Ex-Governo eleva apoio “bilha solidária” para 3,5 milhões com recorde de encargos em 2024

Duarte Cordeiro já tinha aumentado a dotação para três milhões de euros. Programa começou com uma dotação global prevista de dois milhões.

O programa “bilha solidária”, que apoia a aquisição de gás engarrafado pelos consumidores domésticos que sejam beneficiários da tarifa social de energia elétrica ou das prestações sociais mínimas, vai distribuir um total de 3,5 milhões de euros por estes consumidores, em vez dos 3 milhões anteriormente previstos.

O antigo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, assinou uma portaria em março, publicada esta segunda-feira, que dita a autorização ao Fundo Ambiental para a distribuição de encargos com o programa de apoio “bilha solidária”, quantificando o total em 3,5 milhões de euros. Em 2022 terá sido atribuído um milhão, em 2023 meio milhão e, em 2024, os encargos estão quantificados em 1,75 milhões, um ano de despesa recorde. Sobra ainda uma verba de 250 mil euros para 2025.

O apoio traduz-se no pagamento de dez euros, após a aquisição de uma garrafa de gás de petróleo liquefeito (GPL), por mês de calendário.

“Estabelece-se que o montante fixado para o ano económico de 2024 e 2025 pode ser acrescido do saldo apurado no ano que antecede“, indica ainda a portaria.

No texto do diploma lê-se que o apoio vigorará também em 2024 pois mantém-se “a tendência de escalada dos preços dos combustíveis”, pelo que “importa assegurar a replicação dos apoios extraordinários, por forma a que o efeito do aumento conjuntural dos preços de gás seja atenuado, visto tratar-se de um encargo adicional para as famílias, com impacto diferenciado junto das mais vulneráveis”.

Em 2023, o Governo já havia aumentado a dotação para 3 milhões de euros, que começou com uma dotação global prevista de dois milhões de euros, em 2022.

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Investigadores de Matosinhos integram projeto para combater desperdício do pescado

  • Lusa
  • 15 Abril 2024

O objetivo do projeto é "aferir a qualidade do pescado", identificando precocemente casos que comprometam a segurança alimentar, reduzindo também o desperdício do pescado.

Investigadores do Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (B2E), em Matosinhos, integram um projeto que pretende encontrar novas ferramentas para determinar a qualidade do pescado, promovendo a segurança alimentar e combatendo o desperdício, foi esta segunda-feira revelado.

Em comunicado, o laboratório esclarece que o projeto, intitulado Vertical Fish, enfrenta “dois desafios críticos: a garantia da qualidade do pescado e a sustentabilidade na aquacultura“.

Liderado pelo grupo MC Sonae e enquadrado no Pacto da Bioeconomia Azul, o projeto é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com as alterações climáticas a afetarem os ecossistemas marinhos, os investigadores vão procurar “soluções inovadoras” para identificar as variações morfologias, estruturais e moleculares do pescado.

Recorrendo a ‘softwares’ de processamento de imagens e ‘kits’ de deteção rápida de alterações bioquímicas, o objetivo do projeto é “aferir a qualidade do pescado, identificando precocemente casos que comprometam a segurança alimentar“. Tal permitirá “melhorar a qualidade” e “reduzir o desperdício do pescado”.

Estas metodologias permitirão ações mais ágeis e eficazes na identificação e resolução de problemas relacionados com a segurança alimentar.

Ondina Afonso

Diretora de Qualidade e Investigação na MC Sonae

Citada no comunicado, a diretora de Qualidade e Investigação da MC, Ondina Afonso, salienta que o projeto pretende “tornar mais eficiente o processo de avaliação da qualidade do pescado e otimizar as metodologias de rastreabilidade da origem e ao longo de toda a cadeia de valor“.

Numa primeira fase, o projeto irá analisar detalhadamente os dados por forma a identificar potenciais causas e os problemas que afetam a qualidade do pescado. Posteriormente, vão ser usadas metodologias de rastreio para detetar “práticas fraudulentas” relacionadas com a origem do pescado.

Já na fase final está previsto o desenvolvimento de tecnologias que permitam avaliar a qualidade do pescado por imagem e com recurso a ‘software’ inteligente. “Estas metodologias permitirão ações mais ágeis e eficazes na identificação e resolução de problemas relacionados com a segurança alimentar”, salienta Ondina Afonso.

Ao longo do projeto, que termina no final de 2025, serão também desenvolvidos “sistemas modulares inovadores” tendo em vista o desperdício zero no setor da aquacultura.

Estes sistemas permitirão a “reutilização de diferentes nutrientes em várias etapas da produção, utilizando organismos de baixo nível trófico”, como macroalgas e outros invertebrados, que permitirão “otimizar a eficiência produtiza, reduzir os custos operacionais e promover práticas mais sustentáveis”.

Além do B2E e da Sonae MC, o projeto conta com a participação de várias empresas, universidades e centros de investigação, como o A4F, SA – Algae for Future, o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, INESC-TEC, Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Neadvance, Seaentia, Universidade de Aveiro e Universidade do Minho.

