Bacalhau de Coimbra prevê melhor ano de sempre e quer chegar aos 60 milhões por ano

  • Lusa
  • 30 Novembro 2023

Quando for reconstruída a unidade de Torre de Vilela e as três estiverem em produção total, a Lugrade prevê chegar aos 60 milhões de euros por ano, para um total de 200 trabalhadores.

Bacalhau de Coimbra, S.A. prevê um volume de 40 milhões de euros em 2023, o melhor ano de sempre na faturação, apesar de ter trabalhado oito meses sem a unidade de Torre de Vilela, destruída por um incêndio.

A empresa de Coimbra, que tem uma outra fábrica em Taveiro, esta de produção de bacalhau seco, inaugurou também em 2023, em Casais do Campo, uma outra unidade, embora esta seja de menor dimensão.

Quando for reconstruída a unidade de Torre de Vilela e quando as três estiverem em produção total, a Lugrade prevê chegar aos 60 milhões de euros por ano, para um total de 200 trabalhadores. Destes 60 milhões de euros por ano, 40 milhões serão para o mercado português.

Com foco na tradição, na qualidade e na confiança, a empresa de Coimbra apresentou no fim de semana em Husoy, na Noruega, um novo produto — o Magnus, um bacalhau de grandes dimensões e que, este ano, terá disponível 1.400 unidades para o mercado. “É um bacalhau único, pela sua dimensão, com mais de 5,5 quilos depois de seco [25 quilos no momento da pesca]. Tem lombos muito altos e é um peixe muito macio, com os lombos a lascar, precisamente ao gosto dos portugueses. Estará no mercado com um selo de autenticidade”, garantiu o administrador Joselito Lucas.

A Lugrade, este ano também teve, pela primeira vez, como principal importador de bacalhau processado precisamente a Noruega, com 37% das suas compras. Destas 2.000 toneladas de bacalhau importado daquele país nórdico, 60% tem a sua origem em Husoy, uma pequena ilha a norte.

O principal parceiro da Lugrade na Noruega é a Br. Karlsen, empresa de Husoy na qual trabalham quase 20 portugueses.

A empresa de Coimbra, fundada em 1987 e que importa ainda bacalhau do Atlântico Norte (35%), Islândia (24%), Gronelândia (03%) e Ilhas Faroé (01%), tem a previsão de aumentar em 40 o seu número de trabalhadores com a abertura da unidade reconstruída em Torre de Vilela, alcançando assim a marca de 200 funcionários.

Em 2023, Portugal importou até finais de outubro quase 37 mil toneladas de bacalhau da Noruega (em média a 8,5 euros o quilo), uma descida de 09% em relação a 2022.

Rita Karlsen, da Br. Karlsen, que agora gere a empresa constituída em 1932 — é a 3.ª geração nesta companhia familiar que está no “top 10″ do norte da Noruega -, admitiu, em declarações aos jornalistas portugueses que acompanharam a Lugrade naquela apresentação, que este ano produziu 1.800 toneladas de bacalhau (em salgado verde).

“Temos uma grande relação com Portugal e agora com a Lugrade. É uma empresa familiar, como nós somos, com um foco grande na qualidade e no compromisso ético. Estamos felizes com esta parceria. Adoramos trabalhar com a Lugrade. Além disso, temos aqui um ‘pequeno Portugal’ dentro da empresa”, explicou, em alusão aos trabalhadores portugueses que ali exercem funções.

A Br. Karlsen, além do bacalhau, é também produtora de salmão e utiliza uma frota de 20 barcos.

Sobre o Magnus, Rita Karlsen admitiu que é um peixe difícil de encontrar, que pode chegar aos 20 anos de vida, mas garantiu que a empresa que lidera tudo fará para continuar a abastecer a Lugrade e o consumidor português com o “melhor pescado do mundo”.

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Portugal recompra 647 milhões de euros em obrigações que vencem até 2027

No leilão de recompra de obrigações, a agência que gere a dívida pública recomprou 647 milhões de euros em quatro linhas que vencem entre 2024 e 2027.

Portugal foi ao mercado e recomprou 647 milhões de euros em quatro linhas de obrigações que vencem entre 2024 e 2027, avança a Reuters, que cita o IGCP. A operação esteve a decorrer esta manhã, como anunciado na véspera pela agência que gere a dívida pública.

O IGCP recomprou 50 milhões de euros de dívida na linha que vence em fevereiro de 2024, 198 milhões na linha com maturidade em outubro de 2025, 249 milhões na de julho de 2026 e 150 milhões na de abril de 2027. No total, 647 milhões de euros.

“Através desta operação Portugal reduz o montante de dívida que tem em obrigações do tesouro em cada uma das respetivas maturidades, reduzindo as necessidades de financiamento de prazos mais curtos, podendo assim gerir de uma forma mais tranquila o prazo nas próximas emissões que vier a realizar”, referiu Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa.

