Worten assinala Single’s Day em parceria com Tânia Graça

  • + M
  • 11 Novembro 2024

A Worten junta-se ao Single's Day, desafiando os solteiros a comentar o produto que mais querem comprar na Black Friday, para que encontrem pessoas que também o queiram adquirir.

De forma a assinalar o Dia dos Solteiros (Single’s Day) – que se celebra esta segunda-feira – a Worten aliou-se à influenciadora Tânia Graça, psicóloga especializada em sexologia, colaborando na sua rubrica ‘Tander’, no Instagram.

Na rubrica, a influenciadora “recria a dinâmica do Tinder, incentivando todos os solteiros a comentar o produto que mais querem comprar nesta Black Friday, de forma a encontrarem pessoas com a mesma preferência. A dinâmica passa também por marcar encontros nas lojas Worten de todo o país utilizando produtos como identificação de cada par”, explica-se em nota de imprensa.

No Instagram, Tânia Graça “todos os meses, faz de Cupido e recria a dinâmica da aplicação de encontros Tinder, para um público mais selecionado, incentivando quem estiver solteiro a partilhar comentários onde se apresenta e partilha os seus gostos e as suas maiores qualidades, na tentativa de encontrar um parceiro ou interesse amoroso”, detalha-se na mesma informação.

Neste sentido, e a propósito do Single’s Day, a Worten “junta-se a esta iniciativa, desafiando todos os solteiros a comentar o produto que mais querem comprar nesta Black Friday, de forma a encontrarem pessoas que queiram adquirir o mesmo produto, tendo ainda a possibilidade de marcar um encontro numa loja Worten. A marca pretende, assim, juntar-se à conversa nas redes sociais, com uma publicação collab espontânea e divertida, ao estilo Worten”, acrescenta-se.

A par da parceria com Tânia Graça, visível nas redes sociais, a Worten oferece esta segunda-feira um desconto extra de 11% em compras superiores a 111 euros. Este desconto é cumulativo com os descontos de Black Friday, em exclusivo para a app Worten, devendo para isso ser usado o código “SINGLES”.

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MAI rejeita estar a politizar ações de fiscalização contra imigração irregular

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

A ministra diz que estas "ações têm como foco o combate à criminalidade violenta, tráfico de droga, imigração ilegal e tráfico de seres humanos. E ainda a fiscalização das atividades económicas".

O PS acusou esta segunda-feira o Governo de estar a politizar o discurso sobre as ações de fiscalização que estão a ser feitas pelas polícias no combate à imigração irregular, acusação que a ministra da Administração Interna rejeitou.

Margarida Blasco, que está a ser ouvida no parlamento no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2025, destacou o reforço na fiscalização: “Como foi visível na semana passada, o Governo deu uma orientação clara às forças de segurança para reforçarem as ações de fiscalização que têm estado e vão continuar no terreno”.

A ministra explicou que “estas ações multiforças são encabeçadas pelo Sistema de Segurança Interna, enquanto coordenador das forças de seguranças, e envolvem a GNR, PSP, PJ, ASAE, Autoridade das Condições do Trabalho (ACT), Autoridade Tributária e Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA)”.

Estas ações têm como foco o combate à criminalidade violenta, tráfico de droga, imigração ilegal e tráfico de seres humanos. E ainda a fiscalização das atividades económicas”, precisou. O deputado do PS Pedro Delgado Alves considerou que “é estigmatizante” associar a permanência irregular em Portugal com a prática de crimes desta natureza, frisando que o Partido Socialista não critica que seja necessária a realização de operações direcionadas à atividade económica e ao combate ao tráfico de droga e imigração ilegal.

“Estas ações normalmente não são politizadas por representantes no parlamento, não são anunciadas por membros do Governo como uma mudança de paradigma”, criticou o deputado socialista, ressalvando que “não está em causa a competência das forças de segurança”. Em resposta, a ministra respondeu: “Sendo estas operações e a polícia de proximidade uma constante, não me parece que isto seja politizado, só se foi politizado aqui na Assembleia”.

Margarida Blasco sublinhou que estas operações fazem parte da ação das forças de segurança e “são necessárias” e “perfeitamente normais”. Na sexta-feira decorreu uma operação de fiscalização na zona do Martim Moniz, em Lisboa, e no sábado no Porto.

Na semana passada, também na Assembleia da República, o ministro da Presidência afirmou que o Governo deu instruções às forças de segurança para reforçarem a fiscalização contra a imigração ilegal e tráfico de pessoas, sendo a operação que decorreu no Martim Moniz, em Lisboa, uma das várias que estão calendarizadas.

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Web Summit “está oficialmente esgotada”

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

A cimeira tecnológica, que arranca esta segunda-feira em Lisboa, tem mais de 70.000 participantes e um "recorde" de 3.000 empresas expositoras.

A Web Summit anunciou que o evento, que arranca esta segunda-feira em Lisboa, “esgotou oficialmente” com mais de 70.000 participantes e um “recorde” de 3.000 empresas expositoras, 1.000 investidores e 2.000 meios de comunicação globais.