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Abertura de conta 100% digital facilita a vida de clientes empresariais

  • Conteúdo Patrocinado
  • 15 Abril 2024

Se tem uma empresa ou trabalha por conta própria, já pode abrir uma conta 100 por cento digital, de forma rápida e segura, no site do Millennium bcp.

As empresas e os trabalhadores por conta própria (ENIs, Profissionais Liberais, Trabalhadores Independentes) já podem abrir uma conta de forma 100% digital no Millennium bcp.

Esta solução permite surpreender os novos clientes empresariais no início da sua relação com o Banco, numa experiência digital diferenciadora onde o cliente pode, além de abrir a conta, aderir a uma solução integrada de produtos e serviços bancários, solicitar cartões bancários e ainda escolher a sucursal onde pretende ser acompanhado.

Desta forma, o Millennium bcp simplifica o processo com a recolha automática de dados da empresa, através do seu código online da Certidão Permanente Comercial e, também dos dados pessoais dos Representantes Legais através da sua Chave Móvel Digital a qual é usada para autenticação, recolha dos seus dados pessoais e assinatura eletrónica qualificada de toda a documentação.

A abertura de conta digital para empresas faz parte do leque de novos serviços digitais do Millennium bcp para os clientes empresariais.

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Carlos Moreira da Silva vai liderar a associação das grandes empresas

Empresário nortenho sucede a Vasco de Mello na presidência da Associação Business Roundtable Portugal. Cláudia Azevedo e Nuno Amado serão os vice-presidentes da nova direção.

Carlos Moreira da Silva, acionista de referência da BA Glass e investidor, será o novo presidente da direção da Associação Business Roundtable Portugal (BRP), que reúne 43 grandes empresas, substituindo Vasco de Mello. Nuno Amado, presidente do Millennium bcp, assume um dos lugares da vice-presidência, onde se mantém Cláudia Azevedo, CEO da Sonae SGPS.

Carlos Moreira da SilvaRicardo Castelo/ECO

Os novos órgãos sociais da associação BRP, para o triénio 2024 – 2027, serão eleitos em assembleia geral no dia 6 de maio, no Porto, indica em comunicado. A lista foi proposta pela atual direção, liderada por Vasco de Mello, chairman do grupo José de Mello, conforme preveem os estatutos.

Não foi apresentada mais nenhuma lista dentro do prazo previsto, pelo que Carlos Moreira da Silva deverá ter garantida a sua eleição. Dono da BA Glass, em conjunto com a família Silva Domingues, foi durante mais de duas décadas presidente da empresa. É também acionista da Cerealis, que comercializa as marcas Nacional e Milaneza, e fundador e CEO da Teak Capital, uma gestora de investimentos.

O presidente só pode cumprir um mandato de três anos e metade dos membros da direção tem de mudar. De saída está António Rios Amorim, presidente e CEO da Corticeira Amorim, que com Cláudia Azevedo ocupava a vice-presidência.

Vasco de Mello vai manter-se como vogal, numa lista que inclui ainda Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, João Bento, CEO dos CTT, João Ortigão Costa, CEO da Sugal, Jorge de Melo, CEO da Sovena e Ricardo Pires, CEO da Semapa.

Nuno Galvão Teles, managing partner da MLGTS, mantém-se como presidente da mesa da assembleia geral e António Brochado Correia, que lidera a PwC em Portugal, é o presidente do conselho fiscal. À frente do Conselho Consultivo continuará João Castello Branco, antigo CEO e chairman da Navigator e da Semapa.

A associação BRP foi fundada em maio de 2021 com “o propósito de acelerar o crescimento económico e social do país, para garantir um Portugal mais justo, próspero e sustentável” e contribuir para colocar Portugal entre os 15 Estados-membros da União Europeia com maior PIB per capita.

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Passos considera “evidente” a tentativa de Montenegro se afastar. Troika exigiu assinatura de Portas

  • ECO
  • 15 Abril 2024

Passos revela que a troika, a partir de certa altura, “percebeu que havia um problema com o CDS e passou a exigir cartas assinadas por Paulo Portas”.

Luís Montenegro está a tentar “desligar-se” da herança passista e dos seus tempos enquanto líder da bancada parlamentar do PSD durante a troika. A análise é de Pedro Passos Coelho, que diz encarar esse facto com normalidade por se tratar de uma forma de afirmação política por parte do novo primeiro-ministro.

“[Montenegro] tornou-se uma possibilidade de liderança dentro do PSD pelo exercício que fez no Parlamento. Teve essa oportunidade e trabalhou bem nela porque realmente foi um grande líder parlamentar. Portanto, ele faz parte dessa herança e desse legado. Em que medida se quer desconectar desse seu passado não sei”, sublinhou o antigo primeiro-ministro, em entrevista ao podcast do Observador “Eu estive lá”. “A mim parece-me que foi muito evidente que, durante os últimos tempos, houve essa preocupação de tentar desligar”, admite.

Para Pedro Passos Coelho – que apoiou “de forma muito discreta” Montenegro para a presidência do PSD –, este afastamento é normal porque “é importante que os partidos possam ter uma perspetiva para o futuro e não ficarem só ligados ao seu passado”. “Ele saberá como é que quer fazer as coisas e a última coisa que quero é andar a criar constrangimentos. Agora, também não posso ser impedido de, de quando em vez, poder dizer alguma coisa do que penso. E eu penso pela minha cabeça, evidentemente”, frisou.

