Corticeira Amorim reclama “supremacia ambiental” das rolhas naturais sobre alumínio e plástico

Estudo da PwC comparou em sete indicadores o impacto ambiental da rolha de cortiça natural da empresa face a vedantes de alumínio e plástico. Amorim fala em “excelentes notícias" para setor do vinho.

Um estudo encomendado pela Corticeira Amorim à PwC e submetido a revisão crítica por um comité de peritos externos independentes comprova a “supremacia ambiental” das rolhas naturais de cortiça produzidas pela empresa portuguesa em comparação com dois vedantes artificiais, um de alumínio e outro de plástico.

A análise do ciclo de vida elaborada pela consultora, que foi pedida pela Corticeira Amorim pela 15.ª vez para atualizar a quantificação e comparação face às principais soluções concorrentes, analisou o impacto ambiental de cada um dos três obturadores, concluindo que o benefício ambiental associado à rolha de cortiça Naturity é “significativamente superior” aos vedantes artificiais em cinco dos sete indicadores analisados.

“Realizado com uma rigorosa abordagem metodológica que considera o pior cenário possível para as rolhas de cortiça natural, o estudo apresenta conclusões particularmente relevantes num momento em que tanto a indústria do vinho, como a sociedade em geral, estão cada vez mais conscientes da importância da escolha de produtos ecologicamente responsáveis”, destaca a empresa.

António Rios Amorim, CEO da Corticeira AmorimPaula Nunes / ECO

António Rios de Amorim reclama que este estudo “consolida, por um lado, a liderança global da Corticeira Amorim na área de I&D do segmento de rolhas e, por outro, as credenciais ambientais imbatíveis da cortiça”. Em comunicado, o CEO nota que “também são excelentes notícias para o setor vitivinícola, que cada vez mais encara a sustentabilidade como uma vantagem competitiva crucial”.

No ano passado, em que as vendas caíram abaixo da fasquia dos mil milhões de euros — recuaram 3,5%, para 985,5 milhões de euros devido à “redução significativa” da atividade e ao efeito cambial desfavorável –, a Corticeira Amorim fechou o exercício de 2023 com lucros de 88,9 milhões de euros, o que representa uma redução de 9,7% face ao ano anterior.

Apesar do “enquadramento de incerteza” para 2024, em declarações ao ECO, António Rios de Amorim salientou que o grupo corticeiro de Mozelos, Santa Maria da Feira, tem “condições para crescer em vendas e rentabilidade”. Sem novas aquisições “em vista” para este ano, a gigante industrial nortenha está a aumentar a capacidade produtiva em Itália e em França.

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Consultora Alvarez & Marsal contrata Nuno Nogueira da Silva e Tiago da Silva

  • Trabalho
  • 10 Abril 2024

Equipa portuguesa da consultora Alvarez & Marsal tem dois novos reforços, ambos vindos da EY. Nuno Nogueira da Silva e Tiago da Silva acabam de ser contratados.

A equipa portuguesa da consultora Alvarez & Marsal tem dois novos membros, na área da reestruturação operacional e financeira. Nuno Nogueira da Silva e Tiago da Silva acabam de ser contratados para os cargos, respetivamente, de managing director e senior director do escritório da A&M por cá. Vieram ambos da EY.

O escritório em Portugal da A&M, empresa especializada em serviços de consultoria e com uma presença global, reforçou a equipa com a contratação de dois profissionais para a área de reestruturação operacional e financeira, com o objetivo de expandir a atividade no mercado nacional e apoiar as empresas locais“, anunciou a consultora, numa nota enviada às redações.

Nuno Nogueira da Silva, assume o cargo de managing director do escritório da A&M em Portugal, sendo que já conta com 24 anos de experiência como consultor financeiro. “Ingressa no escritório da A&M em Portugal depois de sete anos a liderar a área de turnaround and restructuring strategy da EY em Lisboa, Angola e Moçambique, tendo ainda sido um membro ativo da equipa de liderança da Europe West TRS”, é sublinhado na referida nota.

Tiago da Silva passa a senior director, contando no seu currículo com mais de 15 anos de experiência em consultoria financeira, nomeadamente em apoiar empresas nos processos de reestruturação e de recuperação.

