Apoios à biomassa com 45 pedidos mas setor alerta para custos elevados e falta de matéria-prima

Governo quer reforçar a aposta das autarquias na biomassa, mas operadores do setor alertam para dificuldades: a floresta não está a produzir resíduos suficientes e os que existem são caros.

A biomassa é um recurso relevante para a transição energética e para a defesa e preservação da floresta, que todos os anos é vítima de incêndios rurais. A realidade é reconhecida pelo Governo que, em 2023, lançou dois concursos para dinamizar o setor e para os quais foram submetidas 45 candidaturas — nove no âmbito do concurso para a construção de centrais de biomassa e 36 para a criação de ecopontos florestais ou de compostagem. Porém, de acordo com os operadores no setor ouvidos pelo ECO/Capital Verde, as dificuldades persistem: a floresta portuguesa não produz resíduos suficientes para abastecer as necessidades, e os que existem são caros.

No âmbito do concurso lançado pelo Fundo Ambiental que visava acelerar as pequenas centrais de biomassa em 19 autarquias, o Governo recebeu nove candidaturas, revela ao ECO/Capital Verde o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC). Isto acontece depois de se ter feito uma alteração do regime especial e extraordinário que permite a instalação e exploração de novas centrais de biomassa nos territórios mais vulneráveis ao risco de incêndios rurais.

Para o Centro de Biomassa para a Energia (CBE), o impacto esperado deste concurso “é naturalmente positivo” e poderá “fomentar o aproveitamento máximo” deste recurso, porém, alerta para o risco de um potencial “gap entre o que espera e o que se vai efetivamente conseguir alcançar”. De acordo com o instituto especializado, para o negócio da biomassa para a energia funcionar corretamente “tem que haver disponibilidade fiável e sustentável da biomassa em quantidades suficientes e com preços razoáveis”, algo que não se verifica nos dias de hoje.

A preocupação é partilhada pelo presidente da Associação dos Produtores de Energia e Biomassa (APEB) que é também é um dos proprietários de duas centrais, localizadas em Viseu e Fundão. Ao ECO/Capital Verde, Carlos Alegria aponta que atualmente a biomassa “é escassa” e o seu preço “está constantemente a subir”, alertando que quanto mais longe das centrais a matéria-prima estiver localizada “mais caro” este recurso fica dado os custos de transporte.

Alegria revela que o preço por cada tonelada de tronco de pinho, em 2022 rondava os 30 euros, mas hoje ascende os 45 euros. Para produzir um megawatt (MW) são necessárias duas toneladas de biomassa. “É muito caro, não paga o investimento”, diz.

“As centrais estão aflitas para arranjar biomassa. As pessoas que se envolvem nestes concursos fazem-no porque a banca não financia. Com os preço da mão-de-obra e o gasóleo a subir, e com o peso da inflação, a biomassa esta caríssima e torna-se difícil para os operadores“, considera Carlos Alegria, alertando, simultaneamente, para a falta de tecnologia e recursos humanos com o know how que é necessário para tornar uma central operacional.

Ao ECO/Capital Verde, o presidente da APEB revela ainda que empresas como a Sonae Capital, que colocou à venda a central de biomassa de Mangualde, se estão a “afastar do setor” e outras com quem contactou “mostraram pouco interesse” em inaugurar novas instalações.

“No tempo do Sócrates, em 2006, foram lançados 11 concursos e só começaram a construir centrais em 2020 porque houve uma alteração da legislação. As centrais que estão no mercado, algumas estão à venda ou à procura de quem as compre. E não vejo grande interesse da pasta de papel, que podia ter interesse em comprá-la. Fizeram-nas elas próprias as centrais, umas com cogeração e outras não”, explica o responsável.

O primeiro concurso, cujas candidaturas encerraram no passado 20 de dezembro de 2023, contou com uma dotação de dois milhões de euros. O objetivo é apoiar 19 autarquias, e embora o MAAC não detalhe quais os concelhos que avançaram com uma candidatura, nem o valor desses projetos, fonte oficial do gabinete de Duarte Cordeiro revela ao ECO/Capital Verde que as candidaturas tiveram origem nos distritos de Faro, Vila Real e Coimbra, estando atualmente em fase de análise para o apuramento da sua viabilidade.

Para Carlos Alegria, das três localizações referidas, apenas Coimbra “faz pouco sentido” por ser um distrito com centrais de pellets e com “poucos recursos disponíveis”. Por seu turno, Faro e Vila Real são “pontos interessantes” por serem distritos onde há muita biomassa em consequência dos incêndios, e devido à existência de “particulares com interesse em explorá-la”.

A matéria-prima, se bem gerida e adequadamente e otimizadamente recolhida, poderá ser suficiente, mas efetivamente existem problemas nalguns locais. Outra questão, não é apenas a quantidade, mas sim a sua qualidade.

Centro de Biomassa para a Energia

De acordo com a associação ambientalista Zero, os resultados do concurso são “positivos” e permitem, ao mesmo tempo, corrigir uma má-prática levada a cabo pelas 13 centrais instaladas a nível nacional. A maioria destas instalações atuais só produz eletricidade e não aproveitam a componente térmica. “Este concurso permitirá às novas centrais aproveitarem ambos os recursos [energético e térmico]. É um aspeto positivo“, diz Nuno Forner.

Com este leilão, o Governo colocou a concurso 60 megawatts (MW) de capacidade para a injeção na rede elétrica de serviço público, sendo que cada central esteve limitada a concorrer a um máximo de 10 MW.

Embora não se saiba a potência de cada um dos nove projetos, para Carlos Alegria o risco é claro: “A E-Redes já nos disse: é difícil a encontrar pontos de interligação. Por questões de segurança, não podemos continuar a ligar unidades renováveis à rede sem corrermos o risco de ela se tornar insegura e de ficarmos sem luz”.

Governo quer mais ecopontos florestais

Simultaneamente, o Ministério do Ambiente lançou um apoio para a criação de ecopontos florestais ou de compostagem para o qual foram submetidas 36 candidaturas, revela o ministério de Duarte Cordeiro ao ECO/Capital Verde. A dotação do apoio ascendeu os 1,5 milhões de euros e visa apoiar autarquias que pretendam instalar ecopontos florestais, nos quais serão armazenados os sobrantes da limpeza de terrenos, com vista a reduzir a queimas e queimadas. Posteriormente, os excedentes florestais e agrícolas serão recolhidos e encaminhados para compostagem ou centrais de biomassa.

A aposta na criação destes ecopontos aos olhos das fontes consultadas é, de forma geral, positiva, uma vez que permite aumentar a quantidade de matéria-prima disponível nas regiões de maior escassez. No entanto, será necessário definir regras. Por exemplo, a CBE defende que o sistema deve incluir, além dos ecopontos, toda “a rede logística associada” incluindo os sistemas de tratamento, nomeadamente, os de destroçamento e compactadores.

