Quem tem experiência internacional durante o ensino superior tende a conseguir salários melhores

Estudo revela que experiência internacional durante ensino superior dá acesso a melhores salários, mas alerta que persiste desigualdade entre elas e eles, a nível remuneratório.

Quem tem uma experiência internacional durante a formação superior tende a conseguir salários mais robustos, quando chega ao mercado de trabalho. Esta é uma das conclusões do inquérito feito a 35 mil diplomados portugueses pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, em colaboração com o Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior.

“Verifica-se que há uma associação positiva entre a experiência internacional adquirida no âmbito do programa de estudos e os salários dos diplomados“, explica o Ministério do Ensino Superior, numa nota em que revela os principais resultados desse estudo.

Por outro lado, os diplomados com níveis mais elevados de qualificações superiores são “mais propensos” à mobilidade internacional, após se diplomarem, frisa o Governo.

Já quanto à situação dos diplomados no mercado de trabalho português, o inquérito indica que quem tem níveis mais elevados de qualificações tende a beneficiar de melhores condições salariais.

Em concreto, os licenciados ganham 18% a 25% mais do que os diplomados de programas de ensino superior de ciclo curto. E entre os mestres, o prémio é ainda mais superior: ganham mais 46% a 50% do que os referidos diplomados.

Além disso, conclui-se, sem surpresa, que os salários dos diplomados com cinco anos no mercado de trabalho são “sistematicamente” mais elevados do que os que concluíram a sua formação há um ano.

Mas persistem diferenças salariais significativas entre as diplomadas e os diplomados. Os diplomados do sexo masculino ganham, em média, mais 19% a 23% do que as diplomadas do sexo feminino.

Além disso, eles tendem a registar níveis de emprego mais elevados do que elas, bem como níveis de desemprego mais baixo, contratos com maior estabilidade, níveis de satisfação profissionais mais elevados e níveis superiores de alinhamento entre a formação superior e o emprego.

O combate à desigualdade de género não é recente, mas o fosso entre as trabalhadoras e os trabalhadores (nomeadamente, salarial e de oportunidades de emprego) persiste em Portugal e no mundo, de acordo com as estatísticas.

Que áreas de estudo dão acesso a melhores empregos?

Quanto à empregabilidade dos diplomados portugueses, o inquérito cujos resultados são apresentados esta sexta-feira dá conta de que esta tende a “crescer de forma significativa com idade dos diplomados, independentemente de se terem diplomado recentemente (2020/2021) ou há mais tempo (2016/2017)”. E o mesmo se passa com a incidência de vínculos permanentes, em detrimento de contratos a prazo.

Ou seja, idades menos jovens são sinónimo de maior empregabilidade e maior estabilidade no mercado de trabalho.

O inquérito deixa ainda perceber em que áreas a empregabilidade e os salários são mais favoráveis. Ora, são os cursos de ciências empresariais, administração e direito, TIC e engenharia, indústrias transformadoras e construção, e saúde os que proporcionam “níveis mais elevados de emprego, menores riscos de desemprego, salários e satisfação profissional mais elevados, contratos mais estáveis e maior probabilidade de alinhamento entre a formação superior e o emprego“.

Já quanto ao nível de satisfação dos diplomados com a sua situação profissional, salienta-se que, em geral, “é elevado“. “Numa escala de um a cinco, em que um significa muito insatisfeito com a profissão e cinco representa muito satisfeito, o nível médio de satisfação dos diplomados é de 3,7, independentemente do ano letivo em que se diplomaram. Assim sendo, os níveis de satisfação dos diplomados relativamente aos seus estudos e à sua situação profissional encontram-se bem alinhados“, realça o Governo.

Este inquérito enquadra-se numa iniciativa lançada pela Comissão com vista à criação de mecanismos de acompanhamento de diplomados do ensino superior comparáveis entre os diferentes países.

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Peniche vai ter um “hub azul” de 5,4 milhões para incubar empresas da economia do mar

O “Smart Ocean – Open Labs” disponibiliza um espaço para acolhimento de empresas da economia azul e startups com projetos nos domínios da aquacultura, da biotecnologia e da inovação alimentar.

