Endividamento das famílias voltou a cair em outubro, mas está a crescer nas empresas

O endividamento do setor não financeiro caiu, mas as empresas privadas destoaram ao aumentar os níveis de endividamento, segundo o Banco de Portugal.

O endividamento das famílias recuou pelo terceiro mês consecutivo em outubro, sendo que já tem vindo a desacelerar desde agosto de 2022. Já o endividamento das empresas tem tido uma tendência menos definida, tendo crescido em outubro depois de dois meses de variações nulas, revelam os dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta quinta-feira.

Enquanto o endividamento das empresas privadas subiu 1,1 mil milhões de euros, entre os particulares decresceu 0,1 mil milhões de euros, indica o banco central.

Começando pelas famílias, é possível verificar que “o endividamento dos particulares manteve uma tendência de queda tendo decrescido 0,4% relativamente ao período homólogo, após uma redução em setembro de 0,2%”, como se lê no destaque do BdP.

A evolução mostra que depois de um pico no verão do ano passado, o endividamento das famílias tem vindo a abrandar e nos últimos três meses já registou variações negativas face ao mesmo período do ano passado. Este desempenho dá-se depois de uma trajetória de subida das taxas de juro, que encarece o acesso aos créditos.

Por outro lado, o endividamento das empresas privadas também evidenciava uma desaceleração, ainda que com alguma volatilidade, mas em outubro chegou mesmo a subir. “Em outubro de 2023, o endividamento das empresas privadas cresceu 0,3% comparativamente com outubro de 2022. Em setembro e agosto tinham-se registado variações praticamente nulas por comparação aos meses homólogos”, indica o BdP.

Em termos absolutos, o endividamento das empresas privadas subiu 1,1 mil milhões de euros: “2,1 mil milhões de euros perante o exterior, parcialmente compensados por uma redução de 1,0 mil milhões de euros junto do setor financeiro”.

O BdP dá ainda conta dos números para o total do setor não financeiro, que para além das empresas e particulares inclui também as Administrações Públicas. O endividamento do setor não financeiro diminuiu 8,7 mil milhões de euros, para 803,7 mil milhões de euros em outubro, sendo que “deste total, 447,0 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 356,7 mil milhões de euros ao setor público (Administrações Públicas e empresas públicas)”.

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EDP Renováveis investe em sistema de armazenamento de baterias no Reino Unido

A construção do sistema de armazenamento terá início nos próximos meses, com o objetivo de estar operacional no início de 2025.

A EDP Renováveis (EDPR) adquiriu ao promotor escocês de energia limpa Intelligent Land Investments (ILI) Group um projeto de armazenamento de baterias chamado Balnacraig.

“Este ativo desempenhará um papel importante na gestão da rede elétrica da Escócia, proporcionando flexibilidade à mesma e apoiando a estratégia de aceleração de energias renováveis do país. A construção do sistema de armazenamento terá início nos próximos meses, com o objetivo de estar operacional no início de 2025″, indica a EDP, em comunicado.

O projeto tem 50 MW de capacidade de armazenamento de energia elétrica.

A EDP tem vindo a investir no desenvolvimento de projetos de armazenamento de energia no Reino Unido, um dos seus principais mercados na Europa. No início deste ano, a EDPR adquiriu o seu primeiro sistema autónomo de armazenamento de energia em baterias em Kent, Inglaterra.

“Ao adicionar este novo ativo ao nosso portefólio no Reino Unido, um mercado líder em sistemas de armazenamento, estamos a abrir caminho para mais investimentos nesta tecnologia que será crucial para uma transição energética sustentável”, declarou Carmen Caminero, diretora-geral da EDP Renováveis no Reino Unido.

No plano de negócios atualizado para 2023-2026, a EDPR pretende atingir uma capacidade de armazenamento de mais de 500 MW, com sistemas de armazenamento instalados em projetos renováveis em operação e e em sistemas autónomos, como projeto é o caso de Balnacraig.

Além dos projetos no Reino Unido, que totalizam 100 MW, a EDPR tem também quase 200 MW de capacidade de armazenamento em desenvolvimento na América do Norte e mais de 4 MW em construção na região Ásia-Pacífico.

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Madrilena Nude Project entra em Portugal com loja em Lisboa e pop-up no Porto

A marca de streetwear espanhola escolheu a baixa lisboeta para abrir a primeira loja em Portugal. A Nude Project soma agora nove lojas entre Portugal, Espanha e Itália.