O antigo primeiro-ministro considera que, apesar das discrepâncias pontuais, teve sempre uma boa relação com Cavaco Silva. O mesmo não se pode dizer em relação a Paulo Portas que acusa de frequentes faltas de solidariedade. Passos revela mesmo que, a partir de certa altura, a troika “percebeu que havia um problema com o CDS e passou a exigir cartas assinadas por Paulo Portas”. “Julgo que ele não sabe isto, mas, para impedir uma humilhação do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, obriguei o ministro das Finanças a assinar comigo e com ele a carta para as instituições”, relata o antigo líder do PSD.

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Pérez-Llorca entra no mercado mexicano com integração da firma González Calvillo

Esta operação representa a entrada da Pérez-Llorca no mercado mexicano através da primeira integração entre dois escritórios na Península Ibérica e no México.

A Pérez-Llorca e a sociedade de advogados mexicana González Calvillo estabeleceram um acordo de integração. Esta operação representa a entrada da Pérez-Llorca no mercado mexicano através da primeira integração entre dois escritórios na Península Ibérica e no México. Os sócios da González Calvillo tornar-se-ão sócios da Pérez-Llorca.

“O projeto visa criar o principal escritório de advocacia no México, com uma posição de liderança em grandes transações cross-border, financiamentos e litígios. Para o efeito, será criado um comité de desenvolvimento estratégico, do qual participarão os sócios mexicanos, com a incumbência de promover uma estratégia forte de investimento e crescimento no México”, explicam em comunicado.

O principal objetivo deste acordo é “servir clientes de ambos os lados do Atlântico, empresas norte-americanas, grandes multinacionais e sponsors financeiros relevantes no fluxo de investimento estrangeiro no México, proveniente dos Estados Unidos, Canadá e dos restantes países da América Latina, bem como entre o México e a Península Ibérica, e expandir ainda mais as relações com clientes locais nestes dois mercados”.

A González Calvillo traz uma plataforma inicial de cerca de 100 advogados e cerca de 160 profissionais no seu escritório principal na Cidade do México e no escritório de Monterrey. “O acordo está estruturado como uma integração jurídica e económica total“, sublinham.

O escritório pretende desempenhar um papel importante e construtivo no futuro do mercado jurídico mexicano, no estudo e desenvolvimento do direito mexicano, e contribuir para a sociedade e instituições mexicanas através de trabalho pro bono e contribuições para projetos de interesse nacional”, notam.

Prevê-se que este acordo seja ratificado pelos conselhos de administração e pelos sócios de ambos escritórios no segundo trimestre de 2024, e que as aprovações governamentais aplicáveis sejam obtidas no mesmo período.

“O México e Espanha são, por esta ordem, as duas maiores economias de língua espanhola, fortemente ligadas aos Estados Unidos e à União Europeia, e cada vez mais estreitamente ligadas entre si. Esta transação, e o crescimento no México que dela resultará, permitir-nos-á servir os nossos clientes com excelência em ambos os mercados, bem como continuar a oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional internacional às nossas equipas“, sublinhou Pedro Pérez-Llorca, sócio diretor da Pérez-Llorca.

Já para Enrique González Calvillo, sócio fundador da González Calvillo, esta é uma oportunidade “importante” para a González Calvillo consolidar a presença em Espanha e na Europa em geral. “Creio que esta integração com a Pérez-Llorca constituirá um marco, um antes e um depois, na profissão de advogado no nosso país”, acrescentou.

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EDP avança com reorganização da estrutura que “pode resultar em ganhos relevantes”

  • Capital Verde
  • 15 Abril 2024

Empresa de energia passa a organizar-se em torno de cinco regiões e quatro áreas de negócio. "Não estamos a medir os euros, mas pode resultar em ganhos relevantes”, indica Miguel Stilwell de Andrade.

A EDP vai implementar uma nova estrutura para organizar a empresa em cinco regiões e quatro plataformas, que dividem as áreas de negócio. O objetivo é melhorar a rentabilidade, a eficiência e a agilidade, através de uma simplificação da estrutura empresarial. “Não estamos a medir os euros, mas pode resultar em ganhos relevantes”, indica o líder da empresa.

O anúncio foi feito pelo CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, numa entrevista ao Jornal de Negócios. O CEO da elétrica identifica cinco áreas geográficas em torno das quais a empresa de irá focar: Ibéria (Portugal e Espanha), Europa, América do Norte (EUA, México e Canadá), América do Sul (Brasil, Colômbia e Chile) e Ásia-Pacífico. A empresa já opera em todas estas localizações.

No que diz respeito às operações, a EDP vai dividir-se em Gestão de Ativos Renováveis, Gestão de Energia, Soluções para Clientes e Redes. “É uma estrutura matricial e as quatro plataformas são transversais às cinco regiões. Trata-se de um modelo que os nossos pares e as multinacionais utilizam muito e que implica um duplo reporte”, salienta Stilwell.

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Zelenski pede aos aliados sistema de defesa aéreo igual ao de Israel

  • ECO
  • 15 Abril 2024

Volodymir Zelenski apelou aos países aliados para que tomem medidas necessárias para criar na Ucrânia uma rede de defesa aérea semelhante à israelita.

