Proposta da Comissão Europeia é “claramente insuficiente”, critica ministra da Agricultura

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Fevereiro 2024

"Quando foi definido o pacote financeiro para este período de financiamento, claramente as condições eram outras e há uma perda do apoio ao rendimento atribuído ao agricultor", apontou a ministra.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, considerou esta segunda-feira que a proposta da Comissão Europeia para resolver os problemas do setor agrícola é “claramente insuficiente”, apelando a uma proposta “mais robusta” para garantir o rendimento dos agricultores.

“A Comissão [Europeia] apresentou-nos uma proposta que consideramos claramente insuficiente e pedimos a todos que, nas próximas semanas, seja apresentada uma proposta mais robusta, mais ambiciosa e que isso aconteça antes do próximo AGRIFISH [Conselho Agricultura e Pescas] e mesmo antes do Conselho Europeu“, afirmou a governante, em declarações aos jornalistas à saída da reunião com os seus homólogos europeus, em Bruxelas.

Falando à RTP3, Maria do Céu Antunes revelou que a presidência belga do Conselho da União Europeia (UE) fez “uma auscultação aos Estados-membros”, tendo recolhido mais de 500 propostas de simplificação administrativa e de regras para criar melhores condições para a execução da Política Agrícola Comum (PAC).

“Percebemos que, quando foi definido o pacote financeiro para este período de financiamento [2021-2027], claramente as condições eram outras e há, no fundo, uma perda do apoio ao rendimento atribuído ao agricultor”, apontou.

A ministra disse que existe “alguma expectativa” em relação à proposta “robusta” da Comissão Europeia, mas adiantou que Bruxelas já apresentou um conjunto de iniciativas “muito relevantes”, nomeadamente no que diz respeito à “flexibilidade das boas condições agrícolas e ambientais (BCAA)” nos números 1, 6, 7 e 8, que são “condicionantes para [os agricultores] terem acesso a estes apoios”.

Além disso, continuou, a Comissão “está a estudar a possibilidade de excecionar as sanções para 2024 para quem não cumpra estes requisitos”, bem como a de “poder acionar ou para que os Estados-membros possam acionar a todo o tempo cláusulas de força maior”, acrescentou.

“Por outro lado, condições excecionais para garantir que os agricultores possam continuar e prosseguir a sua atividade”, acrescentou, notando ainda que há países que pretendem uma condição para “acionar uma cláusula travão para a entrada de ovos e frangos a partir da Ucrânia”.

A proposta do Executivo comunitário, anunciada na quinta-feira, passa pela simplificação de regras da PAC, como as dos controlos agrícolas, e avançar com um inquérito online, entre março e maio, para ouvir as queixas do setor. Entre as regras a simplificar incluem-se alguns requisitos de condicionalidade que os agricultores da União Europeia (UE) têm de cumprir e a isenção das pequenas explorações agrícolas, com menos de dez hectares, dos controlos relacionados com o cumprimento destes requisitos.

O Governo português, segundo Maria do Céu Antunes, pediu três condições, nomeadamente a “flexibilidade entre pilares“, uma “excecionalidade da BCAA 7, que tem a ver com a rotação de culturas ou com a segunda cultura“, e que as novas medidas que advenham do Pacto Ecológico Europeu sejam incorporadas apenas na nova PAC, em 2027.

“O que estamos a pedir é uma derrogação, um espaço de tempo maior para poder implementar [as medidas do Pacto Ecológico] e com maiores condições de previsibilidade [para os agricultores]”, justificou a ministra, assinalando que a nova PAC ainda só tem um ano de aplicação e, por isso, não há tempo “para poder ter resultados que permitam fazer uma avaliação das políticas”.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h05)

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Zoomarine investe três milhões de euros na reabertura em março

Zoomarine antecipa crescimento de 4% no número de visitantes. Em 2023 bateu o recorde de 668 mil pessoas.

Num investimento de três milhões de euros, o Zoomarine, na Guia, Albufeira, reabre as portas a 7 de março com uma mão cheia de novidades, antecipando ultrapassar em 4% o recorde de visitantes de 2023 que rondou as 668 mil pessoas, “o que representou um crescimento de 4,5% de relativamente ao ano 2019 (ano pré-Covid)”, avança a empresa em declarações ao ECO/Local Online.