Na noite de abertura, os destaques do evento incluem nomes como de Pharrell Williams, vencedor do Grammy, músico, cineasta e filantropo, e diretor criativo de moda masculina da Louis Vuitton, que irá falar com o CMO [executivo responsável por liderar todas as atividades relacionadas com o marketing] da Visa, Frank Cooper III, sobre comércio e criatividade.

Na cimeira tecnológica estão representados 160 países, de acordo com a organização. No total, são cerca de 300 funcionários e 6.000 voluntários e pessoal ligado à construção dos espaços do evento. A Web Summit “está a acolher mais startups do que nunca, registando um aumento de 15% desde o recorde de 2.608 startups em 2023”.

Além dos oradores, a ‘cimeira’ tecnológica reúne “um número recorde de 3.000 empresas expositoras, 1.200 delas fundadas por mulheres, e 500 das quais participaram através do programa Impact, por startups que estejam alinhadas com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU.

Os 1.000 investidores de empresas como a Northzone, Seven Seven Six, Qatar Investment Authority, 500 Global, Khosla Ventures irão “conectar-se com o maior e mais diversificado grupo de startups em fase inicial do mundo” e acolher milhares de reuniões, bem como sessões de mentoria.

Um novo relatório sobre financiamento da Web Summit x Crunchbase mostra que “foram angariados 60,6 mil milhões de dólares por empresas da Web Summit 2023 e 755 milhões de dólares foram para os participantes do programa de ‘startups’ da Web Summit. As startups na Web Summit obtiveram “uma média de 5,5 milhões de dólares de financiamento anual, excedendo em muito a média da indústria de 3,3 milhões de dólares”, refere a organização.

O evento irá acolher 60 delegações comerciais de 40 países. A delegação da Alemanha contará com 80 startups e incluirá o vice-chanceler Robert Habeck. A Ucrânia apresenta-se com 24 startups, o Qatar quatro startups, o Brasil trará 80 startups, enquanto a Sérvia acolherá 24 startups.

Por último, 36 startups irlandesas representarão inovação tecnológica na Web Summit 2024 em Lisboa.

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BE propõe taxar fortunas acima de três milhões de euros e criar o imposto “Elon Musk”

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

O objetivo do 'imposto Elon Musk' "é taxar as empresas de serviços digitais que utilizam os dados que cada um de nós enquanto utilizador fornece para vender e monetizar através de publicidade".

O BE defende a taxação de fortunas acima dos três milhões de euros e a criação de um imposto “Elon Musk” para taxar grandes empresas de serviços digitais, no âmbito da discussão orçamental. Estas propostas foram apresentadas pela coordenadora do partido, Mariana Mortágua, em conferência de imprensa, na sede nacional do BE, em Lisboa, com o objetivo de tornar o sistema fiscal português “mais justo”.

Uma das iniciativas visa criar um imposto sobre fortunas acima dos três milhões de euros, o “equivalente a 3.500 salários mínimos nacionais”. Para chegar a este valor é contabilizado todo o património em causa, incluindo “imobiliário, participações financeiras ou criptoativos”.

“Não é um imposto para a generalidade da população, é um imposto para a minoria das minorias das minorias que detém a maioria da riqueza e que contribui para uma economia de desigualdades. É um pequeno contributo”, salientou Mariana Mortágua. A taxa a aplicar entre os três milhões de euros e os cinco milhões seria de 1,7%, entre cinco milhões e 10 milhões haveria uma taxa de 2,1%, e a partir dos 10 milhões a taxa seria de 3,5%.

Mortágua realçou que não existe risco de dupla tributação, uma vez que é possível deduzir o adicional ao IMI por património imobiliário de luxo, e “há ainda um teto que faz com que, quando somado a este imposto com o IRS, não se possa ultrapassar mais de 60% do rendimento”. Além disto, o BE vai também avançar com a criação de uma taxa que apelidou de “imposto Elon Musk”, cunhado com o nome do magnata e dono da rede social ‘X’, antigo Twitter.

“O ‘imposto Elon Musk’ tem um propósito, que é taxar as empresas de serviços digitais que utilizam os dados que cada um de nós enquanto utilizador fornece para vender e monetizar através de publicidade”, explicou, adiantando que este imposto seria aplicado a empresas que prestam serviços digitais com volume de negócios superior a 750 milhões de euros, consistindo numa taxa de 3% sobre o total das receitas provenientes de serviços digitais.

Mariana Mortágua realçou também que “Portugal tem um peso excessivo e desproporcional de impostos indiretos, e em particular do IVA”, imposto que é “regressivo que afeta mais as pessoas mais pobres e que precisam de consumir e que gastam uma parcela superior do rendimento nestes impostos”.

“E Portugal não só tem um peso muito grande dos impostos indiretos, como a média dos impostos indiretos no total da receita fiscal é superior em Portugal à da média dos países da OCDE”, sustentou. Neste contexto, os bloquistas vão propor várias alterações ao regime de IVA, nomeadamente, reduzir de forma transversal a atual taxa mínima de 6% para 5% e a taxa média de 13 para 12%.

