Vista Alegre paga 5,3% em nova dívida verde para o retalho

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

A completar 200 anos de vida, a Vista Alegre acaba de lançar um empréstimo de 45 milhões de euros a cinco anos em obrigações ligadas a critérios de sustentabilidade. Paga um juro de 5,3% ao ano.

A Vista Alegre Atlantis vai lançar um empréstimo obrigacionista (Obrigações Vista Alegre 2029) com um valor global inicial de até 45 milhões de euros a cinco anos e uma taxa de juro fixa bruta de 5,3% ao ano.

Num comunicado divulgado esta segunda-feira, a Vista Alegre Atlantis, que detém as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro, precisa que a operação passa pela oferta pública de subscrição de até 90.000 obrigações com um valor nominal unitário de 500 euros e um valor global inicial de até 45 milhões de euros, que poderá ser aumentado por opção da empresa.

As Obrigações Vista Alegre 2029 têm um montante mínimo de subscrição de cinco obrigações — o equivalente a 2.500 euros –, com o prazo da oferta a decorrer entre 2 e 15 de maio e dirigindo-se ao público em geral, tendo especificamente como destinatários pessoas singulares ou coletivas residentes ou com estabelecimento em Portugal, conforme detalhado nos documentos da oferta.

No comunicado, a VAA refere ainda que as Obrigações Vista Alegre 2029 são ligadas a critérios de sustentabilidade e que a empresa se compromete a pagar uma remuneração adicional de 1,25 euros por cada obrigação na data de reembolso destas, caso a VAA não cumpra as metas de desempenho de sustentabilidade definidas no âmbito desta emissão.

Para o presidente da Vista Alegre, Nuno Terras Marques, citado no comunicado, “no ano em que a marca Vista Alegre comemora os seus 200 anos, a Vista Alegre lança a oferta pública de subscrição de Obrigações Vista Alegre 2029 disponibilizando aos portugueses a possibilidade de investir numa história de sucesso”.

O Haitong Bank, o Caixa Banco de Investimento e o Millennium Investment Banking são os Coordenadores Globais da Oferta, auxiliados pelo Banco Invest, que desempenha um papel de co-líder na colocação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Regulador exige à CNN “carta de princípios” sobre uso de inteligência artificial

  • + M
  • 30 Abril 2024

Esta é a primeira vez que a ERC se pronuncia sobre conteúdo gerado por IA num programa televisivo de informação. Em causa esteve a rubrica “Pulsómetro”, relacionada com os debates das legislativas.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) quer que a CNN Portugal publique uma carta de princípios para o uso de inteligência artificial (IA), depois de o canal ter usado esta tecnologia numa rubrica a propósito dos debates eleitorais no âmbito da campanha para as eleições legislativas de 2024.

Em comunicado, a ERC diz que existe a necessidade de a CNN Portugalelaborar e publicar uma carta de princípios sobre a utilização de inteligência artificial na sua redação, caso prossiga a produção de conteúdos de programas de informação jornalística com recurso a ferramentas de IA”.

Esta medida visa “garantir a integridade, quer dos conteúdos decorrentes dessa tecnologia, quer das prerrogativas inerentes à atividade jornalística, e tornar transparentes perante os espetadores o tipo de tarefas que são executadas por estes sistemas – editoriais e/ou não editoriais”.

Esta é a primeira vez que a ERC se pronuncia sobre conteúdo gerado por IA enquadrado num programa de informação televisivo. Segundo o regulador, os órgãos de comunicação social que utilizem IA “devem seguir códigos de boas práticas e tornar explícito para o público se estes sistemas são utilizados apenas como adjuvantes em tarefas ou se substituem o trabalho jornalístico na produção de conteúdos”.

Em causa esteve a rubrica “Pulsómetro”, integrada no programa “Decisão 24” da CNN, que motivou uma exposição reencaminhada pela Comissão Nacional de Eleições relativa ao regulador.