“As projeções para 2024 mantém a perspetiva de crescimento na ordem dos 4%”, antecipa fonte deste parque temático. Já o investimento é “constante para assegurar os níveis de qualidade, permitindo um crescimento sustentado em dimensão e oferta, com uma aposta clara em novas e inovadoras ofertas de entretenimento educativo”, adianta o parque temático.

Entre as grandes novidades para este ano está o novo espetáculo de música, cor e luz – o “Upbeat” e depois, já na época estival, a nova atração “Iguaçu, uma experiência inspirada nas Cataratas do Iguaçu.

 

“Com o objetivo de sensibilizar e promover o respeito e a conservação dos oceanos, para as suas espécies e habitats, para as gerações futuras”, o Zoomarine disponibiliza ainda um pacote variado de experiências. Até novembro deste ano há diversas apresentações zoológicas, tendo em conta as parcerias científicas que mantém. O parque temático destaca, neste ponto, o trabalho do Porto d’Abrigo do Zoomarine no salvamento, reabilitação e devolução ao meio selvagem de várias espécies aquáticas e marinhas.

As projeções para 2024 mantém a perspetiva de crescimento na ordem dos 4%.

Zoomarine

Desde 2014 que este parque temático tem a funcionar o “pioneiro” sistema de captação de água do mar que “permitiu assegurar o mais elevado padrão de bem-estar animal, habitats zoológicos e abastecer as atrações aquáticas”.

Além da sustentabilidade, o Zoomarine também aposta no apoio a diversas associações. Uma parte das receitas da bilheteira reverte a favor de várias causas que o parque temático apoia, nomeadamente a Yaqu Pacha. Trata-se de “uma das organizações impulsionadoras da iniciativa SOS Vaquitas para a conservação desta espécie de golfinho ameaçada de extinção, restando apenas nove animais no mundo inteiro” descreve a empresa. Ou até mesmo, completa, a “World Parrot Trust, uma organização que trabalha no terreno para salvar várias espécies de papagaios e araras da extinção, entre as quais, a arara mais rara do mundo – a arara de garganta-azul”.

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Hungria aprova adesão da Suécia à NATO

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2024

O Parlamento húngaro aprovou esta segunda-feira a adesão da Suécia à NATO, pondo fim a um impasse que se arrastava há 19 meses. É "um dia histórico", realça primeiro-ministro sueco.

É oficial. Depois de um impasse que se arrastava desde 2022, o parlamento húngaro aprovou esta segunda-feira a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês). O primeiro-ministro sueco já reagiu, referindo que é “um dia histórico”.

A Hungria, liderada por Viktor Orbán, foi o último dos 31 membros da NATO a ratificar a adesão da Suécia à aliança transatlântica, colocando fim a um impasse que se arrastava há 19 meses. A par da Hungria, também a Turquia tinha vindo a adiar a adesão, através de sucessivas de exigências, mas acabou por aprovar o pedido no final de 2023.

O primeiro-ministro sueco já reagiu à decisão, referindo que é “um dia histórico”. “Estamos prontos para assumir a nossa a quota-parte de responsabilidade pela segurança da NATO“, acrescenta Ulf Kristersson, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

A Suécia tinha apresentado o pedido de adesão à NATO ao mesmo tempo que a Finlândia, que recebeu “luz verde” a 4 de abril do ano passado. Os dois países submeteram os pedidos no contexto da invasão russa à Ucrânia, que dura há dois anos.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h24)

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Funchal vai cobrar taxa turística de 2 euros a partir de 1 de outubro

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

A autarquia estima uma receita anual de 13 milhões de euros e decidiu instituir o Conselho Municipal de Turismo.

A Câmara Municipal do Funchal vai cobrar uma taxa turística de dois euros por hóspede e por noite, no máximo de sete noites, a partir de 01 de outubro, indicou esta segunda-feira o executivo camarário (PSD/CDS-PP).

