Taxa Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

As taxas que servem de indexante ao crédito à habitação continuam a negociar abaixo de 4%.

A taxa Euribor subiu esta terça-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a segunda-feira, permanecendo abaixo de 4% nos três prazos. Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,928%, ficou acima da taxa a seis meses (3,891%) e da taxa a 12 meses (3,601%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, baixou hoje para 3,601%, menos 0,015 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também caiu hoje, para 3,891%, menos 0,038 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,928%, mais 0,003 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de dezembro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira deste ano, realiza-se em 25 de janeiro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Bruxelas decide sobre fundos europeus para o TGV em julho, se Portugal se candidatar

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

Comissão Europeia confirma prazo de 31 de janeiro para a apresentação da candidatura aos fundos do Mecanismo Interligar a Europa. Caso Portugal avance, decisão de Bruxelas será conhecida em julho.

A decisão da Comissão Europeia sobre o Mecanismo Interligar a Europa (MIE), ao qual o Governo pretende submeter um troço do TGV, será conhecida em julho, com as propostas a terem de ser apresentadas até 30 de janeiro.

A informação é avançada à agência Lusa por fonte oficial do executivo comunitário, que explicou que “os convites [para a apresentação de propostas referentes ao MIE] foram publicados em 26 de setembro, com prazo até 30 de janeiro de 2024 e decisão prevista para julho de 2024“.

Em setembro passado, a Comissão Europeia lançou um novo convite à apresentação de propostas no âmbito do MIE para os transportes, no âmbito do qual estão disponíveis mais de sete mil milhões de euros para “projetos destinados a infraestruturas de transportes europeias novas, modernizadas e melhoradas no âmbito da rede transeuropeia de transportes”.

“Os projetos de infraestruturas financiados no âmbito do presente convite melhorarão a segurança e a interoperabilidade da rede de transportes da UE”, argumentava Bruxelas na informação divulgada na altura.

Estabelecendo o prazo de 30 de janeiro de 2024, este anúncio indicava ainda que as candidaturas poderiam ser apresentadas por “um ou mais Estados-membros” ou por “organizações internacionais ou organismos públicos ou privados estabelecidos num Estado-membro da UE”, com o acordo do país em causa, e em áreas como a ferrovia ou a resiliência das infraestruturas.

Há uma semana, o primeiro-ministro considerou essencial a existência de condições políticas para avançar já este mês com o comboio de alta velocidade (TGV) e afirmou que nem países ricos desperdiçam um financiamento de 750 milhões de euros.

António Costa deixou este aviso em declarações aos jornalistas no final de uma visita à futura estação da Estrela, do Metropolitano de Lisboa, depois de questionado sobre a possibilidade de não haver consenso político suficiente, nomeadamente com o PSD, para que o país tome decisões ainda este mês sobre a futura linha de comboio de alta velocidade, num momento em que o Governo se encontra limitado de poderes por estar em gestão.

O primeiro-ministro apontou que, em 2023, essa linha de alta velocidade entre Lisboa, Porto, Braga e Vigo não teve financiamento da União Europeia “por falta de maturidade do projeto, designadamente por não estar lançado o concurso”.

“Agora, temos a oportunidade de obter um financiamento até 750 milhões de euros da União Europeia se tivermos o concurso aberto até à data limite para a apresentação de candidaturas, que é no final de janeiro. Espero que toda a gente compreenda a necessidade imperiosa de lançarmos o concurso para não se desperdiçar um financiamento importante”, assinalou o chefe de Governo.

Dias depois, o líder do PSD defendeu que, para não perder fundos comunitários, o Governo apenas tem de apresentar até final de janeiro a candidatura da linha de alta velocidade ferroviária e não lançar o concurso, como afirmou o primeiro-ministro.

“O PSD já instou o primeiro-ministro a dizer uma coisa que o primeiro-ministro está com dificuldades em dizer: é ou não é necessário lançar o concurso em janeiro para garantir o financiamento europeu que está em causa? A informação que nós temos é de que não é. O que é preciso é apresentar a candidatura”, afirmou Luís Montenegro, em Amares, distrito de Braga.

Esta segunda-feira, o Público escreveu que o concurso público do TGV tem de ser lançado até 18 de janeiro.

Hoje, o Jornal de Negócios noticia que se a candidatura aos 729 milhões de euros de fundos consignados a Portugal não for aprovada, por não ter sido lançado até 18 de janeiro o concurso público para este troço do TGV, essa verba irá ser disputada por 15 Estados-membros.

Esta tarde, haverá um debate no parlamento português sobre projeto de resolução que aconselha lançamento do concurso público para a linha Lisboa-Porto.