“O mundo inteiro vê o que significa uma verdadeira defesa. Vê que é possível. E o mundo inteiro viu que Israel não estava sozinho nesta defesa, uma vez que a ameaça aérea foi combatida também pelos aliados”, disse o Presidente ucraniano, Volodymir Zelenski, no domingo à noite, referindo-se à neutralização dos projéteis iranianos pelos aliados de Israel a partir de bases na região.

Israel intercetou na madrugada de domingo quase todos os ‘drones’ e mísseis disparados pelo Irão contra o Estado judaico.

O Presidente ucraniano recordou que, na semana passada, a Rússia lançou 130 ‘drones’ iranianos Shahed, 80 mísseis e cerca de 700 bombas aéreas guiadas contra a Ucrânia. Estes ataques causaram novamente vítimas civis e destruíram ou danificaram várias centrais elétricas ucranianas, entre outras infraestruturas.

Quando a Ucrânia diz que os seus aliados não devem fechar os olhos aos mísseis e aos ‘drones’, isso significa que é necessário agir”, reiterou Zelenski, acrescentando que a eficácia das defesas israelitas demonstrou que a “unidade” entre os aliados “proporciona a melhor defesa“.

A Ucrânia, o Médio Oriente e todas as outras regiões do mundo merecem igualmente uma paz justa e duradoura”, disse o chefe de Estado ucraniano, apelando a medidas concretas, e não a “retórica” ou “opiniões”, para abrandar “a produção de mísseis e drones”.

Quando a Ucrânia diz que os seus aliados não devem fechar os olhos aos mísseis e aos ‘drones’, isso significa que é necessário agir.

Volodymir Zelenski

Presidente da Ucrânia

Zelenski voltou a referir que muitos dos mísseis que a Rússia lança contra o território ucraniano ainda contêm componentes fabricados “no mundo livre”, apesar das sanções impostas às indústrias militares da Rússia e do Irão, que durante a guerra da Ucrânia forneceram a Moscovo drones Shahed. O Presidente ucraniano voltou a apelar aos aliados para que tomem medidas drásticas para impedir que a Rússia continue a contornar as sanções para importar componentes através de países terceiros.

A Ucrânia necessita urgentemente de mais sistemas de defesa aérea e de mísseis para estes sistemas, a fim de poder proteger as infraestruturas dos ataques aéreos russos. Kiev deve também receber os primeiros caças F-16 prometidos pelos países aliados ainda este ano.

Após semanas de ataques devastadores ao sistema elétrico ucraniano, a Alemanha anunciou no fim de semana que vai enviar para a Ucrânia mais um sistema antimíssil Patriot. Berlim está também a preparar a transferência de mais um sistema IRIS-T para a Ucrânia e vai enviar mais mísseis para os sistemas antiaéreos existentes em Kiev.

Volodymir Zelenski e Joe BidenLusa

Blinken defende necessidade de evitar escalada após ataque do Irão contra Israel

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, defendeu a necessidade de evitar uma maior escalada da tensão na região em contactos com Turquia, Egito e Jordânia sobre o ataque “sem precedentes” do Irão contra Israel.

Na conversa, no domingo, com o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, Antony Blinken agradeceu os esforços do responsável para prevenir a expansão do conflito no Médio Oriente, e reafirmou o compromisso com a defesa de Israel, de acordo com um comunicado do Departamento de Estado norte-americano.

Ao mesmo tempo, Blinken garantiu que Washington está atento à situação face “às ameaças”, afirmando que não hesitará em realizar “todas as ações necessárias” para proteger os norte-americanos.

Antes, os Estados Unidos da América já se tinham desmarcado de uma eventual ação de retaliação israelita contra o Irão. “Não faremos parte de qualquer resposta que pretendam dar”, disse um responsável norte-americano à agência de notícias France-Presse, sem identificar. E reforçou: “Não nos vemos a participar num tal ato”.

Numa outra conversa, com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shukri, os dois governantes defenderam a coordenação de uma resposta diplomática ao ataque iraniano e assim evitar uma escalada da tensão. Os dois diplomatas falaram também sobre a importância de aumentar a assistência humanitária aos palestinianos na Faixa de Gaza e de alcançar um cessar-fogo que garanta a libertação de mais de uma centena de reféns israelitas.

Blinken também conversou com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia para discutir o ataque iraniano e agradeceu a Ayman Safadi o envio de ajuda humanitária para Gaza, incluindo operações conjuntas de assistência aérea com os Estados Unidos.

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 ‘drones’, mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, com o apoio dos aliados, referiu o Exército israelita.

O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), responsável pelo Médio Oriente, confirmou no domingo ter destruído mais de 80 ‘drones’ e seis mísseis balísticos lançados a partir do Irão e de posições dos rebeldes Huthis do Iémen.

Num vídeo divulgado pela Casa Branca, o Presidente Joe Biden elogiou as forças norte-americanas, dizendo que “fizeram uma enorme diferença potencialmente salvando muitas vidas”.