“A autarquia estima uma receita anual de 13 milhões de euros. Serão dois euros por noite, no máximo de sete noites, em que se inclui o que será pago pelos turistas dos paquetes, sendo que a taxa turística a cobrar aos passageiros dos paquetes só acontece a partir de 1 de janeiro de 2025″, refere o município em comunicado.

O executivo municipal, presidido por Cristina Pedra, esclarece que a decisão foi tomada após uma reunião com a Associação Comercial e Industrial do Funchal – Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF-CCIM), em 20 de fevereiro, na qual a entidade empresarial se manifestou favorável à introdução da taxa turística.

A autarquia foi sensível aos argumentos apresentados então pela ACIF e decidiu ajustar a entrada em vigor da taxa turística [inicialmente prevista para 1 de julho], que acontecerá a 1 de outubro, garantindo, assim, que há tempo mais do que suficiente para notificar os agentes económicos”, lê-se no comunicado.

O município informou, por outro lado, que decidiu instituir o Conselho Municipal de Turismo (CMT), no qual serão discutidas “matérias de interesse do trade“. “O CMT será também espaço privilegiado para reflexão, sem caráter vinculativo, dos projetos de interesse municipal que serão concretizados com as verbas resultantes da taxa turística”, esclarece o executivo.

Em 10 de janeiro, a Associação de Municípios da Região Autónoma (AMRAM) anunciou que as 11 autarquias do arquipélago passariam a cobrar uma taxa turística de 2 euros a partir do segundo semestre deste ano. “Foi aceite que devíamos ter uma aplicação de 2 euros por hóspede e por noite, num máximo de sete noites, isentando as crianças até aos 13 anos e também adultos por motivos de saúde”, indicou a AMRAM na altura.

Atualmente, apenas o município de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, liderado pelo JPP, cobra taxa turística.

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Prestações de desemprego atingem máximo desde maio de 2022

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

Quase 198 mil pessoas beneficiaram de prestações de desemprego em janeiro, o que corresponde a um salto de 7,6% em termos homólogos.

O número de beneficiários das prestações de desemprego aumentou 7,6% para 197.860 em janeiro, em termos homólogos, sendo o mais alto desde maio de 2022, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.

O total de prestações de desemprego aumentou 7,6% em termos homólogos (mais 13.922 beneficiários) e 9,1% face ao mês anterior (mais 16.536), de acordo com a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O número total de beneficiários em janeiro é o mais alto desde maio de 2022, quando atingiu 199.242, de acordo com a série longa publicada na página oficial da Segurança Social.

O valor médio das prestações de desemprego foi de 598,56 euros no primeiro mês do ano.

No caso do subsídio de desemprego, o número de beneficiários foi de 156.599, uma subida de 9,7% em termos homólogos e de 9,9% mensais.

Já o subsídio social de desemprego inicial foi processado a 11.373 beneficiários, um crescimento homólogo de 15,1% e um aumento mensal de 22,8%.

O subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 22.484 beneficiários em janeiro, representando uma redução de 9,8% em comparação com o mês homólogo, mas uma subida de 1,9% em relação a dezembro.

As prestações de desemprego são maioritariamente requeridas por mulheres (56,2%), correspondendo a 111.248 beneficiárias e a 86.612 beneficiários (43,8%).

Na variação com o mês anterior, as prestações de desemprego tiveram um crescimento de 11,6% no caso dos homens, e de 7,3% no caso das mulheres.

Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em janeiro estavam inscritos nos centros de emprego 335.053 desempregados, um aumento de 4% em termos homólogos e de 5,5% em cadeia.

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Exportações de saúde fecham 2023 com novo máximo

O diretor executivo do Health Cluster Portugal realça que o crescimento sustentado das exportações em saúde refletem o "trabalho que tem vindo a ser feito ao nível da internacionalização" do setor.

As vendas ao exterior de bens ligados à saúde vão de ‘vento em poupa’ e fecharam o ano passado com um novo máximo. Em 2023, as exportações em saúde cresceram quase 36% para 3,3 mil milhões de euros, à boleia do crescimento dos mercados “mais competitivos”, como Estados Unidos, Alemanha, França e Bélgica, realça o Health Cluster Portugal.