“Antes de ingressarem na A&M, Nuno Nogueira da Silva e Tiago da Silva foram assessores financeiros no processo da Groundforce. Antes, foram assessores financeiros de dois dos maiores hedge funds do mundo na aquisição de carteiras de NPL em Portugal avaliadas em mais de 4 mil milhões de euros. Foram também consultores financeiros de um dos maiores grupos químicos portugueses no refinanciamento da totalidade da sua dívida, de 200 milhões de euros, e na obtenção de um financiamento adicional de 30 milhões de euros para cumprir o seu plano de investimento”, acrescenta a A&M.

A consultora realça ainda que ambos têm “profunda experiência profissional em diversos setores de atividade, desde o imobiliário, a indústria transformadora, a agroindústria, o sector automóvel, os transportes e a logística, até às TI, meios de comunicação social, energia, construção e serviços públicos na Europa e em África”.

Por fim, a consultora adianta que que ambos são desenvolver as suas funções “em estreita proximidade” com o diretor geral, Richard Flemming.

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ADSE vai passar a rever periodicamente preços dos medicamentos

ADSE altera tabela de preços, com algumas mudanças a entrar em vigor a 1 de abril e outras a 1 de maio. Fará uma atualização de rotina dos preços dos medicamentos e atualiza preço dos partos.

A ADSE vai avançar com mudanças às tabelas de preços, tanto no regime convencionado como no livre, sendo que algumas entraram já em vigor a 1 de abril e outras serão implementadas em maio. Com as alterações do próximo mês, o subsistema de saúde decidiu passar a fazer uma “atualização de rotina de revisão periódica dos preços dos medicamentos”.

A decisão é de atualização periódica da Tabela de Preços Máximos, segundo indica fonte oficial da ADSE ao ECO, uma mudança que entra em vigor em maio.

Também para o próximo mês está prevista a atualização dos preços dos partos para “aumentar a adesão à Rede ADSE de mais profissionais de saúde (obstetras) e de prestadores visando facilitar o acesso dos beneficiários a este cuidado de saúde”. Segundo explicam, “o copagamento de um parto eutócico ficará em 232,87 euros, o parto distócico 286,00€, a cesariana 345,59 euros e ao adicional de gemelar acrescem 40 euros”.

Além disso, vai também “aumentar o preço da consulta de psicologia clínica para, deste modo, aumentar, a adesão de mais prestadores convencionados”. “A distribuição dos encargos mantém-se igual: 80% do preço é suportado pela ADSE e 20% pelo beneficiário. O preço passa para 18 euros ao invés do 12,50 euros. O copagamento do beneficiário passa de 2,50 euros para 3,60 euros”, adianta, sendo que os limites da consulta de psicologia clínica passam de 12 para 24 consultas ano.

Já as alterações que entraram já em vigor a 1 de abril, surpreendendo os beneficiários, foram “terminar com as situações específicas previstas na Tabela para prestadores com o estatuto de entidades convencionadas não lucrativas, definição que inclui as IPSS, Misericórdias, Mútuas e outras entidades do setor social”, bem como eliminar alguns códigos para colheita de produtos (que “é inerente às análises pelo que não deve ser faturado à parte”); nas consultas de cardiologia, (para “racionalizar a faturação dos prestadores que associam exames médicos que “nem sempre são realizados”) e ainda a introdução do limite de um por dia no código de oximetria.

A ADSE adianta ainda que vai avançar com alterações à tabela do regime livre, que vão entrar em vigor em maio. O objetivo é “controlar os abusos e situações de fraude que se fazem sentir, considerando o (superior) interesse público e visando trabalhar no sentido de cumprir as orientações definidas no Relatório Financeiro de Sustentabilidade da ADSE”.

No transporte não urgente de Doentes, “o conselho diretivo propõe-se acolher as regras aplicadas ao transporte não urgente de doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. Já nas fraldas para incontinentes, a “aquisição deste artigo passa a ser distribuída mensalmente limitada a 120 fraldas por mês, num total de 1.440 fraldas/ano” e o valor pago pelo beneficiário passa a ser 0.88 por unidade.

Finalmente, nas consultas de Psicologia, será aumentado o valor máximo de comparticipação pago ao beneficiário por uma consulta de psicologia: de 9,33 euros para 14,40 euros. “São permitidas agora 24 consultas por ano e não é necessária a apresentação da prescrição médica”, indicam.