Penso que é perfeitamente justificado que pensem que devem responder porque foram atacados, mas estamos a pedir-lhes, como amigos, que pensem com a cabeça e com o coração, que sejam inteligentes e duros.

David Cameron

Ministro britânico dos Negócios Estrangeiros

O ataque surgiu depois de um bombardeamento ao Consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios, aumentando as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

“Pensem com cabeça e coração”, aconselha Reino Unido

Entretanto, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Cameron, exortou Israel a não retaliar após o ataque iraniano com drones e mísseis, afirmando que o país deveria “pensar com a cabeça e com o coração”, uma vez que o ataque de Teerão foi um fracasso quase total.

“Penso que é perfeitamente justificado que pensem que devem responder porque foram atacados, mas estamos a pedir-lhes, como amigos, que pensem com a cabeça e com o coração, que sejam inteligentes e duros”, disse Cameron à BBC TV. Cameron estava a pedir a Israel que não aumentasse as tensões no Médio Oriente.

“Em muitos aspetos, esta foi uma dupla derrota para o Irão. O ataque foi um fracasso quase total e revelou ao mundo que é a influência maligna na região disposta a fazer isto. Por isso, a nossa esperança é que não haja uma reação de retaliação“, afirmou à Sky News.

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Caixa de Previdência dos advogados com número recorde de 40 mil beneficiários ativos

A Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores recebeu 106 milhões de euros dos beneficiários, um valor ligeiramente inferior ao montante de pensões de reforma pagas, que foi de 107 milhões.

A Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) – o sistema de previdência destes profissionais, os únicos que ainda têm um sistema autónomo face ao regime geral da Segurança Social – recebeu 106 milhões de euros dos beneficiários em 2023, um valor ligeiramente inferior ao montante de pensões de reforma pagas, que foi de 107 milhões. No ano anterior, o montante recebido dos 37 mil beneficiários foi de 98,2 milhões de euros, inferior ao montante de pensões de reforma pagas (cerca de 104 milhões).

Os dados constam do Relatório e Contas de 2023, assinado pela direção da CPAS – eleita em dezembro de 2021 – composta por Victor Alves Coelho (presidente), Pedro Mota Soares, Catarina Mascarenhas, Vogal Secretária, Tânia Correia de Jesus e Celeste Chorão Peres.

O resultado líquido do exercício foi positivo em 25.816.203,93 euros (25 milhões). O que contrasta com o prejuízo de 54,4 milhões de euros registado em 2022.

No relatório de contas da CPAS – relativo ao ano anterior – a direção explica que “o ano de 2023 ficou marcado por uma forte recuperação dos ativos financeiros da CPAS. Ainda que subsista uma volatilidade na situação internacional, a valorização dos ativos imobiliários foi de 12,3 milhões de Euros, mantendo um perfil extremamente conservador no tipo de investimentos. Esta valorização tem sido mantida em 2024, tendo já sido alcançado o valor adicional de 11,8 milhões de Euros”.

Segundo as contas feitas, existem de 6,789 Beneficiários ativos para cada beneficiário pensionista, “o que no regime da Segurança Social não existe desde os anos 70″, diz o mesmo documento. A isto soma-se o facto de a CPAS ter atingido um número recorde de 40.076 beneficiários ativos, já em janeiro de 2024.

Quais os principais indicadores das contas da CPAS?

  • O montante efetivamente recebido de contribuições em 2023 (106.011.446,50 Euros) foi ligeiramente inferior ao montante de pensões de reforma pagas (107.126.052,16 Euros);
  • O resultado líquido do exercício foi positivo em 25.816.203,93 Euros;
  • O rendimento efetivamente gerado pelos ativos mobiliários e imobiliários ascendeu a 9.189.152,52 Euros. O montante recebido de contribuições somado ao rendimento dos ativos mobiliários e imobiliários é (115.200.599,02 euros) ligeiramente inferior ao montante global de pensões e de subsídios pagos (116.237.502,53 euros);
  • A cobrança da emissão de contribuições de 2023, ou seja, a taxa de cumprimento dos beneficiários no próprio ano foi de 79,31%, o que está em linha com os anos anteriores;
  • O rácio de beneficiários contribuintes por pensionista (sem incluir reformados com pagamento de contribuições) sofreu um aumento para 6,789 Beneficiários ativos para cada beneficiário pensionista de reforma;
  • Houve 2.658 novas inscrições de beneficiários, estando inscritos, no total, 3.156 beneficiários estagiários, dos quais 50 com pagamento de contribuições;
  • A dívida gerada durante o ano de 2023 por contribuições não pagas foi de 25.693.398,07 Euros, sendo que a recuperação de contribuições em dívida de anos anteriores foi de 7.396.711,30 Euros;
  • A dívida acumulada (líquida do capital já recebido de acordos em curso), registada no final do ano de 2023, era de 156.320.967,08 Euros.
  • O montante suportado com o pagamento de benefícios e comparticipações a beneficiários (vertente de assistência social) foi de 3.212.341,38 Euros de apoio direto aos beneficiários, ao qual acresceu o montante de 1.924.181,20 Euros relativos aos Seguros de Incapacidade Temporária, Acidentes Pessoais e Assistência Médica Permanente oferecidos pela CPAS aos Beneficiários que não tenham dívida de contribuições no final do ano;
  • O pagamento de pensões e subsídios totaliza 116.237.502,53 euros, havendo um acréscimo de 2.681.805,86 Euros face ao ano de 2022, numa variação de 2,36% face ao ano anterior, refletindo uma ligeira aceleração do crescimento deste custo face ao verificado no ano anterior;
  • O valor global dos ativos financeiros (mobiliários e imobiliários) é de 512.338.927,18 Euros, representando um acréscimo face ao ano de 2022.

