o Bank Millennium tem como objetivo duplicar o negócio de banca de empresas, apontando às empresas de média dimensão com um novo modelo de serviço e um processo de crédito digital.

O banco polaco do BCP quer voltar a pagar dividendos em 2027 (com base nos lucros de 2026), de acordo com o plano estratégico para 2025-2028 apresentado esta segunda-feira.

Em linhas gerais, o Bank Millennium (detido em 50,1% pelo banco português) quer atingir uma rentabilidade dos capitais próprios de 18% em 2028 (melhoria em relação aos atuais 10,1%), e conta com vários fatores para atingir esse objetivo. Desde logo com a economia polaca a registar um crescimento anual entre 3% e 4% neste período, o que tornará o mercado polaco “atrativo para os bancos”.

O banco pretende manter “uma forte disciplina dos custos” e atingir um rácio cost-to-income de 37% dentro de quatro anos e reduzir o rácio de malparado para uma fasquia abaixo dos 4% (em comparação com os atuais 4,5%). No plano comercial, o Bank Millennium tem como objetivo duplicar o negócio de banca de empresas, apontando às empresas de média dimensão com um novo modelo de serviço e um processo de crédito digital.

Na parte da banca de retalho, a meta passa por alcançar os 3,7 milhões de clientes ativos, o que significa crescer 4% ao ano. O Bank Millennium tem atravessado anos desafiantes por conta das provisões relacionadas com os riscos legais associados aos créditos hipotecários em francos suíços.

Na quarta-feira será a vez de o BCP apresentar o seu plano estratégico para 2025-2028, sendo que o CEO, Miguel Maya, já anunciou que haverá um reforço do payout para 50% ou mais dos lucros.

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SRS Legal assessora constituição da RECAPS

Nuno Miguel Prata (sócio) e Andreia Rodrigues Lopes (associada), Gonçalo Anastácio (sócio) e Manuel Martinho Lopes Rocha (associado) foram os advogados envolvidos na operação.

A SRS Legal assegurou a assessoria jurídica na criação da RECAPS, a primeira entidade em Portugal a estabelecer um sistema integrado de recolha, transporte, tratamento e reciclagem de cápsulas de café.

A sociedade foi constituída com a colaboração da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) e reúne, neste momento inicial, catorze das maiores marcas do setor (Bellissimo, Delta Q e Ginga, da Delta Cafés; Torrié, da José Maria Vieira; Chave D’Ouro, Nicola e Segafredo, da Massimo Zanetti; Buondi, Nescafé Dolce Gusto, Nespresso, Sical e Starbucks, da Nestlé Portugal; Bogani, da NewCoffee; UCC, da UCC Coffee), que juntaram esforços em prol de um valor social maior: a promoção da sustentabilidade ambiental.

A SRS Legal prestou assessoria jurídica especializada tanto à AICC quanto às empresas fundadoras da RECAPS, liderando todos os aspetos societários e de compliance necessários para a constituição da sociedade. O projeto envolveu uma colaboração estreita entre as áreas de Corporate – liderada por Nuno Miguel Prata (sócio) e Andreia Rodrigues Lopes (associada) – e de Concorrência – liderada Gonçalo Anastácio (sócio) e Manuel Martinho Lopes Rocha (associado) – da SRS Legal.

Na linha do que já vem acontecendo em vários países europeus, a iniciativa RECAPS representa um marco inovador no panorama empresarial e ambiental português, ao assegurar que as cápsulas de café usadas sejam corretamente encaminhadas e recicladas. Este esforço das principais empresas do setor resulta de um compromisso claro com a economia circular e com a redução da pegada ecológica.

A constituição da RECAPS reflete o compromisso da SRS Legal em apoiar projetos inovadores e sustentáveis, que promovam a colaboração entre setores e contribuam para um futuro mais verde e responsável.

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Secretário de Estado alerta para impacto de situações de insegurança no setor do Turismo

  • Lusa
  • 28 Outubro 2024

Pedro Machado diz que a "insegurança, os incêndios e outros fenómenos que têm acontecido no país acabam por, de uma forma ou de outra, condicionar a perceção daqueles que queremos atrair”.

O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, disse esta segunda-feira que situações de insegurança como os tumultos da semana passada em vários bairros da Área Metropolitana de Lisboa condicionam a perceção do destino e exigem “serenidade” na solução.