Após a denúncia por parte da Associação a 30 de Julho de que as tabelas tinham sido alteradas sem aviso, a ADSE explica que “no âmbito da gestão corrente da ADSE, o Conselho Diretivo entendeu proceder a alguns ajustes na Tabela de Regras e Preços do Regime Convencionado”. “As opções agora tomadas integram a atividade habitual do Instituto e estão em sintonia com as orientações emanadas do Estudo de Sustentabilidade Financeira da ADSE”, indica fonte oficial.

O estudo elaborado pelo Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública (PlanAPP) revelou que a ADSE tem vindo a acumular, anualmente, excedentes superiores a 100 milhões de euros, mas, no final da década, em 2030, deverá registar o primeiro saldo negativo, de 18,3 milhões de euros, segundo o cenário mais pessimista traçado pela primeira fase do estudo sobre a sustentabilidade do subsistema de saúde dos funcionários públicos.

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Taxas Euribor caem em todos os prazos

  • Lusa
  • 10 Abril 2024

Com as alterações desta quarta-feira, a Euribor a três meses, que baixou para 3,912%, permanece acima da taxa a seis meses (3,830%) e da taxa a 12 meses (3,689%).

A taxa Euribor desceu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses face ao dia anterior. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que baixou para 3,912%, permanece acima da taxa a seis meses (3,830%) e da taxa a 12 meses (3,689%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, caiu quarta-feira para 3,830%, menos 0,038 pontos do que na terça-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
    Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou para 3,689%, menos 0,006 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 3,912%, menos 0,004 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na quinta-feira realiza-se a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Na última reunião, a 7 de março, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Inflação acelerou para 2,3% em março, confirma INE

A taxa de inflação homóloga acelerou de 2,1% em fevereiro para 2,3% em março, confirmou o INE. Classe do vestuário e calçado aumentou 26,1%, face ao mês anterior, à boleia da nova coleção.

A taxa de inflação homóloga em Portugal acelerou de 2,1% em fevereiro para 2,3% em março, confirmou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se de um aumento de 0,2 pontos percentuais face à registada no mês anterior e iguala o nível de janeiro de 2024.

Desconstruindo os indicadores que compõem o índice de preços no consumidor (IPC), o índice relativo aos produtos energéticos acelerou na variação homóloga de 4,3% em fevereiro para 4,8% em março, enquanto o índice relativo aos produtores alimentares não transformados diminuiu para -0,5%, contra 0,8% no mês anterior, “parcialmente em consequência do efeito de base associado ao aumento de preços registado em março de 2023 (variação mensal de 1,5%)”, nota o gabinete de estatísticas.

Já por classes de despesa, e para explicar a aceleração da taxa de inflação homóloga, o INE destaca as “contribuições positivas” dos Transportes, dos Restaurantes e hotéis e da Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis. “Em sentido contrário, destacam-se as contribuições negativas dos Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação (classe 5) e do Vestuário e calçado (classe 3), lê-se.

Na comparação em cadeia, a variação do IPC foi nula face ao registado em fevereiro e compara com os 1,3% registados em março do ano passado. “A variação média dos último doze meses diminuiu para 2,9% (3,3% em fevereiro”, acrescenta o INE. Neste âmbito, o gabinete também destaca a classe do vestuário e calçado, que registou um aumento de 26,1%, face a fevereiro, “refletindo a habitual entrada da nova coleção de vestuário e calçado”

No que toca ao indicador de inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, acelerou para 2,5% em março, o que representa um aumento de 0,4 pontos percentuais face a fevereiro.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que permite a comparação entre países europeus, acelerou para 2,6% em março, face ao período homólogo, isto é, um “valor superior em 0,3 p.p. ao registado no mês anterior e superior em 0,2 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em fevereiro, a taxa em Portugal tinha sido inferior à da área do Euro em 0,3 p.p.)”, remata o INE.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h43)

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Grupo Endutex avança com mega projeto imobiliário em Guimarães

Localizado no centro de Guimarães, com uma área de quase 110 mil metros quadrados, o mais recente projeto urbanístico do dono da cadeia de hotéis Moov irá contemplar habitação, comércio e serviços.

