Benefícios fiscais para empresas: como usá-los?

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  • 1 Fevereiro 2024

Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, explica, em entrevista ao ECO, quais os benefícios fiscais mais adequados às atuais necessidades das empresas e a forma como estas os devem usar.

Num cenário económico em constante evolução, os benefícios fiscais emergem como um elemento crucial com capacidade de influenciar as decisões estratégicas de empresas e contribuintes. Estas medidas, delineadas pelos governos, não apenas moldam o quadro fiscal, mas também desempenham um papel essencial na promoção do investimento, no estímulo à economia e à conquista de objetivos sociais.

Neste contexto, Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, explica, em entrevista ao ECO, o impacto que os benefícios fiscais podem ter nos contribuintes, bem como a forma como as empresas devem usar estes apoios e, ainda, comenta sobre a necessidade de melhorar a comunicação dos benefícios fiscais existentes para que tanto os contribuintes como as empresas estejam informados sobre eles.

Veja a entrevista, abaixo.

Quais são os benefícios fiscais que considera mais relevantes e como é que eles afetam os contribuintes?

Os benefícios fiscais são de extrema relevância, tanto no âmbito das empresas, como dos consumidores, individualmente. Neste âmbito, destacaria os seguintes incentivos: os recém-criados Incentivo Fiscal à Investigação Científica e Inovação e Incentivo Fiscal à Habitação dos Trabalhadores; alteração ao Incentivo Fiscal à Aquisição de Participações Sociais de Start-ups, no qual os ganhos obtidos pelos trabalhadores passam a ser tributados em apenas 50% do seu valor, e ficam sujeitos à taxa especial de 28% para efeitos de IRS (i.e., correspondendo a uma taxa efetiva de tributação de 14%), com opção pelo englobamento; o reforço do IRS Jovem através do aumento dos limites máximos do benefício, em cada ano; e ainda a isenção de IRS até 5x a RMMG, equivalente a 4.100€, no caso das Gratificações de Balanço, que são um instrumento importante para compensar e incentivar os colaboradores pelos bons resultados apurados pelas empresas e disponíveis para distribuição.

Considera que a forma como estes benefícios fiscais são comunicados às empresas e contribuintes é a melhor?

Sendo desenhados para serem alavancas para determinados objetivos estratégicos na Economia nacional, penso que há espaço para melhorar a comunicação dos benefícios fiscais, tornando-a mais transparente e acessível para as empresas e contribuintes.

Por um lado, temos uma multiplicidade de códigos legislativos, cuja complexidade pode dificultar a compreensão dos benefícios disponíveis. Seria muito útil para todos simplificar e consolidar os códigos legislativos relacionados com benefícios fiscais, tornando as informações mais acessíveis e compreensíveis. Por outro, na maioria das vezes, os critérios de elegibilidade são subjetivos e de difícil interpretação. A presença de critérios subjetivos pode levar a interpretações variadas, criando ambiguidade sobre a qualificação de beneficiários e os investimentos/despesas elegíveis em cada um deles. Seria salutar legislar com maior transparência e clareza, permitindo que as empresas entendam melhor os requisitos.

Na sua opinião, quais são os benefícios fiscais direcionados para as empresas que mais estimulam o crescimento e desenvolvimento?

Pelo que representa para o aumento da competitividade internacional da nossa economia no que toca à Inovação e no que diz respeito aos Benefícios Fiscais à Investigação e Desenvolvimento (I&D), destacaria o SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial. Trata-se de um incentivo fiscal que ajuda as empresas a valorizar e reforçar de forma contínua as suas atividades de investigação e desenvolvimento, uma vez que possibilita a dedução à coleta das respetivas despesas.

O SIFIDE incide sobre despesas decorrentes de atividades de I&D, que muitas empresas realizam como parte do seu dia-a-dia, como os custos com pessoal e as aquisições de materiais. Como tal, para usufruir deste benefício fiscal, que se traduz numa redução do IRC a pagar, as empresas não precisam de efetuar investimentos não previstos na sua atividade normal e/ou definir e estruturar projetos com antecedência.

Do lado dos Benefícios Fiscais ao Investimento, salientaria o RFAI – Regime Fiscal de Apoio ao Investimento e o ICE – Incentivo à Capitalização das Empresas. O RFAI tem um caráter regional, é destinado às PME e às NPME e tem como objetivo apoiar os investimentos produtivos que já tenham sido realizados e que tenham originado a criação de postos de trabalho. Torna possível deduzir nos impostos parte do investimento empresarial em ativos tangíveis e intangíveis, bem como os custos salariais decorrentes da criação de postos de trabalho para colaboradores com grau de mestrado (nível 7) e doutoramento (nível 8). Estes postos de trabalho deverão ser mantidos durante um período mínimo de 5 anos (3 anos no caso de PME). Já o ICE surgiu no OE anterior, face à revogação dos benefícios Remuneração Convencional do Capital Social (RCCS) e Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR).

Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting
Que conselho daria às empresas para conseguirem aproveitar ao máximo os benefícios fiscais disponíveis e garantirem conformidade fiscal?