Novamente citando o IGCP, a Reuters noticia que a procura superou o montante recomprado em 3,8, 1,2, 1,1 e 1,1 vezes nas obrigações de 2024, 2025, 2026 e 2027, respetivamente.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h17)

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“Go fuck yourself”. Elon Musk responde aos anunciantes de saída do X (antigo Twitter)

Segundo documentos internos, mais de cem marcas já pararam por completo de anunciar na plataforma, e várias outras estão listadas como "em risco" de deixarem de o fazer. Perdas podem ser de 75 milhões

Go fuck yourself respondeu Elon Musk, numa entrevista esta quarta-feira num evento do New York Times, aos anunciantes que estão a deixar a rede social. “Se alguém quiser tentar chantagear-me com anúncios, com dinheiro? Go fuck yourself. Não anunciem”, repetiu o dono do X.

Musk admitiu que a debandada das grandes marcas pode levar a empresa à falência. “O que este boicote vai fazer é matar o X. O mundo inteiro vai saber que esses anunciantes mataram a empresa”, continuou o dono da Tesla.

A debandada de anunciantes que se tem verificado no X (ex-Twitter) pode levar a perdas de até 75 milhões de dólares (cerca de 68,46 milhões de euros). A saída de grandes anunciantes como a Apple, IBM, Disney ou até a União Europeia deveu-se a preocupações quanto a conteúdos e posições antissemitas na plataforma.

O valor do possível prejuízo é avançado pelo The New York Times, que cita documentos internos da empresa a que teve acesso. Segundo o jornal norte-americano, a rede social está numa posição “mais difícil” do que aquela que era conhecida, com o documento a listar mais de 200 campanhas publicitárias de empresas como a Airbnb, Amazon, Coca-Cola ou Microsoft, muitas das quais já retiraram ou equacionam retirar os anúncios da plataforma.

Os documentos tinham como objetivo acompanhar o impacto da quebra de anúncios na empresa em novembro (tanto de empresas que já pararam de anunciar como das que possam estar a equacioná-lo), listando o total da receita publicitária que os funcionários temem que possa ser perdida até o final do ano se os anunciantes não voltarem à plataforma, refere o NYT.

Entretanto, a rede social disse que os dados vistos pelo jornal norte-americano estavam desatualizados ou faziam parte de um exercício interno para avaliar o possível risco total.

No entanto, segundo os documentos, mais de cem marcas já “pararam por completo” os seus anúncios, enquanto várias outras estão listadas como “em risco”. A saída dos anunciantes da plataforma começou a ocorrer depois de Elon Musk, dono do X, ter apoiado uma publicação antissemita, o que levou ativistas judeus a apelar a grandes empresas para deixarem de pagar anúncios na rede social X.

Além disso, foi também denunciado e muitas marcas se mostraram preocupadas com o facto de alguns dos seus anúncios estarem a ser mostrados junto de conteúdos que promoviam Hitler e o Partido Nazi – tal como denunciou a plataforma Media Matters (que enfrenta entretanto um processo legal, com Musk e a sua rede social a defenderem que a análise da plataforma tinha falhas e era tendenciosa).

Uma das marcas visadas nas denúncias era a IBM, que logo anunciou a sua decisão de suspender a publicidade na plataforma. Mas outras marcas lhe seguiram, como a gigante tecnológica Apple, que decidiu suspender todos os anúncios na rede social X, o que levou a um ataque à marca por parte do próprio Elon Musk que questionou se a fabricante do iPhone detesta a “liberdade de expressão”.

“A Apple também ameaçou retirar o Twitter da sua App Store, mas não nos diz o porquê“, disse ainda o empresário norte-americano noutra publicação.

Ainda segundo os documentos a que o NYT teve acesso, a Netflix, por exemplo, suspendeu mais de três milhões de dólares em publicidade, enquanto a Airbnb fez um corte no valor de um milhão de dólares e a Uber de mais de 800 mil dólares.

Mas não foram só as marcas a retirarem os seus anúncios da rede social. A União Europeia, por exemplo, também começou a retirar os seus anúncios devido a uma preocupação crescente relacionada com o discurso de ódio e a desinformação na plataforma.

Segundo uma nota enviada pela porta-voz da Comissão Europeia Dana Spinant a todos os diretores-gerais e chefes de serviço, a instituição europeia “recomenda a suspensão temporária da publicidade nesta plataforma até aviso prévio para evitar riscos de danos à reputação da Comissão”, refere o Politico.

O confronto entre Elon Musk e a União Europeia, no entanto, já vem de trás, tendo a certa altura o comissário europeu Thierry Breton endereçado uma “carta urgente” a Musk, onde referia que tinha indicações de que a plataforma estava a ser usada para disseminar na Europa “conteúdo ilegal” e desinformação sobre a guerra entre o Hamas e Israel, pressionando o dono do X a combater desinformação no X sobre confronto em Gaza.