Contas do ano anterior

Em 2022, o montante dos 37 mil beneficiários foi de 98,2 milhões de euros. Inferior ao montante de pensões de reforma pagas (cerca de 104 milhões). No total, registou um prejuízo de 54,4 milhões de euros. Sendo que apenas 79% dos beneficiários pagaram as contribuições devidas. No ano anterior, no mandato ainda de Carlos Pinto de Abreu, o resultado líquido foi positivo em 467 mil euros.

“Os indicadores relativos ao Exercício de 2022 evidenciam o impacto da aplicação do fator de correção sobre o indexante contributivo de – 10% (menos dez por cento), acima do inicialmente proposto pela direção, bem como o impacto da desvalorização dos ativos mobiliários nos mercados financeiros, que acabou por ser muito superior à decorrente da grande crise financeira iniciada no ano de 2008″, explicou, à data, a direção da CPAS, em comunicado. “Foram vários os eventos que abalaram o mundo e que fizeram do ano de 2022 um dos anos mais negativos alguma vez vistos no que toca a investimentos financeiros, tendo esta situação tido um impacto negativo substancial na avaliação contabilística dos ativos mobiliários da CPAS no final do ano de 2022”.

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Hoje nas notícias: EDP, crédito e insolvências

  • ECO
  • 15 Abril 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A EDP vai avançar nos próximos meses com uma nova estrutura de modo a otimizar a rentabilidade e a eficiência. Já a venda de carteiras de crédito de particulares e de empresas em incumprimento continua a ser feita sem enquadramento legal específico que proteja as famílias devedoras. Conheça estas e outras notícias nas manchetes nacionais desta sexta-feira.

EDP simplifica estrutura para ter “ganhos relevantes”

A EDP vai avançar nos próximos meses com uma nova estrutura alicerçada em cinco regiões e quatro plataformas para otimizar a rentabilidade e a eficiência, gerando poupanças nos custos. Esta decisão resultou da última assembleia geral, que reconduziu Miguel Stilwell d’Andrade para um segundo mandato de três anos como CEO da elétrica. As cinco regiões são Ibéria (Portugal e Espanha), Europa, América do Norte (EUA, México e Canadá), América do Sul (Brasil, Colômbia e Chile) e Ásia-Pacífico, que correspondem às principais geografias onde a EDP opera. Já as quatro plataformas são Gestão de Ativos Renováveis, Gestão de Energia, Soluções para Clientes e ainda Redes.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Vazio legal mantém famílias desprotegidas na venda de créditos a fundos

A venda de carteiras de crédito de particulares e de empresas em incumprimento, os designados “créditos não produtivos”, continua a ser feita sem enquadramento legal específico que proteja as famílias devedoras que acabam por perder a casa. É um “vazio” que a diretiva 2021/2167 quer colmatar, mas que Portugal ainda não transpôs para o direito nacional. Esta diretiva define regras que possibilitem que as famílias possam renegociar as prestações em atraso com o banco antes da venda a fundos de investimento, mas o prazo para a transposição terminou a 29 de dezembro de 2023. A Comissão Europeia alertou Portugal e outros Estados-membros para esse atraso.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Insolvências na indústria têxtil e no calçado disparam no início deste ano

Portugal registou neste primeiro trimestre 544 empresas insolventes, mais 40 do que em 2023, o que representa um aumento de 7,9%. As falências dispararam na indústria a reboque das dificuldades do têxtil e da moda, de acordo com dados da Informa D&B que dão conta que 61% dos 174 processos de insolvência de empresas industriais no primeiro trimestre dizem respeito ao têxtil e moda, que inclui as indústrias do vestuário e do calçado. Em sentido inverso estão a construção, as atividades imobiliárias, o alojamento e restauração e a agricultura que registaram menos insolvências este ano.

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso condicionado)

Justiça congela 170 mil euros a companheira de Miguel Albuquerque

Por altura das buscas da PJ na Madeira, a companheira do presidente cessante do Governo regional movimentou 170 mil euros de uma conta bancária. O que levou as autoridades a colocar a hipótese de Miguel Albuquerque estar a utilizar pessoas próximas para ocultar eventuais benefícios ilícitos enquanto responsável político na região. No âmbito da prevenção do branqueamento de capitais, o banco comunicou a operação às autoridades judiciárias e o dinheiro foi congelado. A companheira de Albuquerque gere a empresa responsável pela gestão do alojamento local na moradia de luxo que o social-democrata detém à beira-mar na freguesia de Ponta Delgada.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso livre)

Portugal sofreu 20 eventos climáticos extremos que custaram 800 milhões às seguradoras