O BE quer que as telecomunicações, eletricidade e gás passem para a taxa reduzida, que propõem que seja de 5%, e, em contraponto, propõem a taxa máxima de 23% para hotéis e alojamento local. O partido quer alterar a forma como o IMT é contabilizado e distribuído, salientando que atualmente a receita deste imposto é proporcional ao preço da venda da casa e “cada município fica com essa receita”.

“Quanto mais altos foram os preços das casas num determinado município, maior é a receita que esse município tem. O que nós estamos a propor é que em vez de haver uma relação direta, essa receita do IMT possa ser mutualizada: é criado um fundo que depois é repartido por todos os municípios de uma forma mais equilibrada, quebrando o vínculo direto que existe entre especulação e receita fiscal das autarquias”, explicou.

A bancada bloquista vai ainda insistir que a dedução específica de IRS passe dos atuais 4.104 euros para 4.810 euros.

 

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Orçamento da Madeira devia ser aprovado antes de se “brincar aos partidos”, diz Miguel Albuquerque

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

"A maioria dos madeirenses e porto-santenses está preocupada com a potencial paralisia do Governo, numa situação quem vem prejudicar toda a gente", afirma o presidente do Governo Madeira.

O presidente do Governo Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou esta segunda-feira que a moção de censura apresentada pelo Chega “não tem sentido”, mas que a acontecer devia ser só votada depois de o Orçamento Regional para 2025 ser aprovado. “Acho que moção de censura não tem sentido nenhum, mas se querem brincar aos partidos políticos brinquem mais à frente, deixem aprovar o Orçamento, que isso toca no bolso de toda a gente”, declarou Miguel Albuquerque.

O presidente do executivo minoritário do PSD falava aos jornalistas à margem da sessão de abertura da VIII edição do Curso Intensivo de Segurança e Defesa (CISEDE) na região, que decorreu no salão nobre do Governo Regional, no Funchal. “Estou muito preocupado e acho que neste momento a maioria dos madeirenses e porto-santenses está preocupada com a potencial paralisia do Governo, numa situação quem vem prejudicar toda a gente”, salientou.

Miguel Albuquerque apontou que, se o orçamento não for aprovado, há um conjunto de compromissos que já estavam definidos que ficarão “estagnados”, como as reduções previstas em sede de IRS, a revisão de carreiras e obras como a construção do novo hospital. “Tudo isto vai paralisar, portanto isto é uma situação de absoluta irresponsabilidade, não há nenhum fundamento para pormos os madeirenses novamente prejudicados com uma situação destas. Tínhamos de aprovar o Orçamento e depois brincar aos partidos”, reforçou.

Acho que os partidos têm de ser responsáveis. […] Isto não é um brincadeira de partidos agora, as eleições ocorreram há menos de seis meses, não foi há seis anos”, acrescentou. Na quarta-feira, o presidente e líder parlamentar do Chega/Madeira, Miguel Castro, anunciou em conferência de imprensa, que entregou no parlamento madeirense uma moção de censura ao Governo Regional.

Miguel Castro justificou a decisão com as investigações judiciais que estão a ser feitas ao presidente do executivo, Miguel Albuquerque, e a quatro secretários regionais, tendo todos sido constituídos arguidos. “Achamos que neste momento o governo liderado por Miguel Albuquerque e Miguel Albuquerque não têm condições para liderar a Região Autónoma da Madeira”, referiu o líder regional do Chega, admitindo retirar a moção se for apresentada uma outra solução para o executivo.

Miguel Albuquerque foi constituído arguido no final de janeiro num inquérito que investiga suspeitas de corrupção, abuso de poder e prevaricação, entre outros. Em causa estão alegados favorecimentos de empresários pelo poder público, em troca de contrapartidas. O social-democrata, líder do Governo Regional desde 2015, acabou por se demitir – depois de o PAN retirar o apoio que permitia à coligação PSD/CDS-PP governar com maioria absoluta -, mas venceu as eleições antecipadas de maio.

Num acordo pós-eleitoral, PSD (com 19 eleitos) e CDS-PP (dois) não conseguiram os 24 assentos necessários a uma maioria absoluta, tendo a abstenção de três deputados do Chega permitido a aprovação do Orçamento da Madeira para 2024. Os sociais-democratas deixaram de ter, pela primeira vez em tempo de democracia e autonomia, maioria absoluta na Assembleia Legislativa da Região Autónoma.

O parlamento regional é composto por 19 deputados do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP, um da IL e um do PAN. Entretanto, em setembro, os secretários regionais das Finanças (Rogério Gouveia), Saúde e Proteção Civil (Pedro Ramos) e Equipamentos e Infraestruturas (Pedro Fino), foram constituídos arguidos, no âmbito da operação “AB INITIO”, sobre suspeitas de criminalidade económica e financeira.

Na semana passada foi conhecido um outro processo que envolve o secretário da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, também constituído arguido. Miguel Albuquerque já declarou publicamente que não se demite e que o PSD está pronto para todos os cenários, incluindo o de novas eleições legislativas regionais antecipadas.