Por seu turno, e considerando a ambição do Governo de reduzir as queimas e queimadas, Carlos Alegria vai mais longe e defende que nas juntas de freguesia onde existam ecopontos, esta prática deve ser proibida, sendo, por oposição “obrigatório depositar os resíduos nos ecopontos“. Os fogos resultantes das queimas libertam CO2 para a atmosfera, “sem necessidade, ou retorno”.

 

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A ex-vice-presidente Soraya Saénz de Santamaría está entre os cinco principais advogados que assessoram as operações de maior valor económico

  • Servimedia
  • 12 Janeiro 2024

A ex-vice-presidente Soraya Saénz de Santamaría está entre os cinco principais advogados que assessoram as operações de maior valor económico, segundo o ranking elaborado pela Mergermarket.

Desde que foi contratada pela Cuatrecasas em 2019, Saénz de Santamaría tem trabalhado como advogada em fusões e aquisições de diferentes setores da economia.

Os números da Mergermarket revelam que ela já assessorou operações no valor total de 3,929 milhões de euros, colocando-a no “top 5” dos advogados com maior valor de negócios corporativos em que participou.

No ranking de número de operações, Saénz de Santamaría ocupa a sétima posição, com participação em seis operações. Os setores com maior demanda por serviços jurídicos foram energia, telecomunicações, infraestrutura e serviços financeiros. Mais especificamente, no setor energético, a ex-vice-presidente do governo ocupa o terceiro lugar na lista do Mergermarket, assessorando operações no valor de 2,600 milhões de euros.

No setor de serviços financeiros, um dos que mais gera volume de negócios nos principais escritórios de advocacia do país, Saénz de Santamaría também está entre os dez primeiros advogados em termos de valor e número de operações. Ela ocupa a sétima posição, com um valor de 300 milhões de euros.

No geral, a Cuatrecasas, escritório onde Soraya Saénz de Santamaría é sócia adjunta do presidente e membro do Conselho de Administração, ocupa o primeiro lugar em número de operações (193) e o sexto lugar no ranking total de fusões e aquisições.

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Mapfre é a seguradora mais ágil no processamento de acidentes de trânsito, de acordo com o ranking da Calculatuindemnização

  • Servimedia
  • 12 Janeiro 2024

Mafre é a mais ágil entre seguradoras ao enfrentar os trâmites decorrentes de acidentes de trânsito, de acordo com o relatório elaborado pela Calculatuindemnización.

Calculatuindemnización indicou que com 70 milhões de euros geridos como compensações por lesões decorrentes de acidentes de trânsito em 2023, consolida a sua estratégia de crescimento, focada em gerir “a melhor defesa jurídica para a obtenção da melhor compensação para seus clientes”. O montante global é resultado do aumento entre 25% e 30% nos valores finais recebidos nos processos geridos.

Nesse sentido, Calculatuindemnización destacou-se como a empresa que obteve maiores melhorias nas compensações em 2023. A empresa ‘legaltech’ encerra o ano com um recorde de 6.600 reclamações geridas e uma taxa de sucesso de 90%.

No seu terceiro ano de atividade, a empresa elaborou seu primeiro ‘Relatório 2023 sobre gestão de reclamações por acidentes de trânsito’, que apresenta os principais indicadores de eficiência, agilidade e problemas comuns durante os processos de trâmite com as seguradoras.

Encabeça o ranking dos problemas mais frequentes a impossibilidade de contacto direto com os responsáveis pelo trâmite dos processos, circunstância que retarda e atrasa a resolução dos processos. O segundo lugar corresponde ao processamento incorreto da documentação e o terceiro, consequência disso, é a ultrapassagem do prazo de três meses previsto para a emissão da Resposta Motivada.

Víctor Climent, CEO da Calculatuindemnización, considera que “o descumprimento sistemático por parte de certas seguradoras é preocupante, o que revela a falta de contundência da norma legal, e exige que o prejudicado invista em recursos legais adicionais”, “Na nossa opinião – afirma Climent – sentimos falta da existência de autoridades de controlo que garantam o cumprimento da regulamentação e evitem a falta de diligência desse tipo de ações no trâmite de um sinistro automobilístico”.

Além disso, acrescenta-se que “uma vez vencido o prazo, a exigência passa apenas por uma reclamação formal à Direção Geral de Segurança, embora atue como uma medida dissuasória, torna-se difícil seu acompanhamento e cumprimento”.

Com relação aos resultados do ranking, a seguradora mais resolutiva nos processos de trâmite de processos é a Mapfre. No outro extremo, estão citadas a Allianz Seguros e a Segurcaixa, que neste ranking estão listadas como as seguradoras que respondem após a data limite legal e, às vezes, após o vencimento deste prazo. Junto a elas, também estão todas as seguradoras com pequena infraestrutura, como Divina Pastora, Hello Auto, Muspepan ou Euroinsurance, entre outras.

O Relatório 2023 sobre gestão de reclamações por acidentes de trânsito também inclui números sobre o intervalo de compensação reclamada de acordo com as lesões mais comuns, como a cervicalgia, que a Calcula Tu Indemnización lidera com valores que variam entre 1.500€ e 3.000 euros.

No setor, Mapfre posiciona-se como a seguradora contrária mais frequente, participando de 15% dos casos geridos pela Calculatuindemnización. Em seguida, vêm a Mutua Madrileña, com 9%, e a Allianz Seguros, com 8%. O ranking elaborado pela Calcula Tu Indemnización também destaca a “experiência favorável” de trabalhar com a Mutua Madrileña, caracterizada por um contacto acessível, responsáveis pelo trâmite amigáveis e uma maior flexibilidade nas negociações, enquanto a Mapfre destaca-se pela sua rapidez na resolução.

O relatório também se refere às lesões mais difíceis de serem comprovadas: “Dentro das lesões, o dano psicológico e a perda de qualidade de vida são algumas das lesões mais difíceis de serem comprovadas, pois são conceitos não reconhecidos inicialmente em uma reclamação extrajudicial e que frequentemente requerem uma maior justificação em termos de compensação”, explica Yonay Aguilar, cofundador e COO da Calculatuindemnización. Por fim, as rejeições por baixa intensidade aumentaram, influenciando as reclamações por acidentes de trânsito de acordo com o Artigo 135 da Lei 35/2015.

CRESCIMENTO DE ATIVIDADE

Calculatuindemnización indicou que está “consolidada como líder” no seu setor após gerenciar quase 6.600 casos durante este 2023, totalizando 15.600 casos nos últimos três anos. O volume total das compensações geridas durante este 2023 chega a mais de 30 milhões de euros. A empresa, com sede em Barcelona, que opera em todo o território nacional e insular, tem aumentado exponencialmente seu negócio neste 2023, recebendo 47.000 consultas, mais do que nos dois anos anteriores.