Ainda antes disso, a rede social também já tinha abandonado o Código de Conduta em Matéria de Desinformação, promovido pela União Europeia.

O governo norte-americano também veio criticar a tomada de posição de Musk como “inaceitável”, segundo o porta-voz da Casa Branca Andrew Bates, considerando a mesma como uma “promoção abjeta do ódio antissemita e racista”. “É inaceitável repetir a mentira hedionda que levou ao ato mais mortal de antissemitismo da história americana”, disse o porta-voz.

No entanto, algumas marcas relevantes mantiveram os seus anúncios, como a NFL, Walmart ou Mondelēz International, refere a CNN, com Elon Musk a “celebrar” algumas das empresas que optaram por manter o seu investimento publicitário na plataforma.

Musk entretanto também divulgou que a empresa iria doar a totalidade das receitas publicitárias associadas à guerra em Gaza para hospitais em Israel e para a Cruz Vermelha/Crescente em Gaza, com o valor da doação a incluir o total das receitas provenientes de anúncios comprados por grupos de caridade, meios de comunicações e outros grupos que publicitaram conteúdos relacionados com o conflito.

Estas quebras na publicidade surgem nos últimos meses do ano – que são tradicionalmente os mais importantes para a rede social, tendo em conta a época festiva e de promoções – sendo que o X já tem vindo a registar uma quebra na receita publicitária desde que Musk comprou a plataforma por 44 mil milhões de dólares. Em julho, o dono do X divulgou que a empresa tinha perdido cerca de metade das receitas publicitárias:

“Ainda estamos numa situação de fluxo de caixa negativo, devido a uma queda de cerca de 50% nas receitas de publicidade e a uma pesada carga de dívida”, respondeu o bilionário no Twitter a um utilizador que estava a fazer sugestões estratégicas sobre a rede social.

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Grossistas e supermercados de rua enfrentam gigantes do retalho com mais produtos de marca própria

Com as vendas de produtos de marca própria a dispararem este ano quase 30%, a UniMark, que integra grossistas com 50 cash & carries e 1.700 lojas de proximidade, alarga marca UP para 700 referências.

Com o objetivo de “combater a grande distribuição”, a cooperativa de grossistas e retalhistas UniMark prepara-se para investir em 2024 no crescimento da oferta dos produtos de marca própria UP para os chamados supermercados de proximidade e no canal da hotelaria e da restauração (Horeca).

A diretora executiva da UniMark, que integra 23 associados grossistas com cerca de 50 cash & carries e perto de 1.700 clientes retalhistas, adianta que o número de produtos da marca própria vai ser alargado dos atuais 610 para 700, nas categorias de mercearia, confeitaria, bebidas, congelados, detergentes ou higiene pessoal.

Carla Esteves calcula ao ECO que o volume de negócios dos associados no que diz respeito às marcas próprias foi de 17 milhões de euros no ano passado e “deverá fechar em 22 milhões de euros em 2023, um aumento de quase 30%”. Valores que refletem “as decisões de compra racionalmente baseadas no preço e a preferência [dos consumidores] pelas designadas marcas próprias da distribuição”.

Carla Esteves, diretora executiva da UniMark

“A extinção anunciada para o final deste ano do IVA a 0% para os produtos do cabaz essencial, aliada a outros fatores, como o aumento das taxas de juro e dos custos da energia e a persistência da inflação, irá impor em 2024 uma maior pressão sobre os orçamentos das famílias portuguesas”, acrescenta a porta-voz da UniMark, que dinamiza o retalho independente de proximidade com várias insígnias associadas, sendo a maior — apoiada por 16 dos grossistas — a rede “Aqui é Fresco”, com cerca de 700 lojas.

Com a escalada da inflação, as marcas próprias têm vindo a ganhar peso nas compras das famílias portuguesas, representando atualmente mais de 44% do total de vendas nos produtos de grande consumo, segundo os dados mais recentes da consultora Nielsen. Portugal é já o quarto país europeu que mais consome este tipo de produtos, que em alguns dos principais retalhistas que operam no mercado nacional chegam a valer até 80% da oferta.

Marca própria com gestão direta

Sediada em Lisboa, a central de compras foi lançada em 1996 e, oito anos depois, foi criada a marca UP, que no caso das associadas maiores e que têm as suas próprias marcas brancas é usada como complementar. No ano passado, precisamente para fazer face ao crescimento do peso das marcas próprias, decidiu criar uma estrutura própria e assumir a gestão direta da marca, que até então era feita em outsourcing por outra empresa, seguindo as suas instruções.

Os atuais “campeões de vendas” da marca UP, dentro do alimentar, são a água, o açúcar, o sal, as leguminosas enlatadas ou em frasco, o arroz, as salsichas e o ice tea. Nos outros setores lideram a lixívia, o papel doméstico (guardanapos, rolos de cozinha e papel higiénico) e a comida para cães e gatos, que também é englobada neste segmento.