O contrato de empreitada de construção do “Edifício Smart Ocean – Open Labs” vai ser assinado esta sexta-feira na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) do Instituto Politécnico de Leiria, em Peniche. O edifício, que ficará localizado no Porto de Pesca de Peniche, representa um investimento de 5,4 milhões de euros e é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O “Smart Ocean – Open Labs” disponibilizará espaço para acolher empresas da economia azul e startups com projetos nos domínios da aquacultura, da biotecnologia e da inovação alimentar. “Esta infraestrutura será um polo de atração empresarial, de capacitação de empresas e de cooperação entre a economia, a inovação e o conhecimento científico, no sentido de catalisar uma economia regional baseada na exploração sustentável dos recursos marinhos”, resume o Ministério da Economia e do Mar.

Com uma área de implantação de 1.495 metros quadrados, correspondendo a uma área bruta de construção de 3.097 metros quadros, disponibilizará um espaço de 1.230 metros quadrados para acolhimento de empresas e startups. Os módulos startup alojarão projetos de aquacultura, de biotecnologia e de inovação alimentar, funcionando em espaços modulares que possibilitarão uma fácil e eficiente adaptação dos espaços às necessidades dos parceiros.

Além do acolhimento a empresas e incubação de startups da área da Economia Azul, o polo de Peniche do Hub Azul tem ainda como objetivo “alavancar o tecido económico da tradicional economia do mar, tornando-o mais resiliente e sustentável”.

Este edifício “proporcionará as condições adequadas ao surgimento de um ecossistema de inovação, através da promoção de uma modernização sustentável dos, entre outros, setores da pesca, da transformação, da aquacultura e da digitalização”, refere, numa nota de agenda, o Ministério da Agricultura e da Alimentação.

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Cinco tendências que vão marcar o futuro do marketing, segundo a Gartner

Um menor uso das redes sociais, uma maior utilização de IA entre os criativos ou uma diminuição do tráfego nos sites das marcas são algumas das tendências que vão marcar o marketing no futuro.

Com um novo ano no horizonte, a Gartner partilhou cinco daquelas que vão ser as tendências que vão marcar não só o ano que se aproxima, como o futuro do marketing em geral, particularmente influenciado pela inteligência artificial.

Metade dos consumidores vão limitar o uso das principais redes sociais

Segundo a Gartner, uma perceção de deterioração junto dos utilizadores no que diz respeito à qualidade das redes sociais vai fazer com que, até 2025, metade dos consumidores limite o uso das principais plataformas. Segundo adianta a consultora, mais de 70% dos consumidores espera que a inteligência artificial venha a ter um impacto negativos nas redes sociais, o que os levará a limitar o seu uso.

Uso de inteligência artificial vai aumentar entre os criativos

Até 2026, 80% dos criativos vão usar diariamente inteligência artificial generativa. O uso de ferramentas de IA no marketing por parte destes profissionais vai permitir um trabalho mais estratégico, com mais variações criativas, desenvolvidas com maior rapidez e personalização, permitindo uma maior direcionalidade. Por outro lado, isto vai conduzir a um aumento dos gastos com os criativos e com os seus trabalhos.

Marcas vão apostar num posicionamento focado na ausência de IA nos seus negócios/produtos

À medida que a inteligência artificial se torna cada vez mais importante no setor do marketing, ganhar a confiança dos consumidores vai tornar-se um desafio cada vez mais significativo. Segundo a Gartner é previsível que parte dos clientes comecem a procurar marcas “acústicas”, que deem prioridade à autenticidade e que não apostem em inteligência artificial, sendo que, até 2027, 20% das marcas vão apostar neste posicionamento e método de diferenciação.

Diminuição do tráfego orgânico nos sites das marcas

O crescimento da inteligência artificial generativa vai reduzir de forma significativa o tráfego de pesquisa orgânica nos sites das marcas – prevendo-se que este diminua 50% até 2028 – uma vez que os consumidores vão cada vez mais obter resultados diretamente através das plataformas de inteligência artificial. Os diretores de marketing devem preparar-se para uma queda na receita ao adaptarem o investimento nos diferentes canais e reposicionando os canais de comunicação tradicionais como o email, refere a Gartner.