O Grupo Endutex, produtor de têxteis técnicos, continua a investir no mercado imobiliário. Desta vez vai arrancar com a construção de um mega projeto urbanístico no centro de Guimarães. A primeira fase da obra arranca já este mês.

O terreno de 110 mil metros quadrados, que resulta de um investimento de 2,5 milhões de euros do grupo tirsense, fica localizado no Monte do Cavalinho, situado na freguesia de Urgezes, e contempla a construção de habitação, espaços dedicados a comércio, restauração e serviços e ainda uma zona com mais de 64 mil metros quadrados de área verde.

“Guimarães é uma cidade que conhecemos bem e esta localização é excecional. Além de ser muito próxima do centro da cidade, fica junto à estação de comboios, tem vistas únicas e uma ótima acessibilidade. O projeto é de baixa densidade, tem infraestruturas atuais, conta com um amplo espaço verde. A diversidade de funções fará desta zona uma nova centralidade e não apenas um dormitório”, avança André Ferreira, administrador do Grupo Endutex.

Em comunicado, o grupo liderado pelo empresário vimaranense Vítor Abreu detalha que a primeira fase de obra arranca este mês e terá a duração de nove meses. Nesta fase será inteiramente dedicada ao loteamento do terreno, com a construção de estradas, passeios e parques de estacionamento e todas as infraestruturas necessárias. Posteriormente serão executados os dez lotes licenciados — dois de restauração, três de serviços e cinco de habitação – cuja diversidade de atividades “torna-se uma mais-valia para a região”.

A proposta prevê que os rés-do-chãos possuam uma variedade de usos, desde lojas a restaurantes, tendo como objetivo evitar o isolamento e os efeitos negativos do mesmo quando os loteamentos são exclusivamente para habitação.

André Ferreira

Administrador do Grupo Endutex

“A proposta prevê que os rés-do-chãos possuam uma variedade de usos, desde lojas a restaurantes, tendo como objetivo evitar o isolamento e os efeitos negativos do mesmo quando os loteamentos são exclusivamente para habitação. A pluralidade de funções ajuda a fixar atividades complementares, da mesma forma que dinamizam o espaço público envolvente, proporcionando uma boa transição com a área central da cidade, prolongando-a e enriquecendo-a”, sublinha o administrador do Grupo Endutex.

Fundado em 1970, o Grupo Endutex que se assume como um dos principais produtores europeus de revestimentos têxteis, tem vindo a diversificar a atividade para os setores do imobiliário e da hotelaria, sendo o dono da cadeia de hotéis Moov, que conta com cinco unidades em Portugal (Porto, Lisboa, Oeiras, Évora e Matosinhos) e duas no Brasil (Curitiba e em Porto Alegre).

No final do ano passado, o grupo têxtil Endutex comprou o histórico edifício Rialto, conhecido como o primeiro arranha-céus do Porto, para o converter num hotel e apartamentos. O grupo tirsense está ainda a construir um segundo hotel em Matosinhos, num investimento de cerca de 16 milhões de euros, que deverá ser inaugurado no próximo ano.

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Vieira da Silva critica precipitação de Pedro Nuno Santos no chumbo do OE para 2025

  • ECO
  • 10 Abril 2024

O antigo ministro do Trabalho pede "prudência" na posição "completamente definitiva" do partido sobre o OE e aconselha Pedro Nuno e Montenegro a negociarem primeiro um retificativo.

O antigo ministro e dirigente socialista, José Vieira da Silva, considera “precipitada” a posição “completamente definitiva” do PS na rejeição ao Orçamento do Estado (OE) para 2025 e aconselha o líder do partido, Pedro Nuno Santos, a tentar negociar primeiro um Orçamento retificativo com o Governo de Luís Montenegro, afirmou em declarações à Rádio Renascença.

Pedro Nuno Santos tem mantido a frase oficial de que é “praticamente impossível” o PS vir a viabilizar o OE, mas essa é uma discussão que só irá concretizar-se “daqui a vários meses”, avisa Vieira da Silva. “É uma forma de dificultar os resultados que se pretendem obter com um eventual retificativo ou medidas legislativas que apontem no sentido de concretizar os compromissos”, conclui o antigo ministro. Vieira da Silva sugere ao secretário-geral do PS que é “mais prudente não aprofundar” ou “centralizar” o debate no OE para 2025, numa altura em que está em curso uma potencial negociação de um retificativo.