A boa gestão destes instrumentos e a sua eficácia exigem profundidade no seu tratamento e utilização. Na minha perspetiva, é cada vez mais relevante que as empresas recorram a parceiros experientes e equipas qualificadas para garantir a compreensão aprofundada dos benefícios disponíveis e dos requisitos de conformidade e obter uma visão e experiência adicional na otimização dos benefícios fiscais.

Diria que as principais vantagens desta opção são a possibilidade da empresa ter alguém que já monitoriza constantemente as alterações legislativas, que mais rapidamente pode identificar oportunidades para maximizar o aproveitamento dos benefícios fiscais, que assegura que a documentação fiscal exigida legalmente é elaborada de maneira completa e precisa, bem como o correto enquadramento e cumprimento de todas as condições de elegibilidade para os benefícios fiscais. E, por último, ter ao seu lado um especialista que o pode acompanhar e assessorar sempre que existam auditorias da Autoridade Tributária (AT). Partilho um exemplo: um cliente nosso, em quatro anos, conseguiu um benefício fiscal de cerca de 1,5 milhões de euros. Este valor acabou por chamar a atenção da AT, que procedeu a uma inspeção. Estivemos ao lado do nosso cliente nesse dia e, no final, tivemos o orgulho de ouvir a AT a dar os parabéns ao nosso cliente porque estava tudo impecável!

De que forma o Incentivo de Capitalização às Empresas (ICE), o novo benefício fiscal introduzido pelo OE 2023, se reflete na prática?

O regime fiscal de Incentivo à Capitalização de Empresas (ICE) foi consagrado no Orçamento do Estado (OE) para 2023. Tal como mencionei atrás, a criação deste incentivo surgiu no seguimento da revogação do benefício de Remuneração Convencional do Capital Social (RCCS) e da Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR). Possibilita a dedução de até 5% à matéria coletável do IRC dos aumentos do capital próprio realizados após 1 de janeiro de 2023. Esta dedução, devido às alterações introduzidas pelo OE 2024, vai passar a ser apurada com base numa taxa variável, indexada à média da taxa Euribor a 12 meses, acrescida de um spread de 1,5p.p. (2p.p. se PME ou empresa de pequena-média capitalização – Small Mid Cap). A dedução é ainda majorada em 50%, 30% e 20% em 2024, 2025 e 2026, respetivamente. O prazo de referência do incentivo alterou-se também para sete anos (ao invés de dez anos), sendo relevantes para os aumentos líquidos de capital próprio elegíveis do próprio exercício e dos seis anteriores.

Este OE clarificou, ainda, que o aumento de capitais próprios que sejam decorrentes de entradas realizadas em dinheiro durante o prazo do benefício fiscal, por mútuos concedidos pelo sujeito passivo ou entidades com a qual estejam em situação de relações especiais, não são elegíveis, exceto se o sujeito passivo comprovar que estes se destinaram a outros fins.

O que esperar do OE 2024?

Ao olhar para o Orçamento do Estado para 2024, identifico dois eixos principais que refletem a intenção do Governo de reforçar os rendimentos e promover o investimento, apoiando-se na execução do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e no Portugal 2030.

No que diz respeito ao reforço dos rendimentos, destaco os aumentos salariais previstos, tanto no setor privado, quanto na administração pública. Por outro lado, assistimos à atualização das pensões e escalões de IRS, proporcionando um impacto positivo nos rendimentos dos cidadãos. Relativamente à promoção do investimento privado e público, a intervenção na área empresarial pode não atender completamente às necessidades dos empresários, mas reconheço a presença de estímulos, especialmente no contexto do PRR e do Portugal 2030.

Em geral, nota-se uma ênfase no rigor orçamental e no equilíbrio entre receitas e despesas como elementos positivos, refletindo-se em melhores notações à dívida da República e, consequentemente, nas condições de financiamento para as empresas. Apesar de reconhecer estes sinais positivos, não posso deixar de referir a necessidade de tratar questões como os prazos de pagamento e a legislação sobre a dívida das faturas para melhorar a liquidez das empresas. Por exemplo, alguns regimes anglo saxónicos, ao fim de cinco dias, se a fatura não foi devolvida, é um título executivo. Isso acelera muito o pagamento às empresas.

Quais as novidades que o OE 2024 trará que mais impactarão o futuro das empresas e contribuintes?

Para responder a esta questão, vou focar-me na área fiscal, na qual se destacam algumas alterações que podem ter impacto positivo tanto nos contribuintes como nas empresas, além das já mencionadas na primeira questão.

  • Contribuintes:
    – Aumento da Remuneração mínima mensal garantida para 820 €, bem como Indexante dos apoios sociais (IAS) para 509,26 euros;
    – Regime fiscal aplicável a ex-residentes;
    – Redução dos encargos com o crédito habitação, através da bonificação de juros e/ou redução e estabilização das prestações
  • Empresas:
    – Reforço do Incentivo à Capitalização das empresas (ICE);
    – Incorporação dos custos salariais nos benefícios fiscais ao investimento produtivo;
    – Incentivo Fiscal à Valorização Salarial;
    – Redução das Tributações Autónomas;
    – Redução da Taxa de IRC aplicável a Startups.