Aposta na adoção de medidas para a autenticação de conteúdo

De forma a salvaguardarem as suas marcas, as organizações devem dar prioridade à implementação de medidas de autenticação de conteúdo e estabelecer diretrizes para o uso responsável da inteligência artificial, devendo estas também exigir a fornecedores e agências parceiras políticas claras quanto a estes temas. Cerca de 60% dos diretores de marketing vão adotar este tipo de medidas até 2026, acrescenta a Gartner.

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Taxas Euribor desce em todos os prazos

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2024

A taxa Euribor desceu esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos.

A taxa Euribor desceu esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos. Com as alterações desta sexta-feira, a Euribor a três meses, que recuou para 3,932%, ficou acima da taxa a seis meses (3,896) e da taxa a 12 meses (3,636%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, baixou esta sexta-feira para 3,636%, menos 0,018 pontos do que na quinta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, também caiu esta sexta-feira, para 3,896%, menos 0,024 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou esta sexta-feira face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,932, menos 0,010 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de dezembro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira deste ano, realiza-se em 25 de janeiro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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JinkoSolar: Emissões líquidas zero aprovadas pelo SBTi

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  • 12 Janeiro 2024

O objetivo de emissões líquidas zero a curto e a longo prazo da JinkoSolar foi aprovado pelo SBTi, tornando-se, assim, na primeira empresa de energia fotovoltaica no mundo com este objetivo aprovado.

Recentemente, a JinkoSolar, fabricante de painéis solares, viu os seus objetivos de redução de emissões com base científica a curto e a longo prazo aprovados pelo Science Based Targets (SBTi). A empresa tornou-se na primeira fabricante de energia fotovoltaica do mundo com estes objetivos validados. Além disso, é a segunda empresa na China a ser aprovada com esse estatuto, bem como a terceira empresa na indústria de semicondutores.

A iniciativa SBTi é um organismo mundial que permite às empresas estabelecer objetivos ambiciosos de redução das emissões, em conformidade com as mais recentes ciências climáticas. O seu objetivo é incentivar as empresas de todo o mundo para que reduzam as emissões para metade antes de 2030 e atinjam emissões líquidas nulas antes de 2050.

Na era do aquecimento global, a participação e a definição de objetivos baseados na ciência tornaram-se uma nova norma empresarial, o que reflete a competitividade e a responsabilidade das empresas nos domínios do desenvolvimento sustentável e ESG. Atualmente, mais de sete mil empresas em todo o mundo aderiram à iniciativa do SBTi, incluindo a Tesla, a Apple, a BASF, a Lenovo, a Tencent, entre outras.

No final de 2021, a JinkoSolar comprometeu-se oficialmente a definir metas líquidas zero em linha com a ciência climática com o SBTi. No primeiro semestre de 2023, a JinkoSolar publicou o seu relatório ESG de 2022, que descrevia pela primeira vez o seu roteiro climático. Até ao final de 2023, a SBTi verificou o objetivo de zero emissões líquidas da JinkoSolar com base científica.

No final de 2019, a JinkoSolar anunciou a sua participação na iniciativa verde RE100 e comprometeu-se com a iniciativa Science Based Targets no final de 2021. Para isso, tirou partido de uma tecnologia fotovoltaica continuamente inovadora e de produtos fotovoltaicos fiáveis, que lhe permitiam fornecer eletricidade fotovoltaica limpa, segura, acessível e inteligente a nível mundial e abordar as alterações climáticas globais com uma abordagem económica, ecológica e viável.

A partir do quarto trimestre de 2023, a JinkoSolar tornou-se a primeira empresa de energia fotovoltaica com um volume de expedição de módulos superior a 200 GW. De acordo com as estimativas da IHS, isto significa que um em cada oito módulos a nível mundial provém da JinkoSolar, o que corresponde a um quilo de redução de carbono por cada oito quilos de produtos fotovoltaicos.

