Holandesa dona do Freeport investe 30 milhões para expandir Vila do Conde Outlet

Obras arrancam em março de 2024 e terminam no final do primeiro semestre de 2025. Outlet cresce 26% com ampliação e relocalização de lojas e criação de novas.

A holandesa Via Outlets vai investir 30 milhões de euros na expansão do Vila do Conde Porto Fashion Outlet, em Modivas, que abrirá em julho de 2025 e vai criar 300 empregos. Terá 31 novas marcas, principalmente premium, que se somam às cerca de 120 existentes e que, ao todo, irão ocupar uma área de 31 mil metros quadrados, avançou Nuno Oliveira, regional business director da Via Outlets Ibéria, numa apresentação à imprensa esta quarta-feira.

Depois de uma intervenção em 2021, na ordem dos 13 milhões de euros, o Vila do Conde Porto Fashion Outlet prepara-se para uma nova empreitada a partir de março de 2024. Ano em que comemora uma década desde que a Via Outlets Ibéria — gestora de ativos do fundo de pensões holandês APG, e que também é dona do Freeport Lisboa Fashion Outlet em Alcochete — adquiriu este centro.

A expansão do outlet, a cargo do atelier de arquitetura L35, vai decorrer num terreno contíguo, com 10.000 metros quadrados, e quando abrir ao público, em julho de 2025, terá mais 31 novas lojas, quatro novos espaços de restauração envolvidos por um jardim de inverno, num total de 6.500 metros quadrados.

O programa da empreitada, que resultará numa área total de 31.000 metros quadrados, contempla o encerramento de uma das duas portas de entrada, que será substituída por outra nas imediações da estação do metro. Precisamente aqui haverá um outro acesso direto ao Outlet para ir ao encontro dos “10% dos clientes que chegam via metro“, revela Jorge Pinto Fernandes, Portugal, business director da Via Outlets Portugal.

Expansão Vila do Conde Porto Fashion Outlet

Entre os motivos desta expansão estão, detalha Jorge Pinto Fernandes, a empresa holandesa querer “atrair mais marcas premium desejadas pelo mercado nacional e de turismo, que permitirão continuar a manter a ambição de ser um destino incontornável de compras na região Norte e Galiza”. Só os turistas – provenientes de Espanha, França, Alemanha, Brasil e EUA – geram 20% das vendas do Vila do Conde Porto Fashion Outlet.

Este outlet também é apetecível para as marcas se instalarem: “Temos tido muitas marcas interessadas em entrar no centro, assim como as já existentes a quererem aumentar a sua área de loja. São excelentes indicadores que nos dão confiança para avançar com este projeto, cumprindo a nossa ambição de sermos um destino de referência, permitindo-nos trabalhar o espaço de uma forma diferente e trazer uma vivência nova que consideramos necessária para criar o destino de compra a que nos propomos”, frisa este responsável.

Portugal é um mercado muito importante e reconhecido pelos nossos investidores, não só pelos resultados e caminho já feito, como pelo potencial do país, que é revelado pelo crescimento de marcas premium a instalarem-se quer em Lisboa quer no Porto.

Jorge Pinto Fernandes

Portugal business director da Via Outlets Portugal

Já com a remodelação em 2021, instalaram-se mais de 25 novas marcas no centro de Vila do Conde, como a BOSS, Under Armour, Karl Lagerfeld, Longchamp, e algumas delas trouxeram para o centro a sua maior loja outlet do país, como é o caso da Michael Kohrs, Guess, Levi’s ou Boss.

“Portugal é um mercado muito importante e reconhecido pelos nossos investidores, não só pelos resultados e caminho já feito como pelo potencial do país, que é revelado pelo crescimento de marcas premium a instalarem-se quer em Lisboa quer no Porto”, considera Jorge Pinto Fernandes.

Por isso mesmo, mantendo “firme” na estratégia dos 3 R’s – Remodelação, Remerchandising e Remarketing – a empresa vai “continuar a investir no mercado nacional, onde desde 2017 já investiu mais de 37 milhões, aos quais se juntam agora 30 milhões nesta expansão”, assinala este responsável. “Concluímos há menos de um mês a remodelação de Sevilha Fashion Outlet, também com o mesmo atelier de arquitetura, L35, e a transformação é um grande motivo de orgulho”, acrescenta, por sua vez, Nuno Oliveira.

Sem, contudo, avançar valor de faturação deste ano, o regional business director da VIA Outlets Ibéria garante que o negócio tem corrido bem apesar da crise económica que assola o país. Os dois centros em Portugal registaram “um crescimento de 23% no primeiro semestre deste ano face a período homólogo de 2019“, ano pré-pandemia, contabiliza.