Este é o principal instrumento de financiamento da UE para o desenvolvimento de redes transeuropeias de transportes.

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EDP paga 3,6% em emissão verde de 750 milhões

  • ECO
  • 9 Janeiro 2024

Elétrica obteve um financiamento de 750 milhões de euros em green bonds, pagando uma taxa de juro de 3,6%. Forte procura ajudou a baixar custo da operação.

A EDP EDP 1,61% obteve um financiamento de 750 milhões de euros através de uma emissão de obrigações verdes com o prazo de seis anos e meio e pela qual paga uma taxa de juro de 3,6%, de acordo com o site de informação financeira IFR.

A forte procura — acima dos 4,4 mil milhões de euros — ajudou a baixar o custo da operação. O prémio de risco caiu 40 pontos base face ao guidance inicial, passando dos 140 para os 100 pontos base, a que acresce a taxa de midswap do euro de referência (a sete anos), que está nos 2,60%.

Assim sendo, a EDP deverá pagar uma taxa a rondar os 3,60% nesta emissão, que compara com uma taxa superior a 4% realizada na anterior operação semelhante.

A emissão serve para financiar projetos de transição energética e renováveis e ficou fechada ainda esta terça-feira. A elétrica liderada por Miguel Stilwell d’Andrade indica que a taxa de cupão é de 3,5% e que a operação foi realizada através da subsidiária EDP – Servicios Financieros España, em comunicado enviado à CMVM.

Esta emissão “destina-se ao financiamento ou refinanciamento, no todo ou em parte, do portefólio de projetos “Green” elegíveis da EDP, que consiste em projetos renováveis tal como definidos no “Green Finance Framework” da EDP”.

A operação conta com o apoio de um sindicato bancário composto pelo ABN AMRO, BNP Paribas, CaixaBank, Commerzbank, Deutsche Bank, Goldman Sachs Bank Europe SE, HSBC, MUFG, Banco Santander e Societe Generale.

Na anterior emissão similar, realizada em setembro, a EDP emitiu um total de 1,35 mil milhões de euros em obrigações verdes a seis e nove anos com juros acima dos 4%, numa operação que se destinou ao financiamento ou refinanciamento, no todo ou em parte, de projetos considerados verdes pela EDP, como é o caso de projetos renováveis.

O montante total emitido em green bonds pela EDP desde 2018 atingiu os 12,6 mil milhões de euros, indica fonte oficial da empresa ao ECO. “A EDP foi pioneira e continuará a apostar na emissão de obrigações verdes no contexto da estratégia global do grupo para acelerar a transição energética, assente em soluções renováveis inovadoras e num crescimento sustentável”, acrescenta.

(Notícia atualizada às 19h30)

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Governo volta a permitir produção de eletricidade em 15 barragens

Com o volume total de água armazenada nos 15 aproveitamentos hidroelétricos acima dos 70%, o Governo entendeu que a suspensão para a produção aplicada em 2022 já pode ser levantada.

O Governo decidiu levantar a suspensão temporária adotada em 2022 que limitava o uso dos recursos hídricos para a produção de eletricidade em 15 albufeiras.

De acordo com um despacho publicado esta terça-feira em Diário da República, “verifica-se, atualmente, que o volume total de água armazenada nas albufeiras situa-se acima dos 70%“, realidade muito diferente da vivida quando a limitação foi imposta. Nessa altura, o volume total de água armazenada nos 15 aproveitamentos hidroelétricos que constituíram esta reserva estratégica situava-se nos 26%, consequência da seca severa verificada no país.

“Em virtude da estabilidade deste cenário ao longo dos últimos meses, após devida ponderação, entende-se que ocorreu uma alteração de pressupostos, pelo que não se justifica a manutenção dos plenos efeitos das medidas determinadas pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2022, de 27 de setembro”, refere o despacho da secretária de Estado da Energia e Clima, Ana Cláudia Fontoura Gouveia.

Apesar de o Governo avançar com um levantamento desta suspensão, não descarta a hipótese de ela vir a ser reativada se assim se justificar. “Face à dificuldade de antecipar a evolução meteorológica, é necessário acautelar a possibilidade de retomar tais medidas”, lê-se no decreto-lei, onde se acrescenta que a resolução em causa “não deve cessar, definitivamente, a sua vigência, mas ser objeto de uma suspensão“.

As 15 barragens onde se volta a produzir eletricidade:

Identificação das albufeiras associadas aos aproveitamentos hidroelétricos sujeitas à constituição da reserva estratégica.Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2022

A restrição à produção de eletricidade começou por ser imposta a cinco barragens em fevereiro de 2022, tendo em setembro desse ano sido agravada para 15, numa decisão acordada entre o Governo e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). A medida determinava “a suspensão temporária do uso dos recursos hídricos” nas 15 barragens identificadas a partir de 1 de outubro de 2022, até que fossem “alcançadas as cotas mínimas da sua capacidade útil que venham a ser estabelecidas”.