Os dados são da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), tendo como fonte o Instituto Nacional de Estatística” e indicam que as exportações em saúde subiram 35,8%, superando “a meta dos 3 mil milhões”, ao atingir os 3,3 mil milhões de euros, adianta, em comunicado, a organização que representa mais de 200 entidades do setor.

“Este marco consolida o trabalho que tem vindo a ser feito ao nível da internacionalização deste setor que assim se afirma como motor do desenvolvimento económico e social”, realça Joaquim Cunha, diretor executivo do Health Cluster Portugal. A subida face a 2022 foi alicerçada pelo “crescimento nos mercados mais competitivos”, com o top 5 a ser ocupado pelos Estados Unidos, Alemanha, França e Bélgica.

O setor mantém, deste modo, a trajetória de crescimento que tem vindo a registar nos últimos anos. Em 2022, as exportações em saúde tinham crescido 35%, face ao ano anterior, para 2.400 milhões de euros.

Em Portugal, o setor da saúde representa um volume de negócios anual na ordem dos 34 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de cerca de 12 mil milhões, segundo os dados da mesma entidade. Nesta área operam perto de 105 mil empresas e trabalham cerca de 400 mil pessoas.

Em termos gerais, as exportações portuguesas de bens recuaram 1% em 2023, enquanto as importações cederam 4,1%, o que permitiu uma redução do défice da balança comercial de 3.727 milhões de euros, situando-se nos 27.356 milhões de euros, de acordo com os dados provisórios do INE.

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Agricultores polacos bloqueiam passagem de fronteira com a Alemanha

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

"Nós, agricultores polacos, estamos aqui porque já não aceitamos os regulamentos verdes da União Europeia" e "a importação descontrolada de cereais de outros países da UE", dizem.

Agricultores polacos bloquearam esta segunda-feira um ponto de passagem de fronteira com a Alemanha para protestar contra as regulamentações europeias e a importação de cereais ucranianos para a União Europeia (UE), noticiou a imprensa internacional. Tratores foram deslocados desde domingo para a autoestrada A2, bloqueando esse importante ponto de passagem localizado a sul da pequena cidade polaca de Slubice, separada da cidade alemã de Frankfurt pelo rio Oder, de acordo com a agência de notícias AFP.

“Nós, agricultores polacos, estamos aqui porque já não aceitamos os regulamentos verdes da União Europeia” e “a importação descontrolada de cereais de outros países da UE”, disse à AFP um dos manifestantes, Christopher Janicki.

O bloqueio, inicialmente previsto para durar 25 dias, termina esta segunda-feira, porque os agricultores mudaram de ideia após conversações com a população local, segundo os organizadores. Os protestos de agricultores têm ocorrido há várias semanas na Polónia, com agricultores bloquear estradas em todo o país e passagens de fronteira com a Ucrânia.

A Polónia está entre os maiores apoiantes da Ucrânia desde o início da ofensiva russa em fevereiro de 2022. Entretanto, as suas relações foram prejudicadas nos últimos meses por disputas comerciais, em particular pela abertura, por Bruxelas, das fronteiras europeias aos produtos agrícolas ucranianos que, segundo os agricultores polacos, não respeitariam as normas da UE e os envios estariam descontroladas.

“Os agricultores polacos têm os seus armazéns cheios e não podem vender os seus produtos. Se não podemos vender cereais, não podemos ganhar dinheiro e continuar a nossa produção”, lamentou Janicki. Também foram registados casos isolados de produtos agrícolas ucranianos despejados em estradas ou vias férreas perto da fronteira entre a Polónia e a Ucrânia.

Na sexta-feira, o Governo polaco disse à AFP que Varsóvia e Kiev estavam “longe de um acordo” sobre a importação de produtos agrícolas ucranianos. O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, por seu lado, declarou que a Ucrânia tem “o direito de aplicar medidas de retaliação”.

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E-fatura com dificuldade de acesso no último dia para validar faturas

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

"Por motivos de ordem técnica não nos é possível responder ao seu pedido. Por favor, tente mais tarde", indica a mensagem no site e-fatura.