O número total de reclamações geridas neste exercício chega a 6600, com um volume superior a 30 milhões de euros. Do total de reclamações, 80% correspondem a lesões cervicais, e foi mantida uma taxa de sucesso de 90% na gestão de reclamações durante este 2023.

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Hoje nas notícias: Jovens emigrantes, estágios e KPMG

  • ECO
  • 12 Janeiro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Milhares de jovens portugueses decidem emigrar. KPMG pode estar em vias de regressar à posição de auditora do BCP. Estas e outras notícias estão em destaque nas manchetes nacionais esta sexta-feira.

30% dos jovens nascidos em Portugal emigraram

Cerca de 30% dos nascidos em Portugal com idades entre os 15 e os 39 anos decidiram emigrar. Segundo a estimativa do Observatório da Emigração, esta percentagem corresponde a mais de 850 mil pessoas. Portugal é o país com a taxa de emigração mais alta da Europa e uma das maiores do mundo. O pico da emigração deu-se entre 2010 e 2019. No total, há cerca de 2,3 milhões de portugueses a viver lá fora, dos quais 70% têm entre 15 e 39 anos.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

KPMG bem posicionada para ganhar contrato de auditoria do BCP

A Deloitte vai deixar em breve de rever as contas do Banco Comercial Português (BCP) e, na disputa pelo maior contrato de auditoria da banca está a KPMG e a EY. Segundo o Expresso, a KPMG é a auditora que lidera a corrida.Em causa está um contrato que deu cerca de cinco milhões de euros de receita à Deloitte. Caso a KPMG vença o concurso, será um regresso ao BCP, uma vez que esteve nessa posição durante 30 anos, tendo saído após a condenação no caso BES e depois do escândalo em torno das offshores no próprio BCP.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Portugal quer três mil milhões do BEI para alta velocidade

Cerca de três mil milhões de euros é o valor de financiamento que Portugal está a tentar assegurar junto do Banco Europeu de Investimento (BEI) para o empreendimento da alta velocidade. Este financiamento, direto ou indireto, será para utilizar na primeira fase do projeto do TGV, que integra os troços Porto-Oiã (Aveiro) e Oiã-Soure. O Negócios avança ainda que os responsáveis do BEI estarão em Portugal na próxima semana numa visita em trabalho, deslocando-se ao terreno e para reuniões com autarquias.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Candidaturas aos estágios do IEFP abrem a 9 de fevereiro com 100 milhões de euros

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai abrir no dia 9 de fevereiro novas candidaturas para o programa de estágios Ativar.pt. Este programa destina-se a jovens desempregados até aos 30 anos ou 45 anos, em casos específicos. O valor das verbas para o programa vai duplicar face à última vaga de candidaturas em setembro, sendo a dotação atual de 100 milhões de euros. As candidaturas decorrem até se esgotar a dotação.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Ricardo Silva Oliveira avança com dez milhões para investir na Global Media

A Nobias European Studio (NES), liderada por Ricardo da Silva Oliveira, tem interesse em investir cerca de dez milhões de euros num aumento de capital da Global Media. Assim, ficaria com 51% do capital da dona do JN, DN e TSF. Ricardo da Silva Oliveira, mais conhecido por liderar a Federação Portuguesa de Padel e por se ter candidatado à presidência do Sporting, está ainda disponível para investir mais dois milhões para estabilizar a tesouraria do grupo, mas isso dependerá de due dilingence.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

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O RCD Mallorca irá inaugurar este sábado a remodelação do seu estádio realizada com os fundos da LALIGA Impulso

  • Servimedia
  • 12 Janeiro 2024

Amanhã, sábado, 13 de janeiro, o RCD Mallorca abrirá as portas do novo Estádio Mallorca Son Moix pela primeira vez, após 601 dias de obras para uma remodelação completa.

O recinto, construído há 25 anos, foi reformado dentro dos prazos acordados, com um investimento de 30 milhões de euros, dos quais cerca de 75% são provenientes dos fundos da LALIGA Impulso, o projeto que promove a modernização do futebol profissional na Espanha, incluindo melhorias na infraestrutura e desenvolvimento comercial e de marketing dos clubes, entre outros.

De acordo com um comunicado do clube, o objetivo desta reforma era “aproximar os adeptos, removendo as pistas de atletismo, além de modernizar o estádio”. A última fase da obra consistiu em aproximar a arquibancada sul, onde também estará localizada a claque organizada L’INFERN 1916. Anteriormente, o estádio foi totalmente conectado, formando um anel completo, e uma cobertura foi adicionada na arquibancada Sol para proteger os adeptos da chuva e altas temperaturas. A capacidade final do estádio aumenta de 23.000 para 26.000 adeptos.

O primeiro jogo no novo estádio será entre a equipe vermelha e o RC Celta neste sábado, e o clube mallorquino quer que esse encontro se torne uma festa. Para isso, diferentes atividades e surpresas estão sendo organizadas pelo clube para todos os adeptos. Nos arredores do estádio, em colaboração com o Consell de Mallorca, serão realizadas experiências multiaventura e jogos populares, além do convite do clube para uma paella para os primeiros 2.000 torcedores que chegarem ao local.

Já no interior do estádio, será oferecida uma ensaïmada aos presentes, enquanto no novo setor sul serão montados “três palcos para as apresentações dos artistas mallorquinos Marc Seguí, Sahra Lee e a DJ Aina Losange”. A agenda festiva do dia será encerrada com a Orquestra Sinfónica das Ilhas Baleares, o Coral de Son Dameto e a Banda Municipal de Música de Palma, que irão interpretar o hino do RCD Mallorca e “La Balanguera”. Como ponto final, um paraquedista vai aterrar no campo com uma bandeira do clube e a celebração será concluída com uma tradicional dança típica da ilha de Mallorca.

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As cadeias hoteleiras mais premium continuam a investir na Arábia Saudita com novos complexos de luxo

  • Servimedia
  • 12 Janeiro 2024

Cadeias hoteleiras de luxo como Marriott International e Six Sense continuam a expandir sua oferta por meio de novos complexos hoteleiros no Oriente Médio, reforçando a posição da Arábia Saudita.

A Marriott International localiza The St. Regis Riyadh, seu novo hotel de luxo número 500 na Arábia Saudita, reforçando a sua oferta de turismo experiencial por meio do descobrimento cultural das suas marcas The Ritz-Carlton, St. Regis Hotels & Resorts, W Hotels, The Luxury Collection, Edition, JW Marriott e Bulgari Hotels & Resorts.

Segundo Jenni Benzaquen, vice-presidente sénior das marcas The Ritz-Carlton e St. Regis Hotel & Resorts, “estamos expandindo o alcance da nossa carteira para o que chamamos de ‘novas fronteiras do luxo’, fugas que quebram fronteiras e combinam os desejos de aventura e exclusividade dos hóspedes”.