Apesar de haver dois grandes grupos económicos (Sonae e Jerónimo Martins) que controlam o mercado nacional e sete empresas que dominam quase 80% do retalho alimentar, Portugal ainda é “um dos poucos países da Europa onde subsiste uma rede de comércio independente de proximidade com algum furor, equivalente a 10% a 20% do negócio”, composta sobretudo por PME, segundo o retrato feito por João Vieira Lopes, diretor-geral da UniMark, que é também presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

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Já pode votar na Palavra do Ano 2023. Conheça as dez palavras candidatas

Já são conhecidas as dez candidatas a Palavra do Ano 2023. As votações decorrem até 31 de dezembro. Recorde os últimos vencedores.

Já são conhecidas as dez candidatas a Palavra do Ano. Entre as nomeadas estão “clima”, “conflitos”, “demissão”, “habitação”, “inflação”, “inteligência artificial”, “jornada”, “médico”, “navegadoras” e “professor“. As votações para eleger a Palavra do Ano decorrem até 31 de dezembro e, em janeiro, será anunciada a palavra que para os portugueses melhor representa 2023.

“A lista de dez palavras faz um retrato da vida coletiva do país ao longo deste ano e foi elaborada através das sugestões deixadas em www.palavradoano.pt, das palavras mais pesquisadas no dicionário de língua portuguesa da Infopédia e do acompanhamento da realidade da língua”, explica a Porto Editora em comunicado.

Estas são as candidatas a Palavra do Ano 2023:

  • Clima: o país foi afetado por fenómenos meteorológicos extremos, como ondas de calor, tempestades, secas e inundações.
  • Conflitos: os conflitos armados, como os da Ucrânia e do Médio Oriente, agravam a crise humanitária global.
  • Demissão: a demissão inesperada do primeiro-ministro provocou uma crise política em Portugal.
  • Habitação: a escassez de casas, o aumento das taxas de juro e o valor das rendas motivaram manifestações pelo acesso à habitação.
  • Inflação: o aumento generalizado do preço de bens e serviços continuou a prejudicar o poder de compra dos portugueses.
  • Inteligência artificial: o acesso à inteligência artificial generalizou-se, levantando questões sobre os riscos e oportunidades do seu uso.
  • Jornada: Portugal organizou pela primeira vez a Jornada Mundial da Juventude, que contou com a presença do Papa Francisco.
  • Médico: Os médicos continuam a reivindicar melhores condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
  • Navegadoras: as navegadoras, nome pelo qual é conhecida a seleção de futebol feminino, participaram pela primeira vez no Campeonato do Mundo.
  • Professor: os professores continuam a reivindicar a valorização da profissão em centenas de protestos por todo o país.

No ano passado, “guerra” foi eleita pelos portugueses a palavra do ano, com 53% dos votos, a maior percentagem de sempre no concurso realizado pela Porto Editora.

Esta é uma iniciativa da Porto Editora, em parceria com a Infopédia, que decorre há 15 anos e que, além de “guerra” em 2022, já levou à eleição de “vacina” (2021), “saudade” (2020), “violência doméstica” (2019), “enfermeiro” (2018), “incêndios” (2017), “geringonça” (2016), “refugiado” (2015), “corrupção” (2014), “bombeiro” (2013), “entroikado” (2012), “austeridade” (2011), “vuvuzela” (2010) e “esmiuçar” (2009) como palavras do ano.

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Matosinhos tem mais 24 milhões de euros de orçamento para 2024

  • Lusa
  • 30 Novembro 2023

Matosinhos tem mais 24 milhões de euros de orçamento para 2024 do que e 2023. Prevê investir 105,8 milhões de euros, um reforço de 20,5 milhões de euros face a 2023.

A Câmara de Matosinhos aprovou, com os votos contra do PSD, PCP e do Movimento Independente António Parada, Sim!, o orçamento de 174,7 milhões de euros para 2024, mais 24 milhões de euros do que o ano transato.

A previsão da receita municipal para 2024 ascende a 174,7 milhões de euros, dos quais 79,5% (139,0) são receitas correntes e 20,5% (35,7) são receitas de capital, sustenta o Plano de Atividades e Orçamento 2024, a que a Lusa teve acesso.

O orçamento foi elaborado num contexto de “incerteza e apreensão decorrente das tensões e conflitos geopolíticos, do grau de persistência do fenómeno inflacionista e consequente resposta por parte dos bancos centrais, bem como da intensidade do abrandamento económico decorrente da política monetária restritiva seguida na Europa e do agravamento dos custos de financiamento da economia”, refere o documento.

Durante a sua apresentação, a presidente da autarquia, Luísa Salgueiro, destacou o investimento inicial previsto para 2024 que é de 105,8 milhões de euros, um reforço de 20,5 milhões de euros face ao ano passado.