“Temos que ter a serenidade suficiente para perceber que a insegurança, os incêndios e outros fenómenos que têm acontecido no país acabam por, de uma forma ou de outra, condicionar a perceção daqueles que queremos atrair”, afirmou. Pedro Machado falava no Funchal, Madeira, no âmbito da abertura da 5.ª sessão do ciclo de conferências “Estratégia Turismo 2035: construir o turismo do futuro”, organizado pelo Turismo de Portugal.

O secretário de Estado considerou que situações como os tumultos espoletados pela morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP na madrugada de 21 de outubro, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, “não são nunca uma boa notícia”. “O que devemos fazer? Com serenidade, resolver”, explicou, vincando que o Governo “já deu sinais evidentes de estar a controlar o processo”.

Pedro Machado disse, por outro lado, que o setor do turismo deverá registar este ano taxas de crescimento na ordem dos 4% em fluxo e 10% em receitas, depois de em 2023 ter arrecadado 25.000 milhões de euros de receitas e cerca de 30 milhões de turistas internacionais, que resultaram em 77 milhões de dormidas. “A nossa expectativa é que em 2024 venhamos a consolidar praticamente um crescimento para os 27.000 milhões de receitas e seguramente passaremos os 100 milhões de dormidas”, afirmou.

O governante adiantou que este crescimento deverá prosseguir em 2025 e considerou que não há excesso de turismo em Portugal. “Acho que o excesso de turismo está apenas nalgumas mentes, que não têm nem a perceção nem a informação suficiente para perceber que Portugal é um destino sustentável e sustentado”, disse, para logo acrescentar: “Portugal tem capacidade para crescer.”

Pedro Machado sublinhou a importância do ciclo de conferências “Estratégia Turismo 2035: construir o turismo do futuro” como meio para auscultar o setor e ajudar a “desenhar uma nova estratégia”, tendo também em consideração temas como a sustentabilidade, a mitigação das alterações climáticas, os novos padrões de consumo, os novos perfis dos consumidores, os novos modelos de negócio.

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Ministério Público já concluiu acusação a Mexia, Manso Neto e Manuel Pinho

Os procuradores do processo EDP teriam, supostamente, de concluir a investigação do processo até dia 23, segundo um despacho da Procuradoria-Geral da República (PGR), assinado no dia 3 de outubro.

Finalmente, a conclusão da investigação a António Mexia, Manso Neto e Manuel Pinho já está pronta. Segundo apurou o ECO/Advocatus, o despacho já está concluído, conta com 1069 páginas e espera agora que a PSP faça as respetivas notificações aos arguidos.

Os procuradores do processo EDP teriam, supostamente, de concluir a investigação do processo até 23 de outubro, segundo um despacho da Procuradoria-Geral da República (PGR), assinado no dia 3 de outubro. O, à data, vice-Procurador-Geral da República, Carlos Adérito Teixeira, decidiu que “o prazo para o encerramento do inquérito tem vindo a ser sucessivamente prorrogado” mas, desta vez, e após um novo pedido de adiamento, “são invocados constrangimentos, relativos à recente tramitação processual que tem vindo a ser desenvolvida junto do Tribunal Central de Instrução Criminal, e que se creem já ultrapassados”.

Por isso, nesse despacho – a que o ECO teve acesso – era dito que “determina-se a ultimação do despacho de encerramento de inquérito em 20 dias”. Mas nesse mesmo despacho, por lapso ou propositadamente, não foi referido (como o foi em despachos anteriores) que o prazo começaria a contar a partir da data do presente despacho.

Em investigação, que decorre desde 2012, tem como principais arguidos os antigos administradores da EDP António Mexia e João Manso Neto, que acabaram por ser afastados das suas funções na empresa na sequência deste caso, além de João Conceição, administrador da REN e antigo consultor do ex-ministro da Economia Manuel Pinho.

O processo tem sido marcado por sucessivos adiamentos na sua conclusão, retardando dessa forma um despacho de acusação ou arquivamento. Os últimos três prazos fixados anteriormente foram o dia 30 de abril, 30 de junho e 30 de setembro para a conclusão do inquérito.

As últimas prorrogações de prazos ficaram a dever-se, sobretudo, à presença no processo de 3.277 emails apreendidos aos ex-administradores da EDP António Mexia e João Manso Neto e cuja apreensão foi anulada em outubro de 2023 por um acórdão de fixação de jurisprudência do Supremo Tribunal de Justiça. Com a declaração destes emails como prova proibida, foi preciso analisar as consequências e ramificações sobre o resto da prova reunida pelo MP.

