Lucro do BCP sobe quase 10% para 714,1 milhões até setembro

"Foi um trimestre bem conseguido", disse Miguel Maya. Lucro do BCP avançou quase 10% nos primeiros nove meses do ano, atingindo os 714,1 milhões de euros.

Mesmo com o alívio dos juros, o BCP manteve o crescimento expressivo dos resultados nos primeiros nove meses do ano. O banco lucrou 714,1 milhões de euros entre janeiro e setembro, ligeiramente acima do esperado pelo mercado, segundo anunciou esta quarta-feira. A margem financeira desceu 9% em Portugal.

Trata-se de um aumento de 9,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. Considerando apenas a atividade em Portugal, o resultado líquido foi de 606 milhões de euros, mais 8,8% que nos primeiros seis meses de 2023. O retorno dos capitais próprios fixou-se em 14,9%.

“Foi um trimestre razoável, bem conseguido da parte do banco”, resumiu o CEO Miguel Maya na apresentação dos resultados.

A descida das taxas de juro traduziu-se numa redução ligeira (-0,3%) da margem financeira, para 2.110,8 milhões, que em Portugal foi ainda mais pronunciada (-8,6%). Uma evolução que foi mais do que compensada pelo aumento de 4% na receita com comissões, para 601,8 milhões de euros.

Os custos operacionais aumentaram 10,8% para 946,6 milhões, levando o rácio cost to income a subir de 32% para 35%.

O montante de ativos não produtivos (NPE) encolheu 4,6% milhões para 1,93 mil milhões, com o rácio de incumprimento no crédito a descer de 3,6% para 3,4%. Em Portugal recuou de 3% para 2,7%.

O banco liderado por Miguel Maya aumentou os recursos de clientes em 9,1% entre janeiro e setembro, que já superam os 100 mil milhões de euros. A carteira de crédito aumentou 1,5%, para 57,5 milhões, com a quebra de 2,1% registada em Portugal a ser compensada pelo aumento de 9,6% nas operações internacionais.

O rácio de capital common equity tier 1 (CET1) subiu de 14,9% para 16,5%, enquanto o rácio total aumentou de 19,4% para 20,8%. Considerando os requisitos SREP, o CET1 é de 9,41%, o que coloca o banco “confortavelmente acima dos requisitos regulamentares”.

(Notícia atualizada às 17h50)

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Barcelos avança com a supressão de 11 passagens de nível

  • ECO
  • 30 Outubro 2024

A fase final do concurso para a supressão de 11 passagens de nível em Barcelos já arrancou e conta com um investimento de 30 milhões de euros.

Arrancou a fase final do concurso para a supressão de 11 passagens de nível (PN) no concelho de Barcelos. As propostas para a supressão das PN do município, analisadas pela Infraestruturas de Portugal (IP), contam com um investimento de 30 milhões de euros.

Neste final de outubro, uma equipa de técnicos do IP reuniu-se com técnicos do Departamento de Obras Municipais do município de Barcelos para analisar soluções para as passagens de nível de Arcozelo e Aborim, aquelas que causam maiores constrangimentos ao trânsito automóvel. Segundo o comunicado divulgado pelo autarquia de Barcelos, ficou acordado que a IP irá avançar com os estudos prévios para a elaboração dos projetos de supressão das PN.

O executivo de Barcelos, no mesmo comunicado, relembrou que este é um dos concelhos acima de 100 mil habitantes com maior número de passagens de nível, sendo a sua supressão uma velha aspiração do município e da sua população.

 

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Mercado municipal de Viana do Castelo no terreno do antigo prédio Coutinho volta a concurso

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

O presidente da Câmara de Viana do Castelo anunciou nesta quarta-feira a abertura de um novo concurso público para a construção do mercado. As cinco propostas recebidas não cumprem o valor base.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo anunciou hoje a abertura de um novo concurso público para a construção do novo mercado, porque as cinco propostas recebidas não cumprem o valor base.

Luís Nobre explicou que quatro empresas “argumentaram que o valor base do concurso”, 12,6 milhões de euros, “não era suficiente para construir” o novo mercado e uma quinta empresa apresentou uma proposta com “um valor superior”.

Não podemos adjudicar uma proposta superior. Estamos a reinterpretar todo o projeto para ver se mantemos o valor base, corrigindo alguma situação que possa ser reajustada em função do balizamento para a empreitada, ou alargamos o preço base de construção do mercado e iniciamos um novo procedimento de consulta“, afirmou.