O PS e a IL já anunciaram que vão votar a favor da moção de censura, enquanto JPP e PAN ainda vão decidir junto das estruturas dos seus partidos.

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Justiça russa emite mandado de captura de juiz do Tribunal Penal Internacional

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

O juiz Ben Mahfudh foi colocado na lista internacional dos mais procurados da Rússia após ter emitido mandados de captura para Shoigu e Gerasimov em junho por possíveis crimes de guerra.

Um tribunal de Moscovo ordenou a detenção do juiz do Tribunal Penal Internacional (TPI) Haikel Ben Mahfudh, responsável pelos mandados de detenção contra o antigo ministro da Defesa Sergei Shoigu e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Valeri Gerasimov.

A justiça russa aprovou o pedido anteriormente apresentado pelas autoridades do país, que solicitaram a “investigação preliminar e a detenção” de Ben Mahfudh, acusado de violar o artigo do Código Penal russo relativo aos crimes de “detenção ilegal”, segundo a imprensa russa.

O juiz Ben Mahfudh foi colocado na lista internacional dos mais procurados da Rússia após ter emitido mandados de captura para Shoigu e Gerasimov em junho por possíveis crimes de guerra relacionados com a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Ben Mahfudh, nascido em 1971 na Tunísia, é juiz do TPI desde março de 2024.

O juiz é conhecido pela sua investigação sobre a proteção do ambiente em conflitos armados, os direitos das vítimas, os direitos humanos e as transições democráticas no mundo árabe, como detalhado pela organização.

Os mandados de captura contra Shoigu e Gerasimov somam-se aos emitidos em março de 2023 contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e a sua comissária para os Direitos da Criança, Maria Lvova Belova. Tanto Putin como Belova são acusados de deportar à força crianças ucranianas das zonas ocupadas do país europeu.

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Diretora do Centro Nacional de Pensões demite-se

Prestes a completar um ano de comissão de serviço, Susana Rosa pede para sair do cargo de diretora do CNP, segundo despacho assinado pelo secretário de Estado da Segurança Social.

Susana Rosa demitiu-se do cargo de diretora do Centro Nacional de Pensões (CNP), de acordo com um despacho assinado pelo secretário de Estado da Segurança Social, que foi publicado esta segunda-feira em Diário da República. Assumira esse lugar em 2023, pelo que tinha à sua frente ainda quatro anos da comissão de serviço.

“No uso da competência que me foi delegada pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, autorizo a cessação, a seu pedido, da comissão de serviço de Susana Teresa Rego da Silva Santos Rosa no cargo de diretora de Segurança Social do Centro Nacional de Pensões do Instituto da Segurança Social”, lê-se no diploma que foi publicado esta manhã, e que tem efeitos a 5 de novembro.

Licenciada em Direito e mestre em Administração Pública, Susana Rosa fora escolhida em 2023 pelo anterior secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, para o cargo que agora deixa. Isto depois de o ter ocupado em regime de substituição durante vários meses em 2023.

A 6 de novembro deste ano faria um ano da comissão de serviço, mas o despacho publicado esta segunda-feira deixa claro que tal não chegou a acontecer.

Esta saída segue-se a várias demissões na Segurança Social. Em maio, a presidente do Instituto da Segurança Social demitiu-se, face à “falta de confiança” do Governo, conforme escreveu o ECO. Já em setembro, saiu a vice-presidente do mesmo instituto, Catarina Marcelino, depois de terem sido feitas mudanças na distribuição de pelouros entre os membros do Conselho Diretivo.

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João Lamy da Fontoura regressa à equipa de Direito Público da Sérvulo

Com mais de 20 anos de experiência na área do Direito Público, João Lamy da Fontoura transita da PLMJ, onde estava desde 2019.

João Lamy da Fontoura acaba de integrar a Sérvulo & Associados, como consultor do departamento de Direito Público. Com mais de 20 anos de experiência na área do Direito Público, o advogado tem assessorado entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, nas mais diversas matérias. João Lamy da Fontoura transita da PLMJ, onde estava desde 2019.

“Estamos muito satisfeitos com a reintegração do João Lamy da Fontoura na equipa de Direito Público da Sérvulo, a qual reflete o reconhecimento do seu trabalho ao longo destas duas décadas. Esta integração vem reforçar o núcleo em áreas-chave da nossa atividade, em particular, nos contratos públicos, projetos de infraestruturas e arbitragens”, destaca Manuel Magalhães, managing partner da Sérvulo & Associados.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2002) e pós-graduado em Direito do Contencioso Administrativo pela Universidade Católica Portuguesa (2004), João Lamy da Fontoura tem centrado a sua atividade na área do Direito Público, nomeadamente nas áreas do Direito Administrativo, contratos públicos, contratação pública e da resolução de litígios, designadamente em contexto arbitral. Integra a lista de árbitros do Centro de Arbitragem Administrativa, desde 2015, e é autor de diversas publicações em matéria de Direito Público e de Contratação Pública.