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Aumentar a poupança é urgente

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  • 1 Fevereiro 2024

Em 2050, a pensão de reforma dos portugueses corresponderá, em média, a 43,5% do seu último salário. Atendendo ao quadro económico atual, como incentivar a poupança e mitigar a perda de rendimentos?

No dia 2 de outubro de 2023 realizou-se uma conferência promovida pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), dedicada ao tema “A importância da poupança para reforma e o contributo das soluções complementares ao regime público”.

Em relação aos conteúdos partilhados no referido evento, foquemo-nos nos seguintes dados:

  • De acordo com dados do INE, as famílias portuguesas pouparam apenas 6,5% do seu rendimento disponível bruto em 2022, a taxa mais baixa desde pelo menos 1960;
  • Em 2050, a pensão de reforma dos portugueses corresponderá apenas, em média, a 43,5% do seu último salário, criando um enorme pension gap que será necessário colmatar.

É impossível ficar indiferente ao cenário traçado. Deixando o tema do indispensável crescimento económico para outros fóruns e tendo consciência da dificuldade hoje existente em poupar, desde logo pela elevada carga fiscal suportada pelas famílias, parece-nos que fará sentido equacionar um incentivo fiscal adicional à poupança.

Ora, os Planos de Poupança Reforma (PPR) continuam a ser um dos produtos mais populares enquanto destinatários de poupança, sendo que os mesmos podem ser constituídos enquanto um contrato de seguro, um fundo de investimento mobiliário ou um fundo de pensões.

Também segundo dados da APS, apesar de praticamente 20% da população portuguesa ter poupanças aplicadas em PPR, o montante médio acumulado por cada pessoa segura correspondeu apenas a 8500€, em 2022, valor certamente residual face ao pension gap estimado.

Para além da já referida dificuldade em construir uma poupança de longo prazo, existem dois fatores que, sem prejuízo de pretenderem atenuar as dificuldades económicas atuais em que vivem muitas famílias, acabam por contribuir para a diminuição dos valores aplicados nestes produtos.

Inês Cabral, Partner EY, Tax Financial Services

Por um lado, recordar que uma das utilizações possíveis para os valores aplicados em PPR é o pagamento de prestações de contratos de crédito garantidos por hipoteca sobre imóvel destinado a habitação própria e permanente do participante.

Por outro lado, considerar o impacto que possa ter o regime excecional e temporário para resgate / reembolso sem penalização de PPR, criado com o intuito de mitigar as consequências económicas e sociais decorrentes da subida da inflação e que estará em vigor até 31 de dezembro de 2024.

Não sendo possível antecipar a materialidade dos valores em causa, estaremos sempre perante uma redução dos valores aplicados em PPR e não numa perspetiva de construção de uma poupança para a reforma.

Atualmente, a máxima dedução à coleta passível de ser obtida em sede de IRS corresponde a 20% das aplicações efetuadas nestes produtos, dependendo do limite máximo de dedução da idade do contribuinte. Assim, para um contribuinte com idade inferior a 35 anos, a dedução máxima ascenderá a 400€. Não obstante, o montante a deduzir ao abrigo deste benefício fiscal, juntamente com despesas de outras naturezas também incorridas como, por exemplo, as despesas de saúde e as despesas de educação, encontra-se também limitado, por agregado familiar, consoante o respetivo rendimento coletável, de acordo com as regras previstas no n.º 7 do artigo 78.º do Código do IRS.

Importa recordar que quando os PPR surgiram, em 1989, pretendia-se canalizar um volume significativo de capitais para a poupança de médio e longo prazos destinada a satisfazer as necessidades financeiras inerentes à situação de reforma e, bem assim, para o desenvolvimento do mercado de capitais.

Conforme acima referido, dada a situação atual, o objetivo que esteve na base da criação dos PPR permanece o mais pertinente possível, pelo que talvez faça sentido reequacionar o respetivo enquadramento fiscal, de forma a torná-lo realmente apetecível. Trata-se de um produto já testado e com os respetivos reportes à Administração Tributária perfeitamente definidos, pelo que talvez não faça sentido criar algo de raiz.

Poderá ser equacionado, a título de exemplo, não tributar na esfera dos colaboradores as importâncias suportadas pelas entidades patronais com a subscrição ou reforço de PPR.

Na verdade, várias são as soluções fiscais que podem ser adotadas para promover o aumento da poupança das famílias e a diminuição do pension gap, como ferramenta para melhorar a qualidade de vida dos portugueses nos anos vindouros.

Inês Cabral, Partner EY, Tax Financial Services

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“Próxima decisão do BCE será uma decisão de corte” das taxas, diz Centeno

Governador do Banco de Portugal frisou que as taxas vão continuar num nível muito restritivo, mas adiantou que BCE irá normalizar a política monetária na próxima decisão que tomar.

O governador do Banco de Portugal adiantou que a próxima decisão do Banco Central Europeu (BCE) será “uma decisão de corte” das taxas diretoras. “Não sabemos quando vai acontecer, mas sabemos a tendência da decisão de política monetária”, adiantou esta quinta-feira Mário Centeno.