“O conceito Outlet tem evoluído muito e hoje é considerado parte integrante da estratégia de distribuição das marcas. É o segmento de shopping que mais tem crescido e onde, cada vez mais, as marcas apostam com qualidade“. Por isso, sublinha, a grande aposta passa agora por “redefinir o conceito de compra ou shopping de alta“, com foco nas marcas premium.

Um estudo da Cushman & Wakefield revelou recentemente, destaca Nuno Oliveira, “que o canal outlet foi o que teve melhor recuperação e melhor performance, nomeadamente na Ibéria, onde a VIA Outlets tem quatro centros muito importantes do seu portfolio.

Em 2022 tivemos cerca de 32 milhões de visitas e volume de negócios de 1,2 mil milhões de euros nos 11 centros dos nove países” onde a VIA Outlets está presente com mais de 100 lojas.

Nuno Oliveira

Regional business director da Via Outlets Ibéria

A Via Outlets, gestora de ativos do fundo de pensões holandês APG, foi criada em 2014 com vista à aquisição e gestão de centros outlet já existentes por toda a Europa.

A empresa mantém um posicionamento forte no mercado europeu onde existem 200 outlets. “Fomos o operador com maior crescimento e expansão”, realça Nuno Oliveira, avançando que o grupo continua a crescer em volume de negócios. “Em 2022 tivemos cerca de 32 milhões de visitas e um volume de negócios de 1,2 mil milhões de euros nos 11 centros dos nove países” onde a VIA Outlets está presente com mais de 100 lojas, calcula. Entre os países onde a holandesa opera estão Portugal, Espanha, Suécia, Noruega, República Checa, Polónia, Alemanha, Holanda e Suíça.

“O que nos distingue é a nossa visão: tentar criar destinos de compra premium e numa lógica de proporcionar as melhores experiências de compra. Queremos que os nossos centros tenham uma identidade local forte”, conclui.

Expansão Vila do Conde Porto Fashion Outlet

Expansão em números:

  • 30 milhões de euros de investimento na expansão do Vila do Conde Porto Fashion Outlet
  • 300 novos postos de trabalho
  • 10.000 metros quadrados de ocupação da nova área
  • 4 novos espaços de restauração, num total de 6.500 metros quadrados
  • 31 novas lojas
  • Mais de cinco milhões de visitas

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CMVM multa TAP em 50 mil euros por informação “não verdadeira” na saída de Alexandra Reis

A CMVM já concluiu o processo instaurado à TAP devido à forma como foi comunicada ao mercado a saída da ex-gestora Alexandra Reis, concluindo que existiu a prática de contraordenação muito grave.

A CMVM aplicou uma coima de 50 mil euros à TAP por violação do dever de divulgação de informação com qualidade ao mercado, pela forma como foi comunicada a saída da antiga administradora executiva Alexandra Reis. A companhia aérea requereu a impugnação da decisão.

Em causa está o comunicado divulgado pela companhia aérea a 4 de fevereiro do ano passado, quando informou o mercado que Alexandra Reis tinha apresentado a “renúncia ao cargo, decidindo encerrar este capítulo da sua vida profissional e abraçando agora novos desafios”. Em dezembro, veio a saber-se que a antiga administradora tinha saído por vontade da então CEO, Christine Ourmières-Widener, e negociado uma indemnização bruta de 500 mil euros, que desencadeou o caso que levaria à criação da comissão parlamentar de inquérito e à saída de Pedro Nuno Santos do Ministério das Infraestruturas.

A entidade liderada por Luís Laginha de Sousa obrigou a companhia aérea a corrigir o comunicado, para dizer que a saída “ocorreu na sequência de um processo negocial de iniciativa da TAP, no sentido de ser consensualizada por acordo a cessação de todos os vínculos contratuais existentes entre Alexandra Reis e a TAP” e admitiu outras consequências legais, nomeadamente a abertura de um processo de contraordenação.

Processo esse que chegou agora ao fim, com o supervisor a considerar que “a informação divulgada pela TAP no comunicado de 4 de fevereiro de 2022 não era verdadeira, porquanto era desconforme à realidade, uma vez que não referiu o acordo celebrado entre a TAP e Alexandra Reis e a vontade de ambas em terminar as relações contratuais existentes, na sequência de um processo negocial iniciado pela TAP”.

A CMVM sustenta ainda que a informação “não era clara, porquanto o uso da expressão ‘renúncia’ corresponde a um termo equívoco, que não permitiu aos destinatários da informação conhecer a realidade de forma imediata, designadamente a existência de um acordo celebrado entre a TAP e Alexandra Reis”.

O regulador considera que a companhia área “violou, por 1 (uma) vez, a título doloso, o dever de divulgar informação com qualidade”, o que constitui a prática de uma contraordenação muito grave, que é punível com uma coima entre 25 mil e cinco milhões de euros. A TAP requereu a impugnação judicial da decisão do regulador.