O caso EDP/CMEC acabou por levar em dezembro de 2022 à acusação do ex-ministro Manuel Pinho, da mulher Alexandra Pinho, e do ex-banqueiro Ricardo Salgado por factos não relacionados com a empresa e os Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), que estiveram na origem do inquérito aberto em 2012.

O julgamento terminou em junho com a condenação do ex-governante a 10 anos de prisão e do ex-banqueiro a seis anos e três meses (além da condenação de Alexandra Pinho a quatro anos e oito meses de pena suspensa).

O processo foi então separado e ficaram aqui sob investigação os procedimentos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC). António Mexia e João Manso Neto, arguidos desde 2017 neste caso, são suspeitos dos crimes de corrupção e participação económica em negócio, enquanto João Conceição é suspeito de corrupção passiva.

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Miranda Sarmento reitera vontade de reduzir IRC de 21% para 15%

O ministro das Finanças reiterou a vontade em cumprir com o Programa da Aliança Democrática, no qual está prevista uma redução do IRC de 21% para 15%.

O ministro das Finanças reiterou que o Governo gostaria de ter “condições para reduzir a taxa de IRC” de 21% para 15%, tal como está previsto no programa da Aliança Democrática (AD), indo mais além da redução até os 17%, em três anos, anunciado por Luís Montenegro aquando das negociações com o PS.

“Aquilo que está neste momento em discussão é o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Não lhe escondo que gostaríamos de ter condições para reduzir a taxa de IRC naquilo que está previsto no programa eleitoral da AD de 21% para 15%”, respondeu Joaquim Miranda Sarmento, esta segunda-feira, após ser questionado pelo Bloco de Esquerda, durante uma audição na Assembleia da República sobre a proposta do Orçamento.

O ministro das Finanças reiterou, desta forma, que o Governo mantém “como objetivo de política económica continuar a reduzir o IRC dentro do que for possível do que é o contexto político deste Parlamento“. No entanto, para já, a redução do IRC é de 21% para 20% no próximo ano.

Em resposta à bancada do Chega, Miranda Sarmento foi perentório: “A nossa proposta na lei do Orçamento é clara. Para 2025 propomos uma redução de um ponto percentual na taxa de IRC“. No entanto, quando questionado sobre se o Governo, através do PSD, irá acompanhar a proposta que o Chega irá apresentar na especialidade de redução da taxa em dois pontos percentuais, o governante não se comprometeu, atirando a resposta para o líder da bancada parlamentar, Hugo Soares.

Já não sou líder parlamentar”, disse, acrescentando que, neste sentido, já não vota nas propostas, pelo que não pode “responder por um voto” que não é seu.

Recorde-se que, no decorrer das negociações com o PS para a viabilização do OE2025, o Governo apresentou aos socialistas como contraproposta uma redução do IRC de 21% para 17% ao longo de três anos, o que compara com a descida para 15% até ao final da legislatura inscrita no Programa de Governo. Segundo a proposta, à taxa nominal de 17% somam-se as derramas estaduais e a derrama municipal “que podem agravar a taxa marginal em mais 10,5 pontos percentuais (pp.)”.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, numa declaração ao país, no qual esclareceu que “a única decisão que está tomada, para já, é baixar [a taxa nominal de IRC] em um ponto percentual em 2025“, ou seja, para 20%. As restantes descidas serão feitas “em anos subsequentes”, mas a decisão ficará para “outros orçamentos”. Com esta proposta, o impacto orçamental incremental anual a partir de 2026 desceria de 500 milhões de euros para uma média anual de cerca de 330 milhões de euros, de acordo com as contas do Executivo.

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Dower Law Firm assessorou o Grupo Acail na aquisição de três sociedades de retalho alimentar

A equipa responsável pela operação foi liderada por Eduardo Castro Marques, managing partner, com o apoio de Cláudia Rodrigues de Carvalho, associada coordenadora e Manuel César Machado, associado.