Num recado ao líder do PS, o antigo ministro de Sócrates e de Costa refere que é preciso “ver como corre” esta negociação e depois, no outono, entrar nessa discussão “difícil”, considerando mesmo que “não é muito construtivo antecipar e aprofundar esse debate”.

O ex-ministro elogia a troca de cartas entre Pedro Nuno Santos e o primeiro-ministro, regista que “existe uma potencial convergência”, mas alerta que agora “há muito trabalho a fazer e é preciso que as duas partes estejam efetivamente disponíveis” para chegar a “consensos”.

Face às posições de sociais-democratas como Duarte Pacheco ou José Matos Correia que defenderam, em declarações à Renascença, a possibilidade de o Executivo poder governar em duodécimos no caso de o OE ser chumbado no outono, Vieira da Silva vem confirmar que é “tecnicamente possível”, mas alerta para o prejuízo político de uma prática desse género.

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Portugal emite 1.500 milhões em dívida de longo prazo com taxas mais baixas. Paga menos de 3% a dez anos

O Tesouro português financiou-se em dívida a 10, 14 e 21 anos com taxas inferiores às pagas nos leilões anteriores realizados nas mesmas maturidades. É a primeira emissão com o novo Governo empossado.

Portugal regressou esta quarta-feira ao mercado com um triplo leilão de dívida de longo prazo. O Tesouro português financiou-se em 1.523 milhões de euros, no montante indicativo mais elevado para esta operação, com taxas mais baixas que nas emissões anteriores. No leilão de dívida a dez anos, o juro ficou abaixo de 3%.

“As expectativas de que o Banco Central Europeu vá iniciar o ciclo de descida de taxas de juro em junho, aliado ao facto de Portugal ter visto revisões em alta quer do seu rating quer das perspetivas para a sua economia, tem levado a uma ligeira descida dos prémios de risco nacional“, explica Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, num comentário à tripla emissão realizada esta manhã pelo IGCP.

Na emissão de dívida a dez anos, que vence em abril de 2034, a yield situou-se em 2,937%, abaixo dos 3,149% pagos para emitir dívida com a mesma maturidade no leilão realizado a 14 de fevereiro. O montante colocado – 641 milhões de euros – contou com uma procura 1,25 vezes superior à oferta.

As expectativas de que o Banco Central Europeu vá iniciar o ciclo de descida de taxas de juro em junho, aliado ao facto de Portugal ter visto revisões em alta quer do seu rating quer das perspetivas para a sua economia, tem levado a uma ligeira descida dos prémios de risco nacional.

Filipe Silva

Diretor de Investimentos do Banco Carregosa

Já a linha que vence em junho de 2038, uma nova linha da Obrigações do Tesouro lançada em janeiro do ano passado, a taxa de juro aplicada foi de 3,227%, tendo sido colocados 353 milhões de euros. A procura situou-se em 1,41 vezes a oferta. A instituição liderada por Miguel Martín realizou no ano passado a primeira emissão com maturidade em 2038, com uma taxa de juro próxima de 3,6%. É a primeira vez que volta a emitir OT para esta linha.

A 21 anos, emissão realizada através da linha OT 4,1% 15fev2045, o Tesouro português pagou 3,433% para emitir 529 milhões de euros, uma taxa inferior à yield de 3,527% fixada no leilão realizado em janeiro na mesma maturidade. A procura nesta linha superou a oferta em 1,26 vezes.

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública anunciou no final da semana passada a realização deste triplo leilão de dívida de longo prazo, com um montante indicativo global entre 1.250 e 1.500 milhões de euros. É o primeiro leilão desde que o novo Executivo liderado por Luís Montenegro tomou posse.

A última vez que o Tesouro português esteve no mercado a emitir dívida de longo prazo foi no passado dia 13 de março. Colocou cerca de 1.000 milhões de euros em obrigações a sete e 18 anos. Também neste duplo leilão, o Estado suportou custos de financiamento mais baixos que nas operações comparáveis anteriores.

(Notícia atualizada às 11:40)

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Tribunal Geral da UE confirma que Portugal tem de recuperar verbas da agricultura

  • Lusa
  • 10 Abril 2024

Portugal vai ter de recuperar pagamentos feitos no âmbito dos fundos europeus para a agricultura, no valor de mais de 117 milhões de euros, após decisão do Tribunal Geral da União Europeia.