O acesso à funcionalidade do e-fatura do Portal das Finanças tem estado a registar constrangimentos com os contribuinte que tentam validar as suas faturas a não conseguirem fazê-lo “por motivos de ordem técnica”.

“Por motivos de ordem técnica não nos é possível responder ao seu pedido. Por favor, tente mais tarde”, indica a mensagem que aparece na página pessoal de muitos dos contribuintes que durante a manhã de hoje tentaram validar as faturas, sendo este o último dia para o fazerem.

Perante os constrangimentos de acesso reportados, a Lusa questionou o Ministério das Finanças sobre o motivo e se está a ser equacionado um alargamento do prazo para a validação das faturas, mas ainda não obteve resposta.

A validação das faturas é um dos passos necessários para a preparação da declaração anual do IRS, sendo esta segunda-feira o último dia do prazo para os contribuintes verificarem, registarem ou resolveram as faturas que ficaram pendentes.

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Nokia Portugal está a avançar com despedimento coletivo, denuncia sindicato

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

A Nokia Portugal está a avançar com um despedimento colectivo que abrange 142 trabalhadores, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual.

O Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) denunciou esta segunda-feira que a Nokia Portugal tem em curso um despedimento coletivo que abrange 142 trabalhadores, mas até ao momento a Lusa não conseguiu obter uma resposta da empresa.

“O STT teve conhecimento que a Nokia Portugal está a avançar com um despedimento colectivo que abrange 142 trabalhadores, tendo os trabalhadores envolvidos recebido a intenção por escrito no passado dia 22 de fevereiro”, indica o sindicato, no comunicado.

Este despedimento além de injusto, se não for travado, terá drásticas consequências em termos de confiança laboral para um conjunto de excelentes profissionais que vestem a ‘camisola’ da Nokia”, prossegue o STT, que critica a “argumentação utilizada pela empresa”, considerando que “é falaciosa e mistificadora e está baseada numa realidade ‘virtual’ que os discursos dos responsáveis da empresa a nível mundial em termos de liderança, oportunidades de negócio e I&D contradizem e desconstroem”.

O sindicato diz que tem “dúvidas da legalidade deste processo e põe em dúvida a fundamentação usada”, referindo ainda que “critérios de seleção na base do vencimento mais elevado, numa empresa com contas saudáveis, pode ser considerado um critério discriminatório e no mínimo a ultrapassar a fronteira da inconstitucionalidade”.

Nesse sentido, o STT “irá pedir a solidariedade da CGTP e dos Sindicatos do Movimento Sindical Unitário, audiências ao Ministério do Trabalho e aos grupos parlamentares e vai denunciar este ‘atentado’ de forma pública através das formas de luta que os trabalhadores entenderem como as mais adequadas”.

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Câmara do Porto “estuda” aumentar taxa turística

Pedido pela autarquia, estudo de universidades propõe a subida da taxa turística do Porto de dois para três euros por noite no centro da cidade e de 2,5 euros por noite nas restantes localidades.

Um estudo encomendado pela Câmara Municipal do Porto, apresentado esta segunda-feira na reunião do executivo, propõe aumentar a Taxa Municipal Turística dos atuais dois para três euros nas freguesias do centro histórico e para 2,50 euros nas restantes localidades. Mas o presidente Rui Moreira não concordou com esta diferenciação geográfica, no sentido em que se pode “correr o risco de ser considerado como um imposto e não uma taxa”.

Também o vereador da Economia da Câmara do Porto, Ricardo Valente, referiu ter “alguma dificuldade em acompanhar a diferença entre freguesias”, notando que a diferença do valor da taxa teria de ser justificada legalmente com despesas. O estudo realizado pelos professores José Rio Fernandes, Luís Carvalho e Pedro Chamusca, a pedido do município, propõe a subida da taxa turística do Porto de dois para três euros por noite no centro da cidade, ou seja, na União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Miragaia, Sé e Vitória, e de 2,5 euros por noite nas restantes localidades do município.