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Reino Unido descarta que EUA de Trump abandonem NATO

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

“Creio que as nações europeias que fazem parte da NATO têm de fazer mais pela Aliança”, sublinhou ainda o ministro da Defesa britânico.

O ministro da Defesa britânico descartou esta segunda-feira que o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vá “retirar o país” da NATO, admitindo ser necessário os Estados-membros aumentarem o financiamento da organização, como tem defendido o magnata nova-iorquino.

John Healey considerou que Trump “está comprometido” com a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), apesar dos rumores em contrário, e afirmou que em Washington “é reconhecida a importância da Aliança e de evitar mais conflitos na Europa”.

“Creio que as nações europeias que fazem parte da NATO têm de fazer mais pela Aliança”, sublinhou, acrescentando que Trump tem razão em exigir que esses países “façam mais para financiar melhor a NATO”, como indicou em declarações à estação televisiva Sky News.

O ministro britânico referiu que o compromisso dos EUA se manteve ao longo dos diversos Governos do país e sustentou que, de momento, “não há motivos” que façam suspeitar de uma queda desse apoio durante o segundo mandato de Trump, que já foi inquilino da Casa Branca entre 2017 e 2021.

No entanto, Trump já anteriormente criticou a NATO e pressionou os Estados-membros a aumentarem o financiamento: na sua campanha eleitoral, afirmou que os EUA só ajudarão a organização a defender-se de um futuro ataque da Rússia se esta cumprir as suas obrigações orçamentais. Até à data, os Estados-membros comprometeram-se a gastar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa até 2024 e espera-se que 23 dos 32 Estados-membros o façam até ao final do ano.

A Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia e a Rússia (com Kaliningrado), é o maior contribuinte para a aliança, com 4,1% do PIB, seguida da Estónia, com 3,4%, e dos Estados Unidos, também com 3,4%. O Reino Unido, que atingiu 2,3% do PIB durante o anterior Governo conservador, é o nono da lista.

Embora Londres não tenha definido uma data exata para tornar efetivo o aumento da contribuição, o ministro reconheceu que o Governo “compreende que existe o dever de defender o país e de manter os seus cidadãos em segurança”.

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Valorização das carreiras no Estado ainda deixa de fora trabalhadores das escolas e da saúde

Técnicos do INEM, do diagnóstico e pessoal não docente exigem aumentos salariais e ameaçam com protestos se o Governo não lhes der um tratamento igual a outras profissões da Função Pública.

Professores, funcionários judiciais, forças de segurança (Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana), guardas prisionais, forças armadas, enfermeiros e médicos já alcançaram acordos com o Governo de Luís Montenegro para a valorização das suas carreias. Mas não basta. Outras classes menos ouvidas da Função Pública continuam a fechar escolas e a perturbar o funcionamento de hospitais e centros de saúde com manifestações e greves.

Estabelecimentos de ensino não abrem sem auxiliares de educação, o socorro pode estar em risco sem técnicos do INEM. Análises clínicas e vários tipos de tratamento deixam de se realizar se não houver técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.

Já foi assinado o acordo plurianual para a valorização da Administração Pública 2025-2028, que prevê um aumento, para 2025, de 56,58 euros para quem ganha, neste momento, 2.620,23 euros mensais brutos e de 2,15% para quem tem vencimentos superiores. Os incrementos remuneratórios vão beneficiar todas as carreiras, no entanto, há classes profissionais do Estado que também querem ver reconhecidas as suas especificidades e reivindicam valorizações extraordinárias à semelhança das que o Governo de Luís Montenegro aprovou para docentes, polícias, militares, enfermeiros ou médicos.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o representante da Frente de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, e a representante da Frente Sindical, Maria Helena Rodrigues, durante a cerimónia de assinatura do acordo plurianual 2025-2028 de valorização dos trabalhadores da Administração Pública, em Lisboa, 6 de Novembro de 2024RODRIGO ANTUNES/LUSA 6 de Novembro de 2024

Técnicos do INEM exigem um aumento superior a 500 euros no ordenado de entrada

Recentemente, o Executivo acabou por ceder à pressão do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), mas foram precisos nove dias de greve às horas extraordinária e mortes para que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, se sentasse à mesa com a estrutura sindical para iniciar a revisão da carreira.

Neste momento, o salário de entrada começa nos 922,47 euros brutos mensais, estando equiparado à base remuneratória dos assistentes técnicos das carreiras gerais, e o presidente do STEPH, Rui Lázaro, não irá aceitar uma proposta que avance apenas dois ou três níveis remuneratórios, como já afirmou. Ao ECO, o dirigente sindical revelou que a proposta que entregou ao ministério passa pela fixação da base remuneratória “acima dos 1.400 euros” mensais brutos. Isto significa um aumento, no mínimo, de 516,15 euros para o nível 17 da Tabela Remuneratória Única (TRU) que corresponde a um salário bruto mensal de 1.438,62 euros.