Desenvolvido em parceria com a Augusta Labs, o “Pulsómetro” foi lançado pela CNN Portugal por altura da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 2024. A ferramenta tratava-se de um “indicador de sentimento nas redes sociais”, que analisou “milhões de dados nas redes sociais em tempo real, em páginas consideradas neutras”, de forma a “tirar a temperatura” em cada um dos debates eleitorais, explicou a CNN aquando o seu lançamento.

Segundo o canal, foram “consideradas apenas opiniões relativas à performance comparativa dos candidatos presentes em cada debate, interpretadas através de um LLM (‘large language model‘, um modelo de linguagem natural) capaz de realizar uma análise de sentimento às várias interações identificadas”.

Na apreciação feita pela ERC a propósito do caso, são ainda relembrados os dez princípios gerais que constam da Carta de Paris sobre Jornalismo e IA. Este documento, lançado pela organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em conjunto com 16 parceiros, visa definir princípios e padrões éticos para jornalistas, redações e meios de comunicação na sua relação com a inteligência artificial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas abre inquérito à TAP e outras 19 companhias por anúncios ecológicos enganosos

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

Visados são chamados "a alinhar as suas práticas com a legislação da UE União Europeia em matéria de defesa do consumidor no prazo de 30 dias", diz Comissão Europeia.

A TAP é uma das vinte companhias de aviação visadas num inquérito hoje lançado pela Comissão Europeia por denúncias de anúncios ecológicos potencialmente enganosos, feitas por organizações de defesa dos consumidores.

As cartas questionam anúncios das companhias aéreas segundo as quais as emissões de CO2 causadas por um voo poderiam ser compensadas por projetos climáticos ou pela utilização de combustíveis sustentáveis, para os quais os consumidores poderiam contribuir mediante o pagamento de taxas adicionais, de acordo com um comunicado do executivo comunitário.

Nesta primeira fase do inquérito, os visados são ainda chamados “a alinhar as suas práticas com a legislação da UE [União Europeia] em matéria de defesa do consumidor no prazo de 30 dias”.

As associações de consumidores envolvidas (incluindo a Deco) suspeitam que as alegações ecológicas possam ser consideradas ações/omissões enganosas e as companhias aéreas não esclarecem se podem ser fundamentadas com base em provas científicas sólidas.

A Comissão Europeia e a rede de autoridades de defesa do consumidor identificaram vários tipos de práticas potencialmente enganosas, incluindo terem criado a impressão incorreta de que o pagamento de uma taxa adicional para financiar projetos climáticos com menor impacto ambiental ou para apoiar a utilização de combustíveis alternativos para a aviação pode reduzir ou compensar totalmente as emissões de dióxido de carbono (CO2).

Outras falhas apontadas são a utilização do termo “combustíveis sustentáveis para a aviação” sem justificação clara do impacto ambiental desses combustíveis e também dos termos ‘verde’, ‘sustentável’ ou ‘responsável de forma absoluta ou o recurso a outras alegações ecológicas implícitas.

A Organização Europeia de Consumidores (OEC) indicou, por seu lado, que as companhias em causa são, para além da TAP, Air Baltic, Air Dolomiti, Air France, Austrian, Brussels Airlines, Eurowings, Finnair, KLM, Lufthansa, Norwegian, Ryanair, SAS, SWISS, Volotea, Vueling, e Wizz Air.

Os membros da OEC denunciaram que alegações como a de que os pagamentos de créditos extras podem ‘neutralizar’ ou ‘compensar’ as emissões de CO2 são “factualmente incorretas” e que as empresas envolvidas enganam os consumidores quando cobram mais pelo contributo para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sociedade Ponto Verde e Nova SBE desafiam alunos a pensar “fora da embalagem”

Maratona de inovação vai juntar 30 universitários no campus da Nova SBE para responder a "necessidades concretas" da Sociedade Ponto Verde na área do ecodesign de embalagens ou da gestão de resíduos.