Na altura, a Resolução do Conselho de Ministros justificava a constituição desta reserva com o objetivo de garantir que o “armazenamento nestas albufeiras atinja, pelo menos, uma capacidade correspondente a um acréscimo de energia elétrica armazenada de cerca de 760 gigawatts-hora (GWh) face aos valores globais atuais, distribuídos genericamente de forma proporcional pelos aproveitamentos hidroelétricos”.

Esta medida visava obter uma reserva estratégica de água equivalente a cerca de 6 dias de consumo médio nacional, “que apresenta relevância para a satisfação das pontas de consumo, dado que permite garantir a segurança de abastecimento do SEN em cerca de 45 dias”.

Em dezembro do mesmo ano, o Governo determinou que as 15 barragens podiam voltar a produzir eletricidade, com a exceção da barragem do Alto do Rabagão.

 

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Estamos a desperdiçar os trabalhadores mais velhos? Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Estamos a viver mais, mas também a trabalhar durante mais tempo. Os portugueses trabalham em média 38,4 anos, valor que dá título ao podcast do ECO sobre o que está a moldar o mercado de trabalho.

As empresas portuguesas têm sentido dificuldades crescentes em encontrar trabalhadores. Mas há milhares de trabalhadores mais velhos que enfrentam o desafio oposto, isto é, para os quais encontrar um emprego é um desafio imenso. Afinal, o que está a falhar? Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, João Castello Branco, presidente da associação dNovo, junta-se a nós para discutir a discriminação dos trabalhadores mais velhos e o impacto que isso tem na economia nacional.

Ouça o episódio no leitor acima ou aqui.

“A experiência que temos é que continua a haver muita escassez de mão de obra qualificada, mas que a maior da parte das empresas não está à procura dela junto das pessoas mais seniores. Continua a prevalecer o preconceito“, sublinha o responsável da associação, que se dedica a ajudar os profissionais com mais de 50 anos, formação superior e experiência relevante a encontrar novos empregos.

Neste episódio, debatemos esse preconceito, mas também a necessidade de requalificação dos trabalhadores, a importância do networking, e o fim do emprego para a vida toda.

João Castello Branco deixa ainda uma recomendação para os trabalhadores mais velhos que queiram recomeçar, apelando a que contactem a dNovo, caso precisem de orientação nessa jornada. De notar que as empresas que estejam interessadas em absorver estes profissionais podem também usar a dNovo como ponte, salienta o responsável.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de janeiro, vamos explorar essa questão do ponto dos recomeços.

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Luís Bernardo contratado para elaborar “plano estratégico de futuro” da Global Media

Na carta enviada aos deputados e à qual o ECO teve acesso, o dono da WLP diz que presta serviços ao grupo e nega que seja administrador.

Luís Bernardo diz ter sido convidado pela comissão executiva da Global Media para apresentar um plano estratégico de futuro para o grupo.

Numa carta enviada esta segunda-feira ao presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, à qual o ECO teve acesso, o consultor de comunicação afirma que, “para que fique totalmente claro, apenas e só a empresa de que sou administrador executivo, a WLP, foi convidada pela atual Comissão Executiva, no âmbito de uma prestação de serviços de consultoria, para apresentar um plano estratégico de futuro para o grupo num quadro de expansão para novos mercados e oportunidade de projetar as marcas, diferentes multiplataformas e potencial digital da GMG, a exemplo do que a WLP fez noutras entidades com resultados reconhecidos e nomeadamente na área dos media”.

Luís Bernardo diz que se trata de um trabalho que “ainda está em curso, nos prazos solicitados, mas que naturalmente está num impasse perante a situação de todos conhecida“.

Em quatro pontos, Luís Bernardo também nega ser acionista ou exercer funções de administração. “Não, não sou acionista, nem exerço qualquer função de administrador ou gestor no Global Media Group (GMG), pelo que manifesto a minha perplexidade e estranheza pela forma forçada e artificial com que o meu nome foi referido nessa comissão com base em pressupostos totalmente falsos e caluniosos para tentar sustentar uma ligação ao administrador Paulo Lima de Carvalho”, escreve, num documento no qual também critica a deputada Joana Mortágua, que, “partindo das funções que exercia enquanto assessor do ex-primeiro-ministro José Sócrates, qualifica e extrapola suspeitas em termos que considero totalmente inaceitáveis”, acusa.

