Ofensiva com drones mostra que Rússia não quer paz, diz Michel

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2024

O presidente do Conselho Europeu considerou os ataques russos "ainda mais cínicos" tendo em conta que "o aumento da sua intensidade coincide com as férias do Ano Novo".

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmouque a quantidade de drones lançados desde segunda-feira pela Rússia sobre a Ucrânia é um sinal de que Moscovo não procura a paz, tendo um objetivo muito diferente.

Para quem acredita nos rumores de que a Rússia está interessada em conversações de paz, o número recorde de ‘drones’ (aeronaves não-tripuladas) lançados nas últimas 24 horas contra a Ucrânia mostra a verdadeira intenção de Moscovo”, disse Michel na sua conta da rede social X (antigo Twitter). O líder da União Europeia (UE) considerou tais ataques “ainda mais cínicos” tendo em conta que “o aumento da sua intensidade coincide com as férias do Ano Novo”.

Michel sustentou também que o ânimo da Ucrânia “não pode ser quebrado” e lembrou que a UE “apoia o país”. A Rússia lançou, na véspera de Ano Novo, uma ofensiva com ‘drones’ sobre várias regiões da Ucrânia que manteve os sistemas de defesa aérea ucranianos em alerta até às primeiras horas da manhã de segunda-feira, no maior ataque com aquele tipo de aparelhos desde o início da guerra, há quase dois anos.

No total, a Rússia lançou 90 drones de asa fixa e quatro mísseis teleguiados antiaéreos S-300 sobre território ucraniano, além de três mísseis antirradar Rh-31P e um Kh-59. Os mísseis atingiram Kharkiv (leste), Kherson e Zaporijia (sul), ao passo que os drones tiveram como alvo Mikolayiv (sul), Vinitsia (centro-oeste), Dnipropetrovsk (centro), Kherson e a região de Kirovogrado (centro), além de Lviv (oeste).

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 22 meses um elevado número de vítimas, não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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Argentina recebe delegação do FMI para renegociar acordo

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2024

A intenção da Argentina deve passar por adiar os primeiros vencimentos deste ano, previstos para dia 9 de janeiro, que ascendem a 1.300 milhões de dólares.

A Argentina recebe na quinta-feira uma delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI) para renegociar o acordo firmado para uma dívida total de 46.000 milhões de dólares (41.992 milhões de euros), informaram esta terça-feira fontes oficiais.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirmou em conferência de imprensa que os representantes do FMI serão recebidos por Nicolás Posse, chefe de gabinete do Presidente argentino, Javier Milei, e pelo ministro da Economia, Luis Caputo. “Na quinta-feira recebemos uma comitiva do FMI. O chefe de gabinete e o ministro da Economia vão recebê-la, para renegociar o acordo que caiu por não ter cumprido (as metas propostas pelo Fundo)”, indicou Adorni, citado pela agência Efe.

Espera-se que a intenção da Argentina seja adiar os primeiros vencimentos deste ano, previstos para dia 9 de janeiro, que ascendem a 1.300 milhões de dólares e para dia 16 de janeiro, mais 650 milhões de dólares.

Uma das medidas já previstas pelo organismo internacional é que a Argentina unifique os pagamentos, o que só é possível se houver mais do que um vencimento no mesmo período, o que já aconteceu em junho, julho e outubro do ano passado, durante o anterior Governo, liderado pelo Presidente Alberto Fernández (2019-2023).

Durante o período de transição, em dezembro, Milei teve de recorrer a um empréstimo de curto prazo do Banco de Desenvolvimento da América Latina de 960 milhões de dólares para pagar os vencimentos de 21 de dezembro.

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Sobreviventes de festival atacado por Hamas processam autoridades por negligência

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2024

A petição, no valor de 200 milhões de shekel (50 milhões de euros) de compensação – por danos físicos, psicológicos ou despesas médicas – recolhe o relato de sobreviventes sobre diversos crimes.

Cerca de 50 sobreviventes dos ataques do Hamas contra um festival de música em 7 de outubro em Israel apresentaram um pedido de indemnização de 50 milhões de euros contra o Ministério da Defesa e o Exército, por negligência.