Ao longo de 2023, a marca procurou estimular a demanda por visitar novamente destinos de luxo preferidos pelos viajantes. Para 2024, a Marriott International está focada em oferecer novos destinos, escapadas éticas e um desejo de defender práticas sociais para que as viagens continuem sendo sustentáveis para as gerações futuras. Presente em 69 países com sua carteira de luxo, possui mais de 200 hotéis e resorts em desenvolvimento, incluindo cerca de 20 que serão inaugurados este ano.

Com este novo projeto, a Marriott International aposta em antecipar as tendências do espaço de luxo, enquanto o setor experimenta uma demanda crescente por viagens e experiências cada vez mais personalizadas. Como afirma Tina Edmundson, presidente de luxo da cadeia, “nossa missão é oferecer acesso incomparável aos destinos mais exclusivos e lugares mais remotos do mundo. A nossa carteira de produtos de luxo é complementada por experiências verdadeiramente excecionais para os hóspedes, o que nos permite estabelecer o padrão para o futuro das viagens, ao mesmo tempo em que continuamos inovando e abrindo novos caminhos”.

Por sua vez, o grupo hoteleiro Six Sense construirá um complexo em Wadi Safar, o grande projeto da Autoridade de Desenvolvimento de Diriyah Gate em Riad, Arábia Saudita, com um total de 80 quartos no topo da colina para oferecer aos hóspedes vistas panorâmicas do vale.

Este complexo é caracterizado por uma arquitetura de estilo Najdi como reflexo da cultura da região e por oferecer aos hóspedes extrema privacidade, já que os quartos estarão isolados. Como instalações de luxo, o hotel terá spa com salas de tratamento, hammam, academia e estúdio de ioga independente, além de espaços para eventos.

Todos estes novos investimentos estão inseridos no programa de transformação nacional da Arábia Saudita – a Visão Saudita 2030 -, com o objetivo de desenvolver e diversificar a base económica do país através do fortalecimento da posição de Al Madina Al Munawwarah como destino religioso de prestígio. Nesse sentido, a Visão Saudita 2030 prevê, entre outros objetivos, atingir 100 milhões de visitas anuais até 2030, alcançar uma contribuição do turismo para o PIB de 10% e criar um milhão de novos empregos no setor turístico.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 12 de janeiro

  • ECO
  • 12 Janeiro 2024

Ao longo desta sexta-feira, 12 de janeiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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OPPO lança os imagine IF Photography Awards 2024 para fomentar a criatividade através da fotografia móvel

  • Servimedia
  • 12 Janeiro 2024

A OPPO acaba de lançar a edição de 2024 dos OPPO imagine IF Photography Awards, um concurso anual criado para impulsionar a excelência da fotografia móvel.

Esta edição do certame internacional conta com um júri composto por figuras emblemáticas do campo da fotografia, incluindo Steve McCurry, referência na fotografia contemporânea; o fotógrafo da National Geographic, Michael Yamashita; a mestra da Hasselblad, Tina Signesdottir Hult, e o membro da Magnum Photos, Alec Soth.

Os OPPO imagine IF Photography Awards 2024 contam com nove categorias diferentes (Paisagem, Retrato, Cores, Momentos Inesquecíveis, Moda, Instantâneo, Luz, Viagens e Coleção), criadas para que os fotógrafos possam dar asas à sua criatividade e compartilhar suas histórias e emoções capturadas através das câmaras dos dispositivos OPPO.

O primeiro prémio (Prémio Ouro) tem um valor de 24.000 dólares. Além disso, o vencedor terá a oportunidade de apresentar suas obras em exposições internacionais, como Paris Photo, e assinar um contrato com a empresa para se tornar um Fotógrafo OPPO com acesso prioritário a eventos especiais.

Também serão concedidos quatro Prémios Prata OPPO, dez Prêmios Bronze OPPO e cinco Prémios Juventude, além de quatro Menções Honrosas em cada uma das nove categorias. Os vencedores de todas as categorias receberão premios em dinheiro, os mais recentes dispositivos OPPO e terão oportunidades de projeção internacional.

Da mesma forma, a OPPO organizou diversos eventos, como OPPO imagine IF Workshop, OPPO imagine IF Community e OPPO imagine IF Academy, que oferecem a oportunidade de se relacionar com alguns dos melhores fotógrafos do mundo, aprender novas técnicas fotográficas e discutir as últimas ideias em imagem móvel.

Em 2023, os OPPO imagine IF Photography Awards atraíram mais de 700.000 propostas de usuários OPPO de 51 países e regiões. Os interessados em participar e saber mais sobre este certame internacional de fotografia podem visitar o site https://imagine-if.oppo.com/en/

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Autarca de Setúbal teme quebra de compromissos na habitação e saúde com mudança de Governo

André Martins assume "preocupação" com a eventual mudança nas tutelas políticas, depois de a Câmara de Setúbal ter assumido "compromissos financeiros bastante significativos" na saúde e na habitação.

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal está preocupado com a hipótese de o próximo Governo não manter os compromissos assumidos com a autarquia para a construção de centros de saúde e de mais habitação no concelho, num investimento superior a 100 milhões de euros, temendo que alguns dos custos acabem por ser suportados pelo município.

“À partida, esperamos que estejam garantidos estes investimentos, porque são parcerias do interesse de qualquer Governo, em que a Câmara Municipal também é parte interessada. Mas é uma preocupação que temos antes das eleições” legislativas de 10 de março, assinala André Martins, em declarações ao ECO/Local Online.

Enquanto isso, a autarquia continua à espera de aprovação do Executivo para avançar com a construção de um novo centro de saúde na cidade, envolvendo um investimento de 3,5 milhões de euros, cuja competência seria do Governo. “Confiámos na palavra do senhor ministro e demos andamento ao processo do Centro de Saúde da Bela Vista, mas a candidatura a financiamento ainda não foi aprovada. Não avançamos com a obra enquanto o Governo não garantir o financiamento”, garantiu André Martins.

“Não tendo nenhuma responsabilidade na construção destes equipamentos, a Câmara Municipal de Setúbal tem aqui um compromisso financeiro bastante significativo. Em primeiro lugar, porque disponibilizamos o terreno; depois comprometemo-nos também a fazer os projetos de arquitetura e da especialidade”, detalha André Martins, eleito pela CDU.

André Martins, presidente da Câmara de Setúbal, acompanhado do Presidente da República

A intervenção do município não fica por aqui. “Comprometemo-nos a fazer os arranjos exteriores destes equipamentos e garantir as acessibilidades e, ao mesmo tempo, também somos nós que assumimos o lançamento dos concursos e o acompanhamento da obra”, descreve ao ECO/Local Online.