Nos últimos 17 anos, Portugal foi assolado por duas dezenas de eventos climáticos extremos desde inundações, tempestades, incêndios florestais até tornados que custaram 800 milhões de euros às seguradoras. É o 7.º país mais afetado em perdas económicas e o 5.º em vidas humanas num conjunto de 35 países europeus. A vaga de incêndios de 2017 foi o evento mais trágico e custou 250 milhões às seguradoras. Só em quatro anos não ocorreram graves acidentes naturais em Portugal.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso condicionado)

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A grande feira tecnológica da indústria alimentar chega a Bilbao com um impacto económico de 19 milhões de euros

  • Servimedia
  • 15 Abril 2024

A organização simultânea da Food 4 Future 2024 e da Pick&Pack for Food Industry reunirá mais de 8.000 profissionais do setor alimentar no BEC, que virão em busca do seu parceiro tecnológico.

A semana tecnológica da indústria alimentar arranca em Bilbau com o Food 4 Future – Expo Foodtech 2024 e o Pick&Pack for Food Industry, os grandes eventos de inovação do setor que se realizam em simultâneo de terça-feira, 16 de abril, a quinta-feira, 18 de abril, no Centro de Exposições.

Mais de 8.000 profissionais estarão reunidos na Food 4 Future – Expo Foodtech 2024 e Pick&Pack for Food Industry, com um impacto económico de mais de 19 milhões de euros para a cidade. Um impacto que será plenamente sentido na capital da Biscaia, que a partir de hoje já registou uma taxa de ocupação hoteleira de 86% para os dias do evento, e que a coloca no mapa mundial dos eventos tecnológicos dedicados ao setor da alimentação e bebidas.

Especialistas internacionais do setor e representantes da administração local, nacional e europeia partilharão os últimos desenvolvimentos em matéria de regulamentação, segurança, novos ingredientes, soluções e tendências tecnológicas no domínio dos alimentos e bebidas. Da mesma forma, no Food 4 Future 2024, o Ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação, Luis Planas, abrirá o European FoodTech Nations Summit, um fórum onde mais de 40 representantes internacionais apresentarão os principais ecossistemas de inovação na indústria alimentar. Entre eles estará uma grande delegação de empresários do setor de foodtech e bebidas do Reino Unido, o país convidado do Food 4 Future 2024, bem como do Japão, Holanda e Alemanha.

A Cimeira Mundial Food 4 Future reunirá também mais de 450 líderes de empresas de renome como a Danone, Campofrío, Lotus, Anguilas Aguinaga, General Mills, Mahou San Miguel, Pascual, Nestlé, Pepsico, Estrella Galicia, Coca-Cola Europacific Partners Iberia, Sanygram, Eroski, Alcampo e Waitrose, que revelarão as tendências atuais do setor e partilharão estratégias para que as empresas se adaptem à atual situação socioeconómica.

Ao mesmo tempo, os profissionais presentes no Food 4 Future também poderão descobrir, entre mais de 280 empresas expositoras, as propostas que surgiram recentemente em matéria de robótica e automatização, sustentabilidade e maquinaria de processamento e embalagem para os diferentes segmentos do setor, bem como em matéria de segurança e ciência alimentar. AgroBank, AZTI, Basque Culinary Center, Blendhub, Chemometric Brain, Christeyns, Basque Food Cluster, CNTA, Eurecat, IFR, Siemens, Tecnalia ou Ulma são algumas das marcas que se reunirão na cimeira.

Sergio Fabregat, diretor da Food 4 Future, sublinha que “com a nossa quarta edição, estamos a traçar o caminho para a indústria alimentar num momento turbulento marcado pela mudança de hábitos dos consumidores, pela crise climática e pelo aumento da concorrência no mercado. Por isso, este ano, mais do que nunca, é imprescindível assistir ao evento para que os empresários do setor saibam como incorporar com êxito as tecnologias nas suas fábricas, com o objetivo de serem mais eficientes e competitivos, e para conhecerem os últimos conceitos com o objetivo de se diferenciarem do resto dos atores atuais”. Fabregat acrescenta que “tudo isto será feito em conjunto com o Pick&Pack for Food Industry, que fará de Bilbau o epicentro da semana foodtech”.

Outro fórum importante que terá lugar durante o evento é o FoodTech Startup Forum, o palco onde se reunirão as start-ups tecnológicas mais avançadas que propõem soluções para a indústria alimentar. Mais de 200 start-ups selecionadas de todo o mundo terão a oportunidade de apresentar os seus projetos a mais de 40 fundos de investimento internacionais, clusters tecnológicos mundiais e executivos do setor alimentar. O Food 4 Future será assim o ponto de encontro de todos os intervenientes do setor e a corrente de inovação aberta, baseada na colaboração, será promovida com o objetivo de provocar a disrupção a todos os níveis.

LOGÍSTICA E EMBALAGEM

O Pick&Pack for Food Industry, o único evento em Espanha especializado em soluções de embalagem e logística para a indústria alimentar e de bebidas, terá lugar em simultâneo com o Food 4 Future. De 16 a 18 de abril no BEC, o evento mostrará as últimas novidades em sistemas de processamento, contentores e embalagens, robótica logística, transporte, rastreabilidade e rastreabilidade, cadeia de abastecimento, rotulagem e codificação, sistemas de embalagem e novos materiais para embalagens; bem como tecnologias como Inteligência Artificial, blockchain, IIoT ou Data Analytics, entre outras.