Destes 105,8 milhões de euros, 76,1 milhões de euros vão para a coesão social com uma elevada afetação de recursos à habitação e resíduos sólidos (45,7 milhões de euros), à educação (11,3 milhões de euros) e aos transportes e vias de comunicação (14 milhões de euros), especificou.

A autarca apontou ainda o lançamento do orçamento participativo, no valor de 200 mil euros, e a abertura do Tribunal dos Julgados da Paz.

Contudo, o vereador do PSD Bruno Pereira decidiu votar contra por não se rever naquele orçamento e por o mesmo não contemplar nenhuma das suas propostas. Além disso, o social-democrata lamentou o aumento da receita pela captação de impostos, entendendo que “havia margem” para baixar impostos.

Por seu lado, a vereadora do PCP, Renata Freitas, também lamentou o facto de o orçamento não incorporar medidas apresentadas pelo partido, nomeadamente a realização de uma auditoria aos serviços de limpeza e o alargamento da gratuitidade dos passes de transporte público aos mais de 65 anos.

Já o vereador eleito pelo Movimento Independente António Parada, Sim! disse não se rever no orçamento, agora aprovado, devido à diminuição da verba destinada à educação, indústria, cultura e turismo.

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JinkoSolar atinge fornecimento de 200GW em painéis

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  • 30 Novembro 2023

A JinkoSolar atingiu o marco de 200GW de fornecimento de painéis a nível mundial, o que significa que um em cada oito painéis instalados atualmente na Terra foi fabricado pela JinkoSolar. 

A JinkoSolar afirmou que o seu “crescimento exponencial” foi o resultado de uma forte aposta na I&D. O marco foi alcançado cerca de 13 anos depois de a marca ter iniciado as entregas dos seus painéis solares em 2010.

No primeiro trimestre de 2021, a empresa anunciou uma conquista impressionante: a produção da sua entrega de painéis de 100 GW. Pouco mais de dois anos depois, a JinkoSolar anunciou um novo marco: o envio dos seus painéis solares de 200GW.

A linha de produtos da empresa inclui agora o Tiger Neo do tipo N e o Tiger Pro do tipo P, que viram a maioria transitar para o Neo este ano, tornando-os mais eficientes e potentes. Uma versão fortemente atualizada da Tiger Neo está agora a introduzir uma nova eficiência celular, potência extra e mais refinamento.

A JinkoSolar continua a trabalhar para expandir significativamente a sua capacidade de produção de células Tiger Neo do tipo N para satisfazer a forte procura, outro fator fundamental para o marco de 200 GW entregues antes do previsto. Durante os primeiros três trimestres de 2023, enviou mais de 52 GW para 180 países. Nos principais mercados de energia solar fotovoltaica, a marca ficou em primeiro lugar em termos de quota de mercado.

Embora muitos tenham previsto que a JinkoSolar ultrapassaria os seus concorrentes em 2023, agora tem uma vantagem ainda maior em relação a eles e o modelo Tiger Neo continua a ser o painel de tipo N mais vendido no mercado.

Além disso, a empresa também está a apostar fortemente nos ESS, fornecendo aos seus clientes a nível mundial os seus ESS de refrigeração líquida para a escala de serviços públicos e C&I denominados SunTera e SunGiga. Com os acordos recentemente assinados com uma vasta gama de clientes para a solução PV+ESS e a adoção do sistema de arrefecimento líquido da JinkoSolar, o crescimento dos ESS também terá de acelerar para acompanhar o ritmo das vendas PV da JinkoSolar.

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Inflação na Zona Euro recua para 2,4% em novembro

Variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor foi de 2,4% em novembro, um valor que não era tão baixo desde setembro de 2021.

A subida dos preços na Zona Euro voltou a travar. Em novembro, a taxa de inflação homóloga na região aliviou para 2,4%, estima esta quinta-feira o Eurostat. A confirmar-se, a leitura representa um abrandamento de 0,5 pontos percentuais, explicado, principalmente, pela queda dos preços da energia face ao ano passado. Desde setembro de 2021 que a taxa não era tão baixa.

Com uma taxa de inflação harmonizada de 2,3% (a que permite a comparação europeia), Portugal fica praticamente em linha com a média dos países da moeda única, longe dos 5,5% da Croácia, e numa situação bastante diferente da que atravessa a Bélgica, onde os preços caíram pelo segundo mês consecutivo (-0,7%).

Taxa de inflação homóloga da Zona Euro:

Fonte: Eurostat

Será o sétimo mês consecutivo de abrandamento da inflação média dos países da área do euro, estando apenas 0,4 pontos percentuais acima da meta de 2% fixada pelo Banco Central Europeu (BCE).

Analisando as principais componentes da inflação na Zona Euro, embora os preços dos produtos alimentares, do álcool e do tabaco tenham desacelerado de 7,4% em outubro para 6,9% em novembro, o Eurostat destaca que este grupo de bens é o que mais pesa no índice global.