A Nude Project abriu a primeira loja em Portugal e escolheu uma das ruas mais movimentadas de Lisboa, a Rua Áurea, para estrear-se no mercado nacional. Paralelamente, a marca de streetwear abriu também uma pop-up no Porto há algumas semanas. A Nude Project soma nove lojas entre Portugal, Espanha e Itália.

Portugal sempre se posicionou como o segundo país com mais vendas no nosso mercado e é por isso que decidimos abrir a nossa segunda loja internacional em Lisboa. Além disso, a cultura e as tradições portuguesas são muito semelhantes às espanholas, pelo que consideramos que a marca pode adaptar-se perfeitamente ao público português. A receção no país vizinho sempre foi incrível e pudemos reiterá-la com a pop-up do Porto que abriu há algumas semanas”, afirma Bruno Casanovas.

Em comunicado, o cofundador cofundador e Co-CEO da Nude Project realça ainda que no dia de abertura da loja na baixa pombalina, o “fluxo de pessoas foi bastante notório” e crê que foi o “mais expressivo desde que começámos com a marca”.

Esta nova abertura foi assessorada pelo departamento de retalho da Savills. José Galvão, head of retail, Savills Portugal, sublinha: “Para a equipa de retalho da Savills, a colocação da Nude Project na Rua Áurea foi uma escolha óbvia. É uma grande satisfação poder contribuir para a renovação desta área de Lisboa através da colocação de marcas com um perfil mais jovem e urbano com produto de streetwear como a Nude Project.”

Fundada há cinco anos por dois amigos, Bruno Casanovas e Alex Benllock, é a marca de streetwear que “mais rapidamente cresce em Espanha” e está presente em várias cidades espanholas e italianas, como Madrid, Málaga, Valência, Barcelona, Milão e agora Lisboa.

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Aumento de azeitona em Trás-os-Montes pouco se refletiu na produção de mais azeite

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2023

Apesar da produção da azeitona ter aumentado em comparação com o ano passado, não se refletiu na quantidade de azeite produzido. Preços deve manter-se no próximo ano.

O aumento da colheita de azeitona nesta campanha em Trás-os-Montes pouco se refletiu na quantidade de azeite produzida, porque foram precisos mais quilos do fruto para o mesmo litro, prevendo-se uma manutenção dos preços no próximo ano.

A campanha da apanha de azeitona está na reta final e na região já se começam a fazer balanços de mais um ano difícil para o setor, um ano em que a produção do fruto aumentou comparativamente com 2022, mas, segundo afirmaram operadores à agência Lusa, pouco se refletiu na quantidade de azeite produzido.

Num ano médio, Trás-os-Montes produz à volta de 15 mil toneladas de azeite.

“Houve um aumento até superior ao que tínhamos pensado de cerca de 20%, é provável que ande nos 30% de mais quilos de azeitona, o que não se reflete na quantidade de litros. Ou seja, o que verificamos é que precisámos de mais quilos de azeitona para produzir o mesmo litro de azeite”, disse o presidente da Cooperativa dos Olivicultores de Murça, no distrito de Vila Real, Francisco Ribeiro.

O ano 2022 ficou marcado por uma descida acentuada na produção e, segundo exemplificou o também dirigente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), em Murça a quebra atingiu os 53% comparativamente a 2021.

“Este ano devia ser de franca recuperação, mas temos apenas uma ligeira recuperação e depois temos uma perda pelo rendimento”, referiu.

O fruto tinha, explicou, mais humidade, as condições meteorológicas sentidas ao longo do ano agrícola não beneficiaram o vingamento da azeitona, a maturação foi precoce e a apanha começou mais cedo.

Devido à quebra de produção em 2022, em Portugal e nos países produtores de azeite, como Espanha e Itália, o preço do produto chegou aos 10 euros o litro, estando o garrafão de cinco litros a ser vendido a 50 euros em alguns locais. Muitos operadores esgotaram os stocks e, segundo Francisco Ribeiro, há três anos que o consumo mundial é superior à produção de azeite.

O dirigente não concorda quando se fala em preço elevado do azeite, defendeu que o valor “é justo para territórios como Trás-os-Montes”, em que a apanha tem custos muito elevados, e citou um estudo recente que refere que, em olival de sequeiro e de montanha – a realidade transmontana – o “custo de produção por litro de azeite passa os 10 euros”.