A Dower Law Firm assessorou o Grupo Acail na aquisição de três sociedades de retalho alimentar pertencentes ao portefólio do fundo Ceres I-Development, gerido pela Magnify Capital Partners, numa operação que ultrapassou os 16 milhões de euros. A equipa responsável pela operação foi liderada por Eduardo Castro Marques, managing partner, com o apoio de Cláudia Rodrigues de Carvalho, associada coordenadora e Manuel César Machado, associado, contando o fundo com a assessoria jurídica de Mariana Ferraz Viveiros.

Com o apoio da equipa da Dower Law Firm, o Grupo Acail adquiriu empresas que operam no desenvolvimento e gestão de atividades comerciais, incluindo supermercados, hipermercados e outros estabelecimentos dedicados à comercialização de produtos alimentares.

A participação da sociedade de advogados nesta transação “sublinha a sua posição de destaque na assessoria jurídica em operações de M&A no mercado português”, refere Eduardo Castro Marques.

“Esta aquisição marca um novo capítulo na estratégia de expansão do Grupo Acail que, como novo player no mercado de retalho alimentar, procura consolidar a sua posição e aumentar a sua relevância neste setor altamente competitivo. A operação representa um passo significativo para o grupo que aposta na integração de novas unidades e no fortalecimento da sua presença no mercado”, acrescenta.

De referir que o fundo Ceres I-Development investe em pequenas e médias empresas portuguesas com elevado potencial de crescimento, centrando o seu foco em projetos no setor de retalho alimentar.

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UGT reivindica aumentos salariais de 4,7% em 2025

  • Lusa
  • 28 Outubro 2024

A central sindical quer "garantir que os trabalhadores recebem uma parte equitativa dos ganhos de produtividade".

A UGT propõe aumentos salariais de 4,7% em 2025 para os setores público e privado, segundo a política reivindicativa aprovada esta segunda-feira. No documento, a central sindical sublinha que é “necessário aumentar os salários para fazer face ao aumento do custo de vida”, bem como “para garantir que os trabalhadores recebem uma parte equitativa dos ganhos de produtividade”.

Por isso, considera que é “fundamental que através da negociação coletiva se consiga alcançar um aumento salarial generalizado”, defendendo um “aumento mínimo dos salários, para os setores privado e público de 4,7%”, lê-se na Política Reivindicativa 2024/2025, que foi aprovada por unanimidade pelo secretariado nacional da UGT.

Este é, aliás, o referencial que consta no acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico assinado em sede de Concertação Social e no qual a UGT foi um dos subscritores.

Quanto ao salário mínimo nacional, a UGT defende uma atualização dos atuais 820 euros para “870 euros em 2025, tal como previsto no acordo acima mencionado, bem como “manter ou mesmo antecipar, a trajetória de crescimento do salário mínimo nacional, melhorando assim a condição dos trabalhadores com rendimentos mais baixos”, lê-se.

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Montenegro desvaloriza “ódio e questões racistas” no país

  • Lusa
  • 28 Outubro 2024

Montenegro defendeu que em Portugal "a larga maioria da comunidade convive bem com aqueles que nos procuram e sabe separar muito bem epifenómenos em algumas circunstâncias".

O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira que Portugal não é um país onde o “ódio e as questões raciais tenham uma natureza de preocupação” e que a “grande maioria” convive bem com imigrantes e sabe distinguir “alguns epifenómenos” do panorama geral.

Luís Montenegro falava antes do início da primeira reunião do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, um órgão consultivo criado pelo atual Governo PSD/CDS-PP e que será presidido pelo socialista António Vitorino, que falou ao lado do primeiro-ministro.

“Não somos um país onde o ódio, as questões raciais tenham uma natureza de preocupação, o que não significa que estejamos desatentos a alguns epifenómenos que existem neste domínio”, afirmou o chefe do Governo, numa declaração em que não respondeu a perguntas.

Sem se referir diretamente aos desacatos em vários bairros na Grande Lisboa após a morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, Montenegro defendeu que em Portugal “a larga maioria da comunidade convive bem com aqueles que nos procuram e sabe separar muito bem epifenómenos em algumas circunstâncias, alguma sensação de insegurança daquilo que verdadeiramente importa, que é a integração”.

“Nós felizmente somos um país cujos fenómenos de atropelo à dignidade e aos direitos humanos é residual”, disse, salientando que Portugal é um país que “é uma referência no contexto internacional do respeito pelos direitos humanos, do respeito pela dignidade das pessoas”.