A reivindicação está mais ou menos em linha com o que foi negociado com os enfermeiros, uma vez que a tutela acordou uma valorização destas carreiras que passa pela subida do salário mínimo desta profissão dos 1.333,35 euros mensais brutos (nível 15) para os 1.491,25 euros (nível 18). Para o presidente do STEPH, “é natural este alinhamento até porque os enfermeiros que trabalham no INEM têm um nível de exigência semelhante aos técnicos de emergência pré-hospitalar”. “Apesar disso, a nossa estrutura remuneratória está muito afastada”, lamenta.

Há abertura para negociar com o Governo patamares mais baixos de valorização, mas Lázaro lembra que o BE já entregou uma iniciativa no Parlamento que coloca a base remuneratória no nível 13 da TRU, isto é, nos 1.228,09 euros. “Por isso, nunca aceitaremos uma proposta do Governo abaixo dos 1.200 euros”, avisa.

Esta é uma profissão muito desvalorizada. Os técnicos de emergência pré-hospitalar têm uma abnegação extrema à missão por 922 euro por mês. A greve foi um grito de revolta.

Rui Lázaro

Presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH)

“Esta é uma profissão muito desvalorizada. Os técnicos de emergência pré-hospitalar têm uma abnegação extrema à missão por 922 euros por mês. A greve foi um grito de revolta”, frisou.

Para além dos aumentos salariais, a estrutura sindical defende ainda uma reformulação da carreira que deverá passar a designar-se “técnico de emergência médica como nos outros países da Europa em vez de técnico de emergência pré-hospitalar”. As três categorias de técnico, coordenador operacional e coordenador geral devem ser eliminadas, sendo criadas outras cinco: “técnico de emergência médica estagiário, técnico de emergência médica, técnico de emergência especialista, técnico de emergência supervisor e técnico de emergência gestor”, de acordo com a proposta que o sindicato remeteu à tutela.

A formação, que é da exclusiva responsabilidade do INEM, “tem de passar para as instituições de ensino superior de forma a permitir a obtenção de grau académico com vista a chegar à carreira de medicina”, indica Rui Lázaro que exige ainda “um novo sistema de avaliação, específico para a carreira”.

Face à carência de trabalhadores, uma vez que existem “pouco mais de 700 face aos 1.480 que deveriam estar no quadro”, o Ministério já se comprometeu “a contratar 200 funcionários e, no futuro, abrir um novo aviso para recrutar mais 200”, referiu. O dirigente sindical explicou que “não é possível admitir, no imediato, os 400 trabalhadores, porque o INEM não tem capacidade para formar tanta gente ao mesmo tempo”, explicou. Na próxima reunião com o Ministério da Saúde, marcada para dia 21, o sindicato espera obter uma contraproposta da tutela ao caderno reivindicativo que foi apresentado.

Técnicos de diagnóstico e terapêutica querem valorização idêntica à dos enfermeiros

Depois de greves em várias Unidades Locais de Saúde (ULS) em julho e agosto, por não contarem corretamente os pontos de avaliação, e de quatro dias de paralisação a nível nacional, em setembro, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica esperam que, “até ao final do mês de novembro, o Ministério da Saúde arranque com as negociações para a valorização da carreira à semelhança do que já fez para outras carreiras especiais como a dos enfermeiros”, indicou ao ECO o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), Luís Dupont. Caso contrário, o dirigente sindical admite “novas formas de luta, incluindo manifestações e greves”.

Apesar desta carreira ter sido revista em 2022, através de uma iniciativa do Parlamento, “a tabela remuneratória encontra-se desatualizada comparativamente com a de técnico superior da carreira geral e com a de enfermeiro”, refere Dupont. O salário de entrada de um técnico superior de diagnóstico começa no nível 15, o que corresponde a um vencimento mensal ilíquido de 1.333,35 euros, enquanto o ordenado mínimo de um técnico superior da carreira geral arranca no patamar 16, o que dá 1.385,99 euros por mês, de acordo com o sistema remuneratório da Administração Pública para 2024.

Os enfermeiros também estavam no nível remuneratório 15, mas a recente assinatura de acordo para a valorização da carreira permitiu elevar esse patamar, já com efeitos em novembro, para o número 18 da Tabela Remuneratória Única (TRU), o que fez crescer a base salarial desta profissão em 157,9 euros para 1.491,25 euros face aos 1.333,35 euros que estavam em vigor. Nos próximo anos e até ao final da legislatura, a carreira de enfermagem terá novas valorizações, de forma faseada, até o ordenado de entrada desta profissão atingir o nível 21, isto é, os 1.649,15 euros da TRU atual.

Exigimos ver uma atualização da tabela remuneratória da nossa carreira à luz dos princípios das carreiras especiais da saúde, nomeadamente a dos enfermeiros.

Luís Dupont

Presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS)

“Exigimos ver uma atualização da tabela remuneratória da nossa carreira à luz dos princípios das carreiras especiais da saúde, nomeadamente a dos enfermeiros”, defende o dirigente sindical. Mas o objetivo não é ficar nos 1.649,15 euros (nível remuneratório 21) para o salário de entrada, mas sim “chegar ao nível 23”, o que se traduz num vencimento de 1.754,41 euros, “tal como reivindicaram os enfermeiros”, salienta Luís Dupont. “Vamos ver até onde conseguimos nas negociações”, assinalou.