O nome de Luís Bernardo foi envolvido no processo na última semana, na audição de Domingos de Andrade, ex-diretor da TSF e administrador do grupo que foi afastado quando entrou a nova administração.

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Iogurte líquido, óleo e atum tiveram as maiores subidas com fim do “IVA zero”

Entre 4 e 8 de janeiro, preço do cabaz alimentar essencial subiu de 141,97 euros para 149,48 euros. Iogurte líquido, óleo e atum enlatado foram os produtos que mais aumentara, segundo a Deco Proteste.

O fim do “IVA zero” numa série de bens essenciais levou a um aumento imediato de preços, como era esperado. Mas alguns acabaram por ter aumentos muito superiores à mera restituição do imposto, concluiu uma análise da Deco Proteste.

No espaço de quatro dias, entre 4 e 8 de janeiro, a variação dos preços de 14 produtos que compõem o cabaz alimentar essencial foi superior ao aumento que resultaria da restituição do IVA no preço final. O iogurte natural, o óleo alimentar e o atum enlatado foram os artigos cujo preço mais subiu, traduzindo-se em aumentos que, no caso do iogurte, ascendeu os 52 cêntimos, ou quase 26%.

Além destes, há outros produtos do cabaz essencial que ficaram mais caros. Segundo as contas da Deco Proteste, enquanto o pão de forma sem côdea encareceu 20 cêntimos, para 2,24 euros, o preço da pescada fresca subiu 1,03 euros, para 12,93 euros, e o leite UHT meio gordo ficou sete cêntimos mais caro, para 0,96 euros por litro.

Produtos com maior aumento de preço com fim do “IVA zero”:

Fonte: Deco ProtesteDeco Proteste

Segundo a associação de defesa do consumidor, o aumento médio dos 41 produtos no período em análise foi de 5,29%, totalizando 7,51 euros e elevando o custo médio do cabaz de 141,97 euros para 149,48 euros.

Esta primeira análise, indica a Deco Proteste, “revela que as retalhistas aumentaram os preços abaixo dos 6% em mais de 21 produtos”, o que significa que “poderá ter havido uma tentativa de mitigação do impacto imediato da reintrodução do IVA através de promoções em produtos abrangidos pela isenção”, considera Rita Rodrigues, diretora de comunicação da associação. No entanto, também pode “ser possível que, especialmente no primeiro dia da reintrodução do IVA, tenha havido algum atraso na atualização dos preços afixados”.

O aumento dos preços acima da percentagem do IVA (6% na maioria dos produtos abrangidos) já tinha sido antecipado pelo diretor-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), que representa as principais cadeias de super e hipermercados. Ao Expresso, Gonçalo Lobo Xavier admitiu que na maioria dos produtos, “os aumentos poderão andar à volta dos 5%“, o que, juntando aos 6% da reposição do IVA, poderia traduzir-se num aumento superior a 10%. “Mas há produtos que aumentarão mais“, alertou, referindo a título de exemplo o azeite, cujo aumento de preços poderia atingir os 15%.

Em todo o caso, acrescentou Gonçalo Xavier, o maior impacto junto do consumidor vai fazer-se sentir no final de janeiro, quando já tiverem sido escoa­dos das prateleiras todos os produtos que ainda tinham os preços antigos.

Recorde-se que, com o fim do “IVA Zero”, a 4 de janeiro, os produtos do cabaz essencial retornaram à taxa de 6% de IVA, com exceção do óleo alimentar, que passou para a taxa de 13%, contra a anterior, de 23%.

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Empresa de botas de Pombal “calça” investimento de dois milhões para aumentar produção

Com este investimento, a Dikamar vai passar a ter uma capacidade de produção diária de 6.500 botas de segurança. A empresa exporta 85% da produção para mais de 50 países e emprega 90 pessoas.

A Dikamar, empresa que produz botas de segurança e roupa de trabalho para ambientes de frio, conta com três unidades de produção entre Pombal, Guia e EUA, emprega 90 pessoas, exporta 85% da produção para 52 países e fatura dez milhões de euros. No próximo ano, a empresa vai investir cerca de dois milhões de euros para ampliar as instalações na fábrica de Pombal e adquirir novas máquinas para o desenvolvimento de novos produtos no segmento das botas de segurança.

Com este investimento, a empresa liderada por Tilso Maza vai passar a contar com uma capacidade de produção diária de 6.500 pares de calçado (botas e calçado de segurança em pele). A Dikamar produz botas de segurança em poliuretano e PVC através das marcas Dikamar, Alpha, Alpha Trace, Alpha Icepack e EagleGrip.

