Portugal alcançou excedente externo de 7,2 mil milhões em 2023, o maior em dez anos

Excedente externo atingiu 2,7% do PIB no ano passado, invertendo o défice de 2022. Remessas dos emigrantes ascenderam a 3,41 mil milhões. França, Suíça e Reino Unido continuaram a ser mais de metade.

Portugal conseguiu ter as contas externas positivas em 2023, registando um excedente externo de 7,2 mil milhões de euros, depois de um défice em 2022. Este é o rácio mais elevado desde 2013, segundo indica o Banco de Portugal, nos dados divulgados esta segunda-feira.

O excedente das balanças corrente e de capital atingiu assim os 2,7% do PIB. Este resultado é uma melhoria face ao ano anterior, quando a economia portuguesa tinha apresentado uma necessidade de financiamento perante o exterior de 0,5 mil milhões de euros (-0,2% do PIB).

O BdP indica que a balança de bens e serviços “apresentou um saldo positivo de 3,3 mil milhões de euros (1,2% do PIB), tendo o excedente da balança de serviços superado o défice registado na balança de bens”. Nos serviços destacam-se as viagens e o turismo, que permitiram então colocar as exportações em terreno positivo no ano passado, recuperando da pandemia. Nessa área, é de salientar que os turistas residentes no Reino Unido, em França e na Alemanha foram os responsáveis pelas maiores receitas turísticas de Portugal.

Já no que diz respeito às remessas, o banco central indica que “o saldo das remessas de emigrantes/imigrantes manteve-se como a rubrica que mais contribuiu para aquele excedente”. As remessas ascenderam a 3,41 mil milhões de euros em 2023, sendo que “os emigrantes residentes em França, na Suíça e no Reino Unido continuaram a ser responsáveis por mais de metade das remessas recebidas pelas famílias portuguesas”, refere o Banco de Portugal.

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CMS assessora Repsol na compra da tecnológica portuguesa Miio

A equipa da CMS que esteve envolvida na operação foi coliderada pelos sócios Manuel Cassiano Neves, de Energia & Alterações Climáticas, e Tiago Valente de Oliveira, de Corporate M&A.

A CMS assessorou a Repsol na aquisição de uma participação maioritária da tecnológica portuguesa Miio, que fornece soluções para veículos elétricos, através de aplicações móveis para smartphones, que dispensam o uso de cartões físicos nos pontos de carregamento.

A equipa da CMS que esteve envolvida na operação foi coliderada pelos sócios Manuel Cassiano Neves, de Energia & Alterações Climáticas, e Tiago Valente de Oliveira, de Corporate M&A.

Envolvidos nesta assessoria estiveram ainda o associado Duarte Lacerda, de Energia & Alterações Climáticas, a associada sénior Catarina Sampaio e o associado Francisco Verdelho, de Corporate M&A. Já da parte de Direito do Trabalho & Fundos de Pensões, participou a sócia Sofia Mateus, a associada sénior Sofia Costa Lobo e a associada Leonor Barata da Cunha. Para os temas fiscais, a equipa contou com a associada coordenadora Mariana Coentro Ribeiro e para os temas de TMC com o associado Ricardo Pintão.

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Portugal Ventures reforça parceiros corporate com agência Ivity

"Apoiar em matéria de marca e comunicação" as startups do portefólio da sociedade de capital de risco do Banco Português de Fomento está entre os objetivos desta parceria.

A Portugal Ventures acaba de reforçar a rede de parceiros corporate com a Ivity Brand Corp, agência por trás da criação da identidade de marcas como a Galp, TAP, Sonae ou Delta. Possibilitar a “criação de soluções tecnológicas para a área de atuação da Ivity, aproveitando o know-how técnico das startups do portefólio” da sociedade de capital de risco do Banco Português de Fomento (BPF) e “apoiar em matéria de marca e comunicação” as empresas em carteira estão entre os objetivos desta parceria.