É que a autarquia acaba por ter mais despesas com estas intervenções, desviando verbas dos cofres municipais e que poderiam ter outros fins. “São custos significativos para o município e investimentos que, em vez de serem dirigidos para aquilo que são as competências próprias da Câmara Municipal, são destinados para esta área da saúde, que é competência do Estado Central., sustenta.

São custos significativos para o município e investimentos que, em vez de serem dirigidos para aquilo que são as competências próprias da Câmara Municipal, são destinados para esta área da saúde, que é competência do Estado Central.

André Martins

Presidente da Câmara Municipal de Setúbal

Ainda assim, a autarquia setubalense decidiu avançar com a parceria com o Governo para enfrentar a “muito complicada situação na prestação de cuidados de saúde às populações” do concelho, para a qual tem “chamado a atenção do Governo”. Por isso, explana, “embora não seja uma responsabilidade da Câmara, as questões da saúde são de importância maior para as populações, daí a parceria com o Governo”. “Assumimos ser parceiros na construção de três novos centros de saúde”, descreve.

O autarca cita ainda ao ECO/Local Online outro compromisso assumido com o Governo, que nos próximos dias vai entrar em gestão, para construir outro centro de saúde na cidade de Setúbal, num investimento de cerca de sete milhões de euros, cujo projeto também está a ser desenvolvido pelo município.

Também a componente da habitação é motivo de preocupação para o edil de Setúbal. “Temos outro compromisso na área da habitação, em que elaboramos uma estratégia de desenvolvimento para a habitação que foi aprovada pelo Governo e, portanto, assumimos lançar candidaturas para a requalificação de todo o património de habitação municipal“, explica.

O executivo tem uma dotação de 163 milhões de euros para reabilitação do edificado, através de candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). E mais 67 milhões até 2026 para a construção de 500 fogos para atribuir em regime de renda apoiada e mais de 150 fogos para venda em regime de custos controlados.

Ao todo, são 3.700 fogos que precisam de ser requalificados, calcula o autarca. “Estão adjudicadas neste momento quatro candidaturas, que atingem um valor de 100 milhões de euros. Temos ainda mais quatro candidaturas que estão para apreciação no Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e no Ministério da Habitação”, detalha. “Isto é um grande compromisso da autarquia, porque o PRR tem financiamento a 100%, mas é só relativamente aos valores de referência”, resume o comunista.

O nosso maior compromisso é aproveitar ao máximo os fundos comunitários, através do PRR, que é uma oportunidade única para garantir a requalificação de todo esse património municipal.

André Martins

Presidente da Câmara Municipal de Setúbal

Feitas as contas, no final, o orçamento poderá disparar e quem terá de pagar o diferencial será o município. “Há que ter em conta os valores do mercado porque os custos de mercado, como a falta de mão-de-obra, que implicam sempre revisões de preços. E depois, no final da obra, há sempre diferenças e algumas são significativas — que, muitas vezes, terão de ser assumidas pela Câmara”, sublinha Martins.

“O nosso maior compromisso é aproveitar ao máximo os fundos comunitários, através do PRR, que é uma oportunidade única para garantir a requalificação de todo esse património municipal”, assinala. “Esperemos que o novo Governo não venha por em causa esta parceria”, insiste.

Recusa integrar direção da Unidade Local de Saúde

Por outro lado, a autarquia recusou integrar a direção da Unidade Local de Saúde, criada pelo Governo para os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra. “Consideramos que, enquanto não estiveram resolvidos os problemas relacionados com compromissos assumidos com as populações, não devemos integrar órgãos de administração da saúde”, referiu André Martins, no final da apresentação do orçamento municipal para 2024, na ordem dos 239 milhões de euros.

A Câmara de Setúbal tem mais 30% de orçamento para 2024, o que representa “um crescimento de 100 milhões de euros desde 2021”, avança o presidente da autarquia. André Martins destaca, contudo, o maior peso das despesas de funcionamento do município, como é caso do “aumento do número de trabalhadores, do surto inflacionista e dos custos da energia”.

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5 coisas que vão marcar o dia

As contas dos maiores bancos dos Estados Unidos é um dos temas que vai marcar a agenda, neste final de semana.

Esta sexta-feira serão divulgados vários indicadores económicos importantes na China e no Reino Unido, num dia que será ainda marcado pelo arranque da divulgação de resultados anuais nos Estados Unidos. Em Portugal, os investidores vão estar a reagir às vendas preliminares de a Jerónimo Martins, em 2023.

Inflação da China abre o dia

Enquanto os investidores europeus estiverem a dormir será conhecido mais um dado da inflação, desta feita na China. Depois do índice de preços no consumidor chinês ter recuado 0,5% em novembro, a maior descida em três anos, os investidores aguardam esta sexta-feira a divulgação dos números da inflação no final do ano, na segunda maior economia global.

Como vai a economia do Reino Unido?

Na agenda para esta sexta-feira está a divulgação dos números mais recentes sobre a evolução do produto interno bruto (PIB) do Reino Unido. Segundo as estimativas dos economistas consulados pela agência Bloomberg, o gabinete de estatística britânico deverá revelar um ligeiro aumento do PIB em novembro, afastando uma recessão técnica. Os economistas preveem que a economia tenha crescido 0,2% em novembro, após uma contração de 0,3% em outubro.

Ações da Jerónimo reagem a vendas preliminares

As ações da Jerónimo Martins vão estar a reagir aos resultados preliminares divulgados pela retalhista, esta quinta-feira. Num ano marcado pela “progressiva redução da inflação alimentar e pela persistente contenção do consumo por parte das famílias”, o volume de negócios da Jerónimo Martins disparou 20,6%, para um total de 30.608 milhões de euros. O grupo justifica o “forte desempenho” de vendas com “foco na competitividade de preço e no crescimento em volume”.

Pedro Soares dos Santos destaca que, pela primeira vez, o grupo superou o “marco dos 30 mil milhões de euros de vendas”, notando, num comunicado enviado à CMVM, que “esta conquista traduz o reconhecimento pelos consumidores da consistência do foco das insígnias na liderança de preço e na melhoria contínua da oferta e da experiência de compra”.

Bancos dos EUA dão pontapé de saída nos resultados

Os principais bancos dos Estados Unidos divulgam os resultados relativos ao quarto trimestre de 2023. JPMorgan Chase, Bank of America, Wells Fargo e Citigroup têm agendado para esta sexta-feira a apresentação de resultados. Estes números serão importantes para verificar como é que o setor se está a preparar para um eventual aumento do malparado e se estão a realizar provisões. De acordo com um “research” do Goldman Sachs, a margem financeira dos maiores bancos norte-americanos deverá ter caído 10% no quarto trimestre, devido aos maiores custos suportados pelo setor com os depósitos, para refletir os juros mais elevados.