A ação foi apresentada num tribunal de Telavive com base nas informações posteriores das autoridades de segurança israelitas de que dispunham de informações sobre possíveis ameaças contra o festival, perto do kibbutz Rei’m, um os locais onde o Hamas cometeu os ataques.

Seria necessária uma única chamada telefónica de funcionários das Forças de Defesa de Israel [FDI] ao comandante responsável pela festa para que fosse imediatamente dispersada”, indica o grupo na sua queixa, segundo o diário Times of Israel.

“Atendendo ao perigo que se aguardava, teriam sido salvas vidas e evitadas lesões físicas e mentais a centenas de participantes na festa, incluindo aos que apresentam esta queixa. A negligência e o grave descuido são incríveis”, lê-se na queixa, que também visa o Serviço de Segurança (Shin Bet) e a polícia de Israel.

A petição, no valor de 200 milhões de shekel (50 milhões de euros) de compensação – por danos físicos, psicológicos ou despesas médicas – recolhe o relato de sobreviventes sobre diversos crimes perpetrados na ocasião, e como os homens do Hamas conseguiram escapar durante as mais de seis horas em que decorreu a ação armada.

“O Hamas assassinou 364 participantes na festa e sequestrou 40, alguns já libertados e outros continuam desaparecidos. Muitos ficaram feridos física ou mentalmente, incluindo os que apresentam esta queixa”, prossegue o texto. O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado após um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 7 de outubro.

No total, foram mortas nesse dia 1.140 pessoas, na maioria civis e incluindo cerca de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem em Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde 7 de outubro a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 22.000 pessoas – na maioria mulheres, crianças e adolescentes – e feridas mais de 54 mil, na maioria civis, destruídas a maioria das infraestruturas e perto de dois milhões forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade. Desde 07 de outubro, mais de 300 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, ocupados pelo Estado judaico.

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Costa defende “necessidade imperiosa” de lançar concurso para o TGV

Primeiro-ministro demissionário reforça a ideia de que a data limite para as candidaturas para aceder a financiamento da União Europeia para a linha de alta velocidade é o final de janeiro.

O primeiro-ministro demissionário defende que existe uma “necessidade imperiosa” de lançar o concurso para a linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto, para não “desperdiçar um financiamento importante” europeu. António Costa reforça a ideia de que a data limite para que o concurso seja lançado e permita aceder aos fundos é final de janeiro, depois do presidente do PSD ter reiterado que queria avaliar se a decisão do TGV “tem de ser tomada” neste mês.

“No ano passado, não obtivemos financiamento comunitário porque havia falta de maturidade no projeto, designadamente porque não tínhamos lançado o concurso”, recorda Costa, em declarações transmitidas pela RTP3. “Temos uma oportunidade de obter um financiamento de até 750 milhões de euros da União Europeia para esta linha, se tivermos o concurso aberto até à data limite para a apresentação das candidaturas, que é final de janeiro”, sublinha.

Luís Montenegro reiterou, no início de dezembro, que eram necessários mais dados para avaliar se o concurso tinha mesmo de avançar em janeiro para não perder os fundos. “Se esse risco não existir é de bom-tom que a decisão seja remetida para o próximo Governo que estará na plenitude de toda a sua margem de decisão”, disse o presidente do PSD.

Questionado sobre as dúvidas relativamente a este projeto, o primeiro-ministro diz esperar que “toda a gente compreenda a necessidade imperiosa de lançarmos o concurso para não desperdiçar um financiamento importante.

Costa recorda ainda que todas as obras públicas “devem ter consenso de dois terços da Assembleia da República” e que o Plano Nacional de Investimentos, que “definiu o conjunto de investimentos mais relevantes” e que incluía a construção de uma linha de alta velocidade entre Lisboa, Porto, Braga, Vigo, foi aprovado por “quase três quartos” dos deputados.

Entretanto, o Governo já tomou alguns passos para avançar com o TGV, nomeadamente ao “congelar” terrenos para facilitar os primeiros troços. Na prática, com esta medida, o Executivo garante que “naquele corredor não se podem fazer quaisquer operações urbanizáveis sem parecer prévio da Infraestruturas de Portugal, o que permite congelar a situação daqueles terrenos para não tornar mais cara a execução da obra”, como explicou na altura o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco.