“Esta integração da Ivity na rede de corporate partners da Portugal Ventures é muito estimulante, uma vez que permite aportar toda nossa experiência na criação de marcas à ambição dos empreendedores founders de startups, ajudando a gerar valor a partir da materialização das suas ideias. A Ivity distingue-se pela sua capacidade de criar marcas com longevidade e sustentabilidade, resultado de uma formulação estratégica adequada, que se cruza com a estratégia de negócio das empresas portuguesas que ambicionam crescer no mercado global”, diz Carlos Coelho, presidente da Ivity, citado em comunicado.

Criada em 2019, a rede de parceiros corporate da Portugal Ventures tem como objetivo estabelecer parcerias com empresas nacionais, criando sinergias no desenvolvimento de novos produtos e oportunidades de negócio. A Ivity Brand Corp é a mais recente a juntar-se a esta rede a qual integram 28 entidades, tais como a EDP, Galp, Zurich, CTT, Cuatrecasas, Grupo Vila Galé, Vanguard Properties, entre outras.

Capacitar as empresas em carteira da sociedade de capital de risco do BPF de “conhecimento para potenciar a competitividade das startups nos mercados onde desenvolvem os seus negócios” está igualmente entre os objetivos desta parceria.

“Ao integrar a Ivity Brand Corp na rede de parceiros corporate, a Portugal Ventures cumpre mais uma vez com o seu objetivo, proporcionando ao seu portefólio o contacto direto com uma das empresas de branding de referência nacional, que pelo seu histórico e expertise irá contribuir com conhecimento e ajudar a interpretar o conceito de marca como elemento fundamental no desenvolvimento dos seus negócios”, diz Teresa Fiúza, vice-presidente da Portugal Ventures, citada em comunicado. “As parcerias através desta Rede são win-win, permitindo alavancar novas oportunidades de negócio e resultados positivos para todos os intervenientes.”

A sociedade de capital de risco do Banco Português de Fomento tem sob gestão 282 milhões de euros e 164 empresas no portefólio. Desde 2012 já investiu 208,1 milhões de euros em 237 novas empresas.

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Cegid abre centro de exportação de soluções de IA em Braga

O novo centro de inteligência artificial criado pelo gigante de soluções de software para empresas, que emprega 500 no país, arranca com 50 pessoas, mas quer chegar às 150 até ao próximo ano.

O grupo Cegid, o gigante de soluções de software para empresas a nível global que, no ano passado, comprou o Grupo Primavera e que emprega 500 pessoas no país, está a expandir a sua aposta em Portugal, através da abertura de um novo centro de Inteligência Artificial (IA), que irá exportar soluções de IA para o grupo na Europa. Este novo centro está a contratar 50 engenheiros, mas o objetivo é chegar aos 150 até 2025.

O novo centro, que ficará sediado em Braga, vem reforçar “a capacidade da Cegid para desenvolver soluções de gestão empresarial úteis e inovadoras, que otimizam as operações, aceleram a execução das tarefas diárias e que integram as mais recentes tecnologias de Inteligência Artificial Generativa (IA Generativa), com o objetivo de apoiar todas as empresas a tornarem tudo mais possível“, adiantou a empresa em comunicado.

A tecnológica, que conta com 4.400 colaboradores em todo o mundo, 500 dos quais em Portugal, pretende recrutar mais de 50 engenheiros de software especializados em IA para o novo centro, “que irá funcionar em articulação com os escritórios de Braga e Lisboa”. “O objetivo é contratar um total de 150 colaboradores especializados nesta área até 2025“, acrescenta.

De acordo com a empresa, “a Inteligência Artificial (IA) está a transformar a forma como todos os negócios operam, inovam e competem. Em particular, a tecnologia de IA Generativa está a criar um novo campo de aplicações para que as empresas sejam capazes de desenvolver novas experiências para os clientes, identificarem insights que de outra forma continuariam ocultos, e de apoiarem os colaboradores numa grande diversidade de tarefas”.