A Sociedade Ponto Verde (SPV), em parceria com a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) vai realizar nos dias 2 e 3 de maio o primeiro hackathon para estudantes universitários. Esta maratona de inovação, que vai decorrer sob o tema Hacking Packaging Waste, tem como objetivo repensar o futuro da reciclagem de embalagens.

Agrupados em equipas multidisciplinares, 30 alunos vão juntar-se a esta iniciativa em que serão desafiados a desenvolver soluções práticas e eficazes, assentes nas boas práticas de sustentabilidade, em resposta a necessidades concretas identificadas pela SPV, nomeadamente no ecodesign de embalagens e em medidas de prevenção na gestão de resíduos.

“Pretende-se que seja uma jornada transformadora que pense o futuro da reciclagem de embalagens, através de casos reais e num incentivo para que haja mais e melhor recolha seletiva destes resíduos em Portugal, apoiando o país a cumprir as metas nacionais”, explica a Sociedade Ponto Verde.

Ainda de acordo com a informação partilhada pela empresa num comunicado enviado às redações, o evento será presencial e irá decorrer durante os dois dias no campus da Nova SBE em Carcavelos (Cascais).

Fundada em 1996, a SPV é uma instituição privada sem fins lucrativos responsável pelo encaminhamento para reciclagem e valorização dos resíduos de embalagens que resultam do grande consumo, apoiando a conceção de embalagens cada vez mais circulares e propondo novas formas de melhorar os seus processos de recolha, separação e tratamento. Atualmente, trabalha com 8.200 clientes, entre micro, pequenas, médias e grandes empresas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ÉvoraWine espera 8.000 visitantes e retorno de meio milhão de euros no Alentejo

Evento vínico na Praça do Giraldo vai dar a provar cerca de 250 vinhos de 40 produtores do Alentejo. Organização fala em "combustível para o motor da economia do vinho, turismo e gastronomia".

Considerado o maior evento vínico do Alentejo, a 9ª edição do ÉvoraWine está agendada para os dias 24 e 25 de maio na Praça Giraldo, em Évora. O certame vai contar com uma mostra de mais de 250 vinhos da região e são esperados mais de oito mil visitantes nacionais e estrangeiros. A organização estima ao ECO/Local Online que o evento tem um impacto económico de meio milhão de euros na região. “O evento é o combustível para o motor da economia do vinho, turismo e gastronomia”, garante.

“Este evento é o único da região alentejana que coloca os produtores em contacto direto com os consumidores nacionais e estrangeiros, o que o torna numa fonte altamente rica de pareceres sobre os vinhos produzidos no Alentejo. Para além disso, é uma porta aberta para o turismo, essencial para o crescimento e reconhecimento da região“, reforça Reto Frank Jorg, porta-voz da organização do evento.

Ravasqueira, Herdade dos Coteis, Tapada do Chaves, Quinta do Paral, Adega Borba, Serrano Mira e Fundação Eugénio de Almeida são alguns dos 40 produtores que vão marcar presença em mais uma edição do ÉvoraWine.

José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo salienta ainda que “o vinho é hoje uma das principais âncoras de visita ao território e é por esse motivo que o ÉvoraWine é tão importante para alavancar o turismo da região”.

O vinho é hoje uma das principais âncoras de visita ao território, é por esse motivo que o ÉvoraWine é tão importante para alavancar o turismo da região.

José Santos

Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo

O ÉvoraWine surgiu em 2014 com o objetivo de dar a conhecer a diversidade que a região tem, a nível vínico, gastronómico, cultural e turístico. Na edição deste ano, o evento volta a contar com a parceria e o apoio da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e da Câmara Municipal de Évora.

O setor vitícola assume grande relevância na região de Évora e a prova disso é o novo espaço de enoturismo da Adega da Cartuxa no Páteo de São Miguel, um edifício histórico situado no centro histórico da capital de distrito. A Adega Cartuxa, que pertence à Fundação Eugénio de Almeida, investiu neste novo espaço depois de ter alcançado em 2023 o “melhor ano de sempre” no segmento do enoturismo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CEO do BPI acredita em descida das taxas do BCE. “Irá folgar as famílias”

João Pedro Oliveira e Costa acredita que o banco central vai começar as descer as taxas de juro este ano. "Vai ter um impacto positivo, irá folgar as famílias e o financiamento das empresas", disse.