(Notícia atualizada às 17h00)

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Governo corta para menos de metade limite para emissões de certificados

O IGCP está autorizado a emitir apenas sete mil milhões de euros em 2024, uma queda de 9.750 milhões de euros ou de 58% face ao limite do ano passado que estava em 16.750 milhões.

As Finanças cortaram em mais de metade o teto máximo para a emissão de certificados de aforro e do tesouro para 2024. Agora, o limite está em sete mil milhões de euros, uma queda de 9.750 milhões de euros ou de 58% face ao teto do ano passado que estava em 16.750 milhões, segundo uma resolução do Conselho de Ministros publicada esta terça-feira em Diário da República.

A resolução, aprovada pelo Conselho de Ministros esta terça-feira em formato eletrónico, “permite dar execução ao Orçamento do Estado para 2024, relativamente às condições de financiamento do Estado”, de acordo com o comunicado libertado pelo Governo. Questionado pelo ECO, fonte oficial do Ministério das Finanças esclareceu que o diploma em causa, que é publicado todos os anos, habilita “a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP a proceder ao financiamento da República, dentro dos limites indicados para cada fonte de financiamento”.

Ora esses limites foram entretanto publicados. Os certificados de aforro e do tesouro vão levar um tombo significativo. De resto, o Governo já previa um contributo nulo das famílias no financiamento do Orçamento do Estado para 2024. A corrida dos portugueses aos certificados como instrumentos de poupança fez disparar a fatura com juros a pagar pelas Finanças em 65% para 1.051 milhões de euros até outubro, tendo superado o montante previsto pelo Governo para todo o ano de 2023.

A emissão de outra dívida pública fundada, denominada em moeda com ou sem curso legal em Portugal, desce 750 milhões, passando de 33.250 milhões de euros para 32.500 milhões de euros, um recuo de apenas 2,3%.

Em contrapartida, outros instrumentos de dívida são reforçados. O limite para as obrigações do tesouro sobe 3,5 mil milhões ou 22,6%, passando de 15,5 mil milhões para 19 mil milhões de euros. Do mesmo modo, o teto para emissão de bilhetes do tesouro mais do que duplica de quatro mil milhões para 11,5 mil milhões de euros, o que significa um aumento de 7,5 mil milhões de euros, o que corresponde a um salto de 187,5%.

No que diz respeito, às obrigações do tesouro, “o valor nominal mínimo de cada obrigação é de um cêntimo de euro, podendo a IGCP estabelecer outro valor nominal”, segundo o diploma legal. O reembolso é efetuado ao par e se as obrigações “forem emitidas por séries, estas são identificadas pelos respetivos cupão e data de vencimento, não podendo o seu prazo de vencimento exceder 50 anos”, estabelece ainda a resolução do Conselho de Ministros.

“As condições específicas de cada série de obrigações do tesouro, designadamente o regime de taxa de juro, as condições de pagamento de juros, o regime de reembolso e o destaque de direitos, são estabelecidas e divulgadas pelo IGCP, em função das condições vigentes nos mercados financeiros no momento da primeira emissão e da estratégia de financiamento considerada mais adequada”, determina o diploma.

Independentemente dos limites para os vários instrumentos de dívida, através dos quais o Estado se irá financiar ao longo deste ano, a resolução define que as emissões de certificados de aforro e do tesouro, de dívida pública fundada e de obrigações e bilhetes do tesouro “não podem ultrapassar o montante máximo para o endividamento líquido global direto de 12 mil milhões de euros”, de acordo com a lei do Orçamento do Estado para 2024.

Ainda assim, o limite pode ser revisto e subir através da “antecipação de financiamento até ao limite de 50 % das amortizações de dívida pública fundada previstas para 2025, reduzido pelo financiamento antecipado efetuado em 2023″.

O diploma autoriza ainda o IGCP a emitir dívida pública flutuante até ao montante máximo de 25 mil milhões de euros e valores mobiliários representativos de dívida pública direta do Estado até mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 17h10)

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Portais do DN, TSF e Dinheiro Vivo voltam a publicar notícias 36 horas depois

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2024

Os sites destes meios de comunicação do Global Media Group sofreram limitações entre as 00:00 de 1 de janeiro e cerca das 13:00 desta terça-feira devido à cessação de um contrato.