Por isso, acrescentou que o valor do mercado reflete a realidade vivida pelo agricultor.

Na cooperativa de Murça entraram, nesta campanha, cerca de 2,5 milhões de quilos de azeitona e foram produzidos à volta de 300 mil litros de azeite. Francisco Ribeiro referiu que a organização deverá pagar aos mil associados um euro por quilo de azeitona, mais do que os 57 cêntimos (mais IVA) pagos em 2022.

“Vamos fazer mais cerca de um milhão de quilos que no ano passado, apesar de o rendimento não ter sido melhor, mas o azeite é de ótima qualidade”, referiu Hélder Morais, da empresa Epordouro, que tem um lagar em Sabrosa.

Com uma produção de 4,5 milhões de quilos em 2021, este lagar recebeu apenas 800 toneladas em 2022. “Foi uma quebra muito grande”, frisou, considerando que 2023 é um ano “relativamente melhor”.

Hélder Morais contou que muitos dos seus clientes têm optado por pagar a maquia em dinheiro e levar todo o azeite para casa, enquanto em anos anteriores deixavam o produto.

A empresa também compra azeitona e, segundo o responsável, o preço por quilo subiu aos 1,20 a 1,30, considerando que este aumento também se reflete no preço final do produto.

O mercado nacional ainda é maioritário e as vendas fazem-se muito à porta, com a Suíça a ser o principal país exportador.

A Casa do Eirô — Lagar de Azeite, em Alijó, já superou a quantidade de azeitona recebida no ano passado, “mas não por muito”.

“O rendimento está um pouco mais baixo do que no ano passado, raramente vai acima dos 14, 15%. Em termos de produção de azeite, acredito que andará na mesma ordem do ano passado”, afirmou Sérgio Alves, responsável por este lagar, que se mostrou preocupado com os efeitos das alterações climática no setor.

O operador disse ter dúvidas que o preço do azeite desça. “Porque Espanha continua com uma campanha fraca e Espanha é que faz mexer o mercado”, sustentou, referindo ainda que a campanha um pouco maior registada na região é “insuficiente para que haja mexidas no preço”.

Várias localidades da região foram afetadas pela queda de granizo e, na reta final, verificou-se também um ataque da gafa, uma doença que afeta azeitonas maduras e que se reflete na qualidade o azeite. “É necessário fazer uma triagem mais cuidadosa no lagar”, referiu Sérgio Alves.

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Bauer Media Audio Portugal reforça liderança. Comercial fecha o ano como a estação mais ouvida

Nesta última vaga do ano, o Bauer Media Audio Portugal registou uma audiência acumulada de véspera (AVV) de 30,7%, seguido do Grupo Renascença Multimédia com 24,2%. Confira todos os resultados.

A Rádio Comercial fechou a última vaga do Bareme Rádio de 2023 como a estação mais ouvida do país, com uma audiência acumulada de véspera (AAV) de 19,9%. A RFM, na segunda posição, registou 16,9%.

No reach semanal, a estação liderada por Pedro Ribeiro obtém 39,9%, contra os 38,4% da estação do grupo Renascença Multimédia, e no share de audiência 26,6%, versus os 22,1% da estação liderada por António Mendes.

No período homólogo, a Rádio Comercial registava uma AAV de 19,7%, um reach semanal de 40,4% e um share de audiência de 25,9%, enquanto os números da RFM se fixavam, respetivamente, nos 18,6%, 39,5% e 23,5%.

Na terceira posição surge a M80, neste último quadrimestre de 2023 com uma AAV de 8,6%, um reach semanal de 20% e um share de audiência de 8,1%.

A Renascença mantém-se na quarta posição, com uma AAV de 6%, na quinta, com 5,3%, surge a Cidade FM e na sexta a Antena 1, do grupo RTP, com 5% de AAV.

A TSF, do Global Media Group, é a sétima estação mais ouvida, com uma AAV de 3,5%, um reach semanal de 8,5% e um share de audiência de 3,2%.

A Mega Hits, novamente do Grupo Renascença Multimédia surge na posição seguinte, com uma AAV de 3,1%. Antena 3 e Smooth FM partilham uma AAV de 1.5%. O reach semanal da estação da RTP é de 4,5% e o share de audiência de 1,1%, versus 3,3% e 2,1% da estação da Bauer Media Audio Portugal

A Rádio Observador, com 1,2% AAV, surge na posição seguinte, a 11ª.