O indicador relativo aos serviços também arrefeceu para 4,0% em novembro, contra 4,6% no mês anterior, tal como os bens industriais não energéticos, que abrandaram 0,6 pontos percentuais, de 3,5% para 2,9%.

Por sua vez, a energia é a que mais tem feito baixar a inflação entre os 20 países que usam a moeda do euro: em novembro, a variação de preços desta componente foi mais negativa (-11,5%) do que em outubro (-11,2%).

Entre os 20 países da moeda única, as maiores taxas de inflação em novembro registaram-se na Eslováquia (6,9%), Croácia (5,5%) e Áustria (4,9%). Bélgica (-0,7%), Itália (0,7%) e Finlândia (0,8%) foram, por seu lado, os Estados-membros com os índices mais baixos.

(Notícia atualizada às 11h20)

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Benefício fiscal máximo de 82,5% com o SIFIDE

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  • 30 Novembro 2023

Empresas nacionais mais conscientes da importância da inovação para o seu crescimento e competitividade. SIFIDE ajuda a recuperar parte do investimento em I&D e a reinvestir para reforçar a liquidez.

O processo, as vantagens e os requisitos explicados por especialistas na Webtalk promovida pela Yunit Consulting, em parceria com a Lince Capital e o ECO, que decorreu esta manhã.

Ter um Número de Identificação Fiscal (NIF) português, e ter sido constituída há mais de dois anos são os únicos requisitos para qualquer empresa, independentemente do seu setor de atividade e dimensão, poder usufruir de um benefício fiscal de até 82,5% em sede de IRC. Para os negócios mais recentes, o benefício máximo tem o limite de 47,5%.

O processo decorre através de uma candidatura ao SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial), um mecanismo do Estado a que as empresas têm acesso há quase três décadas, e que apoia o esforço de investimento em Investigação & Desenvolvimento (I&D) através da dedução à coleta.

Como capitalizar o investimento em Investigação e Desenvolvimento via SIFIDE e Fundos de Investimento?’ foi a questão que serviu de ponto de partida para o debate na webtalk que decorreu esta manhã, numa iniciativa da Yunit Consulting, em parceria com a Lince Capital e o ECO. O desconhecimento desta ferramenta fiscal ainda é uma realidade em Portugal, e torna mais lento o caminho para atingir a meta definida pelo Governo que pretende assegurar que as atividades de I&D têm um peso de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) até 2030. Um objetivo ambicioso, como reconheceram os convidados desta conversa, tendo em conta que o valor atual é de 1,73% e que a média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) é de 2,72%.

A falar sobre o tema estiveram Eduardo Silva, diretor técnico da Yunit Consulting, Rui Fonte, Private Equity & Venture Capital Analyst da Lince Capital, e Pedro Crispim, CEO da Vitriu.

Financiar a inovação e criar riqueza para o país

Tornar o país mais eficiente pela via da criação de produtos e serviços inovadores é uma receita comprovada noutras geografias, onde o sistema científico contribui fortemente para a economia e reforça a competitividade dos países.

"O SIFIDE surge exatamente para dar condições ao nosso país para que cada vez mais empresas estejam dotadas de meios para conseguir desenvolver atividades de investigação e desenvolvimento.”

Eduardo Silva, Diretor Técnico da Yunit Consulting

Esta ferramenta permite igualmente contribuir para a internacionalização de projetos e negócios nacionais e, em simultâneo, tornar Portugal mais eficiente e atrativo aos olhos de investidores internacionais. “O programa permite canalizar cada vez mais capital para as empresas que investem em I&D e, havendo mais capital, as próprias empresas têm mais apetência para correr o risco de apostar no desenvolvimento de novos produtos ou de novas tecnologias”, salienta o diretor técnico da Yunit Consulting, que destaca a simplicidade do processo.

Para as empresas que investem internamente em I&D, O SIFIDE permite-lhes obter uma dedução à coleta através das despesas, que podem ser internas, fruto dos projetos realizados, ou externas, através do investimento em Fundos SIFIDE. A taxa base de dedução é de 32,5%, e incide sobre a totalidade das despesas realizadas. A esta, junta-se a taxa incremental que pode ir até aos 50%. Ou seja, explica, Eduardo Silva, “quanto mais uma empresa investe em I&D, maior a percentagem da taxa incremental”.

De acordo com os especialistas presentes na Webtalk, as empresas nacionais estão cada vez mais atentas, e este tem sido um benefício fiscal muito interessante, do qual cada vez mais empresas tiram partido. “Esta ferramenta pode ser importante para fazer crescer aqueles números de que falávamos e para atingir a meta dos 3% até 2030”, assegura o diretor técnico da Yunit Consulting, que recorda que, há 10 anos, menos de mil empresas faziam candidaturas ao SIFIDE. Hoje já são milhares.