Em causa, segundo o autarca socialista, está a construção de uma cave, onde será construído o parque de estacionamento do futuro mercado, no local onde até 2022 existia o prédio Coutinho.

Adiantou que aquela zona “é muito particular, com um nível freático muito elevado” e que “é preciso tomar todas as cautelas na construção do piso -1”.

O prazo para apresentação de propostas no concurso público internacional para a construção do novo mercado de Viana do Castelo terminou no dia 23, após o prazo ter sido prorrogado.

O anúncio do concurso público referia os 12,6 milhões de euros mais IVA como preço base para construir um mercado municipal no local onde existia o prédio Coutinho, por um prazo de 720 dias (cerca de dois anos).

O novo edifício vai ser construído junto ao jardim público da cidade, no local onde abriu portas, em 1892, o primeiro mercado. Em 1965, foi transferido para um lote contíguo, junto à igreja das Almas, onde funcionou até ao início de 2002.

A transferência do primeiro mercado permitiu, no início da década de 70 do século passado, a construção do prédio Coutinho, desconstruído em 2022.

De acordo com a análise custo-benefício da construção do novo mercado municipal apresentada pela Câmara de Viana, em junho, o investimento justifica-se “pelo importante contributo para a melhoria da rentabilidade dos negócios [daquela zona do centro histórico] e pela dinamização da Área de Reabilitação Urbana (ARU) e espaços envolventes, mitigando os constrangimentos inerentes à localização e funcionamento do mercado atual”.

“Estima-se que as receitas anuais geradas pelo projeto que revertem para o município são cerca de 21 mil euros superiores às despesas estimadas (…). A sustentabilidade financeira está garantida”, aponta o documento.

O documento indica que “por cada um euro de investimento ocorrerá um aumento de riqueza de 1,11 milhões de euros, gerando potencialmente uma ‘taxa de retorno global ou social positiva’ do investimento”.

De acordo com aquela análise, “estima-se que a ocupação das diversas bancas e lojas do futuro mercado gere uma receita anual resultante da cobrança de taxas municipais de 296 mil euros”.

No “caso do parque de estacionamento, a explorar diretamente pelo município, foram considerados 94 lugares disponíveis, 45 dos quais a serem utilizados pelos lojistas (avença mensal de 50 euros; taxa média de ocupação de 80%) e os restantes 49 utilizáveis pelos visitantes (1,5 euros/hora; 12 horas diárias, média de 30% de ocupação)”.

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Harris distancia-se de Biden por apelidar os apoiantes de Trump de “lixo”

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

"Discordo totalmente com qualquer crítica às pessoas com base em quem elas votam", disse Kamala Harris. Antes o presidente do EUA tinha classificado os apoiantes de Trump de "lixo".

A candidata presidencial democrata, Kamala Harris, distanciou-se esta quarta-feira da polémica desencadeada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, que apelidou os apoiantes do candidato republicano, Donald Trump, de “lixo” devido a uma piada racista sobre os porto-riquenhos. “Discordo totalmente com qualquer crítica às pessoas com base em quem elas votam”, disse a vice-presidente Harris aos jornalistas na Base Aérea de Andrew, nos arredores da capital norte-americana.

Ainda que Harris tivesse referido que Biden já havia clarificado os seus comentários, a candidata democrata repudiou qualquer discurso que divida a sociedade e reiterou a mensagem de unidade nacional que proferiu no comício eleitoral que reuniu cerca de 50 mil pessoas em frente à Casa Branca. “No trabalho que faço tento representar todas as pessoas, quer me apoiem ou não, e como Presidente dos Estados Unidos serei a Presidente de todos os norte-americanos, quer tenham votado em mim ou não”, afirmou.

O Presidente Biden teceu um comentário polémico na terça-feira à noite durante uma entrevista à estação televisiva CNN na qual defendeu Porto Rico, após o comediante Tony Hinchcliffe ter apelidado o território de “ilha flutuante de lixo” durante o comício eleitoral de Trump no Madison Square Garden, em Nova Iorque.

“Bem, deixem-me dizer-vos uma coisa: o único lixo que vejo a flutuar por aí são os seus apoiantes. A demonização [dos porto-riquenhos] é inaceitável e antiamericana. É totalmente contrária a tudo o que fazemos”, afirmou o Presidente, que em julho renunciou à candidatura à reeleição, passando o testemunho a Harris.