Se a inflação mantiver, nos próximos meses, o trajeto feito até aqui, é expectável que a próxima decisão do BCE seja uma decisão de corte”, disse o também membro do conselho de governadores do banco central do euro na conferência Fórum Banca, organizada pelo Jornal Económico.

"Se a inflação mantiver, nos próximos meses, o trajeto feito até aqui, é expectável que a próxima decisão do BCE seja uma decisão de corte.”

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

Centeno considerou que “foi muito importante” a decisão de setembro que deu início “ao período de pausa das taxas diretoras”. “Foi um momento de transmitir previsibilidade neste processo que não tem paralelo”, referiu.

Agora, “se a inflação nos der este espaço para agir, podemos iniciar um ciclo de normalização das taxas próximas do seu nível neutral”, à volta dos 2%”, acrescentou o governador, lembrando, ainda assim, que a restritividade da política monetária ainda se “vai fazer sentir muito meses”, mas vai “gradualmente” reduzir-se nos próximos meses.

Entre julho de 2022 e setembro de 2023, o BCE aumentou as taxas diretoras em 450 pontos base num esforço para travar a escalada da inflação na Zona Euro, mas nas últimas três reuniões decidiu fazer uma pausa.

Os analistas antecipam que o banco central liderado por Christine Lagarde poderá começar a baixar as taxas de juro a partir do verão, apontando para três a quatro cortes ao longo deste ano.

A inflação na Zona Euro baixou para 2,8% em janeiro, com a inflação subjacente – que exclui os preços da energia, alimentação e álcool e tabaco — a ceder para 3,3%, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Eurostat.

(Notícia atualizada às 10h15)

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Ana Gomes absolvida pela Relação do Porto no caso movido por Mário Ferreira

  • ECO
  • 1 Fevereiro 2024

O empresário Mário Ferreira acusava a eurodeputada Ana Gomes de difamação agravada por esta ter escrito um tweet em que usava expressões para o descrever como "escroque" e "criminoso fiscal".

Ana Gomes foi absolvida esta quinta-feira pelo Tribunal da Relação do Porto no processo interposto por Mário Ferreira, avança o Observador. O empresário acusava a eurodeputada de difamação agravada por esta ter escrito um tweet em que usava expressões para o descrever como “escroque” e “criminoso fiscal”.

“Acordam os juízes desta Segunda Secção Criminal do Tribunal da Relação do Porto em conceder provimento ao recurso e consequentemente, revogando a sentença recorrida, absolver a arguida do crime de difamação agravado, do pedido de indemnização civil e das custas pelas quais vem condenada“, refere o acórdão citado pelo Observador.

Ana Gomes já reagiu na rede social X: “Fui ABSOLVIDA pelo Tribunal da Relação do Porto. No 3.º processo que me moveu Mário Ferreira. Tinha sido condenada por aqui o dizer “escroque”, tendo escrito “notório escroque/criminoso fiscal”, lê-se.

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Deutsche Bank vai cortar 3.500 postos de trabalho, após quebra nos lucros

  • ECO
  • 1 Fevereiro 2024

Banco alemão anunciou esta quinta-feira que vai cortar 3.500 postos de trabalho, recomprar ações e pagar dividendos, depois de ter visto os lucros caírem em 2023.

Depois de ter visto os lucros afundar 30% no quarto trimestre de 2023, o Deutsche Bank anunciou esta quinta-feira que vai cortar 3.500 postos de trabalho, recomprar ações e pagar dividendos.

Os empregos afetados serão na área de back office, segundo a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês). O banco alemão já tinha anunciado a intenção de reduzir o número de trabalhadores, mas esta é a primeira vez que avança com um número específico.

A decisão permitirá ao credor alemão um retorno na ordem de 1,6 mil milhões de euros e vai decorrer no primeiro semestre deste ano. Por outro lado, o Deutsche Bank subiu também as perspetivas de crescimento de receita.

Já de acordo com a AFP, para 2023, o grupo vai propor dividendos aos acionistas de 0,45 euros por ação, um aumento de 50% face a 2022.

No quarto trimestre de 2023, o banco alemão registou um lucro líquido atribuível aos acionistas de 1,26 mil milhões de euros, o que compara com os 1,803 mil milhões de euros registados no ano anterior. Ainda assim, segundo a Reuters, supera as expectativas dos analistas, que apontavam para lucros de cerca de 700 milhões de euros.

A quebra surge numa altura em que os custos de restruturação e de outras despesas extraordinárias superam os ganhos com as receitas. Já o lucro anual caiu para 4,21 mil milhões de euros, face aos 5,03 mil milhões de euros do ano anterior, também superando as expectativas dos analistas, que apontavam para 3,664 mil milhões.

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Centeno antecipa que dívida pública vai ficar abaixo de 100% do PIB

No dia em que o Banco de Portugal divulga o peso da dívida, Mário Centeno anunciou que vai voltar, "muito provavelmente", abaixo da fasquia dos 100% do PIB.

“A dívida pública vai voltar, muito provavelmente, abaixo dos 100%“, anunciou o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, a poucas horas de o supervisor divulgar o indicador.