Portugal vai ter de recuperar pagamentos feitos no âmbito dos fundos europeus para a agricultura, no valor de mais de 117 milhões de euros, considerou esta quarta-feira o Tribunal Geral da União Europeia (UE).

No acórdão é rejeitado um recurso, apresentado por Portugal, contra a decisão da Comissão Europeia de excluir um montante de 117.066.097,40 euros relativo a despesas declaradas no âmbito das ajudas “superfície”, nos exercícios financeiros de 2016, 2017, 2018 e 2019.

A decisão de Bruxelas data de 8 de junho de 2022 e exclui o montante em causa do financiamento da UE no âmbito do Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA) e do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (Feader)

O tribunal Geral concluiu, segundo um comunicado de imprensa, que Portugal “não demonstrou que os cálculos dos montantes a excluir do financiamento da União que tinha proposto eram conformes com a legislação da União aplicável”, considerando que o executivo comunitário “procedeu corretamente ao aplicar uma correção”.

No âmbito de um inquérito iniciado no outono de 2015, a Comissão constatou que o sistema de identificação das parcelas agrícolas de Portugal se caracterizava por algumas deficiências.

Numa segunda avaliação, no outono de 2018, Bruxelas verificou que as referidas deficiências continuavam a existir, tendo decidido abrir um terceiro inquérito, tendo uma auditoria concluído que havia deficiências em controlos chave.

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Festival de cerveja artesanal gera retorno de 5,6 milhões de euros em Caminha

Festival Artbeerfest gera impacto económico de 5,6 milhões de euros, em Caminha, e coloca concelho minhoto na rota do turismo de cerveja artesanal.

A edição de 2023 do festival de cerveja artesanal Artbeerfest, em Caminha, gerou um retorno económico na ordem dos 5,6 milhões de euros, com as despesas feitas pelos turistas a terem um maior peso nas contas (4,2 milhões de euros). Os cálculos resultam de um estudo académico a que o ECO/Local Online teve acesso que é esta quarta-feira apresentado, nesta vila do Alto Minho, e que vem provar o exponencial crescimento e relevância da aposta no “turismo de cerveja artesanal”.

Segundo uma equipa da Universidade de Trás Os Montes e Alto Douro (UTAD) e do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), apesar de em menor número, os turistas (13.230) gastaram 4,2 milhões de euros contra os 1,4 milhões despendidos pelos cerca de 21.770 excursionistas que afluíram aos quatro dias do Artbeerfest, em julho de 2023.

O estudo “Artbeerfest Caminha 2023: caracterização do comportamento do consumidor e avaliação dos gastos globais dos visitantes”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, concluiu ainda que, à exceção da despesa com o alojamento no caso dos turistas, o valor médio gasto com cerveja artesanal no festival surge à cabeça das despesas dos turistas (61,96 euros) e dos excursionistas (21,69 euros).

Despesas no Festival Internacional de Cerveja Artesanal “Artbeerfest”, em Caminha

Os autores Susana Rachão, Goretti Silva, Carlos de Oliveira Fernandes, Veronika Joukes e Carla Ferreira concluíram ainda que os turistas (37,8% dos participantes do festival) gastaram uma média de 315,58 euros durante o evento, enquanto os excursionistas (62,2%) despenderam uma média de 63,47 euros. Os primeiros também tiveram uma despesa de 122,57 euros em alojamento e uma média de 42,87 euros em alimentação/restauração enquanto os excursionistas despenderam uma média 11,51 euros neste último item.

Por tudo isto, o fundador e diretor do festival, Octávio Costa, não tem dúvidas do “enorme crescimento e impacto económico na região, ao longo de uma década” – festival nasceu em 2013 – e do valor acrescido do turismo de cerveja artesanal. “Os resultados deste estudo podem ser úteis para o planeamento futuro do evento, bem como para a formulação de estratégias de marketing, atração de participantes e promoção do turismo local“, frisa Octávio Costa ao ECO/Local Online.

Para o diretor o Artbeerfest, este estudo “reflete a importância que este tipo de evento de escala e qualidade se traduz também em rentabilidade e bem-estar para a população local em geral“. Os investigadores contabilizam 113 empresas de produção de cerveja em Portugal em 2022.