Os comentários de Biden suscitaram várias reações de Trump e de membros do Partido Republicano. “[Biden] não sabe mesmo o que disse. É uma coisa terrível, terrível, mas ele realmente não o sabe”, respondeu Donald Trump num comício em Allentown, uma cidade de maioria latina na Pensilvânia.

O Presidente retificou os seus comentários nas redes sociais, afirmando que se referia à “retórica odiosa” do comediante Tony Hinchcliffe em Nova Iorque. “Eu disse que era lixo, a única que palavra que consigo encontrar para o descrever”, escreveu o Presidente. “Os comentários feitos nesse comício não refletem realmente o que somos como país”, acrescentou, referindo-se ao comício republicano em Madison Square Garden.

A Casa Branca fez ainda alterações à transcrição da entrevista de modo a assinalar que Biden chamou “lixo” às palavras do comediante e não aos apoiantes de Donald Trump.

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Digi marca lançamento em Portugal para 4 de novembro

Evento de lançamento da nova operadora de telecomunicações no mercado português foi marcado para segunda-feira, 4 de novembro, da parte da tarde, em Lisboa.

A nova operadora em Portugal vai estrear-se no mercado na segunda-feira do dia 4 de novembroHugo Amaral/ECO

O lançamento da Digi em Portugal já tem data marcada. A nova operadora acaba de marcar um evento em Lisboa para segunda-feira à tarde, data em que irá arrancar com a operação em Portugal, cerca de três anos depois de ter adquirido licenças 5G no país.

É com grande entusiasmo que a Digi o convida para o evento de lançamento da marca em Portugal, a decorrer no próximo dia 4 de novembro. Este evento marca a chegada oficial da Digi ao mercado português”, lê-se na nota difundida esta quarta-feira, à qual o ECO teve acesso.

Durante o evento, que decorrerá num conhecido hotel da capital, a Digi promete revelar os “próximos passos em Portugal, com uma apresentação exclusiva” da oferta. É certo que a empresa terá serviços móveis e fixos, permanecendo a dúvida sobre se conseguirá lançar logo um serviço de televisão.

Para tal, a Digi, detida pelo grupo romeno Digi Communications, tem vindo a construir de raiz uma operação em Portugal. O tiro de partida foi dado em 2021 quando conseguiu adquirir licenças para explorar o 5G no leilão promovido pela Anacom. Na altura, ainda sob a designação Dixarobil, a empresa teve de pagar mais de 67 milhões de euros por estes ativos.

Enquanto isso, a Digi também esteve a construir uma rede fixa pelo menos desde 2022, ano que o ECO noticiou em exclusivo a intenção da operadora de lançar uma rede fixa além da rede móvel. Ademais, a empresa tentou licenciar canais de televisão, com o intuito de oferecer um serviço de televisão paga, mas enfrentou negociações difíceis com os grupos de media, incluindo uma rutura com a Media Capital que chegou às páginas dos jornais.

Já este ano, surgiu uma oportunidade única para a Digi: a Autoridade da Concorrência chumbou a compra da Nowo, a quarta operadora em Portugal, por preocupações concorrenciais. A Media Capital, dona da TVI e da CNN Portugal, posicionou-se para tentar ficar com a operadora, mas foi ultrapassada à última hora pela Digi, que propôs pagar significativamente mais para ficar com a Nowo, que também tem licenças 5G e já tem contratos de distribuição com os canais de televisão mais vistos pelos portugueses.

Foram 150 milhões de euros que o grupo romeno ofereceu ao acionista espanhol da Nowo para resgatar a companhia, que enfrentava uma delicada situação financeira. A transação foi aprovada na noite do passado dia 23 de outubro, permitindo à Digi iniciar a operação com 130 mil clientes fixos e 270 mil clientes móveis. Ao rasgar o contrato que já tinha assinado com a Media Capital, o acionista da Nowo teve de pagar dez milhões de euros à dona da TVI.

“Esta aquisição marca um passo estratégico significativo para a Digi, permitindo uma mais rápida expansão no mercado português. A combinação de forças com a Nowo permitirá à Digi oferecer uma gama completa de serviços de telecomunicações”, comentou a Digi em pleno verão, depois de anunciar a compra, revelando que prevê investir “mais de 500 milhões de euros” no mercado português, onde já tem “mais de 500 colaboradores”.

Ao longo da sessão, revelaremos os nossos próximos passos em Portugal, com uma apresentação exclusiva da nossa oferta.