O novo centro “irá funcionar como uma incubadora, aproveitando o vasto conhecimento empresarial da Cegid e a grande quantidade de dados que processa diariamente para transformar as potencialidades da IA Generativa em soluções práticas para os clientes”. A partir de Braga, a companhia irá exportar soluções de IA para todas as aplicações vendidas dentro do espaço europeu.

Portugal oferece um hub de conhecimento técnico brilhante e conta com uma forte concentração de talento, que é fundamental para os projetos inovadores que estamos a desenvolver.

Pedro Vale

Vice-Presidente de Engenharia para a área de IA e Data na Cegid

Portugal oferece um hub de conhecimento técnico brilhante e conta com uma forte concentração de talento, que é fundamental para os projetos inovadores que estamos a desenvolver”, realça Pedro Vale, vice-presidente de engenharia para a área de IA e Data na Cegid. O mesmo responsável refere que “o novo centro de IA da Cegid já triunfou com o seu primeiro projeto, um assistente virtual de apoio ao cliente, para que os utilizadores da solução Cegid Contasimple poupem tempo e prestem um melhor serviço ao cliente, o que reforça a nossa filosofia de oferecer inovação com um propósito específico, adaptado às necessidades reais dos nossos clientes”.

“Estamos empenhados em estabelecer padrões de referência para o uso responsável da IA nos negócios, particularmente em regiões com regulamentações rigorosas como a União Europeia”, afirmou Pedro Vale. “Trata-se de inovar de forma responsável e garantir que as nossas soluções respeitam a privacidade, a segurança e a conformidade, valores que estão enraizados na cultura da Cegid”, conclui.

A Cegid, que concluiu a aquisição do Grupo Primavera em 2022, depois de Jorge Batista e José Dionísio terem vendido a empresa ao fundo britânico Oakley Capital Investments, em 2021, é líder em soluções de gestão empresarial na cloud na Península Ibérica e conta com mais de 1.300 colaboradores na região, 700 parceiros e prevê ter registado uma faturação pró-forma de 169 milhões de euros, em 2023.

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2,65 milhões assistiram ao frente-a-frente Pedro Nuno Santos x Luís Montenegro

  • + M
  • 20 Fevereiro 2024

Transmitido pelos três canais generalistas e também pelos três canais de informação, o frente-a-frente entre os dois candidatos a primeiro-ministro foi acompanhado por mais de 2,65 milhões de pessoas.

Mais de 2,65 milhões de telespectadores assistiram na noite de segunda-feira ao debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro. Transmitido pelos três canais generalistas e também pelos três canais de informação, o frente-a-frente entre os dois candidatos a primeiro-ministro foi acompanhado por 867, 9 mil pessoas na SIC, 813,3 mil na TVI, 626,3 mil na RTP1, bem como 160,2 mil na SIC Notícias, 140,9 mil na CNN Portugal e 41,4 mil na RTP3.

 

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Taxas Euribor sobem em todos os prazos

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa subiram nos principais prazos mas mantêm-se abaixo de 4%.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, subiram a três, a seis e a 12 meses. Ainda assim, continuam abaixo da barreira 4% nos três prazos.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 3,686%, mais 0,016 pontos que na segunda-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor também avançou para 3,928%, mais 0,013 pontos que na anterior sessão, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou para 3,943%, mais 0,011 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em janeiro voltou a cair nos três prazos, mas menos acentuadamente do que em dezembro, tendo descido 0,010 pontos para 3,925% a três meses (contra 3,935% em janeiro), 0,035 pontos para 3,892% a seis meses (contra 3,927%) e 0,070 pontos para 3,609% a 12 meses (contra 3,679%).

Em dezembro, a média da Euribor baixou 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira reunião consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 7 de março.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Povoações já podem receber título de vila ou cidade

Uma povoação para ser elevada a vila tem de ter um aglomerado populacional contínuo superior a 3.000 eleitores e para ser denominada cidade deve ter 9.000 eleitores, entre outros critérios.