Os portais de Diário de Notícias, TSF e Dinheiro Vivo voltaram a publicar notícias esta terça-feira por volta das 13:00, depois de mais de 36 horas sem novas entradas, após a cessação de um contrato limitar as ferramentas de publicação.

Conforme verificado nos três portais, a linha editorial online foi limitada entre as 00:00 de dia 1 de janeiro e cerca das 13:00 desta terça-feira. Fonte de um destes órgãos de comunicação social explicou que as peças que saíram neste período já estavam programadas.

“O site da TSF ainda não pode ser atualizado, situação que persiste desde a madrugada de 01 de janeiro de 2024, quando, devido à cessação de contrato, deixaram de estar disponíveis todas as ferramentas da atual plataforma“, referia uma nota assinada pelo Conselho de Redação (CR) e pela Comissão de Trabalhadores (CT) da emissora, divulgada durante a manhã de hoje.

No documento, as duas entidades de representação de trabalhadores lamentaram que jornalistas, técnicos, animadores e trânsito da TSF não tivessem acesso às ferramentas de back-office que permitem “editar e atualizar a página da TSF online, em tsf.pt, com elevados prejuízos para os leitores, ouvintes e, por consequência, para a imagem da TSF, rádio líder no digital”.

Os dois organismos de representação dos trabalhadores apontaram que antes do fim do ano alertaram a direção e os responsáveis pela área para os riscos de uma transição sem o garante de condições de segurança e salvaguarda de bom funcionamento do site, alertando que o arquivo online poderá ser afetado.

Agora, fonte de um destes portais do Global Media Group (GMG) afirmou que os trabalhadores ainda não sabem a duração desta solução.

Na sexta-feira, as redações dos órgãos de comunicação social Diário de Notícias, Jornal de Notícias, O Jogo e TSF aprovaram a realização de uma greve a 10 de janeiro, depois de, no dia anterior, a administração do grupo ter informado os trabalhadores de que não tem condições para pagar os salários referentes a dezembro e que a situação financeira é “extremamente grave”.

No pré-aviso de greve, os trabalhadores exigem “o pagamento imediato” dos salários em falta e do subsídio de Natal e da remuneração devida aos trabalhadores independentes (recibos verdes), recordando que “muitos dos prestadores de serviço” que trabalham para o grupo tiveram de “recorrer à solidariedade de jornalistas para poderem sobreviver”.

Simultaneamente, instam a comissão executiva do GMG a pôr “termo imediato a qualquer processo que determine a cessação de contratos de trabalho“.

A administração é acusada de pautar “a sua conduta por contradições entre o que anunciou fazer e o que tem feito” desde que tomou posse, há pouco mais de dois meses, e instada a focar-se “no investimento e na melhoria das condições de trabalho” para fazer crescer o grupo e assegurar “uma efetiva liberdade de informação de todos os cidadãos”.

A comissão executiva do GMG – consideram – “não tem correspondido aos padrões que a gestão de um grupo de media exige“.

No domingo, o SJ desafiou os acionistas do GMG a destituírem a comissão executiva, por declarações “lesivas para os interesses” do grupo.

Acionistas e comissão executiva têm trocado acusações e ameaças, enquanto os trabalhadores estão sem receber o salário de dezembro e o subsídio de Natal e os prestadores de serviços sem os pagamentos que lhes são devidos.

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Hamas aberto a governo único em toda a Palestina

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2024

"Recebemos muitas iniciativas em relação à situação interna [da Palestina] e estamos abertos à ideia de um governo nacional para a Cisjordânia e Gaza", disse Haniya.

O Hamas está aberto ao estabelecimento de um governo palestiniano único para a Cisjordânia e Faixa de Gaza, afirmou hoje o líder do movimento islamita, Ismail Haniya.

“Recebemos muitas iniciativas em relação à situação interna [da Palestina] e estamos abertos à ideia de um governo nacional para a Cisjordânia e Gaza”, disse Haniya num discurso transmitido pela televisão.

No mesmo discurso, o dirigente político referiu-se aos reféns israelitas em posse do Hamas, insistindo que só serão libertados de acordo com as condições do movimento islamita palestiniano.