Mencionadas ainda neste último Bareme Rádio do 2023 são a Rádio Nova Era (1% AAV), a Rádio Meo Sudoeste (0,7% AAV), a Estação Orbital (0,6% AAV) e a Radar e Antena 2 (0,3% AAV).

Analisando por grupos, o Bauer Media Audio Portugal registou nesta última vaga do ano uma AAV de 30,7 % e o Grupo Renascença Multimédia de 24,2%. O reach semanal do grupo liderado por Salvador Ribeiro situou-se nos 55,0% e o da Renascença Multimédia nos 51,8%. O share de audiência do grupo Bauer é de 41,3% e o do grupo liderado por José Luís Ramos Pinheiro de 29,8%.

Mais abaixo surge o grupo RTP, com 6,5% de AAV, 15% de reach semanal e 7% de share de audiência.

As entrevistas que integram esta primeira vago do ano do Bareme Rádio, o estudo regular de audiências elaborado pela Marktest, foram recolhidas entre 1 de setembro de 2023 e 10 de dezembro de 2023.

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Certificados de Aforro registam primeira quebra em quase três anos

Pela primeira vez desde março de 2020, o investimento nos Certificados de Aforro caiu em novembro, depois de o Governo ter cortado a remuneração em junho.

Os Certificados de Aforro registaram em novembro a primeira quebra desde março de 2020. As emissões líquidas foram negativas em quase oito milhões de euros, confirmando a perda de interesse das famílias por estes certificados depois de o Governo ter cortado a remuneração em junho.

Há meses que os Certificados de Aforro vêm perdendo brilho junto do pequeno aforrador, contrastando com a autêntica corrida verificada na primeira metade do ano, período em que as subscrições líquidas atingiram um ritmo mensal de 2,3 mil milhões de euros.

Em junho, numa decisão envolta em polémica, o Governo decidiu cortar a remuneração máxima de 3,5% para 2,5% quando lançou a nova série F destes certificados. Desde então, as subscrições baixaram consideravelmente e em novembro até foram negativas, com o stock total de Certificados de Aforro a baixar para 34 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal.

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Em relação aos Certificados do Tesouro, continuaram a perder dinheiro pelo 25.º mês seguido. As aplicações recuaram 236 milhões de euros em novembro. As famílias têm 11,2 mil milhões de euros aplicados nestes certificados, o valor mais baixo desde novembro de 2016.

Ao todo, os portugueses têm 45,3 mil milhões de euros investidos em certificados. Uma análise da UTAO revelou que o Estado já está a pagar mais de 1.000 milhões em juros com Certificados de Aforro e do Tesouro.

Para o próximo ano, o Governo nem está a contar com as poupanças das famílias para se financiar. A proposta de Orçamento do Estado prevê uma contribuição nula dos Certificados de Aforro e dos Certificados do Tesouro no financiamento do Estado para 2024.

(Notícia atualizada às 12h29)

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Autoridade para as Condições do Trabalho lança app gratuita que permite pedir chamar os inspetores

ACT tem nova app que permite mais facilmente aceder aos principais serviços, como os simuladores e pedidos de intervenção dos inspetores. Nova ferramenta pode ser descarregada gratuitamente.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) lançou esta semana uma nova app que permite aos trabalhadores portugueses “estarem diretamente conectados” com essa entidade, através de um tablet ou smartphone. Entre as funcionalidades disponíveis está a possibilidade de pedir intervenção inspetiva.

“A partir de hoje [dia 19 de dezembro] está disponível a app da ACT, que permite aos utilizadores estarem diretamente conectados com a ACT, de forma apelativa e fácil”, anunciou a entidade.

O objetivo desta nova ferramenta digital é simplificar o acesso aos principais serviços da ACT, daí que através de app seja possível pedir a intervenção de inspetores, mas também fazer pedidos de informação e aceder aos simuladores para diversas questões laborais (como compensação por cessação de contrato de trabalho e férias).

Na app está também disponível informação sobre direitos e obrigações dos trabalhadores e entidades empregadoras “de forma interativa e personalizada”, garante a ACT.

A autoridade indica ainda que esta ferramenta pode ser descarregada gratuitamente tanto no caso de dispositivos Android (através da PlayStrore) como de dispositivos com sistema iOS (através da AppStore).