O CEO do BPI acredita que o BCE vai descer as taxas de juro este ano. “Estão encontradas as condições para iniciar o movimento”, explicou João Pedro Oliveira e Costa na apresentação dos resultados trimestrais.

Para o gestor, essa descida “terá um impacto positivo” na economia, pois “irá folgar as famílias e o financiamento às empresas será ajustado”. “Acredito muito que isso vai acontecer, é o que praticamente todos os analistas preveem”, adiantou.

A próxima reunião do BCE para decidir as taxas de juro realiza-se no próximo dia 6 de junho. Entre julho de 2022 e setembro de 2023, o BCE aumentou as taxas em 450 pontos base, uma trajetória de subida que foi interrompida em setembro.

“Penso que vai acontecer [uma descida], pelo abrandamento no centro da Europa e pela evolução da própria inflação”, disse o líder do BPI.

Ainda assim, Oliveira e Costa salientou que a economia portuguesa tem conseguido superar a escalada dos juros para os valores mais elevados em década e meia. E não antevê “que possa haver algum sobressalto significativo se as taxas de juro não baixarem para os níveis previstos“. A expectativa é de que as taxas de mercado possam baixar para valores a rondarem os 3%.

O BPI registou lucros de 121 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma subida de 43% em relação ao mesmo período do ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“A Galp manterá uma posição significativa na exploração da Namíbia”, garante o CEO

Filipe Silva, CEO da Galp, revelou que o objetivo da petrolífera passa agora por "reduzir ainda mais o risco" associado à exploração da Namíbia, e depois arranjar um parceiro que financie o projeto.

A exploração de petróleo na Namíbia anunciada recentemente pela Galp Energia GALP 0,68% foi o tema principal da conferência de Filipe Silva, CEO da Galp, com os analistas que acompanham a empresa esta terça-feira, após a petrolífera ter apresentado os resultados referentes ao primeiro trimestre do ano, que se traduziu numa subida homóloga de 35% dos lucros.

“Na Namíbia, é claro, fizemos bons progressos no PEL83, onde a Galp e os nossos parceiros na Namíbia reduziram significativamente o risco do complexo de Mopane”, referiu inicialmente Filipe Silva, notando que a empresa identificou “colunas significativas de petróleo [leve] em condições de reservatório de alta qualidade” e garantiu que “a Galp manterá uma posição significativa na exploração da Namíbia”.

No entanto, Filipe Silva não avançou sobre o potencial de diluição da participação da petrolífera nacional na exploração da Namíbia que, segundo algumas fontes, poderá significar a alienação de metade da posição de 80% que a Galp detém atualmente. O CEO da Galp sublinhou apenas que “o objetivo da Galp neste momento é reduzir ainda mais o risco” do que tem em mãos.

Os poços e os resultados dos testes [na Namíbia] foram bastante impressionantes e excederam as nossas opiniões [pré-perfuração] sobre o potencial da área (…) estamos confiantes de que a Namíbia trará mais uma excitante via de crescimento para a Galp.

Filipe Silva

CEO da Galp Energia

Além disso, salientou que “é evidente que o CapEx vai ser um desenvolvimento de múltiplas FPSO (unidade flutuantes de armazenamento e transferência). Portanto, está para além das possibilidades e dos meios financeiros da Galp manter 80%”. “Na verdade, temos 100% de exposição financeira a este projeto, uma vez que estamos a suportar as partes locais”, sublinhou.

Por essa razão, Filipe Silva considera: “O momento da diluição, em primeiro lugar, é quando realmente temos de maximizar o valor da redução do risco do que temos nas nossas mãos. E, nessa fase, daremos prioridade a um parceiro que esteja interessado em desenvolver rapidamente as perspetivas e que financie o investimento“.