Ao trabalhar com a SBTi e ao estabelecer objetivos de emissões líquidas nulas, a JinkoSolar não só representa a sua ambição na abordagem das alterações climáticas, como também fornece um guia de ação claro para a redução total das emissões da cadeia de valor. A JinkoSolar espera trabalhar em conjunto com empresas a montante e a jusante e com mais parceiros para promover coletivamente a transformação energética global e contribuir mais para a construção de um futuro mais verde e mais sustentável.

O objetivo aprovado de emissões líquidas nulas deverá ser publicado no site da SBTi a 25 de janeiro.

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Concorrência dá “luz verde” à compra da Dr. Well’s pelo Grupo Lusíadas

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2024

O regulador considera que a compra "não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste".

A Autoridade da Concorrência não se opôs à compra da Dr. Well’s pelo Grupo Lusíadas, foi esta sexta-feira divulgado no portal do supervisor.

“Em 10 de janeiro de 2023, o Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência (…) delibera adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração”, pode ler-se na nota divulgada.

Em causa está a notificação à Autoridade da Concorrência (AdC) pelo Grupo Lusíadas da aquisição do controlo exclusivo sobre a MCCare — Serviços de Saúde, S.A., titular da marca Dr. Wells.

O regulador considera que a compra “não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste”.

A Lusíadas SGPS “dedica-se à prestação de cuidados de saúde de várias especialidades, através de uma rede instalada no território nacional que, atualmente, inclui oito hospitais e seis clínicas de saúde”.

Por seu lado, a MCCARE, Serviços de Saúde, “dedica-se à prestação de cuidados de saúde oral e estética (incluindo tratamentos estéticos e cirurgias), através de uma rede instalada no território nacional, que inclui vinte e duas clínicas”, de acordo com a informação da AdC.

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Apoio a ferrovia de mercadorias por subida dos combustíveis aguarda decisão de Bruxelas

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2024

A Comissão Europeia ainda está a analisar o pedido de ajuda financeira de Portugal para mitigar o aumento do preço da energia e do combustível, indicou o Governo.

O apoio ao transporte ferroviário de mercadorias pelo aumento dos custos com energia e combustíveis aguarda decisão da Comissão Europeia, disse à Lusa a tutela, apontando tratar-se de um processo negocial mais exigente do que o da rodovia.

“As autoridades nacionais têm vindo ao longo dos últimos meses a prestar os esclarecimentos e informações necessários solicitados pela Comissão Europeia com vista à sua decisão final”, esclareceu o gabinete do secretário de Estado Adjunto e das infraestruturas, Frederico Francisco, em resposta escrita à Lusa.

Em causa está o apoio previsto para o transporte ferroviário de mercadorias, que prevê, “além da mitigação do aumento do preço da energia e do combustível, a dinamização do setor do transporte ferroviário de mercadorias tendo por referência o Pacto Ecológico Europeu aprovado pela Comissão Europeia que visa a promoção de uma transição sustentável, justa e socialmente equitativa, com vista a atingir a neutralidade climática até 2050”, explicou o Governo.

Na quinta-feira, o presidente da Medway, Carlos Vasconcelos, queixou-se de concorrência desleal entre rodovia e ferrovia de mercadorias, destacando que “a rodovia recebeu as compensações pelo aumento dos custos dos combustíveis em 2022 e 2023” enquanto os operadores ferroviários de mercadorias “nem um cêntimo”.

“O Governo anunciou em 2022 estes apoios também para ferrovia e renovou-os para 2023 tal como o fez para a rodovia. Prometeu, mas não cumpriu, mas a rodovia já recebeu os seus apoios”, lamentou o presidente da antiga CP Carga.

Na resposta enviada à Lusa, o Governo salientou que o apoio extraordinário e excecional ao setor dos transportes de mercadorias por conta de outrem tinha como objetivo minimizar o efeito do aumento dos preços de combustível e do ‘AdBlue’, sendo apenas aplicável ao transporte rodoviário de mercadorias e sujeito a um limite máximo de 400.000 euros por operador.