Na primavera, a ACT lançou também um novo site, com vista a igualmente a simplificar o acesso aos vários serviços. Por exemplo, ficou mais fácil o acesso a mais de 30 formulários e a submissão de requerimentos ou comunicações, segundo a entidade em questão.

Este esforço de digitalização e simplificação da ACT acontece numa altura em que essa entidade tem visto os seus poderes de intervenção no terreno reforçados, nomeadamente no âmbito da chamada Agenda do Trabalho Digno.

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“Problemas financeiros” ditam fecho de portas da livraria Ferin ao fim de 183 anos

É oficial. A lisboeta Ferin, a segunda livraria mais antiga do país, fechou mesmo portas. A administração da empresa justifica o encerramento com "problemas financeiros e contabilísticos".

“É com uma lágrima a espreitar” que administração da Ferin, a segunda livraria mais antiga do país, anuncia o encerramento da livraria histórica na Rua Nova do Almada, em Lisboa. Os “problemas financeiros e contabilísticos” ditaram o fim da livraria fundada em 1840.

“Nem as instituições públicas, nem os investidores privados, nem os parceiros livreiros nem os acionistas e amigos da Ler Devagar conseguiram fazer face ao problema financeiro e contabilístico da Ferin. As vendas caíram drasticamente e a livraria Ferin entrou num ciclo do qual já dificilmente recuperaria. Seguindo o exemplo de tantas outras lojas da Baixa que foram obrigadas a fechar portas”, lê-se no comunicado enviado esta quinta-feira às redações.

Em 2017, José Pinho, proprietário da livraria Ler Devagar, foi contactado pelos herdeiros para tentar salvar a centenária livraria da capital, que já então corria o risco de fechar. Comprou a livraria, o espólio e toda a estrutura de recursos humanos por um euro, mas herdou uma “monumental dívida histórica acumulada”.

José Pinho conseguiu dar um novo rumo à livraria, mas “quando finalmente a casa parecia começar a estar arrumada”, surgiu a pandemia da Covid-19. Em 2021, é diagnosticada ao empresário uma doença oncológica incurável e acabou por falecer em maio deste ano.

O filho João Pinho comunica que este ano “foi duplamente triste”, pela morte de José e agora pelo fecho de portas da Ferin. No entanto, prometendo seguir a premissa do pai — “sempre que uma livraria fechar, a Ler Devagar abrirá uma outra” –, acaba de abrir uma livraria no Bairro Alto.

“Uma livraria que é também um centro cultural onde se podem ler e comprar livros, ver filmes, beber um copo, ouvir um concerto ou uma sessão de leitura. E assim, na Casa do Comum do Bairro Alto, a Ler Devagar volta de novo à sua vocação original: a de reinventar o conceito de Livraria, ao mesmo tempo que gera espaços de encontro e de acesso a todas as expressões artísticas e da palavra”, destaca a administração.

“Esperamos que este choque nos possa ajudar a pensar o que podemos fazer de diferente no futuro para não perdermos os espaços que mais amamos na cidade”, conclui o filho de José Pinho, em comunicado.

Esperamos que este choque nos possa ajudar a pensar o que podemos fazer de diferente no futuro para não perdermos os espaços que mais amamos na cidade.

João Pinho

A livraria Ferin foi fundada em 1840 pelo belga Jean Batiste Ferin, que se instalou em Lisboa durante as guerras napoleónicas. Jean-Baptiste teve 11 filhos, sete dos quais começaram a trabalhar em profissões ligadas aos livros (Gabinete de Leitura, Encadernação, Tipografia, entre outras).

Duas das suas filhas, Maria Teresa e Gertrudes, abriram no Chiado, em Lisboa, no local onde fica a livraria Ferin, um Gabinete de Leitura que funcionava mais como uma biblioteca. As pessoas pagavam o aluguer dos livros e era com esse dinheiro que conseguiam aumentar o número de exemplares do Gabinete. Mais tarde, Maria Teresa transformou o Gabinete de Leitura na atual livraria.

A partir dessa altura e até meados do século XX, a livraria dispôs também de uma oficina de encadernação. O rei D. Pedro V mandava encadernar nela todos os seus livros e resolveu mesmo nomeá-la Encadernadora Oficial da Casa Real Portuguesa. Desde 1840, passaram pela Ferin grandes personalidades da vida literária do país, como Eça de Queiroz.