O professor José Rio Fernandes, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, argumentou esta diferenciação geográfica entre freguesias com o facto de haver “uma acentuada concentração” de turistas no centro da cidade. “Não acho justo que Paranhos ou Campanhã pague o mesmo que na Ribeira ou na Baixa. Face a sinais de overtourism no centro, é justo haver uma diferenciação do ponto de vista político”. O docente justificou, assim, a medida com “o aumento progressivo do número de dormidas e considerando também a significativa diferença entre a concentração de unidades de alojamento e visitantes na área central da cidade do Porto”.

José Rio Fernandes sugeriu ainda que o valor da taxa seja revisto de dois em dois anos. Ressalvou, contudo, que esta taxa municipal turística “não é um elemento de dissuasão do turismo” e que “não é por aumentar que vai deixar de haver turismo” na cidade. “O Porto é das cidades da Europa com maior intensidade turística. O aumento da taxa municipal não terá efeitos significativos sobre a viabilidade económica das unidades de alojamento”, sublinhou.

Estes valores propostos no estudo foram calculados em função das despesas que a autarquia tem com serviços principalmente orientados para o turismo e “igualmente pelos que servem todas as pessoas que utilizam a cidade e que, por motivos de equidade, se considerou que não devem onerar apenas os residentes”, lê-se no mesmo documento. A taxa municipal turística do Porto, aprovada em 2016, é de dois euros por noite.

No estudo, a que o ECO/Local Online teve acesso, os investigadores consideram mesmo que “o valor cobrado é reduzido relativamente a outras cidades com intensidade turística superior ou idêntica”. Neste ponto, Rui Moreira referiu: “Faz-me confusão a ir a algumas cidades holandesas onde pago taxas de sete euros e no Porto são dois euros”.

Desta reunião não saiu qualquer decisão do executivo municipal sobre a revisão da taxa turística municipal, que irá posteriormente decidir a proposta de revisão da taxa turística a submeter a consulta pública. “Não vamos tomar decisões para já”, assegurou o independente Rui Moreira, durante a sessão. O autarca ressalvou, contudo, que a equipa de José Rio Fernandes realizou este estudo com “toda a independência, não foi pressionada por ninguém”.

Durante a sua intervenção, o vereador Sérgio Aires, do Bloco de Esquerda, considerou “injusta” a aplicação da taxa a cidadãos nacionais, defendendo o aprofundamento deste estudo. “Estamos a dificultar a vida a um português que quer fazer turismo no seu próprio país”, referiu Sérgio Aires, questionando ainda a “módica quantia” cobrada e considerando que, face a outras cidades europeias, Portugal faz “descontos”. Ao que Rui Moreira respondeu, por sua vez, que preferia que “houvesse uma taxa maior”, mas que para tal acontecer será necessária uma alteração legislativa. “Seria razoável criar um imposto municipal do turismo que fosse uma decisão política”, disse o autarca independente.

A vereadora Ilda Figueiredo, da CDU, defendeu, por sua vez, a necessidade desta taxa ser transformada num imposto nacional. “Não faz muito sentido que em Portugal se ande a fazer uma política de taxas e taxinhas de diferentes valores nas cidades”, sustentou.

Desde março de 2018, todos os hóspedes com idade superior a 13 anos passaram a pagar esta taxa “para diminuir o peso da pegada turística”. Em 2022, a Taxa Municipal Turística gerou uma receita de 15 milhões de euros, estimando o município que a receita de 2023 seja superior a 20 milhões de euros.

Por fim, o autarca da Invicta defendeu que se podem “encontrar estratégias para reduzir a pressão turística em determinadas zonas, mas não é exequível fechar o turismo”. Como é o caso da criação de quarteirões territoriais na cidade para dispersar o fluxo turístico do centro histórico, aliviando as zonas de maior pressão turística. A autarquia está, por isso, a elaborar um estudo com vista à identificação e desenvolvimento estratégico das futuras unidades territoriais turísticas, segundo avançou ao ECO/Local Online a vereadora do pelouro de Turismo e Internacionalização, Catarina Santos Cunha.