Comunicado da Digi Portugal

Prazo legal estava a terminar

Os direitos de utilização das frequências foram-lhe atribuídos pelo regulador no dia 30 de novembro de 2021. Ora, como o regulamento do leilão obrigava o início da exploração no prazo de três anos, a Digi tinha, por lei, de iniciar a comercialização de serviços móveis até ao final do mês que vem, prazo que deverá cumprir.

Não sendo, assim, uma surpresa que a nova operadora se apresente ao mercado neste momento, o anúncio da data de lançamento vem pôr fim a longos meses de expectativa por parte de utilizadores em redes sociais e fóruns, assim como dos próprios reguladores e da concorrência – que, de resto, há muito que se prepara para este momento.

Em Espanha, onde a Digi está presente, a empresa forçou uma nova dinâmica no mercado ao oferecer preços mais baixos e fidelizações mais flexíveis, de apenas três meses e só nas ofertas fixas. Com a confirmação da data do lançamento, o foco volta-se agora para as ofertas, com o mercado à espera de saber se a empresa conseguirá, afinal, ir ao encontro da expectativa de muitos potenciais clientes.

Como noticiou o ECO, para já, as operadoras já estabelecidas – que têm alertado para a necessidade de preservar a sustentabilidade financeira do setor português das comunicações eletrónicas – estão a estudar a hipótese de apostar nas respetivas marcas low-cost já existentes para concorrer mais diretamente com a Digi. São elas a Uzo, detida pela Meo; a Woo, que pertence à Nos; e o Amigo, da Vodafone.

Segunda-feira dedicada ao 5G

De propósito ou não, a chegada da Digi na tarde do dia 4 de novembro acontece no mesmo dia em que a Nos convocou os jornalistas para um outro evento, na parte da manhã, com o objetivo de assinalar o terceiro aniversário do 5G em Portugal.

Nessa outra sessão vão estar presentes dois administradores da Nos, Manuel Ramalho Eanes e Jorge Graça, numa “oportunidade para fazer um balanço de três anos de 5G em Portugal, com uma perspetiva dos vários projetos a decorrer neste momento, bem como para dar conta dos avanços no que diz respeito ao 5G Stand Alone“, lê-se noutro convite a que o ECO teve acesso, numa referência à tecnologia de quinta geração mais avançada.

A Nos foi a primeira em Portugal a lançar a quinta geração em Portugal, no dia 29 de novembro de 2021, imediatamente depois de ter recebido da Anacom os direitos de utilização das frequências que também adquiriu no leilão.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h27)

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Câmara do Porto implementa Carta Municipal da Habitação em 2025

"A nossa expectativa é que estejamos em condições de aprovar a Carta Municipal de Habitação no início do próximo ano", diz o vereador Pedro Baganha.

A Câmara Municipal do Porto vai implementar, no primeiro trimestre de 2025, a Carta Municipal de Habitação, depois de um atraso de mais de um ano neste processo, avançou esta quarta-feira o vereador responsável pelo pelouro. Ao ECO/Local Online Pedro Baganha defendeu ainda uma “solução [para a crise na habitação] na região, que seja encarada, de forma mais coordenada, entre todos os municípios da área metropolitana, ou pelo menos do Grande Porto”.

À margem da conferência “O Futuro da Habitação”, no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, organizada pela Domus Social, no âmbito das celebrações dos 20 anos desta empresa municipal, o vereador explicou que a Carta Municipal da Habitação vai “fixar aquilo que é uma política municipal de habitação pública que a câmara está levar a cabo no Porto”. Também “vai servir de documento de referência para a atuação atual, mas também para, a médio prazo, ir orientando as opções que município tem”, detalhou Pedro Baganha.

O vereador admitiu, contudo, que houve um atraso no processo inerente a este instrumento que é moroso e detalhado. “Uma Carta Municipal de Habitação é um trabalho vasto, intenso, profundo de análise do território, das diversas soluções e o trabalho atrasou“, esclareceu sem, contudo, adiantar mais pormenores. Apontou, por isso, o arranque deste instrumento municipal para o próximo ano. “A nossa expectativa é que estejamos em condições de aprovar a Carta Municipal de Habitação no início do próximo ano”.

Antes de o município, liderado pelo independente Rui Moreira, avançar com a implementação desta carta, esta tem de ser submetida a consulta pública e posterior aprovação na reunião do Executivo e na Assembleia Municipal. Ainda assim, assinalou, “não há nenhuma portaria que determine o que é uma carta municipal de habitação”.

A nossa expectativa é que estejamos em condições de aprovar a Carta Municipal de Habitação no início do próximo ano.