Lançamento do concurso para primeiro troço da Alta Velocidade

O concurso público internacional para o primeiro troço da Alta Velocidade Lisboa – Porto, que ligará o Porto a Oiã, no distrito de Aveiro, será lançado esta sexta-feira, durante uma cerimónia no Pragal para assinalar o momento, com a presença de António Costa. A primeira fase tem um custo estimado de 3.550 milhões de euros e envolve duas Parcerias Público-Privadas .Quando estiver concluída, a linha ferroviária de Alta Velocidade vai permitir viajar entre o Porto e Lisboa em 1h15, menos de metade das atuais 2h49.

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Salários até 130 mil euros. Estas são as 10 profissões mais bem pagas em Portugal

Cargo de diretor geral nos setores da indústria e serviços é o mais bem remunerado em Portugal, segundo o "ranking" que o Manpower Group avançou em primeira mão ao ECO. Salário chega a 130 mil euros.

O cargo de diretor-geral dos setores da indústria e serviços é, neste momento, o mais bem remunerado em Portugal, de acordo com um levantamento feito pelo Manpower Group, que foi avançado em primeira mão ao ECO. Entre as dez profissões com salários mais atrativos, há também vários cargos ligados à tecnologia, numa altura em que a cibersegurança e a inteligência artificial têm conquistado cada vez mais atenção. Já entre as profissões técnicas, os salários dos motoristas de pesados internacionais destacam-se.

Todos os anos, a empresa de recursos humanos Manpower Group prepara um ranking das dez profissões com os ordenados mais robustos em Portugal.

No último ano, por exemplo, com um salário até 120 mil euros, foi o cargo de diretor-geral da área de engenharia e indústria a conquistar o topo dessa tabela. Já este ano, a “medalha de ouro” vai para o cargo de diretor-geral dos setores da indústria e serviços, cujo salário varia entre 110 mil euros e 130 mil euros por ano.

Ao ECO, Pedro Amorim, corporate sales director do Manpower Group, explica que essa subida do salário da profissão mais valorizada é explicada pela inflação, mas também pela escassez de profissionais altamente qualificados, o que tem levado os ordenados a subir.

No caso do cargo de diretor-geral da indústria e serviços, em causa está, adianta o responsável, o “principal executivo” das empresas nessas áreas de atividade, sendo responsável por “liderar e supervisionar todas as operações e aspetos estratégicos“.

Espera-se de um diretor-geral da indústria e serviços que demonstre uma combinação de capacidade de liderança, visão estratégica, tomada de decisões assertivas e competências de comunicação eficazes.

Pedro Amorim

Corporate sales director do Manpower Group

“É responsável por tomar decisões estratégicas que afetam diretamente o desempenho e a orientação da empresa. Lidera a equipa executiva, define metas organizacionais e assegura a execução eficaz das iniciativas. Espera-se que demonstre uma combinação de capacidade de liderança, visão estratégica, tomada de decisões assertivas e competências de comunicação eficazes“, descreve o especialista em recursos humanos.

Pedro Amorim assinala ainda que outra das características “essenciais para o sucesso” neste cargo é a capacidade de adaptar a empresa a um “ambiente em mudança constante” e de estar continuamente à procura de inovação.

“Sendo uma posição de alta senioridade, exige-se experiência nos setores em que atua, bem como uma formação comercial e financeira sólida. Dada a instabilidade económica atual, esta função é uma das mais bem remuneradas para o ano de 2024“, sublinha a mesma fonte.

Em detalhe, num contexto de maior “turbulência”, os profissionais com capacidade de tomarem “decisões de forma ágil e assertiva” tendem a ser mais valorizados, em termos salariais e de benefícios, acrescenta Pedro Amorim. A “complexidade crescente das operações” e os “desafios económicos em evolução permanente” também contribuem para a valorização destes profissionais, aponta ainda.

O segundo lugar do pódio é ocupado por outro cargo na indústria: com um salário entre 90 mil euros e 130 mil euros, a posição de diretor industrial é a segunda mais valorizado, em termos salariais, em Portugal, analisa o Manpower Group.

Importa explicar que o diretor industrial é, nas palavras de Pedro Amorim, “crucial na gestão de uma central de produção“, uma vez que supervisiona todas as operações, de forma a assegurar a qualidade e eficiência.

“As suas responsabilidades vão desde a gestão da equipa até à manutenção da fábrica, exigindo, assim, competências que ultrapassam o conhecimento técnico operacional. Entre estas, destacam-se a gestão de pessoas e de equipas, a liderança, a estratégia e, ainda, a disciplina e organização“, salienta o corporate sales director.

Para este cargo, a formação em Engenharia é essencial, mas não basta. Antes, face à evolução tecnológica do setor industrial, espera-se que estes profissionais “procurem adquirir novos conhecimentos ao longo da carreira“.

“O cargo de diretor industrial é reconhecido como uma das funções mais bem pagas em 2024, essencialmente devido à sua relevância estratégica num contexto de retenção de talento desafiante. A complexidade das operações industriais requer líderes capazes de gerir eficientemente a produção, garantir a qualidade, manter a infraestrutura da fábrica e liderar equipas com competência“, realça Pedro Amorim.

Na visão do corporate sales director, estes são profissionais “musculados e com experiência comprovada, que impactam diretamente o desempenho e compromisso das equipas“.

Já a completar o pódio das profissões mais bem pagas aparece o diretor de compras, com um salário que vai de 80 mil euros por ano a 120 mil euros por ano.

O diretor de compras é o responsável pelo planeamento e controlo das aquisições de maquinaria, equipamentos e materiais da organização, alinhando-as com as políticas e necessidades das empresas.

Pedro Amorim

Corporate sales director do Manpower Group

Em causa estão os profissionais responsáveis pelo planeamento e controlo das aquisições de maquinaria, equipamentos e materiais da organização, “alinhando-as com as políticas e necessidades das empresas”.

“As suas responsabilidades incluem também a gestão de processos, como a contratação de novos fornecedores, e a implementação de estratégias de negociação para obter as melhores condições, abrangendo prazos de entrega e termos de pagamento, entre outros fatores”, explicita o já mencionado especialista em recursos humanos.

Esta é uma posição de senioridade elevada, que é especialmente valorizada num contexto de escassez de profissionais capazes de a desempenhar, destaca o Manpower Group.

Cargos tecnológicos entre os mais bem pagos do país

O lugar imediatamente a seguir ao pódio é ocupado por uma profissão que tem beneficiado, em termos salariais, do contexto de instabilidade económica: os diretores financeiros, cujo salário varia entre 90 mil euros e 100 mil euros por ano.

“O diretor financeiro é o executivo sénior responsável por supervisionar e gerir as operações financeiras de uma organização. Este profissional desempenha um papel estratégico na tomada de decisões financeiras, participando ativamente do planeamento e implementação de estratégias que visam o crescimento sustentável da empresa. É também responsável por gerir orçamentos, analisar investimentos, coordenar a elaboração de relatórios financeiros e assegurar o cumprimento de regulamentações“, enumera Pedro Amorim.