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Câmara do Porto quer repor regulamento do Alojamento Local no próximo mês

  • Lusa
  • 28 Outubro 2024

A suspensão de novas licenças no centro histórico e no Bonfim, válida por seis meses, permite, enquanto o regulamento está a ser estudado, prevenir um eventual "afluxo enorme de licenças".

A Câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, por maioria, suspender novas licenças de Alojamento Local (AL) no centro histórico e no Bonfim para se debruçar sobre o regulamento desta atividade, que deverá ser reposto no próximo mês.

À margem da reunião do executivo, o vereador com o pelouro da Economia, Ricardo Valente, destacou que a suspensão de novas licenças nestas duas freguesias, válida por seis meses, permite, enquanto o regulamento está a ser estudado, prevenir um eventual “afluxo enorme de licenças”.

“Estamos ainda a estudar aquilo que podemos fazer do ponto de vista legal, mas se o caminho que estamos a pensar for possível, iremos levar o novo regulamento já no mês de novembro ao executivo“, avançou, dizendo ser intenção do município repor o anterior regulamento.

Há cerca de um ano, o regulamento que estava em vigor desde maio e determinava áreas de contenção foi suspenso na sequência da entrada em vigor de medidas restritivas ao AL do anterior Governo PS, no âmbito do programa Mais Habitação.

As medidas foram entretanto revogadas pelo atual Governo PDS-CDS/PP, devolvendo poder aos municípios, o que levou agora a autarquia a equacionar repor regras.

Questionado se esta versão do regulamento iria ser melhorada, Ricardo Valente afirmou que o município prefere ter o regulamento em vigor “o mais rápido possível” do que aprimorar alguns aspetos. “A lei é muito inspirada em nós. Se houver aspetos a melhorar são aspetos de pormenor. Parece-nos que, de certo modo, a lei decalca aquilo que tínhamos”, referiu, dizendo, no entanto, que a justificar-se poderão ser posteriormente melhorados alguns aspetos.

Estamos ainda a estudar aquilo que podemos fazer do ponto de vista legal, mas se o caminho que estamos a pensar for possível, iremos levar o novo regulamento já no mês de novembro ao executivo.

Ricardo Valente

Vereador da Economia da Câmara Municipal do Porto

A suspensão das novas licenças de AL no centro histórico e Bonfim foi esta segunda-feira aprovada por maioria, com a abstenção do PSD. Pelos social-democratas, Alberto Machado afirmou que a abstenção se prendeu com “o benefício que o alojamento local tem para a reabilitação urbana”, mas também com “o direito que as pessoas têm de habitar a cidade”.

“Estes dois direitos têm de ser equilibrados e esse equilíbrio tem de ser feito pelo Estado, neste caso pelo Estado local através de um regulamento. É necessário que o regulamento esteja em vigor o mais rapidamente possível para que possamos confrontar estes dois direitos”, defendeu.

Apesar do voto favorável, o BE e CDU defenderam que a suspensão de novas licenças deveria ter sido alargada a toda a cidade, sob pena de com a suspensão em apenas duas freguesias a situação se agravar nas restantes.

Para Sérgio Aires, do BE, a suspensão na freguesia do Bonfim “vai fazer com que os promotores de alojamento local que não interessa para a cidade” procurem outras zonas, dando o exemplo de Campanhã.

A reposição do regulamento, com o qual não estávamos 100% de acordo, é muito urgente (…) medindo também os impactos colaterais que tem nas freguesias, porque Campanhã é evidentemente aquela que está mais exposta porque era onde havia menos”, referiu, defendendo que se deve evitar que aconteça em Campanhã o que aconteceu em Miragaia ou no centro histórico.

Ilda Figueiredo, da CDU, concordou com a existência de um novo regulamento do AL, mas disse recear que com a suspensão, sobretudo no centro histórico, “a pressão se comece a fazer nas freguesias limítrofes”. “A suspensão devia ser mais vasta”, considerou, defendendo o que regulamento deve entrar em vigor rapidamente.

O anterior regulamento do AL entrou em vigor a 4 de maio e diferenciava áreas de crescimento sustentável e áreas de contenção, mediante a pressão urbanística de cada freguesia, tendo por base o número de fogos disponíveis para habitação permanente ou arrendamento de longa duração e os estabelecimentos disponíveis para AL.

Entre janeiro e julho de 2023, foram atribuídas 445 licenças, menos 56,9% do que no mesmo período de 2022.

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