“As obras vão arrancar em janeiro e está previsto um investimento de 650 mil euros para ampliar o pavilhão e pouco mais de um milhão a aquisição de máquinas e equipamentos”. Vamos ainda investir 300 mil euros em máquinas e equipamentos para a fábrica na Guia, detalha Goreti Gomes, diretora de marketing e sales manager, em declarações ao ECO/Local Online.

As obras vão arrancar em janeiro e está previsto um investimento de 650 mil euros para ampliar o pavilhão e pouco mais de um milhão a aquisição de máquinas e equipamentos. Vamos ainda investir 300 mil euros em máquinas e equipamentos para a fábrica na Guia.

Goreti Gomes

Diretora de marketing e sales manager

A empresa, que produz também roupa de frio através da marca Ticeworkwear, vai investir ainda 300 mil euros na fábrica da Guia, que pertence ao concelho de Pombal, para adquirir maquinaria para aumentar a capacidade produtiva na linha de roupa de frio. É na fábrica da Guia que é produzida a roupa de frio e o calçado em tela.

No próximo ano, vai chegar à fábrica de Pombal uma máquina de PVC para injeção de botas a três cores, tecnologia que a empresa já possui nos Estados Unidos da América.

Em 2021, a Dikamar investiu três milhões de dólares numa nova fábrica nos Estados Unidos da América. Goreti Gomes explica que a “exportação para os Estados Unidos da América sempre fez parte dos objetivos da Dikamar” e realça que “é um país com grande potencial na área dos EPI’s, nomeadamente nas botas de segurança”. A empresa conta com uma rede de representantes distribuída pelos diversos Estados.

A empresa foi fundada em 1995 pelo A.J.Kara e iniciou a sua atividade em 1996, com a produção de botas de PVC para a agricultura e jardinagem, destinadas ao mercado do Reino Unido. Em 2004 diversificou a gama com a introdução de botas de PVC com biqueira e palmilha em aço para as áreas da construção e indústria. Em 2009 a empresa foi adquirida pela atual administração, Tilso Maza, CEO da empresa, que trazia o conhecimento do setor de EPI’s, e em em 2010, a Dikamar deu início à produção de botas em PU.

Em 2015, lança o modelo Eaglegrip, uma bota em PU, metal free, concebida para a área alimentar e, em 2017, lança a linha de calçado de segurança em pele Safetypro. Em 2019, constrói uma segunda unidade de produção em Portugal, na Guia, para a confeção de roupa técnica para frio e lança a linha de roupa de frio Ticeworkwear, com o objetivo de dar resposta completa às necessidades dos trabalhadores (calçado e roupa). Em 2021, inicia a produção nos Estados Unidos.

Goreti Gomes adianta que em 2025 a Dikamar quer “apostar em novos produtos com características distintas do que já existe no mercado, com o objetivo de chegar a um segmento ainda não está a conseguir dar resposta”.

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Fundos europeus permitem maior seletividade nos investimentos

“Programas de incentivos em Portugal foram dos que sistematicamente apresentaram menos seletividade na UE", disse Pedro Nuno Santos. Antigos ministros de esquerda e de direita pedem estratégia.

Maior seletividade nos apoios europeus e concentrar os recursos nos projetos capazes de transformar economicamente o país, como sugeriu Pedro Nuno Santos, é uma estratégia elogiada por antigos ministros de esquerda e de direita, ouvidos pelo ECO. O problema está na forma de o fazer. E o obstáculo não são as regras dos fundos comunitários, porque esses podem sempre ser reprogramados.

Em Portugal não há uma estratégia pré-existente onde utilizar os apoios europeus”, critica o antigo ministro da Economia, Augusto Mateus. “Perante a existência de dinheiro é que nos perguntamos: vamos gastar onde? Decidimos fazer umas coisas à pressa”, acrescenta.

“As regras comunitárias são muito caras à concentração temática e financeira dos fundos estruturais e de investimento europeus, seja na programação plurianual (PT2030) ou no PRR”, defende o professor e especialista em fundos europeus. “O incentivo é de utilização das verbas em projetos com massa crítica e não fazer chegar 50 cêntimos a todas as partes”, acrescenta.

No seu discurso de encerramento do congresso socialista este domingo, Pedro Nuno Santos defendeu que, “em Portugal, a incapacidade de se dizer ‘não’ levou o Estado a apoiar, de forma indiscriminada, empresas, setores e tecnologias, independentemente do seu potencial de arrastamento da economia. A incapacidade de fazer escolhas levou a que sucessivos programas de incentivos se pulverizassem em apoios para todas as gavetas de forma a assegurar que ninguém se queixava”. “O problema da pulverização dos apoios é que, depois, não há poder de fogo, não há capacidade do Estado de acompanhar, não há recursos suficientes para transformar o que quer que seja”, sublinhou o novo líder socialista.