(notícia atualizada às 15h28)

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Governo já pode cair. Último Orçamento da era Costa aprovado pelo PS com abstenção do Livre e PAN

Orçamento do Estado para 2024 foi aprovado, em votação final global, com os votos a favor do PS, a abstenção do Livre e do PAN e os votos contra dos restantes partidos.

O Orçamento do Estado para 2024, o último de António Costa como primeiro-ministro, acaba de ser aprovado na Assembleia da República, em votação final global, com os votos a favor do PS, a abstenção do Livre e do PAN e votos contra dos restantes partidos: PSD, Chega, IL, BE e PCP.

Quando, a 9 de novembro, optou pela dissolução da Assembleia da República e pela marcação de eleições em 10 de março de 2024, na sequência do pedido de demissão do primeiro-ministro, o Presidente da República anunciou que iria deixar passar o diploma orçamental para o próximo ano, antes de assinar e publicar o decreto que formaliza a aceitação da demissão de Costa.

“Quero deixar a garantia da indispensável estabilidade económica e social, que é dada pela prévia votação do Orçamento do Estado, antes mesmo de ser formalizada a exoneração em inícios de dezembro”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, depois de ter ouvido o Conselho de Estado durante quatro horas.

A partir da publicação pelo chefe de Estado do decreto da demissão, que irá acontecer nos próximo dias, o atual Governo entra em modo de gestão, passando a estar limitado nos seus poderes. Apenas poderá aprovar atos estritamente necessários e quaisquer propostas de lei caducam automaticamente, segundo a Constituição da República.

Nos últimos quatro dias de votações do Orçamento do Estado na especialidade acabaram por ser viabilizadas mais de 180 propostas, das quais 109 do PS e 74 da oposição. Entre outras, caiu o agravamento do Imposto Único de Circulação (IUC) para carros anteriores a julho de 2007, as deduções com rendas aumentaram para 600 euros e foi aligeirado o regime dos residentes não habituais. “Nunca nenhuma maioria” absoluta “aprovou tantas propostas da oposição”, assinalou Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar socialista, no encerramento do debate.

Dívida e défice no balanço de Medina e Costa

Fernando Medina, ministro das Finanças, que fechou o debate em nome do Governo, enalteceu que o Executivo conseguiu “vencer os dogmas da esquerda, que permanentemente se opõe” às contas certas. “A redução da dívida não é um capricho, não é troféu, não é fetiche. É um caminho que garante a nossa soberania”, sublinhou o ministro, notando que o país voltou a estar no grupo dos países “com melhores notações de risco”.

À saída do hemiciclo, António Costa destacou que “os portugueses vão ter em 2024 um OE que prossegue a trajetória de melhoria dos rendimentos, que promove o investimento e que protege o futuro”. “Ao longo destes oito anos, foi possível demonstrar que com uma política económica que apostasse em mais emprego, mais qualificações, mais inovação, teríamos maior investimento empresarial e maior capacidade de exportação”, completou.

Em jeito de balanço sobre o período em que chefiou três Governos diferentes, em declarações aos jornalistas, o ainda primeiro-ministro considerou ter “[virado] a página da austeridade e [tirado] o país de uma situação de défice excessivo para uma situação de sólida e tranquila estabilidade orçamental, o que aumenta agora as liberdades das escolhas políticas”.

Chuva de críticas da oposição na hora da despedida

A sessão de encerramento realizada esta quarta-feira, que antecedeu a votação final global, ficou marcada por uma chuva críticas da oposição à gestão do governo socialista. À direita, o PSD defendeu que o PS “desbaratou a maioria e caiu por dentro“, enquanto o Chega criticou as “cambalhotas eleitoralistas” do Governo, com os recuos na lei do tabaco e no aumento do IUC, na sequência da crise política.

Iniciativa Liberal apontou que “não foi o parágrafo [da PGR] que fechou urgências de 36 hospitais, provocou a crise na habitação, manteve o desemprego jovem em mais de 20% ou que deixou turmas sem professores”. “Não foi parágrafo que apresentou este OE que bate mais um recorde de carga fiscal”, declarou Rui Rocha.

À esquerda, pela voz de Paula Santos, o PCP realçou que a maioria absoluta socialista ficou marcada pela “instabilidade política” e considerou que este OE “não vai melhorar a vida dos trabalhadores e do povo, nem assegurará melhores serviços públicos ou mais justiça fiscal”.

Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, descreveu como “o ex libris da maioria absoluta na hora da despedida” o país a “arder com a crise da habitação”. A sucessora de Catarina Martins falou ainda numa gestão do Governo marcada por uma “política de remendos”, com a “vida do povo” a ficar “presa por arames”.