As povoações que cumpram determinados critérios já podem iniciar o processo para se denominarem como vila ou cidade. A lei aprovada estabelece um mínimo de eleitores, em aglomerado populacional contínuo, superior a 3.000 para uma elevação a vila e um mínimo de eleitores, em aglomerado populacional contínuo, superior a 9.000 para elevação de uma povoação a cidade.

Podem ser elevadas à categoria de vila as povoações com mais de 3.000 eleitores, em aglomerado populacional contínuo, que revelem atividade económica local relevante nos setores primário, secundário ou terciário e atividade cívica e cultural regular”, lê-se no decreto-lei publicado esta terça-feira em Diário da República. Para serem elevadas à categoria de vila é necessário terem, pelo menos, dois terços das seguintes instituições ou equipamentos coletivos:

  • Serviços públicos da administração central ou local prestados presencialmente com caráter permanente à população
  • Centro de saúde
  • Farmácia
  • Respostas sociais, designadamente à infância, a idosos e a pessoas com deficiência
  • Estabelecimento de ensino básico ou secundário
  • Associações culturais ou recreativas historicamente enraizadas
  • Pavilhão desportivo ou equipamento de desportos coletivos de prática informal
  • Estabelecimento de prestação de serviços postais
  • Agência bancária
  • Estabelecimentos de restauração ou empreendimentos turísticos
  • Parques ou jardins públicos de utilização pública
  • Património cultural classificado de interesse municipal, público ou nacional

Já para serem elevadas às categorias de cidade, as vilas têm que ter mais de 9.000 eleitores, em aglomerado populacional contínuo, e que correspondam a núcleos de urbanização intensa. Para conseguirem a denominação é necessária a existência de, pelo menos, dois terços das seguintes instituições ou equipamentos coletivos:

  • Serviços públicos da administração central ou local prestados presencialmente com caráter permanente à população
  • Serviços hospitalares com serviço de urgências ou de atendimento permanente e presencial
  • Corporação de bombeiros
  • Respostas sociais, designadamente à infância, a idosos e a pessoas com deficiência
  • Creches ou estabelecimentos de educação pré-escolar
  • Estabelecimento de ensino secundário
  • Estabelecimentos de ensino superior
  • Centro tecnológico ou de investigação
  • Equipamentos de natureza cultural ou artística, designadamente auditório, biblioteca, centro cultural, museu ou centro interpretativo
  • Estádio ou parque desportivo multidesportivo
  • Estabelecimentos hoteleiros
  • Estabelecimento de prestação de serviços postais
  • Agência bancária
  • Cobertura por rede de transportes públicos coletivos
  • Estação de Tratamento de Águas ou de Águas Residuais ou centro de tratamento de resíduos urbanos
  • Parque empresarial ou industrial ou centro logístico
  • Parques ou jardins de utilização pública
  • Património cultural classificado de interesse público ou nacional.

No entanto, a lei salvaguarda que “em casos excecionais, podem ser igualmente elevadas à categoria de vila ou cidade as povoações que, não cumprindo o número mínimo de eleitores estabelecido na lei, registem a presença de um número de instituições ou de equipamentos coletivos superior aos estabelecidos nos artigos anteriores e que revelem identidade cultural própria justificativa da elevação ou uma presença significativa de algumas categorias dos critérios requeridos”.

O decreto-lei reconhece desde logo a titularidade histórica da categoria de vila “a todas as povoações que sejam ou tenham sido sede de concelho, nomeadamente em virtude da concessão de Carta de Foral e da existência de estrutura administrativa relevante”.

A atribuição de categorias às povoações deve ter em conta a realidade geográfica, demográfica, económica, social, cultural, ambiental da povoação e a sua evolução recente; a história e a identidade sociocultural local e os interesses de ordem geral e local em causa, bem como as repercussões administrativas e financeiras da alteração em causa.