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Milhões congelados a Isabel dos Santos são “medida preventiva”. Ação principal no Tribunal de Londres arranca em 2024

Advogados de Isabel dos Santos esclarecem que o congelamento cerca de 580 milhões de libras (670 milhões de euros) controlados pela empresária diz respeito a uma providência cautelar.

A empresária angolana Isabel dos Santos, através dos seus advogados, veio esclarecer esta quinta-feira que o congelamento de cerca de 670 milhões de euros decretado por um Tribunal de Londres diz respeito a uma “providência cautelar”, pelo que se trata de uma “medida preventiva”. A ação principal “só terá início em 2024”.

Em causa está um processo movido pela Unitel, atualmente controlada pelo Estado angolano, contra a Unitel International Holdings BV, com sede nos Países Baixos, e contra a empresária Isabel dos Santos, que pedia o congelamento de cerca 580 milhões de libras, o equivalente a 670 milhões de euros, à taxa de câmbio atual.

A Unitel alega que Isabel dos Santos, na qualidade de administradora da empresa, realizou empréstimos à Unitel International Holdings BV para financiar a compra de ações na Unitel.

A defesa da filha do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos adianta que esta ação “trata-se de uma medida preventiva, ou seja, de uma providência cautelar (congelamento)” a pedido da empresa de telecomunicações “que vem agora alegar que os referidos empréstimos não foram devidamente aprovados e que Isabel dos Santos era a única beneficiaria da Unitel International Holdings BV”, aponta o comunicado divulgado pelos representantes da empresária angolana.

Nesse sentido, os advogados de Isabel dos Santos realçam que, nesta fase, ainda não foram “discutidas nem analisadas as provas e fundamentos de ambas as partes, nem ouvidas testemunhas e nem apresentada a prova documental” e que a “ação principal” só “deverá ter início em 2024”.

Isabel dos Santos argumenta ainda através dos seus advogados que os empréstimos não foram autorizados “unicamente” por si. “Estes empréstimos foram objeto de uma aprovação colegial da Assembleia Geral de Acionistas da Unitel S.A. em 2014, e foram igualmente assinados por três membros do Conselho de Administração“, lê-se.

Por outro lado, a defesa da empresária angolana garante ainda que os empréstimos concedidos foram para adquirir empresas de telecomunicações fora de Angola, de modo a expandir o negócio da Unitel, nomeadamente para a “aquisição das empresas Unitel T+ Cabo Verde, Unitel São Tomé e da participação na NOS Portugal”. “Isabel dos Santos nunca recebeu pagamentos, nem dividendos, e nem nunca usufruiu de salários da Unitel International Holdings BV“, assegura fonte oficial da empresária.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h58)

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Saiba onde pode circular de carro na baixa lisboeta durante a época festiva

  • ECO
  • 21 Dezembro 2023

Câmara disponibiliza dois parques de estacionamento EMEL gratuitos: Ameixoeira e Campo Grande, com ligação gratuita da Carris em transporte exclusivo à Baixa da cidade, com paragens no Marquês.

A Câmara Municipal de Lisboa decidiu cortar o trânsito na Baixa de Lisboa aos fins de semana durante a quadra natalícia, ou seja, de 22 de dezembro a 7 de janeiro, das 21h00 de sexta-feira até às 24h00 de domingo.

“Com o objetivo de mitigar os efeitos da concentração de pessoas na zona do Chiado nesta época festiva, aumentar a segurança dos peões e permitir a sua livre circulação, vai ser condicionado o acesso rodoviário aos fins de semana, de 22 de dezembro a 7 de janeiro, das 21h00 de sexta-feira até às 24h00 de domingo”, anuncia a autarquia.

Artérias em que o trânsito estará condicionado

  • Rua Garrett;
  • Na Rua Nova do Almada a partir do cruzamento com a Rua de São Nicolau até à Rua Garrett. O trânsito será desviado para a Rua do Crucifixo;
  • Na Rua Ivens: entre o cruzamento com a Rua Capelo e até à Rua Garrett. Neste caso, o trânsito será desviado para a Rua Capelo e para o sentido descendente da Rua Serpa Pinto;
  • Na Rua Serpa Pinto: entre a Rua Garrett e o cruzamento com a Rua Capelo. O trânsito será desviado para o sentido descendente da Rua Serpa Pinto;
  • Calçada do Sacramento: entre a Rua Garrett e o cruzamento com a Rua Almirante Pessanha. No entanto a Câmara explica que será permitida a saída do parque de estacionamento.