“Os prisioneiros do inimigo só serão libertados nas condições estabelecidas pela resistência”, declarou Haniya.

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Carris Metropolitana com aumentos de até 34% na procura na Margem Sul

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2024

"Na Margem Sul, estamos com uma procura acumulada deste ano também bastante significativa na área 4", diz Rui Lopo, administrador da Transportes Metropolitanos de Lisboa.

A procura da Carris Metropolitana cresceu entre 27% e 34% nas duas áreas da Margem Sul de janeiro a outubro de 2023, mas, ano e meio após o início da operação, os utentes ainda apontam algumas falhas.

Na Margem Sul, estamos com uma procura acumulada deste ano também bastante significativa na área 4 […]. Se compararmos os passageiros de janeiro deste ano [e] os passageiros de outubro deste ano é um crescimento de 34%, bastante significativo. São números excelentes”, avançou à Lusa, ainda na última semana de dezembro de 2023, Rui Lopo, administrador da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), que gere o transporte coletivo de passageiros rodoviários nos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.

A área 4, que começou a ser operada pela Carris Metropolitana em junho de 2022, corresponde aos municípios de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal e, no caso das ligações intermunicipais, inclui também o Barreiro. Segundo o administrador da TML, na área 3, que arrancou um mês depois em Almada, Seixal e Sesimbra (também no distrito de Setúbal, na margem sul do Tejo), o crescimento entre janeiro e outubro de 2023 foi de 27%.

“A procura na Margem Sul disparou mais, desde o início das operações e particularmente durante este ano [2023], porque a Margem Sul tem mais seis meses de avanço”, frisou Rui Lopo, considerando que “há um aumento maior município a município, pese embora uma evolução mais por etapas, mais faseada”.

A gestora dos transportes coletivos rodoviários de passageiros na Área Metropolitana de Lisboa (numa rede onde Barreiro, Cascais e Lisboa mantêm serviços próprios ao nível municipal) já está “com perto dos 13 milhões e meio de passageiros em outubro e em novembro”, com uma procura no distrito de Lisboa, face à entrada da Carris Metropolitana, de mais 40%.

De acordo com dados da TML, a que a Lusa teve acesso, na designada área 3, o município de Almada registou nos primeiros 10 meses do ano passado um total de mais de 12,5 milhões de passageiros (1.058.007 em janeiro/1.370.629 em outubro), Seixal teve mais de 10,5 milhões (962.253/1.186.665) e em Sesimbra foram transportados mais de 1,8 milhões (161.519/203.054).

Na área 4, Alcochete registou mais de 815 mil passageiros (79.179 em janeiro/94.752 em outubro), Barreiro contabilizou mais de 918 mil (76.169/111.038), Moita teve mais de 1,5 milhões (138.175/185.398) e o Montijo mais de 1,7 milhões (164.410/210.423). Já em Palmela foram mais de 859 mil (85.056/112.331) e em Setúbal mais de 4,6 milhões (383.137/530.778).

No total, no distrito de Setúbal, a área 3 teve mais de 24,8 milhões naqueles 10 meses e a área 4 mais de 10,4 milhões. Em Lisboa, a área 1 (Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra) registou mais de 48,3 milhões de passageiros e a área 2 (Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira), mais de 32,9 milhões. “Há uma procura muito grande de transporte, significa também que a rede responde. Se me perguntar ‘eh pá, responde já a 100%, isto já está tudo bem?’ Não, mas estamos a falar de milhares de horários, não é?”, sublinhou Rui Lopo.

O responsável salientou que a TML tem procurado responder aos problemas na Margem Sul, com “muitas alterações, muitos reforços, mais oferta”, apesar da dificuldade em não poder ir a um stand comprar um autocarro. “Os nossos prestadores de serviço têm que fazer uma encomenda, o autocarro demora a chegar”, disse, admitindo que a mão-de-obra, por natureza, “tem sido difícil de fixar”. Na sua opinião, a TML tem “conseguido responder” à procura e demonstra que “não são só as pessoas a entrarem na rede – é também a rede a conseguir adaptar-se às pessoas”.