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Google vai incorporar modelos de inteligência artificial Gemini no Performance Max

Entre as novidades encontra-se a edição de imagens ou a geração de títulos longos e sitelinks, refere a tecnológica.

Depois de anunciar no final do ano passado o lançamento do Gemini, o mais recente modelo de inteligência artificial generativa da Google, a gigante tecnológica vai incorporar modelos desta ferramenta no Performance Max, as campanhas de “máximo desempenho” que marcam presença na totalidade do inventário de anúncios da Google (Google Ads) e permitem mais oportunidades de ligação entre anunciantes e consumidores.

As novas funcionalidades visam ajudar os clientes a “dimensionar e a criar ativos de alta qualidade”, através de modelos Gemini para as campanhas Performance Max que trabalham na geração de recursos, que está a ser implementada a nível global em inglês e que incluirá depois mais idiomas, refere-se em comunicado.

Entre estas novidades encontra-se a disponibilização da edição de imagens (que estará concluída em março nos Estados Unidos, com a expansão global em inglês a acontecer logo a seguir), ou a geração de títulos longos (até 90 carateres, em comparação com os anteriores 30 permitidos) e de sitelinks (que direcionam as pessoas para páginas específicas dos sites).

Os novos recursos irão usar as capacidades sofisticadas de raciocínio do modelo Gemini para gerar recursos de texto“, acrescenta-se no comunicado.

Nas próximas semanas, à medida que são atualizados os modelos de geração de imagens do Imagen 2 – tecnologia que transforma texto em imagem – vai também começar a ser possível gerar imagens de lifestyle de forma a mostrar pessoas em ação. Esta edição de imagens vai incluir a capacidade de gerar e adicionar fundos com pessoas não identificáveis.

A Google refere ainda que está a desenvolver estas ferramentas para os anunciantes de acordo com os seus Princípios e Práticas de inteligência artificial de forma a continuar a “inovar de uma forma responsável”.

“Por exemplo, aplicamos filtros concebidos para evitar a geração de imagens de pessoas conhecidas, incluindo celebridades e figuras públicas. Os anunciantes não podem usar as campanhas da Performance Max ou geração de recursos para criar conteúdo que promova violência, deturpação ou qualquer outro conteúdo proibido pelas políticas de longa data do Google Ads e nos termos de utilização da IA generativa”, refere a Google.

“Além disso, utilizamos mecanismos como a marca d’água através do SynthID que permitem identificar imagens geradas através da inteligência artificial”, lê-se ainda no comunicado onde se adianta que as tecnologias Imagen2 e SynthID são desenvolvidas pela Google DeepMind.

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Ryanair aumenta preços para o verão em 10% e culpa Boeing

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2024

Ryanair vai aumentar preços dos bilhetes para o verão devido aos constrangimentos na oferta provocados pelo atraso na entrega de aeronaves pela Boeing.

A Ryanair vai receber menos aviões Boeing do que tinha encomendado, o que segundo o CEO da companhia aérea irá criar constrangimentos na operação no verão e levar a um aumento de entre 5% e 10% nos preços.

A companhia liderada por Michael O’Leary deveria receber 57 Boeing Max 8200 até final de abril. O CEO afirmou esta segunda-feira, citado pela Reuters, que está “razoavelmente confiante” de que receberá apenas 40 a 45 até ao final de junho.

O responsável disse que irá passar alguns dos custos deste atraso na entrega das aeronaves aos consumidores, com aumentos entre 5% a 10% no preço dos bilhetes no verão. Além disso, as tarifas médias poderão aumentar entre 10 a 15 euros nos próximos cinco anos.

A Boeing viu a sua capacidade de produção do 737 Max restringida, enquanto decorre uma auditoria imposta pelo regulador depois de uma aeronave ao serviço da Alaska Airlines ter perdido um painel em pleno voo. A Ryanair é a primeira companhia aérea europeia a dar conta de restrições devido à crise no fabricante americano.

Numa resposta enviada à Reuters, a Boeing confirmou que disse a algumas companhias aéreas que as entregas poderiam ser adiadas, com a empresa a tomar medidas para garantir que os aviões cumprem todas as exigências regulamentares.

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