“Ficaremos a saber hoje que está abaixo dos 100%, o que não acontecia há muito tempo”, reforçou o governador esta quinta-feira na conferência Fórum Banca, organizada pelo Jornal Económico.

Para Mário Centeno, a evolução da dívida pública “não é um epifenómeno, não é uma situação que acontece por acaso”. “Resulta de um esforço que passa pelas famílias, empresas e, necessariamente, pelo Estado”, acrescentou. “É um caminho que temos de continuar a fazer”.

O antigo ministro das Finanças referiu que, do ponto de vista macroeconómico, Portugal realizou um caminho “muito pouco habitual” porque conseguiu “desalavancar, investir e crescer” ao mesmo tempo. “Não é um resultado muito habitual, foi o que Portugal fez na última década”, frisou.

O Banco de Portugal divulga pelas 11h00 a evolução da dívida pública no final do ano passado. No terceiro trimestre, a dívida pública baixou para 107,5% do PIB.

Na reta final do ano o Governo avançou com uma “operação secreta” para colocar o peso da dívida abaixo do patamar dos 100%, acelerando os pagamentos dos hospitais aos fornecedores e recomprando de dívida aos bancos. O bom desempenho da economia no quarto trimestre deu uma ajuda extra ao Executivo para conseguir este objetivo.

(Notícia atualizada às 9h47)

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Reembolsos do Edifícios Mais Sustentáveis vão ser pagos com mais de dois meses de atraso

  • ECO
  • 1 Fevereiro 2024

Avaliação das candidaturas ao programa não começou em janeiro, tendo ficado adiada para “o primeiro trimestre de 2024”, diz o Governo. Atraso resulta da necessidade de contratar trabalhadores.

Os reembolsos às obras de melhorias energéticas, através do programa Edifícios Mais Sustentáveis, vão começar a ser pagos com, pelo menos, dois meses de atraso. Isto porque a avaliação das candidaturas ao programa não começou em janeiro, como tinha sido anunciado, tendo ficado adiada para “o primeiro trimestre de 2024”, confirmou ao Jornal de Negócios (acesso pago) o Ministério do Ambiente e Ação Climática.

O atraso deve-se à necessidade de contratar pessoas para levar a cabo dezenas de milhares de avaliações, estando o processo a cargo do Tribunal de Contas.

Através do programa Edifícios Mais Sustentáveis, a despesa suportada para a instalação de janelas ou portas eficientes, ou de painéis solares, é reembolsada até 85% com verbas comunitárias. Entre 16 de agosto e 31 de outubro de 2023 deram entrada na plataforma do Fundo Ambiental 78.081 candidaturas que terão de ser analisadas.

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Portugal Ventures à procura de projetos de turismo para investir

Cada projeto selecionado através da nova Call FIT irá receber 150 mil euros. Call FIT investiu em cinco startups um total de 730 mil euros. A YonWine é a mais recente.

A Portugal Ventures está à procura de projetos no setor de turismo em fase pré-seed. As candidaturas para a nova Call FIT – Fostering Innovation in Tourism estão abertas até 14 de abril. Candidaturas são efetuadas, exclusivamente, através das entidades que integram a Rede de Parceiros de Ignição da sociedade de capital de risco do BPF.

“A Call FIT é essencial para continuar a fomentar o crescimento de negócio no setor do Turismo, sendo que estes projetos que se encontram nesta fase inicial possam ter a capacidade financeira para desenvolver o produto, e delinear uma estratégia de crescimento sustentada com o acompanhamento da equipa da Portugal Ventures”, diz Pedro Mello Breyner, vogal executivo da Portugal Ventures. “As candidaturas sendo através da nossa Rede de Parceiros de Ignição, será uma mais valia na seleção dos projetos que se encontram preparados para investimento em capital de risco”, diz ainda citado e comunicado.

Através da Call FIT, em parceria com o Turismo de Portugal e o NEST – Centro de Inovação do Turismo, cada projeto selecionado irá receber 150 mil euros.

Quem pode candidatar-se

As candidaturas são efetuadas, exclusivamente, através da Rede de Parceiros de Ignição da Portugal Ventures, que conta com mais de 120 entidades, como incubadoras, aceleradoras, universidades, polos/clusters tecnológicos, associações e municípios.

“Os projetos que não se encontram incubados/acompanhados pela Rede de Parceiros de Ignição devem entrar em contacto com uma das entidades para avaliação do projeto e possibilidade de apresentar candidatura através do parceiro”, informa a Portugal Ventures em comunicado.

São elegíveis projetos não tecnológicos com “conceitos diferenciadores para a oferta turística do país, que contribuam para o enriquecimento da experiência do turista e o reforço da competitividade de Portugal como destino turístico”, mas igualmente projetos tecnológicos com “soluções que permitam melhorar a eficiência das empresas do setor do Turismo e da sua oferta de produtos e serviços.”

Desde o seu formato inicial até à reformulação efetuada em 2022, a Call FIT investiu em cinco startups num total de 730 mil euros. A YonWine – aplicação oferece ao visitante (maioritariamente estrangeiros) de projetos de enoturismo uma solução de compra dos vinhos experienciados na visita – foi o mais recente projeto a receber apoio.