Outra das matérias que o sindicato pretende ver “rapidamente resolvida” é “a correta contagem dos pontos para avaliação de desempenho dos técnicos pelas várias instituições do Serviço Nacional de Saúde e do setor empresarial do Estado, designadamente os hospitais”, referiu o líder do STSS.

Em 2018, quando houve o descongelamento das carreiras da Função Pública, “o Ministério das Finanças e a DGAEP – Direção-Geral da Administração e do Emprego Público consideraram que o sistema de avaliação dos técnicos superiores de diagnóstico, que dá 1,5 pontos com satisfaz e -1 com não satisfaz, tinha caducado”, relata o sindicalista. “Desde então, várias instituições não têm dado o ponto e meio a quem teria direito, atribuindo só um ponto ou nenhum”, denuncia, exigindo que, no âmbito das negociações com a tutela, “esta matéria seja clarificada”. “Temos inclusivamente vários tribunais a dar razão aos trabalhadores, por isso, queremos que todos os pontos sejam contados com efeitos retroativos a 2018″, sublinha.

Mas o sindicato quer passar a ser “avaliado pelo novo SIADAP, porque é muito mais vantajoso”. Enquanto o regime dos técnicos de diagnóstico é trianual, exige 10 pontos para progredir na carreira e apenas tem duas menções (satisfaz que dá 1,5 pontos e não satisfaz que dá -1), o novo sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP) é anual, requer oito pontos para subir uma posição remuneratória e tem cinco classificações: excelente que dá três pontos; muito bom que atribui dois; bom com 1,5 pontos; regular com um ponto; e, na menção adequado, o trabalhador tem zero pontos, deixando de existir pontos negativos.

Pessoal não docente pede carreira especial como na saúde

O pessoal não docente das escolas públicas do ensino básico e secundário é outra das classes profissionais da Função Pública que têm sido pouco ouvidas pelo Executivo de Luís Montenegro. A 4 de outubro, realizou uma greve nacional convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), afeta à CGTP.

“Até agora, só tivemos uma reunião como o Ministério da Educação no dia 3 de julho, onde entregámos o nosso caderno reivindicativo. Estava marcada uma outra para 28 de agosto, mas o ministro demarcou e não tivemos mais reposta da tutela”, lamenta Artur Sequeira, dirigente da FNSTFPS com a coordenação da pasta da educação.

A federação sindical exige a criação de carreiras especiais, com melhores salários, para os assistentes operacionais, que passariam a auxiliares de ação educativa, e para os assistentes técnicos que iriam integrar a carreira de assistente administrativo de administração escolar, à semelhança do que já aconteceu na saúde, com a implementação da carreira de técnico auxiliar de saúde, para onde transitaram os assistentes operacionais, e da de técnico auxiliar de saúde principal, que absorveu os assistentes técnicos que trabalham nos hospitais e centros de saúde.

De lembrar que, até 2008, estes trabalhadores tinham carreiras especiais, sendo designados de auxiliares de ação educativa, nos estabelecimentos de ensino, tal como havia a carreira de auxiliar de ação médica, no SNS. Mas a reforma do Governo socialista de José Sócrates extinguiu estas categorias e os funcionários passaram para as carreiras gerais em 2009, perdendo as valorizações específicas das suas funções.

A reposição destas carreiras é uma reivindicação antiga dos sindicatos. Com o anterior Governo socialista, de António Costa, foi possível criar a carreira especial para os auxiliares de saúde, mas, no caso da educação, não houve avanços.

Assim, o salário de entrada dos assistentes operacionais do SNS, que correspondia ao ordenado mínimo do Estado, de 821,83 euros, passou para 869,84 euros, com a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde. No caso dos assistentes operacionais na categoria de encarregado, o vencimento, que começava nos 961,40 euros, subiu para 1.228,09 euros mensais brutos com o estabelecimento da nova carreira de técnico auxiliar de saúde principal.

Mas não foram atendidas todas as reivindicações do pessoal da saúde, uma vez que os sindicatos também defendem uma carreira especial para os assistentes técnicos do SNS. Com a criação desta carreira, estes trabalhadores passariam a designar-se de técnicos secretários clínicos. A este respeito, foi lançada uma petição pelo Sindicato dos Profissionais Administrativos da Saúde que vai ser discutida na Assembleia da República, depois do debate do OE2025 na especialidade, uma vez que ultrapassou as 7.500 assinaturas necessárias para poder ser apreciada em plenário.

A 29 de novembro, dia da votação final global do Orçamento do Estado, a federação vai entregar no Parlamento uma petição pela criação de carreiras especiais para os trabalhadores não docentes.

Artur Sequeira

Dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS)

É este tipo de valorização que a FNSTFPS pretende ver refletida nos assistentes operacionais das escolas e nos assistentes técnicos. Mas Artur Sequeira está pessimista, indicando que, na reunião de julho, com o ministro da Educação, Fernando Alexandre, “não houve abertura para criar novas carreiras especiais”.