Devemos acentuar a dimensão vertical do sistema de incentivos e intensificar o grau de seletividade que permita garantir a concentração de recursos necessários para desenvolver aqueles setores ou tecnologias capazes de arrastar processos de transformação económica”, prosseguiu o sucessor de António Costa, como secretário-geral do PS. “Os sucessivos programas de incentivos em Portugal foram dos que sistematicamente apresentaram menos seletividade na União Europeia”, apontou. “É tempo de ser claro e de fazer escolhas, porque governar é escolher”, concluiu.

Seria bem-vindo que propusessem uma política económica com concentração temática e financeira dos investimentos. Continuamos numa lógica de fazer chegar investimentos a todo o lado. Como não têm massa crítica, não geram resultados.

Augusto Mateus

Antigo ministro da Economia

Augusto Mateus concorda que “qualquer Governo português”, independentemente da cor partidária, “deve ter uma estratégia de desenvolvimento, que pode ser mais estatista ou mais para o mercado, mas tem de ser estratégica. O mundo avança a uma velocidade muito significativa para a qual é preciso estar preparado”. Mas, alerta, “não basta ter boas ideias, é preciso levá-las à prática e ter em conta o que os outros estão a fazer”. “Há décadas que discutimos aeroportos e alta velocidade e não o que queremos, apenas onde os localizar. Nesse espaço de tempo, a China fez 40 linhas”, ironiza o antigo ministro de António Guterres.

O objetivo de maior seletividade também é elogiado por Miguel Poiares Maduro. “Mais seletividade é importante, mas não da forma como Pedro Nuno Santos sugere”, diz o antigo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional de Pedro Passos Coelho e que tinha a tutela dos fundos europeus. Na sua opinião a seletividade deve ser feita com base na avaliação de resultados – dar mais dinheiro aos projetos de maior sucesso e que mais contribuem para o desenvolvimento da economia. O professor universitário dá o exemplo da formação profissional: os cursos que asseguram maior empregabilidade e cujos alunos têm mais sucesso no mercado de trabalho devem ser discriminados positivamente, defende.

Não pode ser o Estado a determinar quais os setores onde se deve investir para aumentar a competitividade da economia”, diz Poiares Maduro. “Isso gera problemas de criar rendas e corremos o risco de capturar os fundos europeus. Deixar a definição das áreas estratégicas a quem tem o poder político é aumentar o risco de a decisão ser tomada não com base em elementos técnicos, mas com intenções político-partidárias”, acrescentou.

Deixar a definição de onde deve ser feito o investimento a quem tem o poder político num determinado momento é aumentar o risco de criação de rendas.

Miguel Poiares Maduro

Antigo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional

Augusto Mateus considera que Portugal até tem “alguma política financeira, mas não uma política económica”. “Não tomamos as decisões preparadas e validadas em eleições. Nada é apresentado em termos eleitorais. Os partidos dividem-se sobre métodos, sobre se devemos ir mais depressa ou mais devagar e não sobre a estratégia”, lamenta, acrescentando ainda que existe uma “esquizofrenia entre o que se critica e o que se propõe”.

Atribuímos fundos a projetos e não a estratégias”, critica o antigo responsável que sucedeu a Daniel Bessa. Apoiar projetos que até aumentam as exportações, mas requerem imensas importações e não têm uma estratégia de aumentar os recursos endógenos pode não ser a melhor opção. Augusto Mateus dá ainda o exemplo do data center de Sines como um projeto que parece ter subjacente uma “lógica só de gastar”. “Não se constrói um data center em cima do oceano, sem bom posicionamento, numa zona com riscos sísmicos e sem condições climatéricas que poupem energia, além de que deve ter acesso a energia boa e barata”, diz.

O eurodeputado José Manuel Fernandes considera que “Portugal deveria pensar primeiro onde quer chegar em termos de salários médios, exportações, educação, investigação e desenvolvimento. Depois de fixar os objetivos nacionais e estruturantes ver quais os fundos à sua disposição”. Nesse sentido, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi mais uma “oportunidade perdida” já que o Governo optou por usar as verbas para fazer “o investimento que o Estado deveria ter feito no setor público”. “O PRR está demasiado virado para o Estado e menos para projetos estruturantes que ajudassem a melhorar a competitividade da economia nacional”, acrescenta.

Temos desperdiçados os recursos disponíveis, nomeadamente ao nível da mobilidade, e Pedro Nuno Santos é o grande responsável.

José Manuel Fernandes

Eurodeputado

Mas ainda estamos a tempo de inverter caminho, garantem todos os responsáveis ouvidos pelo ECO.