“É essencial promover a inovação no setor do turismo e fazer dessa inovação um dos pilares essenciais de crescimento, para que o setor possa continuar a ser um catalisador na criação de valor para a economia nacional. A inovação pode ser um contributo decisivo para dar maior valor acrescentado ao turismo, sendo que também é essencial para que consigamos estar na vanguarda do desenvolvimento do setor e moldar o futuro do turismo”, diz Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, citado em comunicado.

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Autarca do Funchal sem poupanças movimenta um milhão

  • ECO
  • 1 Fevereiro 2024

Entre 2012 e outubro de 2023, deram entrada nas contas bancárias do ex-autarca mais de 815 mil euros em rendimentos líquidos da sua atividade profissional e mais de 220 mil em depósitos em numerário.

Enquanto desempenhou cargos políticos na Madeira (de 2005 a janeiro de 2024), Pedro Calado nunca declarou qualquer valor de poupança ao Tribunal Constitucional (TC). No entanto, nesse mesmo período temporal, as suas contas bancárias terão sido alvo de movimentos bancários que ascendem a mais de um milhão de euros em rendimentos líquidos e depósitos em numerário, de acordo com o despacho de indiciação do Ministério Público, avança esta quinta-feira o Correio da Manhã (acesso pago).

Nas declarações de rendimentos que entregou no TC, consultadas pelo Correio da Manhã, Pedro Calado só indicou o número de contas bancárias que detinha em seu nome e o NIF de cada uma, sem qualquer referência a valores de poupanças em depósitos a prazo ou outro tipo de aplicações financeiras.

Mas, de acordo com os dados financeiros que constam no despacho de indiciação do Ministério Público – que em conjunto com a Polícia Judiciária levou a cabo uma investigação aos negócios suspeitos do Governo Regional da Madeira com vários empresas — entre 2012 e meados de outubro de 2023, deram entrada nas contas bancárias do ex-autarca mais de 815 mil euros em rendimentos líquidos da sua atividade profissional no setor privado e do exercício de funções políticas e mais de 220 mil euros em depósitos em numerário, no total ligeiramente superior a um milhão de euros.

 

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Agricultores protestam de norte a sul pela valorização do setor

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2024

No dia em que decorre uma cimeira de líderes da UE, agricultores portugueses e de outros Estados-membros protestam pela valorização do setor. Em Portugal, já há estradas cortadas.

Os agricultores estão esta quinta-feira na rua com os seus tratores, de norte a sul, reclamando a valorização do setor e condições justas, num protesto que deverá bloquear várias estradas, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.

Em causa está uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, que terá início pelas 6h00.

O protesto decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

Segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade. O movimento, que se apresenta como espontâneo e apartidário, garantiu que os agricultores portugueses estão preparados para “se defenderem do ataque permanente à sustentabilidade, à soberania alimentar e à vida rural”.

Os agricultores do Alentejo prometeram bloquear com tratores e máquinas agrícolas as três principais fronteiras da região com Espanha, nomeadamente, Caia (Elvas, distrito de Portalegre), Mourão (Évora) e Vila Verde de Ficalho (Serpa, distrito de Beja).

A presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP), Fermelinda Carvalho, manifestou-se a favor do protesto, adiantando estar a ajudar na sua organização, apesar de ressalvar tratar-se de uma iniciativa espontânea, que não foi convocada por associações ou confederações.

Na região norte, a porta-voz dos agricultores de Trás-os-Montes, Douro e Minho do Movimento Civil Agricultores de Portugal disse que a manifestação surge em resposta ao autismo do Governo e das confederações pelos problemas do setor.

Ana Rita Bivar explicou que sendo um movimento “totalmente espontâneo”, é difícil apontar com precisão os locais onde vão decorrer os protestos. Contudo, apontou, “com mais certeza”, a região de Trás-os-Montes, em Barca d’Alva, Freixo de Espada à Cinta, Bemposta, Miranda do Douro e no IC5.

A responsável indicou que “há grandes movimentações” previstas também para Vila Real, Lamego, Macedo de Cavaleiros, mas disse desconhecer em que local do Minho ocorrerão os protestos.

Também no Algarve os agricultores vão realizar uma marcha lenta entre Faro e Castro Marim. Segundo a informação enviada à agência Lusa pela porta-voz do movimento civil de agricultores no Algarve, Fátima da Rocha, os participantes são chamados a agrupar-se junto ao estádio do Algarve, no Parque das Cidades Faro-Loulé, pelas 5h00, iniciando uma hora depois uma marcha lenta pela Estrada Nacional 125, até Castro Marim.

Já os agricultores do Ribatejo e Oeste vão juntar-se na Ponte da Chamusca, depois da recusa de duas autarquias do distrito de Santarém em autorizarem manifestações nos seus concelhos.

A concentração em que os agricultores vão “mostrar descontentamento” pela demora na reposição de ajudas ao setor será reduzida apenas aos concelhos da Chamusca e da Golegã, ambos no distrito de Santarém, devido ao facto de as autarquias de Barquinha e do Entroncamento “não terem autorizado qualquer manifestação”, explicou Nuno Mayer, porta-voz do Movimento Civil Agricultores de Portugal nesta região.