Aquele apoio foi aprovado pela Comissão Europeia, no âmbito do quadro temporário de crise na sequência da invasão russa da Ucrânia, tratando-se, assim, “de um processo de notificação simplificado e por isso mais expedito”.

No caso do transporte ferroviário de mercadorias, “o processo de notificação apresentado pelo Governo português junto da Comissão Europeia tem por referência o regime aplicável aos auxílios de Estado previstos no Tratado de Funcionamento da União Europeia e a prática decisória da Comissão Europeia, não sendo, por isso, comparável ao regime de apoios ao transporte rodoviário de mercadorias”, tratando-se de “um processo negocial mais exigente que requer uma análise jus-concorrencial mais aprofundada”, apontou o Governo.

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Lince Capital lança fundo de 146 milhões para investir em startups nacionais

É o terceiro fundo de investimento da sociedade de capital de risco, dedicado a startups nacionais inovadoras com projetos de I&D.

A Lince Capital lançou um fundo de 146 milhões de euros para investir em startups nacionais. O Lince Innovation Fund III é o terceiro fundo de investimento da sociedade de capital de risco, dedicado a startups nacionais inovadoras com projetos de I&D.

“O Lince Innovation Fund III marca um momento crucial na nossa jornada. Estamos comprometidos em ser um catalisador para o crescimento económico e o empreendedorismo nacional”, diz Vasco Pereira Coutinho. “Com 146 milhões de euros à disposição, estamos confiantes de que este fundo terá um impacto transformador nas startups nacionais, impulsionando não apenas o crescimento, mas também a excelência empreendedora”, refere o CEO da Lince Capital, citado em comunicado.

Vasco Pereira Coutinho, CEO da Lince Capital.

O novo fundo, o terceiro da sociedade de capital de risco, será dedicado ao investimento em startups com projetos de I&D. “O novo fundo não vai ter um foco específico, o único critério é apenas que sejam startups nacionais com uma forte componente de inovação e Investigação & Desenvolvimento (I&D)”, refere fonte oficial do fundo quando questionado pelo ECO sobre se este fundo tinha um foco específico ao nível de áreas de atividade das startups.

“Além do financiamento substancial, as startups selecionadas terão acesso ao vasto conhecimento e à rede de contactos da Lince Capital, garantindo um suporte estratégico crucial para o seu desenvolvimento”, destaca a sociedade de capital de risco em comunicado.

Criada em 2016, desde 2020, a Lince Capital avaliou mais de 400 startups, tendo investido em 22 delas, não revelando o fundo montante global investido no ecossistema. Sensei, Kencko, Bizay ou Leadzai são algumas das startups nacionais onde a Lince Capital já investiu.

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Três em cada dez jovens nascidos em Portugal decidiram emigrar

  • ECO
  • 12 Janeiro 2024

Mais de 850 mil nascidos em Portugal com idades entre os 15 e os 39 anos optou por viver e trabalhar fora do país. Coordenador do Observatório da Emigração nota que este número é "muito alto".

Cerca de 30% dos nascidos em Portugal com idades entre os 15 e os 39 anos decidiram emigrar. Segundo números do Observatório da Emigração noticiados pelo Expresso, esta percentagem corresponde a mais de 850 mil pessoas.

Rui Pena Pires, coordenador científico do Observatório da Emigração, nota que este número é “muito alto” e com um “efeito muito complicado na fecundidade”. Os nascimentos de filhos de mãe portuguesa no estrangeiro “já equivalem a cerca de 20% do total de nascimentos em Portugal”, revelou.

Portugal é o país com a taxa de emigração mais alta da Europa e uma das maiores do mundo. O pico da emigração deu-se entre 2010 e 2019. No total, há cerca de 2,3 milhões de portugueses a viver lá fora, dos quais 70% têm entre 15 e 39 anos.

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TAP transportou 15,9 milhões de passageiros em 2023, mais 15,2% do que em 2022

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2024

A TAP transportou no ano passado 15,9 milhões de passageiros, um crescimento de 15,2% relativamente ao ano anterior, e algumas rotas já recuperam para valores pré-pandemia, anunciou a empresa.