A formação em Finanças ou Contabilidade é fundamental, mas estes profissionais têm também de demonstrar competências analíticas, visão estratégica e profundo conhecimento do ecossistema económico e de mercado.

“A capacidade de comunicar informações financeiras de maneira clara e eficaz é crucial, assim como a aptidão para liderar equipas e colaborar com outros setores da empresa“, sublinha o Manpower Group.

Também em destaque neste ranking estão os diretores comerciais, com um salário que vai de 75 mil euros a 100 mil euros por ano. Por ser muito relevante na “concretização de novas oportunidades e abertura a novos mercados”, este cargo está a ser especialmente valorizado em 2024.

“O diretor comercial é responsável por impulsionar o crescimento das receitas e maximizar os resultados comerciais de uma empresa. Supervisiona as equipas de comerciais, define metas de vendas e implementa estratégias para alcançar esses objetivos”, relata Pedro Amorim.

Já as demais posições desta tabela são ocupadas por cargos ligados à tecnologia (ver tabela abaixo).

Assim, em sexto lugar, está o cargo de engenheiro de DevOps, com um salário entre 60 mil euros e 100 mil euros por ano. “Uma vez que esta função permite acelerar o processo de entrega de software, melhorar a qualidade do produto, aumentar a eficiência e, consequentemente, a satisfação do cliente, um profissional de DevOps revela-se um dos mais procurados pelas empresas, sendo também o sexto cargo mais bem remunerado em 2024″, frisa o Manpower Group.

Em sétimo, está o consultor SAP, com um vencimento entre 45 mil euros e 90 mil euros por ano, “devido à complexidade e variedade de ferramentas oferecidas por este sistema”.

Em oitavo, aparecem os especialistas em cibersegurança, com um salário que varia entre 40 mil euros e 90 mil euros por ano. “Devido ao aumento constante do número de ciberataques a organizações e empresas, que podem sofrer danos irreparáveis nos seus negócios, esta profissão tem vindo a ser cada vez mais procurada pelos empregadores e é, por isso, uma das mais bem remuneradas em 2024”, salienta Pedro Amorim.

Já em nono lugar, estão os cloud architects, com um ordenado que varia entre 60 mil euros e 85 mil euros, uma vez que são “cada vez mais as organizações que utilizam tecnologia na cloud para garantir o bom funcionamento dos seus negócios”.

E em décimo lugar, a fechar a tabela, aparece o cargo de engenheiro de software, cujo salário varia entre 42 mil euros e 75 mil euros por ano, segundo o Manpower Group.

A procura de software engineers especializados continua a crescer e a alargar-se a quase todos os setores, à medida que as empresas têm necessidades de software mais complexas.

Pedro Amorim

Corporate sales director do Manpower Group

“A procura de software engineers especializados continua a crescer e a alargar-se a quase todos os setores, à medida que as empresas têm necessidades de software mais complexas. Esta elevada procura, a par da falta de profissionais disponíveis no mercado, faz desta uma das funções mais procuradas em 2024 e também uma das mais bem pagas“, adianta Pedro Amorim.

Ao ECO, esse responsável realça que há alguma estabilidade neste ranking das profissões mais bem pagas, mantendo as funções tecnológicas “uma representação significativa” e as de direção em destaque, particularmente num contexto, como o atual, de incerteza.

Por outro lado, apesar de o ranking sofrer poucas alterações, há um desalinhamento entre os profissionais que as universidades estão a formar e as posições que são efetivamente valorizadas, no mercado de trabalho português, avisa Pedro Amorim. “A nossa perceção é de que, embora haja exceções, esse ecossistema ainda está algo desalinhado, nos currículos académicos propostos, face aquilo que são hoje as reais necessidades das organizações“, denuncia, apelando a uma maior aproximação entre empresas e academia.

Motoristas de pesados internacionais e chefs em destaque

Entre as profissões técnicas, os salários, mesmo os mais expressivos, são menos atrativos do que os associados às dez profissões referidas acima. Neste caso, o topo do pódio é ocupado pelos motoristas de pesados internacionais, cujo salário varia entre 32.200 euros e 41.300 euros por ano.

Esta é, salienta o corporate sales director do Manpower Group, uma “profissão exigente devido às longas horas de condução, à necessidade de conhecimento de várias regulamentações nacionais e internacionais e ao stress relacionado com prazos apertados“, sendo o isolamento social e os riscos associados a acidentes desafios significativos.

Já no segundo lugar deste pódio, estão os chefs de cozinha, cujo salário varia entre 23.800 euros e 35 mil euros.

“É obrigatório ser especialista numa determinada cozinha (italiana, japonesa, portuguesa, entre outras) e em determinados ambientes podem ser especialistas em mais do que uma cozinha, o que aumenta a complexidade do perfil. São necessárias competências e experiência em liderança de equipas, conhecimentos de idiomas e flexibilidade de horário“, relata Pedro Amorim.

E a fechar o pódio aparecem os gestores de conteúdos, com um ordenado que varia entre 22.400 euros e 25.200 euros por ano. Esta profissão tem sido valorizada, numa altura em que a procura por conteúdo digital de qualidade “está em ascensão”.

Do levantamento feito pelo Manpower Group, constam ainda os supervisores de logística (salários até 44.800 euros), os instaladores de painéis solares (até 28 mil euros), os técnicos de injeção (até 33.600 euros), os perfis multilingues (até 22.400 euros), os técnicos de gases fluorados (até 22.400 euros), os gestores de tráfegos (até 25.200 euros) e os técnicos de manutenção (23 mil euros).

A valorização dos salários, de forma global, em Portugal tem sido uma das reivindicações de vários partidos (incluindo o PS), já que os ordenados portugueses saem mal na fotografia europeia. “A realidade portuguesa apresenta, para as mesmas funções, salários inferiores aos da média da União Europeia”, confirma Pedro Amorim, que frisa que tal traz dificuldades ao nível da atração e retenção de talento.

As empresas têm avisado, contudo, que é preciso melhorar a produtividade e competitividade para que tal aconteça de forma sustentável.

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Novobanco encaixa 70 milhões com venda de duas jóias imobiliárias

  • Ana Petronilho
  • 12 Janeiro 2024

No fim de 2023 o banco fechou a venda do Arade, em Portimão, à Lintinvest por cerca de 30 milhões. Nessa altura, foi ainda fechada a transação do Cabanas Golf, em Oeiras, à RE Capital por 40 milhões.

O Novobanco só conseguiu vender dois dos cinco terrenos incluídos na carteira Eleanor, avaliada em 365 milhões e que representa mais de metade do valor total do portfólio de imóveis do banco que estão ainda por vender, que ronda os 600 milhões.