Pedro Baganha

Vereador do Urbanismo e da Habitação

Na prática, este instrumento municipal, descreveu, vai ser “o enunciado das diversas soluções habitacionais que temos para implementar no município do Porto: o investimento público, o investimento privado, parcerias e investimento feito por entidades não lucrativas“.

Interpelado sobre o investimento previsto na habitação que será inscrito neste documento, Pedro Baganha foi perentório em afirmar: “Não sei se vai haver um número redondo para ser anunciado, mas vai haver um plano de ação”.

Para o vereador, é imperativo haver mais habitação na cidade e nesse sentido a autarquia já tomou algumas medidas, como é o caso do “PDM [Plano Diretor Municipal], que já introduziu densidade nas capacidades construtivas”. Outra solução passa por “uma política de discriminação positiva das operações urbanísticas que digam respeito à construção de habitação, permitindo incrementar os índices construtivos”.

Já no que concerne ao parque público de habitação, sob gestão da Domus Social, Pedro Baganha diz que “é o maior do país”, com 13.000 fogos, que beneficiam um total de 30.000 pessoas” residentes nos 50 bairros sociais e nas habitações dispersas em todo o território municipal.

Para o responsável, esta empresa municipal da Invicta “é um exemplo nacional e internacional de competência, de profissionalismo e de dedicação na gestão deste parque público de habitação”.

Até 2030, a autarquia tem em curso diversos projetos “para aumentar o parque público em 1.600 fogos”, 1.300 dos quais para rendimento acessível e outros 300 para a habitação social.

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Câmara de Lisboa prepara providência cautelar contra a ANA devido a aumento de voos e obras no aeroporto

  • Alexandre Batista
  • 30 Outubro 2024

Carlos Moedas confirma, em resposta ao PS, na reunião de câmara, que os serviços da autarquia estão a avançar com a providência cautelar contra o aumento do número de voos e obras no Humberto Delgado.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa acaba de revelar, em reunião da autarquia nesta quarta-feira, que deu seguimento à decisão da oposição que decidiu instaurar uma providência cautelar contra o aumento do número de voos por hora no aeroporto Humberto Delgado. “Foi encaminhada para os serviços. Os serviços estão a avançar com o processo”, afirmou Carlos Moedas, em resposta à vereadora do PS Inês Drummond.

No início da reunião, a socialista perguntou se “já foi interposta a providência cautelar, já foi feita participação à PGR, a câmara já demandou judicialmente a ANA, a câmara vai apoiar os moradores e quem queira demandar a ANA por incumprimento do plano de ruído que terminou em 2023?” Inês Drummond assinalou que “o tempo corre, os lisboetas precisam de saber se o presidente está ao seu lado na defesa da saúde e da qualidade de vida dos lisboetas, ou se, por inação, ficará ao lado dos interesses da ANA/Vinci?”

Numa segunda interpelação ao presidente da autarquia, Inês Drummond notou que “as obras podem iniciar-se, se é que não iniciaram já, por isso avançar com esta providência cautelar é urgente e premente. Depende de si, senhor presidente, colocar ritmo para que esta providência cautelar rapidamente possa ser interposta”. As ações judicialmente contra a ANA “também têm que avançar com urgência”, frisou.

Há mês e meio, os vereadores do PS em Lisboa apresentaram a proposta para o município avançar com esta providência cautelar Depois, a 26 de setembro, os vereadores aprovaram, por unanimidade, uma moção para redução do número de movimentos por hora e recusa do aumento da capacidade.

Entretanto, em reunião de câmara, a oposição aprovou esta proposta, deixando a coligação liderada por Carlos Moedas sozinha no voto contra. Ao ECO/Local Online, Inês Drummond já tinha assinalado que a decisão por maioria teria de ser acatada pelo executivo de Carlos Moedas, apesar de este ter votado contra a providência cautelar.

Recordando que há um mês foi debatido e discutido o aumento da capacidade do aeroporto Humberto Delgado de 38 para 45 voos por hora, diariamente, a vereadora socialista frisou, na reunião desta quarta-feira, que “a câmara decidiu aqui a sua oposição a esta expansão da capacidade aeroportuária. Aprovámos também aqui que o senhor presidente tem o poder de se opor a estas obras que consideramos ilegais. Foi aprovado há cerca de um mês que a câmara interpusesse uma providência cautelar para prevenir que estas obras de aumento da capacidade do aeroporto Humberto Delgado”, assinalou.

Na oposição à ANA está também o incumprimento do plano de ruído e obras que estava obrigada a fazer nas habitações e serviços públicos para mitigar o ruído.