O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, tem outra visão. “No acordo plurianual para a valorização da Administração Pública que assinámos com o Governo, há uma cláusula que determina a análise dos conteúdos funcionais das carreiras com especificidades que justifiquem a densificação e/ou especialização”, indica o dirigente da estrutura sindical afeta à UGT. É neste âmbito que se poderá “negociar uma carreira especial” para o pessoal não docente, defende.

Na proposta que entregou ao Governo, a Fesap exige a criação da carreira de técnico auxiliar de educação, que irá absorver os assistentes operacionais, a de técnico administrativo de educação para os assistentes técnicos, e a de técnico superior de educação para onde deverão passar os técnicos superiores.

A federação sindical ligada à CGTP tem ainda outras reivindicações que colocou em cima da mesa, designadamente “o fim da precariedade, o aumento do número de trabalhadores e a exclusividade de funções nos estabelecimentos de ensino”, matérias que o ministro admitiu analisar. O dirigente da FNSTFPS revela que, “com a passagem destes trabalhadores para as autarquias, no âmbito da descentralização de competências, aumentaram os recibos verdes e o recurso a desempregados do IEFP através de contratos emprego inserção que dão uma bolsa mínima e ajudas de custo para os transportes”. Perante esta realidade, “nem o Ministério sabe quantos trabalhadores não docentes têm as escolas”, critica.

Outra das práticas que o sindicalista quer combater é “o uso abusivo destes trabalhadores por parte das câmaras”. “Nos períodos não letivos, alguns municípios costumam requisitar os funcionários para outras tarefas que, assim, andam a pulular de um sítio para o outro, por isso, defendemos a exclusividade de funções nas escolas”, acrescentou.

A federação sindical tem enviado várias missivas à tutela para marcar uma reunião e avançar com as negociações, mas, até ao momento, não obteve resposta. “Caso se mantenha em silêncio, vamos ao Ministério da Educação, informando com antecedência que queremos reunir. Se não formos recebidos, vamos apresentar uma queixa à comissão de educação do Parlamento contra o ministro, acusando-o de colocar em causa a negociação coletiva”, ameaçou Artur Sequeira.

Para já, estão afastadas novas greves, mas, caso a tutela vire completamente as costas, o sindicato admite novos protestos. O dirigente sindical lembra ainda que, “a 29 de novembro, dia da votação final global do Orçamento do Estado, a federação vai entregar no Parlamento uma petição pela criação de carreiras especiais para os trabalhadores não docentes”.

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PGR confirma sete processos de investigação à gestão da Santa Casa de Lisboa

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

A procuradoria-geral da República confirmou, num ofício enviado à Assembleia da República em outubro, a existência de sete processos relativos à gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

A procuradoria-geral da República confirmou, num ofício enviado à Assembleia da República em outubro, a existência de sete processos relativos à gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), três dos quais em segredo de justiça.

Num ofício a que a Lusa teve hoje acesso, dirigido ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, a anterior PGR Lucília Gago confirma a sinalização de sete processos “potencialmente relacionados com algumas das matérias objeto da resolução relativa à constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão estratégica e financeira e à tutela política da SCML”.

Sem adiantar pormenores, a procuradora-geral refere apenas que foram sinalizados cinco processos em fase de inquérito, dois dos quais a correr no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa e três no Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Lisboa.

Dois desses processos estão sujeitos ao regime do segredo de justiça, à semelhança de um outro inquérito sinalizado no Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

Lucília Gago referia ainda a existência de um outro processo, que se encontra em fase de recurso da decisão instrutória de não pronúncia.

Em junho, a Assembleia da República aprovou as propostas do Chega, da IL e do BE para constituir uma parlamentar de inquérito à gestão SCML, e que tomou posse no dia 18 de setembro, presidida pelo deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro.

A comissão parlamentar de inquérito à SCML vai investigar as decisões de gestão estratégica e financeira da instituição nos últimos 13 anos, começando com a provedoria de Santana Lopes, e procurar “apurar responsabilidades políticas”.

O início dos trabalhos da comissão foi entretanto adiado para depois da discussão do Orçamento do Estado para 2025.

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Lufthansa prolonga suspensão das rotas para Telavive até 15 de dezembro

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

Para a Lufthansa Airlines, uma das companhias do principal grupo europeu de transporte aéreo que opera a partir da Alemanha, a suspensão é válida até 31 de dezembro.

O grupo de transporte aéreo alemão Lufthansa anunciou esta que irá prolongar a suspensão das suas ligações com Telavive até 15 de dezembro devido ao conflito no Médio Oriente. Os voos para o aeroporto israelita foram suspensos em setembro devido ao agravamento da situação de segurança no país.

Para a Lufthansa Airlines, uma das companhias do principal grupo europeu de transporte aéreo que opera a partir da Alemanha, a suspensão é válida até 31 de dezembro, informou a Lufthansa num comunicado de imprensa.

Israel está em guerra com o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023 e intensificou as suas operações militares contra o Líbano desde setembro, para combater o grupo xiita libanês Hezbollah.

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