Para o porta-voz da Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul (CUTMS), Marco Sargento, os primeiros meses da Carris Metropolitana “foram desastrosos”, com “muito pouca informação, muitas falhas nos horários e depois, sensivelmente seis meses depois, as coisas começaram a estabilizar”.

Entre as mais-valias do novo serviço, “há mais oferta”, mais linhas e melhor abrangência geográfica e os horários são melhores do que quando eram servidos pela Transportes Sul do Tejo, que passou a operadora, por concurso, na área 3, enquanto a área 4 foi entregue à Alsa Todi, “mas ainda há problemas”, apontou o representante dos utentes. Os problemas passam pela criação de carreiras sem as paragens necessárias, nomeadamente em Almada, e a fiabilidade ainda não é a desejada.

Embora perceba que a área tem muito poucas faixas BUS e que os autocarros estão “muito dependentes do trânsito”, Marco Sargento referiu que “há ainda falhas nos inícios dos serviços e nos períodos noturnos, que são críticos” para quem trabalha por turnos.

Quando ao passe Navegante, o porta-voz da CUTMS aplaudiu a redução dos anteriores 180 euros para 40 euros ou 80 no caso de um agregado familiar, mas advogou que “está na hora de dar o passo seguinte” e que “não há razão nenhuma para o sistema transportes não ser gratuito para as pessoas que vivem e trabalham na área metropolitana”.

“Todos os estudos que nós conhecemos dizem que isto é perfeitamente comportável, que as autarquias e o próprio Estado suportam este investimento com grande facilidade e era um passo gigantesco para a melhoria do sistema, ia trazer mais gente ao sistema”, apontou Marco Sargento. Para já, a presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Carla Tavares, disse à Lusa que a área metropolitana “está centrada” em “garantir que tudo funciona” com o alargamento, desde 01 de janeiro, da gratuidade para os jovens e estudantes até aos 23 anos.

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Iberia dá solução a 91% dos mais de 45.600 afetados pela greve da assistência em terra

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2024

A greve foi convocada pelos sindicatos CCOO e UGT, bem como pela USO, depois de a Iberia ter perdido o serviço de handling em vários dos principais aeroportos do país.

O grupo Iberia encontrou solução para 90,9% dos clientes afetados pela greve dos trabalhadores de assistência em terra (handling), que começa na sexta-feira e obrigou a cancelar 444 voos, afetando mais de 45.600 passageiros.

Em comunicado, citado pela EFE, o grupo que engloba a Iberia, Iberia Express e Air Nostrum informou que do total de passageiros afetados pelos cancelamentos, atribuiu novos voos a 36.621 deles (80,2%), enquanto os restantes 4.900 viajantes (10,7%) solicitaram reembolso.

O grupo Iberia garantiu que continua a trabalhar para realocar os restantes afetados de acordo com as possibilidades, mas destacou a complexidade das datas, logo a seguir ao Natal, e a elevada ocupação dos voos. Adicionalmente, pediu aos viajantes que façam antecipadamente o check-in através do site e que cheguem ao aeroporto com mais tempo do que o habitual.

O protesto coincide com o feriado dos Reis Magos e o regresso de milhares de pessoas aos seus locais de trabalho ou residência. A greve foi convocada pelos sindicatos CCOO e UGT, bem como pela USO, depois de a Iberia ter perdido o serviço de handling em vários dos principais aeroportos do país, no concurso lançado pela gestora aeroportuária Aena em setembro, e de ter encerrado sem acordo as negociações para fazer autohandling.

Mesmo que a greve seja cancelada em cima da hora, seria impossível remarcar os voos, dada a complexidade técnica, que não deixa margem, explicou diretor para a Península Ibérica, Juan Cierco. “A mera convocação da greve causou, portanto, danos muito significativos, especialmente a milhares de viajantes, mas também a mais de 90 companhias aéreas, incluindo a própria Iberia e todo o Grupo IAG, que foram obrigados a cancelar centenas de voos”, realçou o responsável.

O grupo acrescenta que os clientes que ainda o pretendam podem solicitar as suas alterações através do site da Iberia, das agências de viagens onde efetuaram a compra ou do centro de atendimento da empresa, que reforçou o número de trabalhadores.