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Fábrica dos unicórnios inaugura AIhub em Alvalade em novembro

É o quarto hub temático a abrir em Lisboa em dois anos sob o chapéu da Unicorn Factory Lisboa. Inauguração decorre no momento em que se realiza mais uma edição da Web Summit Lisboa.

A Unicorn Factory Lisboa vai inaugurar a 13 de novembro em Alvalade, o seu quarto hub temático. O AIhub integra a AI Innovation Factory, uma iniciativa da Microsoft Portugal, em parceria com a Accenture, Avanade e a Unicorn Factory Lisboa.

Depois da abertura na quarta-feira do Greenhub, instalado no edifício da Critical Software, aguardava-se a data para a abertura do quarto hub temático em Lisboa, sob a égide da Unicorn Factory Lisboa, dedicado à inteligência artificial (IA). A inauguração será a 13 de novembro, momento em que decorre a nova edição da Web Summit Lisboa.

“Localizado em Alvalade, o novo AIhub reforça a estratégia da Câmara Municipal de Lisboa e da Unicorn Factory Lisboa em criar e nutrir comunidades através de distritos de inovação dedicados a indústrias de elevado crescimento, neste caso com enfoque na Inteligência Artificial”, informa convite enviado às redações.

“Integrada neste hub, está a AI Innovation Factory, uma iniciativa da Microsoft Portugal, em parceria com a Accenture, Avanade e a Unicorn Factory Lisboa, e que tem como principal objetivo acelerar a adoção da Inteligência Artificial por empresas públicas e privadas de todos os setores, contribuindo para o crescimento sustentável do país por meio de novos cenários de inovação digital”, refere ainda o mesmo convite.

O novo hub junta-se ao gaming hub, o web3 (também em Alvalade) e ao Greenhub dedicado às áreas de sustentabilidade em mobilidade.

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Há dez projetos finalistas para prémio de inovação no ensino

  • ECO
  • 30 Outubro 2024

O prémio Sonae Educação já tem 10 finalistas apurados, sendo que os vencedores receberão 150 mil euros. Os projetos distinguidos pretendem requalificar o ensino em Portugal.

Já estão apurados os dez finalistas do prémio Sonae Educação. A distinção tem o valor de 150 mil euros e os vencedores serão conhecidos na conferência “Como criar um projeto de educação com impacto?”, que se realizará no dia 5 de novembro, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

Já estão apurados os finalistas do Prémio Sonae.

Segundo o comunicado enviado às redações, este prémio distingue projetos inovadores e inclusivos que contribuam para a educação em Portugal e que promovam a qualificação, requalificação e a mitigação das desigualdades no acesso ao ensino.

Os dez finalistas são: Albergaria + Inclusiva, Ciberescola, Escol@Acolhe, Fab.CPL “I’mpossible Maker”, My Polis Agentes 2.0, Next Step Therapy AI, Smart Education Ecosystem, Teach For Portugal, Technovation Girls e Tumo – Centro de Tecnologia e Criatividade.

O projeto Albergaria + Inclusiva pretende ensinar educação ambiental a crianças com necessidades especiais, usando legos para trabalhar a inclusão no debate ambiental.

Já a Ciberescola é dedicada ao ensino de Português Língua Não Materna, por videoconferência, a alunos não nativos a frequentar as escolas portuguesas, do 2.º ao 12.º ano.

Quanto à Escol@Acolhe, este projeto apoia a integração de alunos migrantes, tanto na cultura como na língua. Oferece suporte desde a matrícula ao ensino de português.

Por sua vez, o projeto Fab.CPL “I’mpossible Maker” promove a sustentabilidade, criatividade, e inovação através da fabricação digital de projetos de jovens da Casa Pia de Lisboa.

O projeto My Polis Agentes 2.0, transforma as salas de aula através da gamificação e da inteligência artificial, em academias de participação, para resolução de problemas.

Por outro lado, o Next Step Therapy AI combina inteligência artificial com terapias para fazer avaliações e intervenções personalizadas a crianças com dificuldades de aprendizagem através de uma plataforma digital.

Já a iniciativa Smart Education Ecosystem promove o desenvolvimento profissional de docentes numa fase avançada das suas carreiras.

A Teach For Portugal, por sua vez, coloca mentores em escolas desfavorecidas para aumentar o desempenho académico e motivação dos alunos e desenvolve workshops de literacia financeira.