Apesar do anúncio do Governo, os agricultores decidiram manter os protestos agendados, justificando que os apoios são “uma mão cheia de nada”, tendo em conta que não são definidos prazos ou formas de pagamento.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, disse respeitar o direito à manifestação, mas pediu que estas sejam feitas “de forma ordeira e cumprindo os preceitos”, de modo a que não ponham em causa pessoas e bens. A governante assegurou ainda que o Governo vai ter em conta os cadernos reivindicativos apresentados pelos manifestantes.

Protesto de agricultores bloqueia Estrada Nacional 4 em Elvas

A Estrada Nacional (EN) 4 junto a Elvas, no distrito de Portalegre, foi temporariamente cortada ao trânsito, no arranque de um protesto de agricultores que pretende bloquear a fronteira com Espanha.

Os ‘homens da terra’, vindos de vários concelhos dos distritos de Évora e Portalegre, começaram a concentrar-se antes das 5h00, neste local, sob o ‘olhar atento’ da GNR, e, por volta das 6h20, iniciaram o protesto. Com os tratores parados ou em circulação lenta neste troço da EN4, o trânsito ficou bloqueado, constatou a agência Lusa no local.

Os tratores conduzidos por agricultores têm os ‘pirilampos’ ligados e transportam bandeiras portuguesas e faixas com palavras de ordem contra as políticas do Governo para o setor. Entretanto, carrinhas estão a entrar no nó da autoestrada A6 junto à EN4, supostamente em direção à fronteira do Caia. Segundo João Dias Coutinho, da organização do protesto, neste local, estarão cerca de 150 tratores e 100 carrinhas.

Já a dois quilómetros da fronteira de Galegos, em Marvão, também no distrito de Portalegre, o trânsito está cortado, desde as 06h00, mantendo-se apenas uma faixa de segurança, indicou à Lusa a organização do protesto.

Centenas de tratores protestam em Bruxelas em dia de cimeira europeia

Filas de tratores começaram esta quinta-feira a circular, num buzinão, pelas ruas do bairro europeu de Bruxelas ao início da manhã, ao mesmo tempo que decorre uma cimeira de líderes da UE.

Outros grupos de tratores encontram-se desde a madrugada na circular interna da capital belga, dificultando o trânsito, e as autoridades pediram aos cidadãos que utilizem os transportes públicos para se deslocarem na capital.

A polícia rodoviária federal também informou que vários grupos de tratores se encontravam em várias estradas nacionais e circundantes em direção à capital.

A cólera dos agricultores belgas, que iniciaram as ações de protesto no domingo, vai intensificar-se durante o dia em Bruxelas para mostrar o descontentamento do setor aos dirigentes europeus.

Representantes de associações agrícolas de diferentes países, incluindo de Portugal, Espanha e Itália, vão participar numa manifestação no bairro europeu, pela hora do almoço, para explicar as razões do protesto.

As razões do descontentamento dos agricultores, que nos últimos meses provocaram protestos em mais de 15 Estados-membros, incluindo Alemanha e França, não deverão ser formalmente abordadas nesta cimeira.

No entanto, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse já pretender debater a questão durante a estada em Bruxelas. Macron disse que vai propor à presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, uma série de alterações na política agrícola, nomeadamente nas regras de retirada de terras da produção e na entrada de produtos ucranianos, para responder à crise que Paris enfrenta com os protestos do setor.

Na quarta-feira, a Comissão Europeia propôs a prorrogação por mais um ano dos benefícios comerciais concedidos à Ucrânia para apoiar a economia do país, face à invasão da Rússia, mas introduziu salvaguardas para o caso de os mercados agrícolas de um ou mais países serem afetados.

Além disso, a Comissão Europeia propôs, na quarta-feira, a revogação da regra que obriga os agricultores a manterem parte das terras aráveis em pousio durante todo este ano, uma medida exigida por manifestantes em vários Estados-membros da UE.

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A rede de franquias da Restalia aumenta em 30% a sua faturação em Portugal e atingirá as 100 unidades até 2025

  • Servimedia
  • 1 Fevereiro 2024

O bom ritmo de aberturas e o bom desempenho de faturação da sua rede de franquias colocam o mercado português como um dos mais importantes para a sua expansão.

O crescimento da Restalia nos últimos anos em Portugal intensificou-se e se em 2019 a multinacional contava com 19 locais, duplicou a sua presença para 38 em 2021, e praticamente o volta a fazer ao final de 2023 com mais de 55 estabelecimentos operacionais.

A empresa prevê manter esse ritmo de crescimento, até atingir 100 unidades até o final de 2025, tudo isso respaldado pelo bom desempenho de faturação da sua rede de franquias, que em 2023 cresceu 30% em relação a 2022.