Por sua vez, mais de 180 especialistas de empresas como Carrefour, Delicass, Areas, Electrolux, Diageo e Biofresh participarão do Congresso Nacional de Embalagem 4.0 e da Cimeira Europeia de Logística 2024, os fóruns especializados em embalagem e distribuição, onde abordarão os desafios da embalagem para torná-la mais circular e inteligente, e da intralogística e logística com o objetivo de tornar uma cadeia de abastecimento mais descarbonizada e ágil.

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Associação Comercial lança Senado do Porto como órgão consultivo e debate a competitividade da região Norte

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  • 15 Abril 2024

O objetivo é ouvir vozes distintas da sociedade civil, provenientes de vários setores de atividade, sobre os temas e as iniciativas mais relevantes para a cidade do Porto e região.

Senado do Porto. Assim se designa o órgão consultivo da Associação Comercial do Porto – Câmara de Comércio e Indústria (ACP-CCIP), que foi recentemente reabilitado e que tem, como objetivo central, ouvir vozes distintas da sociedade civil, provenientes de vários setores de atividade, sobre os temas e as iniciativas mais relevantes para a cidade e região.

O grupo escolhido pela direção da ACP-CCIP integra 21 individualidades de reconhecido mérito nas suas áreas de trabalho e assegura, não apenas a diversidade de experiências e contextos que se impõem a um órgão consultivo, como também um ecletismo assinalável na idade e no género dos seus membros.

“Fazem parte, deste grupo, empresários, gestores, médicos, engenheiros e arquitetos, que têm, em comum, um perfil empreendedor e liderante nas respetivas profissões”, assinala Nuno Botelho, presidente da ACP-CCIP. O dirigente considera que “o capital de conhecimento e massa crítica” do Senado do Porto “irá trazer novas perspetivas para os desafios económicos da região e contribuir, ao mesmo tempo, para a evolução da própria Associação Comercial, no ano em que a instituição assinala 190 anos de história”.

O órgão será provisoriamente coordenado pelo presidente da Associação Comercial do Porto, no primeiro ano de funcionamento, após o qual será eleita uma liderança entre os pares

Na primeira reunião do Senado do Porto, esteve em destaque o tema da competitividade económica da região Norte e a sua capacidade de reter e atrair talento. “O Norte continua a ser a região mais pobre do país com um PIB per capita que corresponde a 87% da média nacional e 67% da média europeia, somando ainda quatro das cinco sub-regiões portuguesas mais pobres”, recorda Nuno Botelho, assinalando que é também um dos territórios “mais afetados pela perda de jovens qualificados para a emigração”.

Nesse sentido, a discussão colocada ao Senado do Porto permitiu, como assinala o presidente da ACP-CCIP, “somar contributos muito oportunos e úteis para a intervenção pública que é necessária fazer” sobre o tema. Fomentar programas de apoio à fusão e aquisição de empresas, investir na internacionalização da economia regional, melhorar o equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar ou oferecer melhores perspetivas de evolução na carreira foram alguns dos fatores de mudança propostos pelos consultores presentes.

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Órgão consultivo da ACP-CCIP expressou preocupações sobre o Aeroporto Francisco Sá Carneiro

 

O segundo tema que marcou a agenda de trabalhos do Senado do Porto foi o investimento na melhoria da capacidade de resposta do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. A infraestrutura, como recorda Nuno Botelho, pode vir a enfrentar “um quadro de saturação na resposta”, fruto dos 15 milhões de passageiros movimentadas em 2023, o que, assinala o presidente da ACP-CCIP, deveria colocar na agenda “a possibilidade de se construir uma nova pista de aterragem, que estava prevista no contrato de concessão, assim que fossem ultrapassados os 12 milhões de passageiros”.

Sobre o mesmo tema, o órgão consultivo da ACP-CCIP chamou a atenção para a necessidade de o Aeroporto Francisco Sá Carneiro ter um plano de desenvolvimento estratégico, fruto do impasse com o Novo Aeroporto de Lisboa e a oportunidade da infraestrutura nortenha se manter como a referência aeroportuária do noroeste peninsular, superando a concorrência dos equipamentos da Galiza.

O Conselho Consultivo da Associação Comercial do Porto – Senado do Porto é composto pelos seguintes elementos: Adrian Bridge, Ana Paula Marques, Ângelo Paupério, Aquiles de Brito, Carlos Moreira da Silva, Carlos Mota Santos, Eurico Castro Alves, Fernando da Cunha Guedes, Francisco Bernardo de Almada Lobo, Gonçalo Cruz, Jorge Queiroz Machado, Luís Menezes, Luís Onofre, Manuel Ramirez, Manuel Violas, Manuela Tavares de Sousa, Mário Jorge Machado, Nuno Barroca, Nuno Valentim, Patrícia Vasconcelos e Vasco Mourão. O órgão será provisoriamente coordenado pelo presidente da Associação Comercial do Porto, no primeiro ano de funcionamento, após o qual será eleita uma liderança entre os pares.

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