Quanto ao projeto Technovation Girls, este visa capacitar jovens raparigas a tornarem-se empreendedoras tecnológicas, através da criação de aplicações móveis.

Já o Tumo – Centro de Tecnologia e Criatividade pretende capacitar jovens em tecnologia e criatividade, com workshops em robótica, design e programação.

Os vencedores do prémio Sonae Educação são avaliados por um júri constituído por Isabel Alçada, professora e membro do Conselho Consultivo do think tank de educação da Fundação Belmiro de Azevedo (EDULOG), João Gonçalves, diretor-geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), Nuno Comando, diretor de incubação, aceleração e comunicação da Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Rita Serra, diretora de educação da Microsoft Portugal, e João Günther Amaral, administrador executivo da Sonae.

O prémio será entregue na conferência “Como criar um projeto de educação com impacto?”, que se realizará no dia 5 de novembro no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

Contará com a presença de David Justino, ex-ministro da Educação e professor da Universidade Nova de Lisboa, e Pedro Cunha, secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa.

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Luis Ferreira Lopes deixa Portugal Amanhã

O projeto ficará agora temporariamente sob alçada de Vítor Rainho, desde o início de outubro diretor interino do Sol. 

Luis Ferreira Lopes deixou o Portugal Amanhã, projeto lançado em setembro de 2023 pela Newsplex, editora do semanário Sol. O diretor do título assina esta quarta-feira o último editorial. “Obrigado é a palavra adequada e justa, quando fazemos balanços e quando partimos para outros desafios, gratos pelo interesse do público e a dedicação de tantas personalidades que acreditaram na proposta de valor diferenciadora do projeto multimédia Portugal Amanhã”, escreve o também apresentador do “Sim ou Não” e “Sucesso.pt”, formatos também transmitidos na Euronews.

Com a saída do Portugal Amanhã, Luís Ferreira Lopes, que com este projeto regressou ao jornalismo, do qual estava afastado desde 2016, estará agora dedicado ao desenvolvimento de projetos internacionais na área dos media, apurou o +M.

O Portugal Amanhã ficará agora temporariamente sob alçada de Vítor Rainho, desde o início de outubro diretor interino do Sol.

A Newsplex, recorde-se, é detida desde julho de 2022 pela Alpac Capital, de Luís Santos e Pedro Vargas David, também dona da Euronews.

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Três membros da Comissão da Carteira de Jornalistas renunciam em divergência com presidente

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

As jornalistas Anabela Natário e Isabel Magalhães renunciaram aos cargos de vogais na CCPJ não reconhecendo à presidente Licínia Girão "capacidade e estatuto para continuar à frente" desta entidade.

Três membros da Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ) renunciaram aos cargos em divergência com a presidente do órgão, Licínia Girão, segundo exposições ao plenário da entidade.

Depois de Anabela Natário e Isabel Magalhães terem renunciado ao cargo em 24 de outubro, Miguel Alexandre Ganhão apresentou esta quarta-feira a renúncia após reunião do plenário da CCPJ. Estes três membros foram eleitos pelos jornalistas para o plenário do órgão.

Não podemos aceitar mais a má gestão da CCPJ nem fazer de conta que nada se passa neste organismo, onde tentámos sempre trilhar o caminho para o qual fomos eleitas pelos nossos pares” e “é precisamente em nome do respeito à instituição, de modo a prevenir o futuro, que nos propusemos explicar neste documento a nossa decisão”, afirmam Anabela Natário e Isabel Magalhães, numa exposição datada de 24 de outubro.

Além disso, “não reconhecemos à atual presidente capacidade e estatuto para continuar à frente da CCPJ, e como a presidente permanece no seu cargo, pondo e dispondo de tudo como entende, nós, vogais, eleitas pelos jornalistas, renunciamos ao cargo, desejando a todos um resto de bom mandato“, afirmam, numa exposição de cinco páginas datada de 24 de outubro.

“Terminamos dizendo o que repetimos na campanha. Sabemos que a profissão de jornalista é desafiante, evolutiva, e que se sabe adaptar às novas realidades, mas não podemos nem queremos abdicar do que é fundamental: verdade, independência e espírito livre e crítico”.

No documento, Anabela Natário e Isabel Magalhães consideram ainda que “a centralização de quase tudo na pessoa da presidente é um dos entraves ao bom funcionamento da CCPJ“.

Por sua vez, Miguel Alexandre Ganhão considera, na exposição datada desta quarta-feira, que “o mandato da CCPJ nos últimos tempos tem sido enorme equívoco“, explicando as razões da sua renúncia.