Vamos sempre a tempo de fazer uma reprogramação”, garante Augusto Mateus.

“Os Acordos de Parceria”, que enquadram cada quadro comunitário de apoio, “podem ser alterados as vezes que um Estado-membro quiser”, explica ao ECO o eurodeputado José Manuel Fernandes. Mas, “como a execução do Portugal 2030 é zero em termos de pagamentos e temos de executar este ano três mil milhões de euros”, o eurodeputado social-democrata alerta para os riscos que comportaria uma reprogramação total, que poderia obrigar à devolução de verbas. “Vai haver execução à pressa”, alerta o responsável que vê nas palavras de Pedro Nuno Santos “uma autocrítica à incapacidade de o Orçamento do Estado gerar riqueza para investir em obras estruturantes”. E dá um exemplo: “em 2013, os fundos europeus representavam 50% do investimento público e agora representam 90%”.

Miguel Poiares Maduro acredita que, mesmo sem uma reprogramação, “podem ser dadas instruções para que quem avalia os projetos selecione os que têm maior dimensão. Sem ser necessário definir ex-ante áreas”, até porque isso já existe. Mas, “as próprias finalidades dos fundos nem sempre estão alinhadas com as finalidades nacionais” e, por isso, “é necessário ter capacidade de investimento próprio”.

Augusto Mateus dá o exemplo da Área Metropolitana de Lisboa que saiu do nível de apoio máximo dos fundos europeus no período de programação 2000-2006. O seu nível de desenvolvimento era 25% do contexto da UE e agora é 4% inferior. “Foi uma quebra imensa”, diz o antigo ministro socialista, “porque Portugal só faz investimento com base nos fundos estruturais. Sem eles nada é feito”, lamenta. Além disso, alerta, “as regiões têm de trabalhar entre si e não concorrer umas contra as outras”.

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Mario Draghi apontado para a presidência do Conselho Europeu

  • ECO
  • 9 Janeiro 2024

Nome do antigo primeiro-ministro italiano e ex-presidente do BCE tem sido apontado por algumas fontes europeias como um forte candidato a presidente do Conselho Europeu, noticia o Financial Times.

O antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-primeiro-ministro italiano Mario Draghi está a ser apontado como um forte sucessor de Charles Michel na presidência do Conselho Europeu, avança o Financial Times.

Ao jornal britânico, vários funcionários e diplomatas em Bruxelas apontam o antigo banqueiro central como um nome que tem circulado nos bastidores. Mas fonte próxima de Draghi disse que o italiano não procura nenhum dos cargos de topo da União Europeia.

A especulação surge numa altura em que se sabe da intenção de Michel de abandonar a presidência do Conselho Europeu antecipadamente, para se candidatar a eurodeputado nas próximas Europeias.

Ora, se não houver um sucessor, nem que seja um presidente interino, o controverso primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán poderia assumir o cargo a partir de 1 de julho, quando a Hungria fica com a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.

O jornal cita outros nomes na corrida à sucessão de Michel, como o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, ou Mette Frederiksen, da Dinamarca. Em Portugal, António Costa, atual primeiro-ministro em gestão, também tem sido apontado como um possível candidato ao cargo, mas o socialista está a ser investigado na sequência da Operação Influencer, cujos efeitos são incertos.

Draghi afastou-se da vida pública em 2022, depois de o seu mandato como primeiro-ministro italiano ter sido interrompido por eleições antecipadas, tendo assumido um papel consultivo na União Europeia no ano passado. Na altura, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, convidou-o a escrever um relatório sobre a competitividade do bloco, documento que deverá ser publicado após as eleições.

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Emissões de gases na produção de energia caem para níveis recorde em 2023

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2024

Portugal alcançou em 2023 um recorde de produção de energia renovável, o que permitiu reduzir as emissões de gases poluentes na produção de eletricidade para níveis recorde.

Portugal alcançou em 2023 um recorde de produção de energia renovável, o que permitiu reduzir as emissões de gases poluentes na produção de eletricidade para o nível mais baixo de que há registo, anunciou esta terça-feira a Zero.

Depois de a empresa Redes Energéticas Nacionais (REN) ter anunciado que o país bateu o recorde de produção de energia de fontes renováveis em 2023, a associação ambientalista Zero salienta em comunicado que nesse ano se bateram três recordes na área da energia: mais produção de renovável, mais dias seguidos só com renovável e menores emissões de sempre.

E diz que o setor da energia já não é o principal responsável pelas emissões em Portugal.

Na sequência do anúncio da REN, de que a produção renovável abasteceu 61% do consumo de energia elétrica em Portugal no ano passado, o valor mais elevado de sempre, a Zero estimou as emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás responsável pelo aquecimento global.