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Rogério Colaço reeleito presidente do Instituto Superior Técnico até 2027

Candidato único à presidência do Instituto Superior Técnico, Rogério Colaço vai tomar posse esta quarta-feira para um mandato que se prolongará até 2027. Quer abrir a escola ao tecido empresarial.

Rogério Colaço vai continuar a ser presidente do Instituto Superior Técnico. O responsável foi reeleito para o mandato que se prolongará até 2027, estando a tomada de posse marcada para esta quarta-feira, dia 3 de janeiro.

A decisão foi tomada a 20 de dezembro, pelo Conselho de Escola, órgão responsável pelo processo eleitoral no Instituto Superior Técnico. Rogério Colaço, candidato único à presidência do Instituto Superior Técnico, foi reeleito como presidente do Instituto Superior Técnico para o mandato 2024-2027, depois de concluir o seu primeiro mandato entre 2020 e 2023“, informou o Técnico esta terça-feira, numa nota enviada às redações.

A tomada de posse está marcada para 3 de janeiro, às 10h30 no Grande Auditório do Centro de Congressos, sendo que para o novo mandato Rogério Colaço defende como aspetos mais importantes “a cultura e valores da instituição e que quem a dirige tem obrigação de passar aos colegas”, nomeadamente a ética, o profissionalismo, o civismo, a liberdade e a pluralidade.

De notar que a sua candidatura assumira como prioridades a “melhoria das condições de estudo, trabalho e desenvolvimento de carreira de toda a comunidade do Técnico” e a adequação do ensino às “profundas mudanças tecnológicas e sociais que atualmente que se vivem”.

Outra das prioridades passa por “abrir o Técnico à sociedade”, na visão de Rogério Colaço. “A escola tem de contribuir para o desenvolvimento da sociedade, o que não se faz sem abrir o Técnico ao tecido económico, às empresas, contribuindo para que elas produzam mais riqueza, mais valor acrescentado, mais emprego qualificado“, sublinha o presidente, que entende que só assim se poderá “estancar a hemorragia de talento dos nossos jovens para o estrangeiro”.

Já no que diz respeito às infraestruturas do Técnico, está prevista a construção de pavilhões no jardim sul e no jardim norte, em substituição dos pré-fabricados neles existentes, e de um estacionamento subterrâneo, que permita retirar carros da superfície no campus Alameda, em Lisboa, assim como o projeto de arranjo paisagístico do campus Taguspark (Oeiras) e a aprovação da requalificação da infraestrutura no campus Tecnológico Nuclear (CTN), em Loures.

O evento que terá lugar esta quarta-feira também servirá para o Conselho de Gestão do Técnico (composto por nove vice-presidentes, alguns deles estreantes) tomar posse.

“Há algumas novidades como Zita Martins, que assume a pasta dos Assuntos Internacionais, Joana Mendonça, vice-presidente para o Campus Taguspark, Susana Marta Almeida, Vice-presidente para o Campus Tecnológico e Nuclear, Francisco Melo, responsável pelos Assuntos Académicos e Jorge Morgado, com a pasta da Qualidade, Planeamento e Operações“, detalha a escola.

Por outro lado, continuam do anterior mandato Isabel Dias, na Gestão Financeira, Miguel Amado, na Sustentabilidade e Infraestruturas, Alexandre Francisco, que transita para as Tecnologias Digitais, Pedro Amaral, com a Interface Empresarial, inovação e Empreendedorismo, e Nuno Pedroso, administrador.

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Presidente sérvio rejeita investigação internacional a eleições contestadas

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2024

Vucic acusou os observadores estrangeiros de só terem criticado o processo eleitoral depois de constatarem a vitória do seu partido e a derrota da oposição.

O Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, recusou esta terça-feira dar o seu aval a uma investigação internacional sobre as alegadas irregularidades nas eleições legislativas e autárquicas de 17 de dezembro, como têm reclamado a oposição e várias organizações sérvias. “As eleições são um assunto para os órgãos e instituições do Estado deste país”, disse Vucic, numa conferência de imprensa em Belgrado, citado pela agência noticiosa sérvia Tanjug.