“Como não se antevê que até ao fim do mandato desta CCPJ seja mudada a orientação desta comissão, e estando eu de acordo com muitos dos reparos feitos pelas vogais Anabela Natário e Isabel Magalhães, não me resta outra alternativa que não seja a renúncia ao meu mandato com efeitos imediatos“, remata.

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Adesão da Moldova à UE “está a avançar” e eleições foram “satisfatórias”, nota Comissão Europeia

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

“A primeira volta das eleições presidenciais e do referendo constitucional sobre a adesão à UE, realizados no dia 20 de outubro, foram bem geridos", afirma o relatório da Comissão Europeia.

O processo de adesão da Moldova à União Europeia (UE) “está a avançar”, admitiu esta quarta-feira a Comissão Europeia num relatório sobre o alargamento, e a realização de eleições presidenciais, há dez dias, é “maioritariamente satisfatória”. De acordo com um relatório divulgado pelo executivo comunitário sobre o ponto de situação dos países candidatos, desde que começou a ser feita uma monitorização mais pormenorizada, o processo de Chisinau “está a avançar”.

Nos parâmetros em conta, por exemplo, o estado da democracia, Bruxelas concluiu que a “realização de eleições foi maioritariamente satisfatória”. “A primeira volta das eleições presidenciais e do referendo constitucional sobre a adesão à UE, realizados no dia 20 de outubro, foram bem geridos”, e o parlamento “consegue exercer os seus poderes de uma maneira abrangente e satisfatória”.

No entanto, “a interferência estrangeira nos processos eleitorais continua a ser uma preocupação”. “No geral, a transparência do processo de tomada de decisões e o envolvimento de organizações da sociedade civil melhorou, mas são precisos esforços adicionais para que tenham uma participação representativa”, completou o executivo comunitário.

No que diz respeito à luta contra a corrupção, Bruxelas admitiu que a Moldova tem “algum nível de preparação” e fez “algum progresso”, recordando que entrou este ano em funcionamento o Programa Nacional de Integridade e Anticorrupção, que vai vigorar até 2028.

Mas Chisinau tem de melhorar em vários aspetos: assegurar “investigações de anticorrupção proativas e eficazes que levem a um percurso positivo de acusações e condenações a todos os níveis”; criar um Gabinete do Procurador Anticorrupção, o Centro Nacional Anticorrupção e as agências estatais para o efeito, assim como providenciar todos os recursos de que necessitem.

Na porção do relatório sobre o respeito pelos direitos fundamentais, as recomendações do ano passado “foram parcialmente implementadas e continuam válidas”, sustentou a Comissão Europeia. A Moldova, em 2025, deve progredir na melhoria dos cuidados médicos dos grupos vulneráveis ao cuidado do Estado e continuar com a implementação dos programas nacionais de prevenção e combate à violência doméstica contra mulheres, igualdade de género e apoio à população cigana.

Para melhorar no capítulo sobre a liberdade de expressão, a Moldova tem de fazer uma revisão dos critérios para escolha dos elementos dos órgãos de comunicação estatais, nomeadamente a televisão e o Conselho Audiovisual, requerer mais transparência sobre os detentores de órgãos de comunicação sociais de imprensa e online, rever o mecanismo de suspensão de canais de televisão e assegurar a independência dos jornalistas contra “intimidações e ataques, incluindo no âmbito de investigações policiais”.

Na luta contra o crime organizado, debilidade que a Moldova partilha com a generalidade dos países candidatos à UE, Bruxelas reconheceu “algum processo” neste tópico, mas quer que o país aumente a cooperação com os Estados-membros do bloco comunitário e que “operacionalize um ponto focal nacional sobre armas e um sistema de alerta inicial sobre drogas”.

No capítulo sobre educação e cultura, a Comissão Europeia reconheceu um “bom progresso” e a Moldova tem hoje “entre algum nível de preparação e um nível moderado”, mas ainda tem de consolidar a “eficácia da rede escolar, tanto no ensino generalista como no vocacional”, e avançar “no desenvolvimento profissional de professores e diretores escolares, que foi iniciado com o lançamento em 2023 do Instituto Nacional para a Liderança Escolar”.

No que diz respeito às reformas no setor das pescas, “não houve progressos” registados desde o ano passado. A Moldova é oficialmente um país candidato à adesão à União Europeia desde junho de 2022 e, em simultâneo com a Ucrânia, recebeu em dezembro de 2023 o aval de Bruxelas para o início das negociações formais.

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