O evento colocou Caminha na rota mundial dos maiores cervejeiros. Só no último ano, participaram mais de 35 mil aficionados da cerveja artesanal neste certame que arrecadou o título de “Melhor Festival Não Musical” da Península Ibérica, no âmbito dos “Iberian Festival Awards”. Participaram em 2023 cerca de 60 equipas de marcas cervejeiras de 17 países com 550 estilos diferentes de cerveja em prova. “Esta foi a maior edição de sempre, muito de perto com a edição de 2019”, refere Octávio Costa ao ECO/Local Online.

Festival Internacional de Cerveja Artesanal “Artbeerfest” em Caminha

Partindo do valor acrescentado que o “turismo de cerveja artesanal” pode acarretar para Caminha, a organização deste certame – Câmara Municipal e a OG Associados – decidiu, assim, medir o impacto económico no comércio e serviços da vila. A equipa da UTAD e do IPVC inquiriu 378 dos 35.000 entusiastas que participaram no festival. O questionário foi feito através de QrCode ou com assistência da equipa de investigação durante os quatro dias do evento.

A maioria dos inquiridos neste estudo é do sexo masculino (54%), solteiro (46,3%), tem entre 26 e 45 anos (69,3%), mestrado (46,8%) e trabalha no setor privado (52,4%). Cerca de 2/3 dos participantes vive em Portugal (62,2%), com especial destaque para os mercados de proximidade nacionais, nomeadamente os distritos do Porto, Viana do Castelo e Braga. Este certame atrai ainda entusiastas do mercado espanhol (29,1%), em particular da Galiza.

Os resultados deste estudo podem ser úteis para o planeamento futuro do evento, bem como para a formulação de estratégias de marketing, atração de participantes e promoção do turismo local.

Octávio Costa

Fundador e diretor do festival de cerveja artesanal Artbeerfest

Os investigadores concluíram ainda que os inquiridos consomem cerveja artesanal com frequência (58,2%) e afirmam ter bastante conhecimento sobre esta bebida alcoólica (33,6%). O “ambiente” (26,4%) e a “cerveja” (21,6%) são os atributos que os participantes do estudo mais apreciam no festival, enquanto o “preço da cerveja artesanal” (7%), a falta de “casas de banho” (7%) são os menos apreciados. Também destacam a oportunidade de experimentar cervejas novas e diferentes como uma das principais razões para aderirem ao ArtBeerFest que é “considerado um dos cinco mais importantes festivais do tema na Europa, pela sua diversidade, comunidade de seguidores, e com um modelo que reúne arte, música, performances de rua e gastronomia”.

O Artbeerfest Caminha 2024 já tem data marcada para este ano: de 11 a 14 de julho. Além da presença de várias cervejeiras artesanais nacionais e estrangeiras, este certame conta no cardápio com gastronomia, provas comentadas, master classes, animação de rua, concertos e performances.

Festival Internacional de Cerveja Artesanal “Artbeerfest” em Caminha9 abril, 2024

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Iliad fora da corrida à compra da Altice. Warburg Pincus posiciona-se

  • ECO
  • 10 Abril 2024

Fontes conhecedoras do processo admitem, que, com a saída da Iliad, o Warburg Pincus -- que tem uma proposta conjunta com a ZenoPartners e com Horta Osório -- deverá regressar à mesa das negociações.

A operadora de telecomunicações francesa Iliad desistiu da corrida à compra da Altice Portugal, revelaram três fontes conhecedoras do processo ao Jornal de Negócios (acesso pago). Com esta decisão, o fundo norte-americano Warburg Pincus, que a dada altura se desinteressou do processo, deverá regressar à mesa das negociações.

De acordo com o mesmo jornal, a operadora detida pelo multimilionário Xavier Niel e que contava com o apoio da sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA), já nem sequer está a fazer avaliações aos ativos da Altice Portugal, tendo-se colocado de fora da corrida.

Fontes conhecedoras do processo admitem, que, com a saída da Iliad, o Warburg Pincus que tem uma proposta conjunta com a ZenoPartners e o gestor português António Horta Osório — deverá regressar à mesa das negociações com uma nova vantagem competitiva face às limitações que uma venda à Saudi Telecom poderá suscitar. De notar, que tal como o ECO avançou na semana passada, o processo de venda da Altice Portugal tem sofrido atrasos, e o último foi mesmo por causa das eleições.