A elevação a vilas ou cidades exigem “obrigatoriamente” que os órgãos dos municípios e das freguesias em cujo território se encontram as povoações sejam ouvidos.

No decreto-lei está mencionado ainda que a “elevação de uma povoação a uma nova categoria não determina a alteração obrigatória da denominação da povoação quando esta incluir previamente referência expressa a outra categoria na sua denominação histórica, sem prejuízo de decisão expressa do legislador nesse sentido, auscultados especificamente os órgãos das autarquias locais sobre a matéria”.

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“Mercado de trabalho está pujante”. Governo recusa alarme com subida do desemprego

O desemprego registado pelo IEFP está a aumentar, mas o Governo não está alarmado e garante que o mercado continua a dar sinais de estar a resistir bem aos desafios, nomeadamente internacionais.

sete meses que o desemprego registado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) está a subir, mas o secretário de Estado do Trabalho entende que não há motivo para alarme. Em declarações ao ECO, Miguel Fontes sublinha que essa trajetória é “essencialmente explicada pelo aumento da população ativa” e garante que o mercado de trabalho português continua a dar sinais de “pujança” e de estar a “resistir à conjuntura”.

“Devemos pôr os dados em perspetiva“, começa por frisar o responsável, no dia em que foram conhecidos os dados de janeiro do desemprego. No primeiro mês do ano, o número de inscritos no IEFP superou a fasquia dos 335 mil, ou seja, cresceu 5,5% face ao mês anterior e 4% em comparação com o valor registado há um ano.

Ora, na visão de Miguel Fontes, “esta subida do desemprego registado tem de ser compreendida num cenário em que a população ativa também aumentou 2,4% no último ano“.

Mais, há que notar, diz, que o mercado de trabalho registou “dados excecionais de redução do desemprego” durante vários meses. E, não sendo previsível que as quebras continuassem indefinidamente, a interrupção dessa trajetória não tem gerado, então, particular alarme.

Por outro lado, o secretário de Estado do Trabalho lembra que a taxa de desemprego medida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) tem estado estável nos 6,6%.

Além disso, Miguel Fontes frisa ainda que “janeiro é sempre um mês de subidas“. “Há 20 anos que é assim”, afirma o secretário de Estado, que considera que o aumento agora registado está mesmo “dentro do expectável“.

“O mercado de trabalho tem registado uma excelente performance. O que verificamos é um mercado de trabalho dinâmico, pujante, que dá sinais de resistir à conjuntura“, defende.

Apesar de descartar o alarme, o secretário de Estado do Trabalho confessa que há alguma preocupação presente, já que “o desemprego é sempre um problema para quem está nessa situação“.

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Risco de pobreza diminuiu entre quem trabalha, mas aumenta entre desempregados

Cerca de 10% da população empregada está em risco de pobreza, tendo a taxa reduzido entre 2021 e 2022. Já entre os desempregados, registou-se um agravamento.

A taxa de risco de pobreza entre os portugueses que estão empregados recuou em 2022. Mas entre quem não tem um posto de trabalho ou está na inatividade, registou-se um agravamento. Os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, de modo global, 17% das pessoas estavam em risco de pobreza em Portugal.

“Em 2022, 17,0% das pessoas estavam em risco de pobreza. A taxa de risco de pobreza para a população desempregada ascendeu, em 2022, a 46,7%, significativamente superior à da população empregada, que foi de 10,0%“, adianta o gabinete de estatísticas num destaque publicado esta manhã.

Em 2021, a taxa de risco de pobreza tinha sido de 10,3% entre os empregados, o que significa que houve um recuo de 0,3 pontos percentuais em 2022. Já entre os desempregos, houve um aumento de mais de três pontos percentuais, já que o indicador em causa passou de 43,4% para 46,7%.