Na apresentação enviada aos analistas, a Galp reconhece que a exploração de Mopane tem um grande potencial de descoberta comercial, com os testes realizados a apontarem para uma estimativa de produção de dez mil milhões de barris de petróleo, caracterizada por uma baixa viscosidade e contendo concentrações mínimas de dióxido de carbono e sem sulfeto de hidrogénio.

“Os poços e os resultados dos testes foram bastante impressionantes e excederam as nossas opiniões [pré-perfuração] sobre o potencial da área”, referiu Filipe Silva. “Estamos confiantes de que a Namíbia trará mais uma excitante via de crescimento para a Galp” e que a empresa já se encontra a acelerar os próximos passos, acrescentou. “Estamos agora a lançar uma nova campanha de quatro poços para exploração e avaliação para melhor compreender o potencial do complexo de Mopane.”

Questionado sobre o potencial de exploração do PEL83 (que abrange uma área de quase dez mil quilómetros quadrados na bacia de Orange, situada na parte sul das águas da Namíbia, junto à fronteira com a África do Sul), Filipe Silva salientou que a Galp “é uma empresa comedida e conservadora no que diz respeito a estimativas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupo de Condeixa-a-Nova fatura 70 milhões com eletrodomésticos

A antiga Macorlux, que vai passar a chamar-se Prome, tem o maior centro logístico de eletrodomésticos em Portugal. Exporta 25% dos equipamentos e vai alargar as instalações para "dobrar a capacidade".

Fundada em 1997, a Macorlux, que pertence ao Grupo Testa, é detentora do maior centro logístico de distribuição de eletrodomésticos em Portugal com uma área de 15 mil metros quadrados e um portefólio mais de dez mil referências das mais reconhecidas marcas internacionais. A empresa portuguesa soma mais de dois mil clientes ativos, emprega 40 pessoas e fatura 70 milhões de euros.

Localizada na zona industrial de Condeixa-a-Nova, a empresa que reclama o título de líder de mercado nacional no setor do comércio por grosso de eletrodomésticos, calcula um stock de 15 milhões de euros, sendo que 25% dos equipamentos têm como destino os mercados externos, essencialmente Alemanha e o Benelux. “Muitas vezes temos mais stock que as próprias marcas”, destaca Ezequiel Ferreira, CEO da Macorlux, em declarações ao ECO/Local Online.

Nos próximos dois anos, o grupo da região de Coimbra prevê alargar as instalações para “dobrar a capacidade de armazenamento”, num investimento avaliado em “vários milhões de euros”, avança ainda Ezequiel Ferreira. O objetivo, acrescenta o empresário, passa por “entrar em outras áreas de negócio e outros mercados”.

 

A Macorlux foi comprada há três anos pelo grupo Testa, que detém um total de 18 empresas em cinco áreas de negócios, como o mobiliário, as portas técnicas ou soluções de ventilação. Conta com cinco fábricas, emprega mais de 500 pessoas, fatura 225 milhões de euros e está presente em mais de 40 países. No final de 2022, a holding liderada por Pedro Morgado adquiriu também a Sorefoz – Eletrodomésticos e Equipamentos, que era o principal concorrente da Macorlux e que em 2023 faturou 50 milhões de euros.

“A Prome é uma nova designação comercial para conseguirmos comunicar melhor e chegar a mais clientes a nível nacional e internacional.

Pedro Morgado

CEO e chairman do Grupo Testa

Na Tektónica, feira que acontece de 2 a 5 de maio na FIL, em Lisboa, a empresa vai apresentar a nova marca Prome, que vai substituir a Macorlux. Nas palavras de Pedro Morgado, CEO e chairman do Grupo Testa, será “uma empresa de origem totalmente portuguesa, mas com uma perspetiva global”. “É uma nova designação comercial para conseguirmos comunicar melhor e chegar a mais clientes a nível nacional e internacional, tendo em conta que Macorlux não é um nome fácil de comunicar”, refere o responsável.