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Luz Saúde aumenta capital em 100 milhões de euros e volta à bolsa

A Fidelidade vai continuar a ter maioria do capital social da Luz Saúde na sequência do IPO, embora garantindo um nível de liquidez para novos investidores.

A Luz Saúde anunciou esta quarta-feira o arranque da operação para regressar à bolsa de onde saiu em 2018. Através da emissão de novas ações destinadas a investidores institucionais, tanto nacionais como internacionais, a empresa espera conseguir 100 milhões de euros.

Espera-se que a oferta inclua ações ordinárias recém-emitidas, gerando receitas brutas de aproximadamente 100 milhões de euros para a Luz Saúde, juntamente com a venda de ações ordinárias existentes pela Fidelidade“, explica a empresa em comunicado. “A Fidelidade pretende reter a maioria do capital social da Luz Saúde na sequência da oferta, embora garantindo um nível saudável de liquidez para novos investidores”, acrescenta a mesma nota.

Em paralelo com a oferta pública de venda, a Luz Saúde prevê realizar um aumento de capital de, aproximadamente, 100 milhões de euros. Essa oferta pública de venda de ações será realizada através da colocação privada, tanto em Portugal como no estrangeiro, incluindo nos Estados Unidos, dirigida a determinados investidores institucionais qualificados (QIBs), explica a Fidelidade em comunicado. Contudo, a admissão das ações à negociação na Euronext Lisboa estará sujeita à aprovação de um prospeto pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal.

A Luz Saúde opera 29 unidades, incluindo hospitais, clínicas ambulatórias e uma residência sénior e “chega a 75% da população portuguesa”, diz a empresa. Com uma equipa composta por 4.876 médicos, 2.587 enfermeiros, 1.308 técnicos, e 1.126 camas, “lidera a prestação de cuidados de saúde em Portugal”. Em 2023 os seus 14 hospitais atenderam mais de 1,1 milhões de pacientes e geraram 92,6% das receitas da empresa. Além disso, as 14 clínicas ambulatórias serviram cerca de 246 mil pacientes externos e contribuíram com 6,1% para as receitas anuais. A rede inclui também uma residência sénior, responsável por 0,9% das receitas, revela a empresa.

O grupo diz ter conseguido “um forte crescimento histórico” e “uma melhoria significativa na sua rentabilidade”, destacando que “em 2022 e 2023 alcançou um crescimento de receitas de dois dígitos (10% e 12%, respetivamente)”, devido ao “crescimento sustentado do nível de atividade em todas as unidades”, bem como à “continuação de medidas de eficiência de custos e alavancagem operacional”.

Esta potencial transação é um elemento-chave na estratégia do grupo Fidelidade e da Luz Saúde”, disse Rogério Campos Henriques, presidente executivo da Fidelidade, citado na mesma nota. Para o gestor, esta operação representa “mais um passo no plano de otimização de capital da Fidelidade, que passará a dispor de indicadores de solvência ainda mais robustos”, permitindo “continuar a beneficiar dos efeitos de diversificação, através de uma participação maioritária na Luz Saúde”.

“O regresso da Luz Saúde aos mercados públicos marca mais um importante marco na história da empresa ao trazer maior visibilidade ao diferencial de qualidade da nossa estratégia clínica, ativos e modelo de gestão, bem como maior flexibilidade financeira para continuar a perseguir nosso plano de crescimento de longo prazo”, diz por seu turno Isabel Vaz, recordando que este é um regresso da empresa à bolsa de onde saiu em 2015 quando foi comprada pela Fidelidade.

Na informação aos investidores a Luz Saúde revela que no exercício terminado em 31 de dezembro de 2023, teve resultados operacionais ajustados de 666,9 milhões de euros, aumento de 12% face a 2022, um EBITDA ajustado de 99,8 milhões de euros (+22,5% vs. 2022). Resultados que consideram dar “continuidade a uma trajetória de forte crescimento e margem melhoria” conseguida com “investimentos de expansão, continuidade do foco na cristalização de eficiência de custos e maior alavancagem operacional”.

(Notícia atualizada com mais informação)

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