A chave dessa expansão exponencial radica em duas questões. Em primeiro lugar, uma maior diversificação e oferta empreendedora com a presença das suas cinco marcas no país. Dessa forma, não será apenas o 100 Montaditos que liderará a expansão, mas também The Good Burger e La Sureña, a última marca a chegar, mas na qual a empresa confia para sua expansão devido ao interesse que os portugueses têm demonstrado pela gastronomia espanhola.

Por outro lado, o crescimento também se sustenta em uma maior regionalização, apostando em aberturas não apenas nas principais cidades como Lisboa e Porto, mas também em outras localidades como Albufeira, Tomar, Castelo Branco, Setúbal ou Viseu, confirmando assim a confiança que os clientes e franqueados depositam nas marcas. Além disso, eles têm planos para abrir em breve em outras localidades como Vila Real, no norte do país, ou no município de Sintra.

O peso dos estabelecimentos de rua continua sendo muito relevante em relação à presença em centros comerciais. Embora acabem de abrir um novo 100 Montaditos no Centro Comercial Colombo, um dos maiores do país, 85% dos restaurantes estão localizados em locais de rua, fruto do caráter social das marcas da Restalia, que se posicionam como ponto de encontro para os clientes.

De qualquer forma, a Restalia continua a reforçar o seu compromisso com a flexibilidade dos seus conceitos, oferecendo uma grande variedade de formatos que possam se adaptar a qualquer espaço e situação: desde locais mais tradicionais (como mencionado, de rua ou em shoppings), até formatos exclusivos como Biconceptos – onde os clientes podem desfrutar de duas das suas marcas no mesmo espaço compartilhado – ou outros mais pequenos, como foodcourts, quiosques, food trucks ou corners.

“Temos a vantagem de que, por ter uma operação e um cardápio tão simples por si só, os locais mais reduzidos (como um quiosque de 25 metros quadrados, por exemplo) mantêm a essência e a oferta gastronómica que oferecemos nos locais mais tradicionais”, afirmam os representantes da Restalia.

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Hoje nas notícias: Pedro Calado, Fundo Ambiental e AD

  • ECO
  • 1 Fevereiro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Enquanto desempenhou cargos políticos na Madeira, Pedro Calado nunca declarou qualquer valor de poupança ao Tribunal Constitucional, mas terá movimentado mais de um milhão de euros das suas contas bancárias. A avaliação das candidaturas ao programa Edifícios Mais Sustentáveis está atrasada e nas mãos do Tribunal de Contas. Coordenador do programa económico da AD defende que a ‘receita’ para o crescimento económico passa por “tratar bem o setor privado”, bem como reduzir impostos e a burocracia. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Pedro Calado sem poupanças movimenta um milhão

Enquanto desempenhou cargos políticos na Madeira, Pedro Calado nunca declarou qualquer valor de poupança ao Tribunal Constitucional (TC). No entanto, nesse mesmo período temporal, as suas contas bancárias terão sido alvo de movimentos bancários que ascendem a mais de um milhão de euros em rendimentos líquidos e depósitos em numerário, de acordo com o despacho de indiciação do Ministério Público.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Avaliações do Fundo Ambiental nas mãos do Tribunal de Contas

A avaliação das candidaturas ao programa Edifícios Mais Sustentáveis não começou em janeiro, como tinha sido anunciado, tendo ficado adiada para “o primeiro trimestre de 2024”, confirmou o Ministério do Ambiente e Ação Climática. O atraso deve-se à necessidade de contratar pessoas para levar a cabo dezenas de milhares de avaliações, estando o processo a cargo do Tribunal de Contas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

“Tratar bem o setor privado”, reduzir impostos e burocracia. A receita da AD para o crescimento da economia

Pedro Reis, um dos quatro coordenadores do programa económico da Aliança Democrática, aponta que “nenhum país” tem “futuro” sem apostar “no crescimento económico” e isso passa por tratar “bem o setor privado”. “É preciso também libertar uma fiscalidade absolutamente esmagadora que está instalada num modelo de sociedade, assim se debele de vez o tema da burocracia, assim se acarinhe as nossas empresas, incluindo as grandes empresas”, defende ainda o economista.

Leia a entrevista completa no Público/ Rádio Renascença (acesso livre)

Venda de 4,2 mil milhões em malparado da LX Partners está em risco

A venda da carteira de 4,2 mil milhões de euros de malparado do fundo LX Partners está condicionada à venda da servicer liderada por Bernardo Simões, a Algebra Capital, e os valores oferecidos pela plataforma ficam muito aquém do pretendido pelos acionistas, segundo adiantou fonte próxima do processo ao Jornal Económico.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Marcelo concorda com generais que a situação nas Forças Armadas é insustentável

O Chefe de Estado confirmou que recebeu e leu a carta que os Oficiais Generais do Grupo de Reflexão Estratégica Independente (GREI) lhe enviaram na semana passada a denunciar a situação “gravosa” e “insustentável” nas Forças Armadas. Em declarações ao Diário de Notícias, Marcelo Rebelo de Sousa adianta que essas “preocupações” já foram por si “expressas ainda recentemente, no dia da Academia Militar”. O Ministério da Defesa admite que no ano passado houve uma nova descida no número de militares, mas reitera que esse é ” um problema estrutural que persiste”, não só em Portugal, como noutros países.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

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