O aparecimento dos Fundos de Investimento SIFIDE tornaram esta ferramenta fiscal ainda mais interessante, uma vez que alargaram o espetro de empresas que podem tirar partido do benefício. Atualmente, mesmo as empresas que não desenvolvam internamente atividades de I&D podem aceder ao SIFIDE através do investimento nestes fundos, tendo igualmente acesso ao benefício fiscal no IRC, desde que declarem essa despesa numa candidatura efetuada através da Agência Nacional de Inovação (ANI).

É o caso da Vitriu, especialista em serviços óticos e de audiometria, representada neste debate por Pedro Crispim. A empresa de raiz familiar, com 22 anos de atividade e 30 colaboradores, investiu pela primeira vez num Fundo SIFIDE em 2022, e o balanço é, nas palavras do CEO, “muito positivo”. A escolha deste caminho prendeu-se, como explica, pelo facto de o negócio estar inserido num setor muito dependente de I&D, apesar de não ter capacidade de fazê-lo internamente, por um lado e, por outro, pelo benefício fiscal.

"Existindo liquidez esta é uma excelente ferramenta para usufruir de uma redução fiscal e, ao mesmo tempo, de obter algum retorno através do fundo de investimento.”

Pedro Crispim, CEO da Vitriu

No entanto, Pedro Crispim deixa o alerta de que, apesar do processo ser simples, é fundamental que as empresas se rodeiem dos parceiros certos (consultores e sociedades gestoras de fundos), que ajudam a trilhar este caminho.

Novas regras para 2024

As alterações às regras do SIFIDE aprovadas este ano, com aplicação a partir de janeiro de 2024, reduzirão a percentagem de dedução à coleta, uma vez que deixa de ser aplicada a taxa incremental, ficando a dedução nos 32,5%.

A subscrição de Fundos SIFIDE, como explica Rui Fonte, terá de acontecer até 31 de dezembro para garantir que é um investimento que entra nas contas do ano fiscal 2023, para poder usufruir do benefício fiscal também nesse período. O especialista da sociedade gestora de fundos, Lince Capital, recorda que, constituído o fundo, as empresas têm de fazer o registo da despesa junto da ANI para que lhes seja atribuído o benefício fiscal.

"A aplicação do investimento num Fundo SIFIDE, além do benefício fiscal à cabeça, é uma ferramenta que permite obter um retorno interessante. E estes fundos estão igualmente abertos a privados.”

Rui Fonte, Private Equity & Venture Capital Analyst da Lince Capital

Em 2024, o investimento torna-se menos atrativo pelo facto de a taxa ser reduzida em quase um terço, mas também pela extensão do período de detenção, que passa de cinco para dez anos. “Penaliza os investidores na rentabilidade e na flexibilidade”, diz o responsável da Lince Capital. Já para as empresas que são investidas pelo fundo, a grande mudança é o tempo de que dispõem para desenvolver as suas atividades de I&D, que passa de cinco anos para três.

 

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Pensões devem subir entre 5% e 6% no próximo ano

Dados provisórios do INE permitem calcular atualizações que serão aplicadas às pensões em 2024. Em causa estão aumentos entre 5% e 6%. Cerca de 2,7 milhões de pensionistas serão beneficiados.

As pensões deverão subir entre 5% e 6% em janeiro do próximo ano. O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou esta quinta-feira a estimativa rápida do Índice de Preços no Consumidor (IPC) relativo a novembro, o que permite calcular as atualizações regulares que serão aplicadas às pensões, de acordo com a lei. Já o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que guia vai passar para cerca de 509 euros em 2024.

Por lei, há dois indicadores que definem os aumentos que devem ser aplicados em janeiro de cada ano às pensões: a média do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos anos e a variação média dos últimos 12 meses do IPC sem habitação disponível a 30 novembro.

Ora, o INE já tinha publicado os dados relativos ao PIB, mas faltava conhecer os números que mostram como têm evoluídos os preços.

Essas estatísticas foram publicadas esta quinta-feira e permitem ao ECO calcular que as pensões deverão subir entre 5% e 6% no próximo ano.

Em concreto, as pensões mais baixas (até cerca de mil euros) terão aumentos de 6%. As pensões intermédias (entre mil euros e cerca de três mil euros) terão direito a uma subida de 5,7%. E as pensões mais altas (acima dos tais três mil euros) vão ter uma atualização de 5%.

Com base em previsões, o Governo tinha indicado que os aumentos seriam de 6,2%, 5,8% e 5,2%, respetivamente. Mas a inflação abrandou mais do que se estava à espera, determinando atualizações das pensões ligeiramente menos expressivas do que tinha sido sinalizado.

Este ano, face aos elevados níveis da inflação, o Governo, em vez de aplicar plenamente esta lei em janeiro, decidiu fatiar as atualizações regulares.