A TAP transportou no ano passado 15,9 milhões de passageiros, um crescimento de 15,2% relativamente ao ano anterior, e algumas rotas já recuperam para valores pré-pandemia, anunciou a empresa.

Em comunicado, a TAP Air Portugal indica que transportou no ano passado mais 2,1 milhões de pessoas do que em 2022, acrescentando que as rotas do Brasil, Estados Unidos da América e regiões autónomas dos Açores e Madeira já transportaram mais passageiros do que em 2019, último ano antes da pandemia de covid-19.

Segundo a transportadora, a taxa de ocupação dos voos foi de 80,8 %, mais 0,8 pontos percentuais do que em 2022 e que representa uma melhoria de 0,7 pontos percentuais relativamente a 2019.

O indicador de produtividade RPK (Revenue Passenger Kilometer) foi 16% superior ao de 2022. Relativamente ao último ano antes da pandemia, este valor revela um crescimento de 1,4%, refere a nota.

No comunicado, a transportadora aérea portuguesa destaca o desempenho da companhia no conjunto das rotas de longo curso, com um total de 4,6 milhões de passageiros transportados, mais 15,1% do que em 2022 e um aumento de 9,8 % relativamente a 2019.

Nas rotas dos Estados Unidos e Canadá, a TAP transportou 1,46 milhões de passageiros (+18,4%). Em relação ao último ano antes da pandemia, este valor representa um aumento de 39,5%.

Quanto às rotas do Brasil, foram mais de 1,9 milhões os passageiros transportados, um crescimento de 20,3% face a 2022 e de 8,4% relativamente a 2019.

Nas rotas das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, a TAP transportou 1,5 milhões de passageiros no ano passado, o que representa um aumento de 13,2% relativamente ao ano anterior e de 5,7% face a 2019.

Todos os segmentos de rede da TAP registaram crescimentos face a 2022, mas, segundo a companhia, em comparação com 2019, o último ano completo antes da pandemia, a transportadora “ainda não recuperou totalmente” o mesmo nível de tráfego nas rotas de Portugal continental, Europa e África, refere a nota.

Isto, acrescenta, implica que a TAP, em números totais, ainda tenha ficado no ano passado 7% abaixo do número total de passageiros transportados em 2019, antes da pandemia.

No comunicado a transportadora sublinha que opera hoje com menos aviões e tem menos slots no aeroporto de Lisboa face a 2019, devido às imposições do plano de reestruturação definido pela Comissão Europeia, a que a companhia está ainda sujeita até 2025.

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Nos contrata 300 milhões em dívida sustentável junto da banca nacional

A Nos anunciou que contraiu linhas de financiamento de 300 milhões de euros indexadas a metas de sustentabilidade. A dívida foi colocada junto de três bancos portugueses, o BPI, a Caixa e o BCP.

A Nos NOS 0,80% anunciou esta sexta-feira que contraiu linhas de financiamento de 300 milhões de euros indexadas a metas de sustentabilidade. Parte do montante foi obtido em obrigações e outra parte em papel comercial.

A dívida foi colocada junto de três bancos portugueses, nomeadamente o BPI, a Caixa e o BCP. “As linhas contratadas terminam entre 2025 e 2026, anos em que a Nos tem um montante reduzido de linhas para refinanciar, aproveitando assim para equilibrar e alisar a curva de maturidades, minimizando o custo de financiamento”, explica a Nos num comunicado enviado ao mercado.

“Com estes financiamentos bancários, a Nos antecipa as suas necessidades de refinanciamento para o ano de 2024″, acrescenta ainda a empresa liderada por Miguel Almeida, que sublinha que 95% da dívida contratada pela empresa já está ligada a indicadores e objetivos de sustentabilidade.

Neste caso, as linhas contratadas esta sexta-feira pela Nos estão “indexadas ao objetivo de redução das emissões de gases com efeito de estuga da operação própria em pelo menos 80% até 2025, em relação a 2019″, refere a Nos.