“Percebemos, através de alguns clientes e parceiros, que tínhamos de criar uma marca que refletisse o sucesso conquistado e fosse a base para alcançar novas metas e objetivos ambiciosos. Por isso, este rebranding é fundamental. Temos agora uma imagem de marca mais sofisticada, atrativa e com capacidade para ir além-fronteiras”, justifica Ezequiel Ferreira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parlamento Europeu lança campanha de apelo ao voto

Entre 6 e 9 de junho quase 400 milhões de pessoas dos 27 Estados-membros são chamadas a votar nas eleições europeias. O Parlamento Europeu incentiva ao voto com testemunhos de cidadãos mais velhos.

Com o aproximar das eleições europeias — marcadas para 9 de junho em Portugal — o Parlamento Europeu lançou uma campanha de apelo ao exercício de voto, enquanto salvaguarda da democracia.

O vídeo da campanha, com uma duração de quatro minutos, mostra testemunhos de cidadãos mais velhos, oriundos de diferentes países da União Europeia, que transmitem às novas e futuras gerações histórias reais de como era a vida antes da democracia, visando demonstrar que esta não deve ser considerada como um dado adquirido.

O vídeo, através de nove versões mais curtas, marca presença em televisão, cinema, rádio e redes sociais em todos os Estados-membros. A criatividade é da &Co., agência criativa dinamarquesa.

“Estamos mais unidos na democracia europeia do que pensamos: entre nações, sensibilidades políticas e gerações. Nos tempos de polarização em que vivemos, é fácil esquecer isto e a nossa campanha foi criada para nos relembrar do que nos une“, diz o porta-voz e diretor-geral de comunicação do Parlamento Europeu, Jaume Duch, citado em comunicado.

Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, refere que “a democracia na União Europeia é mais importante do que nunca”. “É o vosso voto que decide a direção da Europa nos próximos cinco anos. Vai decidir em que Europa queremos viver. Não deixes que outros escolham por ti. Entre 6 e 9 de junho de 2024, vota. Todos os votos contam”, diz.

É com o slogan “Usa o teu voto. Ou outros decidirão por ti”, que o Parlamento Europeu dá assim início à segunda fase da sua estratégia de comunicação institucional, que inclui eventos mediáticos, ações de sensibilização digital, participação de parceiros públicos e privados, iniciativas da comunidade e programas educativos adaptados aos cidadãos de toda a União Europeia.

Segundo dados do Eurobarómetro do Parlamento Europeu, 60% dos 26 mil inquiridos entre todos os Estados-membros europeus estão interessados nas eleições europeias deste ano – mais 11 pontos percentuais do que no mesmo período pré-eleitoral em 2019. Entre os portugueses esta percentagem é de 51%.

Além disso, 71 % dos europeus afirmam também que provavelmente vão votar, naquele que é um aumento de dez pontos percentuais face às últimas eleições. No caso português, embora a percentagem em Portugal esteja ainda abaixo da média europeia — atingindo os 57% — está dez pontos percentuais acima do Eurobarómetro divulgado no período homólogo de 2019.

Segundo os mesmos dados, quatro em cada cinco europeus (81%) concordam que “o voto é importante para proteger a democracia” e que “o voto é importante para garantir um futuro melhor para as próximas gerações” (84%).

Por outro lado, mais de oito em cada dez europeus (81%), e nove em cada dez portugueses (90%), consideram que o voto é ainda mais importante dada a atual situação geopolítica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cifial vai despedir 35 pessoas em Santa Maria da Feira devido a quebra nas vendas

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

A quebra de vendas levou o grupo Cifial, dedicado ao fabrico de cerâmicas, torneiras, fechaduras e acessórios sanitários, a avançar com o despedimento de 45 trabalhadores.