Respondendo a uma pergunta sobre as exigências que a oposição tem feito diariamente com protestos nas ruas da capital sérvia, Vucic acusou os observadores estrangeiros de só terem criticado o processo eleitoral depois de constatarem a vitória do seu partido e a derrota da oposição, quando pouco antes teriam confirmado por escrito a regularidade do escrutínio.

O Presidente, acusado pelos seus opositores de ser autocrático, afirmou que os “observadores estrangeiros” que constataram irregularidades no processo eleitoral pertenciam a “partidos irmãos” da oposição sérvia e garantiu que, inicialmente, “assinaram a ata” confirmando a regularidade do escrutínio. “Ocorreu-lhes que havia problemas quando viram que eles [a oposição] tinham perdido em Belgrado, e de forma convincente. Não há novos Gonzalez e outros truques”, declarou o Presidente sérvio.

Vucic aludia ao papel desempenhado em 1996 pelo antigo primeiro-ministro espanhol Felipe González (socialista) à frente de uma missão da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) que mediou um conflito entre o governo de Slobodan Milosevic e a sua oposição política devido a acusações semelhantes de fraude eleitoral. A coligação da oposição “Sérvia Contra a Violência” (SPN), a influente iniciativa cívica ProGlas (‘ProVoto’) e mais de 20 organizações não-governamentais (ONG) sérvias têm protestado quase diariamente contra a alegada fraude eleitoral.

Exigem a anulação e a repetição das eleições, bem como uma investigação internacional independente sobre as irregularidades que denunciam, bem como as registadas pelos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), do Parlamento Europeu, da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e da ONG Transparência Internacional.

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Confiança dos consumidores portugueses aumenta em dezembro, após quatro meses a cair

A confiança dos consumidores aumentou em dezembro, após quatro meses a recuar, à boleia de todas as componentes analisadas. Também o clima económico aumento pelo segundo mês seguido.

Após quatro meses consecutivos a recuar, a confiança dos consumidores voltou a subir em dezembro, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Também o clima económico aumentou pelo segundo mês seguido.

O indicador de confiança dos consumidores aumentou em dezembro, após ter diminuído nos quatro meses anteriores”, adianta o gabinete de estatísticas. Em dezembro, a confiança dos consumidores foi de -26, contra os -30,8 registados em novembro. Não obstante, e apesar da melhoria está ainda em níveis de setembro, quando se situou nos -26,1.

Evolução da confiança dos consumidores

Este desempenho foi impulsionado pelo contributo “de todas as componentes” analisadas. Neste âmbito, o gabinete de estatísticas realça que as expectativas relativas “à evolução futura da situação económica do país aumentou significativamente em dezembro, depois de ter diminuído entre julho e novembro” e que as perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar “também aumentou no último mês, após as diminuições observadas entre agosto e novembro”.

Por sua vez, o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços e as perspetivas sobre a evolução futura dos preços diminuíram no mês passado.

Clima económico aumenta pelo segundo mês

Também o clima económico subiu em dezembro, pelo segundo mês consecutivo, assinala o instituto. Segundo o INE, em dezembro o indicador de clima económico estava em 1,5, contra os 1,2 registados no mês anterior. É preciso recuar a junho para encontrar um valor tão elevado (estava em 1,6).

O gabinete de estatísticas realça ainda os indicadores de confiança aumentaram no comércio e nos serviços, mas recuaram na indústria transformadora e na construção e obras públicas.

Na indústria, o indicador de confiança diminuiu “em todos os agrupamentos” (bens de consumo, bens intermédios e bens de investimento”, sendo que esta evolução ” deveu-se ao contributo negativo das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados e das perspetivas de produção”.

Por sua vez, na construção e obras públicas, o instituto detalha que o indicador de confiança “de forma mais expressiva no último mês, após ter aumentado em setembro”. Este desempenho “refletiu o contributo negativo das duas componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego, de forma ligeira no último caso”, lê-se.

Este indicador recuou nas “divisões de Promoção Imobiliária e de Construção de Edifícios, e de
Atividades Especializadas de Construção”, mas aumentou na divisão de Engenharia Civil.

Quanto ao saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda aumentou em dezembro em todos os setores, após ter diminuído nos últimos dois meses na indústria transformadora, no comércio e na construção e obras públicas.

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