Ou seja, em outubro transferiu um suplemento em outubro do ano passado para os pensionistas. Depois, em janeiro, fez aumentos nas reformas, mas não tão expressivos quanto resultariam da lei. E no verão avançou com novas subidas das pensões, de modo a garantir que estas atingiam mesmo os valores que teriam tivesse o Governo cumprido a lei logo em janeiro.

Já para 2024, o Governo assegurou que irá aplicar plenamente a fórmula logo a partir de janeiro, o que significa que os referidos aumentos calculados com base nos dados do INE deverão mesmo avançar.

Os números do gabinete de estatísticas são, contudo, ainda provisórios, pelo que poderão ser vir a revistos a 14 de novembro, data em que será publicada a nota definitiva.

De acordo com o Ministério do Trabalho, estas atualizações vão abranger 2,7 milhões de pensionistas (dos quais, a maioria terão o tal aumento de 6%) e terão um impacto de 2,2 mil milhões de euros nos cofres públicos. “São aumentos históricos e sem cortes“, sublinhou Ana Mendes Godinho.

Por outro lado, os dados divulgados na manhã desta quinta-feira permitem também perceber que valor terá o IAS em 2024. O ECO calcula que passará dos atuais 480,43 euros para cerca de 509 euros. Este número é importante porque determina os limites do subsídio de desemprego, guia o subsídio por morte e o rendimento social de inserção e até influencia o abono de família.

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Inflação abranda para 1,6% em novembro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Novembro 2023

Subida dos preços em Portugal voltou a desacelerar em novembro, com a inflação a ser a mais baixa em mais de dois anos. Taxa harmonizada de 2,3% fica próxima da meta do Banco Central Europeu.

A taxa de inflação homóloga em Portugal terá abrandado para 1,6% em novembro, uma descida de 0,5 pontos percentuais face ao mês anterior, segundo a estimativa rápida do Índice de Preços no Consumidor (IPC) publicada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A confirmar-se este valor provisório, a taxa de inflação homóloga em novembro é mais baixa em mais de dois anos. Mais concretamente desde setembro de 2021, mês em que a leitura deste indicador foi de 1,5%.

Taxa de variação homóloga do IPC:

Fonte: INE

A desaceleração registada em novembro é explicada, sobretudo, pelo “efeito de base associado [ao facto de o] aumento mensal de preços registados nos produtos alimentares no último mês (0,4%) ter sido inferior ao que se verificou em novembro de 2022 (1,7%)“, indica o gabinete estatístico.

No que toca aos produtos energéticos, agravou-se a descida de preços em novembro (-12,4%, em comparação com -12% em outubro), também contribuindo de forma significativa para o alívio na subida dos preços em Portugal. Enquanto isso, o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá desacelerado para 3,5% (4% em outubro).

Na estimativa rápida, o INE refere também que o indicador da inflação subjacente — que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos — terá tido uma variação de 2,9% em novembro, contra 3,5% em outubro, ou seja, menos 0,6 pontos percentuais. Na comparação mensal, a variação do IPC terá sido de -0,3% face a outubro, estimando-se uma inflação média nos últimos 12 meses de 5%.

Por fim, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que permite a comparação entre países europeus, terá registado uma variação homóloga de 2,3%, valor inferior em 0,9 pontos percentuais ao registado no mês anterior. É uma leitura próxima da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE), num dia em que também foi revelado que a variação homóloga do IPC na Zona Euro voltou a descer em novembro, para 2,4%, segundo a estimativa rápida do Eurostat.

(Notícia atualizada às 10h16)

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Novobanco adia negócio de 365 milhões devido à incerteza no imobiliário

  • ECO
  • 30 Novembro 2023

Incerteza em torno do imobiliário, em particular ao nível do licenciamento, deixa investidores internacionais de pé atrás. Novobanco adia a venda do “Projeto Eleanor”, com ativos em Lisboa e Algarve.

O Novobanco adiou a venda do “Projeto Eleanor”, composto por quatro ativos imobiliários (dois em Lisboa e dois no Algarve). O cronograma previa que a venda dos ativos fosse concluída a 30 de novembro, mas os investidores interessados não terão avançado com propostas vinculativas satisfatórias, noticia esta quinta-feira o Jornal Económico (acesso pago).

Fontes do setor indicam que, pelo menos, os projetos de maior dimensão, quer económica quer de volumetria de construção, apresentam riscos de licenciamento significativos. O terreno das Amoreiras, considerado a “joia da coroa” do portefólio, foi o primeiro ativo a cair devido à preocupação com o risco de licenciamento na Câmara de Lisboa.

Entre os interessados no “Projeto Eleanor”, que entrou no mercado em setembro, encontravam-se a Bain Capital, a Kronos, a Vanguard Properties, a Quest Capital, a Sixth Street e a Norfin. O portefólio, que além do terreno das Amoreiras incluía ainda um terreno nos Olivais Sul e outros dois no Algarve — o de Benagil e em Arade — está avaliado em 365 milhões de euros.

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