A fabricante de torneiras e equipamentos sanitários Cifial anunciou esta terça-feira que vai despedir 35 dos seus atuais 168 trabalhadores devido à quebra de vendas registada por essa marca de Santa Maria da Feira, sobretudo nas exportações.

No ano em que comemora 120 anos de atividade, a empresa com sede no distrito de Aveiro e na Área Metropolitana do Porto dá assim início a um “processo de reestruturação” justificado pelas quebras que tiveram “impacto direto no volume de negócios do grupo Cifial”.

Segundo fonte da unidade localizada em Rio Meão, o despedimento foi comunicado esta segunda-feira à equipa de gestão da firma pelo seu diretor-geral, Luís Rodrigues, que declarou: “Esta reestruturação é consequência direta da queda de vendas sentida no ano de 2023 e a que se soma um primeiro trimestre de 2024 muito abaixo das expectativas, com consequências negativas para os resultados da empresa, invertendo a tendência de crescimento anterior”.

Em 2023, a Cifial registou um volume de negócios de 13 milhões de euros, o que se situou abaixo dos 16,6 milhões do ano anterior.

O mercado externo absorveu 80% da produção de 2023 e, de todo o material exportado, 20% foi encaminhado para o Reino Unido e 70% para os Estados Unidos da América, mas em ambos os destinos a marca sofreu quebras na procura.

Luís Rodrigues nota, contudo, que o despedimento dos 35 funcionários não é a única medida prevista para combater o problema. “Juntamente com um conjunto de iniciativas com vista à redução de custos e ao aumento da produtividade, estas decisões serão determinantes para assegurar uma inversão da situação atual e assim assegurar uma maior competitividade futura”, explica.

Com os atuais 168 trabalhadores distribuídos pela indústria metalomecânica, em Rio Meão, e pela sucursal estrangeira da empresa, no Reino Unido, a Cifial defende que “as ações agora implementadas visam robustecer o grupo, dotando-o da capacidade necessária para retomar a liderança do mercado nacional e solidificar a sua posição de marca nacional de referência em soluções de banho, alargando até a base do seu portfolio”.

Em 2019, quando empregava mais de 300 pessoas, a Cifial passou a integrar o grupo multinacional que, encabeçado pela Kinlong Hardware Products, é apontado como líder no mercado de equipamentos de construção. Representando uma área industrial total na ordem dos 600 mil metros quadrados, esse grupo emprega atualmente cerca de 13.000 pessoas e opera em mais de 100 países.

O atual despedimento coletivo na Cifial junta-se a outros verificados em anos recentes: em 2021 a empresa portuguesa dispensou 13 trabalhadores, o que o sindicato do setor atribuiu na altura a um “período de transição” na sequência da pandemia de Covid-19, e em 2022 a firma rescindiu com 41 funcionários, devido ao que classificou então como “o insustentável” aumento de 400% nos custos do gás”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro da Agricultura José Manuel Fernandes confirma presença no Fórum Agricultura Sustentável

  • Capital Verde
  • 30 Abril 2024

É o primeiro grande evento dedicado à Agricultura Sustentável em Portugal e que se pretende que seja de recorrência anual. Acontece a 14 de maio no CNEMA, em Santarém.

O Ministro da Agricultura José Manuel Fernandes é um dos nomes fortes que vão marcar presença no Fórum da Agricultura Sustentável, o primeiro grande evento dedicado à Agricultura Sustentável em Portugal e que se pretende que seja de recorrência anual.

O Presidente da Câmara Municipal de Santarém Ricardo Gonçalves, o Vereador Nuno Russo e António Serrano, ex-Ministro da Agricultura e Professor Catedrático da Universidade de Évora, vão também marcar presença neste encontro cujo objetivo é debater, divulgar, amplificar e promover as boas práticas sustentáveis no setor agrícola, reforçando o reconhecimento, competência e compromisso social e ambiental do setor.

O Fórum de Agricultura Sustentável é uma iniciativa ECO / Capital Verde com o apoio institucional da Câmara Municipal de Santarém. O evento vai realizar-se no CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém, na manhã de 14 de maio. A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição aqui.