Em todas estas ruas, a autarquia liderada por Carlos Moedas garante que “o acesso a residentes é assegurado, assim como cargas e descargas (entre as 06h00 e as 10h00)”.

Para quem visitar a baixa lisboeta para fazer compras ou simplesmente ver as iluminações ou passear pelos coração da capital no período de Natal, e até dia 7 de janeiro de 2024, a Câmara “disponibiliza dois parques de estacionamento EMEL gratuitos: Ameixoeira e Campo Grande, com ligação gratuita da Carris em transporte exclusivo à Baixa da cidade, com paragens no Marquês de Pombal, Avenida da Liberdade e Rossio”.

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Consumo de energia primária na UE recua 4,1% em 2022 para segundo valor mais baixo

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2023

Em 2022, a UE aproximou-se da meta para 2030, ficando 26,7% aquém, face à diferença de 31,2% registada em 2021.

O consumo de energia primária na União Europeia (UE) abrandou, em 2022, 4,1% para as 1.257 milhões de toneladas de equivalente de petróleo (Mtep), face 2021, o segundo menor valor desde 1990, divulga o Eurostat.

Desde 1990, o primeiro ano para o qual há dados disponíveis, o consumo de energia primária sem usos não energéticos na UE em 2022 é o segundo mais baixo depois dos 1.236 Mtep registados em 2020, durante a pandemia da covid-19.

O pico de consumo foi em 2006, com 1.511 Mtep, 52,3% acima da meta fixada para 2030 na UE.

Os dados indicam que, em 2022, a UE se aproximou da meta para 2030 de 992,5 Mtep, ficando 26,7% aquém, face à diferença de 31,2% registada em 2021.

De acordo com o serviço estatístico da UE, o consumo final de energia, que abrange o consumo de energia dos utilizadores finais, como a indústria, os transportes, as famílias, os serviços e a agricultura, atingiu 940 Mtep em 2022, meno 2,8% do que em 2021.

Em 2022, o consumo final de energia estava a 23,3% do objetivo para 2030 (763 Mtep), enquanto em 2021 ficou a 26,8%.

No que diz respeito ao consumo final de energia, o nível registado em 2022 é o mesmo que em 1995, quando o consumo final de energia era também de 940 Mtep. O ano de 2020 registou o nível mais baixo (906 Mtep) e o mais próximo que a UE esteve do objetivo de 763 Mtep para 2030, 18,8% acima da meta.

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Greenvolt dispara 11% após OPA do fundo KKR

Ações da Greenvolt disparam na bolsa, depois de o fundo KKR ter anunciado OPA. Títulos já chegaram a negociar nos 8,345 euros, acima do valor oferecido pelos americanos.

As ações da Greenvolt GVOLT 0,00% estão a disparar 11% na bolsa de Lisboa, na sequência do anúncio preliminar da oferta pública de aquisição (OPA) do fundo de investimento KKR.

Os títulos já chegaram a transacionar nos 8,345 euros, acima da contrapartida de 8,30 euros oferecida pelo fundo americano nesta operação. Entretanto, estão agora a cotar nos 8,155 euros, após o entusiasmo inicial no seguimento do levantamento da suspensão da negociação pelo regulador pelas 10h35.

Cerca das 11h00, já tinham sido trocados quase 1,2 milhões de títulos da Greenvolt, mais do dobro da média diária dos últimos três meses, refletindo o enorme interesse dos investidores em torno da empresa de energias renováveis liderada por Manso Neto.

A KKR avança para a OPA através de um fundo no Luxemburgo e depois de ter chegado a um acordo com sete acionistas de referência da Greenvolt para a compra de uma posição de cerca 60%. Com a OPA pretende adquirir o restante capital que ainda não detém. A operação avalia a Greenvolt em 1.155 milhões de euros.

Greenvolt dispara

No anúncio preliminar da oferta, a KKR indica que a contrapartida de 8,30 euros representa um prémio de 95% em relação ao valor da ação no momento do IPO, em 2021, quando entrou para a bolsa a valer 4,25 euros. Em dois anos a Greenvolt praticamente duplicou de valor.

Em relação ao preço médio ponderado na Euronext nos últimos seis meses, os americanos oferecem um prémio de 32,1% aos pequenos acionistas.

Nos primeiros nove meses deste ano, a Greenvolt registou lucros de 5,9 milhões de euros, menos 64,7% que os obtidos em período homólogo.

(Notícia atualizada às 11h22)

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