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Jerónimo Martins cai 6% com vendas na Polónia e Colômbia a desiludirem

Vendas da retalhista subiram, mas ficaram aquém das expectativas. Números da polaca Biedronka, especialmente, estão a penalizar as ações, segundo traders e analistas.

A Jerónimo Martins apresentou um disparo de 20,6% nas vendas líquidas no ano passado, mas o crescimento no quarto trimestre ficou abaixo das expectativas, especialmente na polaca Biedronka, onde a subida das vendas like-for-like (LFL), ou seja, sem contar com aberturas de lojas, desacelerou até mais do que a travagem da inflação.

“As vendas a nível geral aumentaram, mas no principal mercado, a Polónia, desiludiram e ficaram abaixo do consenso dos analistas, o que explica a queda das ações”, diz ao ECO, Pedro Oliveira, trader da Go Bulling, parte do Banco Carregosa, adiantando que os números da Ara, na Colômbia, também estão em foco.

Às 10h25, as ações da dona do Pingo Doce caem 6,06%, para 21,24 euros cada, e estão a arrastar a praça nacional para terreno negativo, num dia de ganhos na Europa.

Os analistas do Jefferies, citados pela Reuters, sublinham que as vendas no último trimestre do ano ficaram nos 8.157 milhões de euros, abaixo do consenso dos analistas, que era de 8.237 milhões, “com a Biendronka a ficar abaixo do esperado”.

As vendas no quarto trimestre “confirmaram um cenário mais pressionado na Polónia, e também na Colômbia“, adiantam.

Cotação da Jerónimo Martins na bolsa de Lisboa

Segundo os analistas do JP Morgan, também citados pela Reuters, o “momentum foi bastante abaixo das expectativas, que já tinham sido reduzidas”, vincando que os números LFL na Polónia cresceram 5%, face aos 7% esperados antes da divulgação dos dados e mesmo 9% há apenas algumas semanas.

Clement Genelot, analista da Bryan Garnier, afirma que as vendas do quarto trimestre foram “desapontantes”, especialmente na Polónia. “O LFL da Biedronka está a desacelerar a um ritmo ainda mais rápido que o da inflação alimentar na Polónia”, diz, citado pela Bloomberg.

“Isto levanta questões sobre capacidade de manter o ritmo de crescimento de cerca de 3% do volume com a Lidl a acelerar os esforços nos preços e nas promoções”, alerta. “Apesar de o guidance para 2023 continuar a parecer seguro, todos os olhares vão estar sob os riscos em relação à deflação alimentar e à possibilidade de uma guerra de preços na Polónia.

Esta quinta-feira, já depois do fecho dos mercados de capitais, a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos anunciou vendas líquidas de 30,6 mil milhões de euros no total de 2023, a primeira vez que ultrapassou a marca dos 30 mil milhões e uma subida de 12,8%.

As vendas LFL da Biendronka subiram 5,1%, na moeda polaca, no quarto trimestre de 2023, o que compara com 12,8% no terceiro, 17% no segundo e 24,5% no primeiro.

Na Colômbia, as vendas LFL da Ara avançaram 1,3% em moeda local no último trimestre do ano, face a 18,9% no primeiro.

Enquanto o Stoxx 600 sobe 0,84%, em linha com a maioria das principais praças do continente, o PSI cede 0,14%, para 6.584,04 pontos. Apesar de a maioria das cotadas apresentarem ganhos, é a queda da Jerónimo Martins que dita a tendência do dia, a par das perdas mais ligeiras de 1,4% da EDP.

Em sentido contrário, as ações do BCP sobem 2,52% e a Mota-Engil volta a figurar no pódio dos melhores desempenhos na abertura, ao somar 2,2%.

A Galp avança 0,55% e a Nos valoriza 0,24%, minutos depois de a operadora liderada por Miguel Almeida ter anunciado a contratação de 300 milhões de euros de dívida ligada a objetivos de sustentabilidade junto de três grandes bancos nacionais.

(Notícia atualizada às 10h45)

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