O INE destaca mesmo que só na população empregada o risco de pobreza caiu. Em contraste, entre a população reformada, a taxa subiu de 14,9% para 15,4%, isto é, 0,5 pontos percentuais. E entre os inativos, o risco de pobreza agravou-se de 27,8% em 2021 para 31,2% em 2022.

Por outro lado, o gabinete de estatísticas dá conta que é na população desempregada que a “intensidade da pobreza é mais elevada“. Também é nesse grupo que a desigualdade na distribuição do rendimento é mais acentuada.

Já entre a população empregada, os dados revelam que a pobreza é menor para os indivíduos empregados no setor público e para os indivíduos muito satisfeitos com o emprego.

Os dados do INE permitem perceber também que há uma relação positiva entre a escolaridade e a redução da pobreza. “Enquanto 22,6% da população que tinha concluído, no máximo, o ensino básico era pobre, o risco de pobreza foi de apenas 13,5% entre a população que tinha terminado o ensino secundário ou pós-secundário e 5,8% entre a que tinha concluído o ensino superior“, sublinha o INE, que realça que, em relação ao ano anterior, houve um aumento da taxa de pobreza das pessoas que concluíram, no máximo, o ensino básico.

(Notícia atualizada às 11h45)

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Governo quer penalizar no preço da água algarvios que não respeitem cortes

Governo "prevê a criação de uma componente tarifária adicional para o serviço de abastecimento" de água, que se aplica aos utilizadores municipais do Algarve cujo consumo exceda 85% do volume.

O Governo decretou que os preços da água no Algarve passem a considerar uma “componente adicional”, a qual vai recair sobre quem não respeitar os cortes no consumo (de 15%) que foram definidos pelo Executivo, e servirá para financiar melhorias de eficiência hídrica na região.

Na resolução do Conselho de Ministros que foi publicada esta terça-feira em Diário da República, e que “reconhece a situação de alerta na região do Algarve por motivo de seca e aprova um quadro de medidas de resposta”, o Governo dá conta de uma alteração nas tarifas.

O Governo “prevê a criação de uma componente tarifária adicional para o serviço de abastecimento”, que se aplica aos utilizadores municipais do sistema de abastecimento de água e de saneamento do Algarve, desde que o consumo exceda 85% do volume registado no período homólogo de 2023.

Esta nova componente “destina-se ao financiamento de medidas que visem o aumento da eficiência hídrica e do reforço da resiliência dos sistemas de abastecimento público de água na região do Algarve”, e será detalhada em despacho a emitir por um membro do Governo responsável pela área do ambiente.

Na altura do Conselho de Ministros, o Governo defendeu uma revisão das tarifas de abastecimento de água em baixa, para utilizadores domésticos e não-domésticos, bem como para usos que não geram águas residuais, “de acordo com as orientações da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR)”, lia-se no comunicado.

Numa recente reunião interministerial relativa à situação de seca, a entidade reguladora da água emitiu um conjunto de orientações relativas à implementação de sistemas tarifários adequados à situação de escassez, dirigidas às entidades gestoras do distrito de Faro. “Estas orientações apontam no sentido de uma revisão dos tarifários com o objetivo de penalizar os consumos excessivos de água, em particular aqueles que correspondem aos últimos escalões de consumo, doméstico e não-doméstico”, refere a ERSAR, em declarações ao Capital Verde.

Na sequência, a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) comunicou ter intenções de aumentar os tarifários da região, tendo também por base a proposta do regulador. De um encontro da AMAL, resultou a decisão de que no segundo escalão de consumo vão verificar-se aumentos de preços de 15% na região, no terceiro escalão a subida será de 30% e no quarto escalão chegará a 50%. No entanto, algumas câmaras já se vieram opor.

Tal como o Capital Verde noticiou, os preços cobrados pelos serviços de abastecimento e saneamento da água no Algarve, uma região particularmente exposta à seca, estiveram abaixo da média nacional em 2022, e a mesma tendência deverá verificar-se quanto a 2023, apesar de os dados relativos a este último ano ainda não estarem todos disponíveis, indica o regulador da água.