Fórum Agricultura Sustentável

Programa:

09h30 – Sessão de Abertura
Chief Operating Officer ECO Diogo Agostinho
Margarida Oliveira, Diretora da Escola Superior Agrária de Santarém

09h45 – Políticas Públicas: Como o Estado pode potenciar a Agricultura Sustentável? E o seu financiamento?
Keynote Speaker: António Serrano, Ex-Ministro da Agricultura e Professor Catedrático da Universidade de Évora
Nuno Serra, Secretário-Geral CONFAGRI
Luís Mira, Secretário-Geral CAP
Cristina Melo Antunes, responsável de Negócio ESG e Green Finance, Santander Portugal

10h30 – Combinar a otimização de recursos com a produtividade das culturas
Gonçalo Santos Andrade, Presidente Portugal Fresh
Francisco Gomes da Silva, Diretor-Geral AGROGES
Abílio Pereira, Administrador Área Agrícola da Quinta da Lagoalva
José Palha, Presidente da Direção da Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC)

11h15 – Coffee-break

11h30 – Biotecnologia ao serviço da Sustentabilidade
Andreia Afonso, cofundadora da Deifil e diretora do departamento de ID e de produção in vitro
Diogo Palha, Executive Board Member e CFO EntoGreen
Tiago Costa, CEO Agricultural Business SOGEPOC​

12h15 – Estratégia Farm to Fork: Os desafios na transição dos fertilizantes
Pedro Sebastião, Sales Manager AsfertGlobal
Hartmut Nestler, Diretor Leal & Soares, SA (SIRO)
Cristina Cruz, Professora Universitária da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

12h45 – Entrega de Certificados Olival Circular

13h15 – Sessão Encerramento
Diretor do ECO António Costa
Vereador da Câmara Municipal de Santarém Nuno Russo
Ministro da Agricultura José Manuel Fernandes

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Air France – KLM à espera de oportunidade para falar com novo Governo sobre compra da TAP

O grupo Air France - KLM não se compromete com estratégia para uma eventual compra da TAP e aguarda condições da privatização.

A Air France – KLM ainda não teve contactos com o Governo sobre uma futura privatização da TAP, mas aguarda a oportunidade para reunir com o Executivo.

“Ainda não começámos os contactos com o novo Governo. Quando a oportunidade surgir, fará sentido fazê-lo”, afirmou o CEO do grupo franco-neerlandês, Ben Smith, na conferência telefónica de apresentação dos resultados do primeiro trimestre.

Para já, a companhia área não se compromete em relação à possibilidade de adquirir uma participação minoritária ou maioritária. “Queremos compreender as condições do vendedor. Seria especulativo termos uma posição já hoje. Não temos a certeza do que o Governo pretende”, disse Ben Smith.

“Se [a aquisição] se alinhar com os nossos objetivos, pode fazer sentido. Se não comprometer os nossos planos de atingir uma margem de 7% a 8% a médio prazo, pode ser interessante. Se acrescentar risco a esse objetivo não iremos em frente ou iremos de forma cautelosa”, acrescentou o CEO.

A Air France – KLM anunciou esta terça-feira um prejuízo de 522 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 178 milhões do que no mesmo período do ano passado.

As receitas do grupo cresceram 5,1% para 6.654 milhões de euros, mas também os custos operacionais, que aumentaram 7,2% para 6.478 milhões. Os resultados operacionais deterioraram-se para 489 milhões.

“Tivemos custos de disrupção na atividade maiores do que o esperado, sobretudo nos Países Baixos, devido ao mau tempo e falta de pessoal na manutenção”, apontou o CEO durante a conferência telefónica realizada esta terça-feira. A quebra nas receitas do transporte de carga também penalizaram as contas,

O grupo vai avançar com um plano de contenção de custos, com a implementação de novas iniciativas para acelerar a redução de encargos, congelar o recrutamento e estabilizar a operação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.