O ECO sabe que no final do ano passado foi vendido à Lintinvest, um promotor da zona das Caldas da Rainha, o terreno localizado junto à marina de Portimão, o Arade. A transação foi fechada por um valor ligeiramente inferior a 30 milhões de euros, abaixo dos 32 milhões pedidos pelo banco.

Além deste, foi ainda vendido à RE Capital, empresa pan-europeia de investimento, desenvolvimento e gestão de ativos, o terreno junto ao TagusPark, inserido no empreendimento Cabanas Golf. Este negócio foi fechado por um valor situado entre os 35 e os 40 milhões de euros.

O banco que nasceu com a queda do BES tinha como meta vender até ao final de 2023 os cinco terrenos que compõem a carteira Eleanor, que são considerados por Volkert Schmidt, CEO do Grupo Novobanco Real Estate, como os “melhores ativos” do banco.

No entanto, por causa de problemas de licenciamento e de arquitetura os investidores interessados nos outros três terrenos – dois em Lisboa (Amoreiras e no Parque das Nações) e um em Benagil – decidiram aguardar pela aprovação dos projetos pelas autarquias, não fechando o negócio. Estes três processos, estão, para já, suspensos, sabe ainda o ECO. Desta forma, dos 365 milhões pedidos pelo banco, só ainda foram arrecadados cerca de 70 milhões.

Nos terrenos vendidos vão nascer os projetos apresentados em maio pelo Novobanco que foram, entretanto, aprovados pelas respetivas autarquias. No caso do Arade, um terreno de 116 mil metros quadrados de área em frente à marina de Portimão, foi licenciada a construção de um hotel com 153 quartos a que se somam 613 apartamentos turísticos e outros 652 residenciais, ou seja, um total de 1.265 apartamentos.

Volkert Schmidt, disse que o projeto tem a dimensão “para criar uma nova Portimão” estando ainda prevista a construção de um imóvel de retalho e um jardim público.

Para o terreno de Oeiras, o Cabanas Golf, que conta com uma área bruta para construção de 80 mil metros quadrados, o projeto aprovado prevê construção de apartamentos turísticos, lojas e um campo de golfe.

Banco prevê vender Benagil até ao fim de 2024

O próximo terreno da carteira Eleanor que pode ser vendido é o de Benagil, no concelho de Lagoa, pelo qual o Novobanco está a pedir 52 milhões de euros.

O ECO sabe que há pelo menos três interessados para investir no terreno: a empresa que detém o grupo Sana, um grupo mexicano e um outro ucraniano.

O projeto previsto para as arribas de Benagil foi chumbado em 2018 pela Comissão de Avaliação do Impacte Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) por considerar que iria provocar um aumento de pressão humana sobre as pequenas praias, um aumento em quase cinco vezes do volume de tráfego rodoviário naquela zona e a artificialização de um troço protegido da costa. No entanto, o projeto chumbado pela APA foi alterado e o ECO sabe que o banco tem a expectativa de o conseguir licenciar e vender até ao final deste ano. Mas, para já, o processo de venda está suspenso.

O terreno fica localizado nas arribas junto à entrada das conhecidas grutas de Benagil e para aqui o projeto previsto será um hotel de luxo com 150 quartos, 288 apartamentos, a que se somam 242 moradias em banda e cinco villas de luxo. Esta propriedade tem uma área total de 59 mil metros quadrados.

O terreno de Benagil chegou às mãos do antigo BES depois de a Inland, uma das empresas de Luís Filipe Vieira, ter entregue o terreno ao banco por dívidas de um financiamento que ascendia a 48 milhões de euros.

Venda dos dois terrenos em Lisboa adiada para os próximos anos

Mais atrasada está a venda dos dois terrenos em Lisboa, que só deverá ser fechada nos próximos anos, por causa de atrasos no licenciamento. Trata-se do imóvel que fica na zona das Amoreiras, na Rua Artilharia 1, em frente ao hotel Dom Pedro – a jóia da coroa do Eleanor e para onde chegou a ser pensada a sede do Novobanco – e o outro terreno fica na zona dos Olivais Sul, em frente às instalações da Xerox.

Quando entrou no mercado, o terreno das Amoreiras – que o banco quer vender por um preço que ronda os 60% do total pedido pelo portfólio, os 365 milhões – despertou o interesse de vários investidores. Inicialmente, estavam na corrida por este ativo a Norfin, do grupo Arrow, a Vanguard, os americanos da Bain Capital, a Kronos, a Quest Capital ou a Sixth Street.

Mas perante o atraso no licenciamento, vários investidores desistiram do negócio e apenas continuam interessados a Bain Capital, a Sixth Street, a Norfin, um grupo brasileiro e um fundo americano, que o ECO sabe que apresentaram propostas com um valor bastante abaixo do que é pedido pelo banco e que fizeram saber que só apresentam propostas vinculativas depois de o projeto ser aprovado pela Câmara de Lisboa.

Em maio Volkert Schmidt disse que “há cinco anos” que a autarquia de Lisboa está a analisar alterações ao antigo projeto, que foi revogado em reunião de câmara no final de dezembro. Só com esta revogação a análise à alteração do projeto pode, então, ser avaliada pela autarquia aos comandos de Carlos Moedas.

Em causa está o aumento de 570 para 683 apartamentos de luxo com a conversão de área que inicialmente seria comercial para residencial. No novo projeto já está também prevista a construção do metro e de uma praça e jardim que serão espaços públicos.

No total, o terreno nas Amoreiras tem uma área de construção de mais de 133 mil metros quadrados onde vão ser edificados seis edifícios. O imóvel é da propriedade do banco desde 2014, depois da execução de dívidas à promotora Temple, do empresário Vasco Pereira Coutinho.

O Eleanor inclui ainda um terreno nos Olivais Sul, em frente às instalações da Xerox, com 88 mil metros quadrados de área, que também permite o desenvolvimento de um projeto de escritórios, serviços e retalho. O valor pedido pelo banco para este imóvel ronda os 43 milhões de euros e o CEO do Grupo Novobanco Real Estate contou em maio que estão em curso “negociações com a câmara de Lisboa para incluir no projeto apartamentos de arrendamento acessível”. Ou seja, uma das três torres previstas para o terreno será para arrendamento acessível, com 310 apartamentos.

Para atrair investidores, o Novobanco disponibilizou “condições especiais”, para financiar as obras dos projetos previstos naqueles terrenos. O investimento rondará os mil milhões de euros sendo que para o investidor existe um volume potencial de vendas de dois mil milhões de euros.

Quando nasceu o Novobanco, o total de ativos imobiliários estava avaliado em cerca de 3,5 mil milhões de euros.

Contactado pelo ECO, até à hora da publicação deste texto, o Novobanco não prestou qualquer esclarecimento sobre os negócios da carteira Eleanor.

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