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Exportações de cortiça batem recorde e atingem 1.232 milhões de euros em 2023

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2024

As exportações portuguesas de cortiça atingiram um recorde de 1,232 mil milhões de euros no ano passado. As rolhas de cortiça ultrapassaram pela primeira vez os 900 milhões em exportações.

As exportações portuguesas de cortiça atingiram, no ano passado, 1.232 milhões de euros, aumentando cerca de 2% em relação a 2022, um “novo recorde do setor”, de acordo com a Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR).

A associação destacou ainda o saldo da balança comercial e o comportamento das vendas para os EUA, num comunicado.

“As exportações portuguesas de cortiça atingiram o valor histórico de 1.232 milhões de euros em 2023, um novo recorde do setor, correspondendo a um crescimento de cerca de 2% face a 2022“, adiantou.

Segundo a APCOR, “a balança comercial ultrapassou pelo terceiro ano consecutivo os 900 milhões de euros, tendo atingido os 938 milhões de euros”, devido “a uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 4,2 vezes”, que a associação diz ser “um desempenho sólido”, evidenciando “a importância e a competitividade do setor no mercado internacional e o grande valor acrescentado”.

A associação indicou ainda que “as exportações para os EUA cresceram para 214 milhões de euros, tendo ultrapassado pela primeira vez na história a barreira dos 200 milhões”.

Este mercado consolidou assim o segundo lugar “na hierarquia depois de França e à frente de Espanha, Itália e Alemanha”.

A APCOR revelou que “as rolhas de cortiça continuam a ser o principal produto exportado em valor tendo crescido 2,1% e tendo ultrapassado pela primeira vez os 900 milhões de euros”.

“Enquanto setor que exporta mais de 90% da sua produção, a conjuntura internacional continua a ser um fator preponderante no nosso desempenho, não estando o setor imune ao ajustamento das cadeias de abastecimento e ao abrandamento significativo na procura. Este facto foi evidente ao longo do ano, marcado por um primeiro trimestre de forte crescimento e os restantes de equilíbrio com os períodos homólogos do ano anterior”, explicou João Rui Ferreira, secretário-geral da APCOR, citado na mesma nota.

A associação destacou “o facto de a cortiça ser um material único do ponto de vista das suas credenciais, técnicas e ambientais” e “ter uma clara preferência de profissionais e de consumidores”, entre outras vantagens.

“É por tudo isto que, apesar da atual conjuntura, encaramos o futuro com otimismo. Num setor estratégico para o país, nas diferentes dimensões da sustentabilidade: ambiental, económica e social e de forma a consolidar a liderança mundial, será necessário reforçar e ativar rapidamente os programas de promoção internacional, bem como dar continuidade ao desenvolvimento tecnológico do setor”, concluiu o secretário-geral.

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Quem quer trabalhar só quatro dias por semana? Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Estamos a viver mais, mas também a trabalhar durante mais tempo. Os portugueses trabalham em média 38,4 anos, valor que dá título ao podcast do ECO sobre o que está a moldar o mercado de trabalho.

Afinal, quem quer trabalhar só quatro dias por semana? A semana de trabalho mais curta está a chamar a atenção, mas será que é para todos? Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Ana Correia, diretora de people and culture da Zühlke Portugal, junta-se a nós para contar a sua experiência, garantindo que este modelo pode até melhorar o comprometimento dos profissionais para com as empresas.

Ouça o episódio no leitor abaixo ou através deste link.

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No caso desta tecnológica com escritórios no Porto, os trabalhadores podem escolher entre a semana tradicional de cinco dias, a semana de 32 horas ou a semana de 40 horas concentrada em quatro dias. O modelo de flexibilidade foi implementado, depois de os trabalhadores o terem pedido. E está a correr bem, assegura a responsável, que sinaliza que deverá manter-se.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de fevereiro, vamos explorar essa questão do ponto da semana de trabalho de quatro dias.

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