“As contas revelam um recorde muito significativo, da ordem de 3,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o valor mais baixo pelo menos desde 1990, o primeiro ano em que Portugal reportou as emissões de gases com efeito de estufa”, diz a associação.

Em 2022, as emissões de CO2 tinham sido de 6,1 milhões de toneladas.

Além dos dois recordes, a Zero especifica outro: durante seis dias seguidos, entre 31 de outubro e 06 de novembro, o consumo do país foi assegurado por eletricidade exclusivamente renovável.

Para se chegar a estes números, lembra a associação, encerraram as duas centrais termoelétricas de carvão, que com as centrais a gás natural produziam anualmente entre nove e 17 milhões de toneladas de CO2.

Chegou-se assim a 2020 com 6,6 milhões de toneladas de emissões e a 2021 com 4,6 milhões.

Em 2022, devido à seca, os valores voltaram a subir, para 6,1 milhões, mas no ano passado, com o aumento da energia solar e da produção hidroelétrica, as emissões voltaram a baixar.

“As emissões são agora provenientes da operação das quatro centrais de ciclo combinado a gás natural de Lares, Pego, Ribatejo e Tapada do Outeiro, cujo decréscimo de produção entre 2022 e 2023 foi de 43 por cento”, explicam os ambientalistas.

A Zero conclui assim que o setor da energia deixa de ser o principal responsável pelas emissões, passando o pódio para o transporte rodoviário como o principal responsável por emissões de CO2 em Portugal.

No comunicado, a Zero alerta ainda para a necessidade de políticas fortes nas áreas da eficiência energética e da redução do consumo, questiona a necessidade de manter a central a gás natural da Tapada do Outeiro após o fim do contrato de aquisição de energia (em março), e pede rapidez nos investimentos nas redes de transportes e distribuição de energia elétrica, para suportarem mais produção de eletricidade de fontes renováveis.

Além de se desenvolverem as infraestruturas de armazenamento, é importante também acelerar na produção de energia renovável, sempre ouvindo as populações e com decisões transparentes, alerta ainda a Zero.

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Full Venue levanta dois milhões para impulsionar internacionalização

A startup, que atua no desenvolvimento de IA para a monetização de audiências e otimização de estratégias de marketing, já está hoje presente em sete mercados.

A Full Venue, startup portuguesa de IA para a indústria do desporto e eventos, levantou dois milhões de euros numa ronda seed liderada pela GED Ventures. Reforçar a equipa, desenvolver e implementar novas soluções e impulsionar a internacionalização são os objetivos da empresa com este reforço de capital.

“Estamos entusiasmados por contar com o apoio de investidores estratégicos e parceiros que partilham a nossa visão de transformar a forma como as empresas comunicam com os seus clientes. Com a nossa abordagem, integrando de forma simples IA para geração de audiências, pretendemos revolucionar a forma como as empresas rentabilizam os seus ativos”, afirma Tiago Costa Rocha, CEO da Full Venue, citado em comunicado.

A ronda foi liderada pela GED Ventures, contando ainda com a participação dos business angels José Pinto e Pedro Aguiar. A startup, que atua no desenvolvimento de IA para a monetização de audiências e otimização de estratégias de marketing, ainda no seu lote de acionistas Tiago Monteiro (antigo piloto de F1), Bernardo Novo (CEO SC Fitness) e Fernando Reani (MD Under Armour AUS&NZ).

A Full Venue prevê a “probabilidade de um potencial cliente efetuar uma compra ao recolher dados de first-party de plataformas digitais e aplicar diretamente os seus algoritmos proprietários de IA”, sendo com isso “identificados grupos de potenciais compradores com uma elevada probabilidade de conversão.”

O Primavera Sound, Blueticket, Federação Belga de Futebol e a Lightning Bolt estão entre os clientes da Full Venue, tendo a sua atividade já gerado “uma receita de 5,7 milhões de euros para os seus clientes através da sua segmentação de público alvo com base em IA”, segundo informação partilhada pela empresa.

“A solução desenvolvida pela Full Venue tem apresentado resultados extraordinárias. Este investimento possibilitará que a empresa se projete em verticais diferentes e em novos mercados”, diz Francisco Lino Marques, partner e membro do conselho de administração da GED Ventures Portugal, citado em comunicado.

A startup já está hoje presente em sete mercados: Portugal, Espanha, Reino Unido, Finlândia, Bélgica, Roménia e Chile.

Nos próximos meses, a startup planeia “fechar novas parcerias organizações desportivas, como Federações, Ligas e Clubes, aumentar a sua presença em festivais de música a nível mundial e estabelecer acordos com empresa da área do retalho, hotelaria e saúde.”

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