PAN e Livre, que se abstiveram no voto final, preferiram realçar as conquistas que alcançaram com a aprovação de algumas medidas que propuseram em sede de especialidade.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h36)

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Pensões e complemento para idosos são as medidas do OE que mais reduzem desigualdades. IRS tem impacto contrário

Relatório da PlanApp indica que o impacto das medidas do Orçamento do Estado para 2024 aumentam o rendimento disponível entre 6,2% e 3%, diminuindo o risco de pobreza.

O aumento das pensões e do Complemento Solidário para Idosos, que nos últimos dias têm estado no centro do debate político, são as medidas do Orçamento do Estado (OE) para 2024 que mais impacto têm na redução do risco de pobreza e das desigualdades, indica um relatório divulgado esta quarta-feira pela PlanAPP.

A análise às medidas orçamentais feita pelo Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública (PlanAPP) concluiu que o “impacto na diminuição da taxa de risco de pobreza é bastante significativo, reduzindo esse risco em cerca de 2,38 pontos percentuais”. Contribuem ainda para a redução das desigualdades, com o conjunto das políticas a” diminuir o rácio entre os 20% com mais rendimentos e os 20% com menos rendimentos”.

Segundo as contas da PlanApp, as alterações que constam do OE aprovado esta quarta-feira no Parlamento pela maioria socialista melhoram o rendimento em todos os decis, com impacto maior nos dois primeiros, de 6,2% e 4,6%, respetivamente. Ou seja, na população mais pobre. Nos decis seguintes, a variação percentual baixa para a casa dos 3%, sendo ligeiramente mais alta no oitavo e nono, por causa do alívio do IRS que tem maior peso nestes segmentos.

As medidas que têm um impacto maior na redução da taxa de risco de pobreza são o aumento das pensões, o aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI), que o líder do PSD prometeu este fim de semana aumentar para 820 euros até 2028, e o reforço do abono de família. Estas são também as que mais contribuem para a redução das desigualdades, a par do Rendimento Social de Inserção (RSI).

O relatório faz uma análise ao impacto isolado de cada medida, num cenário em que as restantes se mantinham sem alteração face a 2023 (ceteris paribus). O aumento de 6,2% das pensões tem um impacto significativo em todo os decis de rendimento, conclui a PlanAPP, sendo maior entre os 10% e os 50% de população com menos posses.

A atualização da condição de recursos do Complemento Solidário para Idosos (CSI) de 5.858,63 euros para 6.608,53 euros tem um impacto claramente maior nos dois decis inferiores, onde se concentram os pensionistas com menos rendimentos.

Saindo do universo dos pensionistas, o relatório aponta que o reforço do abono de família em 22 euros por mês para crianças até aos seis anos de idade e até ao 4º escalão tem também um impacto maior nos 30% da população com menos rendimentos, diluindo-se nos decis seguintes. Já reforço do Rendimento Social de Inserção, com a indexação do valor de referência a 45% do IAS, tem um efeito concentrado no primeiro decil de rendimentos, onde se encontra a maior parte da população elegível.

Alteração nas taxas do IRS aumentam desigualdades

As medidas de redução do IRS, onde se inclui a atualização do valor dos escalões e a descida das taxas até ao 5º escalão tem impacto em praticamente todos os decis, mas cresce à medida que o rendimento sobe. O que se deve à aplicação de taxas marginais sobre o rendimento mais baixas.

A PlanAPP aponta que “a redução do IRS contribui para o aumento das desigualdades“. A análise não tem em conta a o aumento do mínimo de existência, “cenário em que o
impacto da redução do IRS seria nulo ou significativamente reduzido nos primeiros decis”. Ou seja, acentuaria ainda mais a diferença.

Efeito semelhante, embora não tão acentuado, tem o reforço do IRS jovem, que “aumenta o rendimento disponível equivalente médio em todos os decis exceto o primeiro, com maior incidência entre o 5º e o 10º decil”, observa o relatório.

Devido ao efeito do IRS, o índice de Gini, um indicador de desigualdade na distribuição do rendimento, medindo a concentração de riqueza, até piora muito ligeiramente (-0,0016). O que a PlanAPP explica com “o efeito de quase neutralidade proporcionada pela combinação entre o aumento nas prestações sociais e a redução transversal no IRS”.

O centro de competências do Estado nota que o conjunto das medidas difere da soma parcelar do efeito individual de cada uma, dada a interdependência entre elas.

Segundo a PlanAPP, o primeiro Relatório sobre as Desigualdades “é o primeiro passo, ainda exploratório, no sentido de dar resposta à orientação inscrita no Programa de Governo e reiterada nas Leis das Grandes Opções (GO) para anexar a cada relatório do Orçamento do Estado um relatório sobre as desigualdades”.

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IGCP recompra dívida que vence nos próximos quatro anos

Agência que gere a dívida pública vai recomprar antecipadamente Obrigações do Tesouro que atingem a maturidade nos próximos anos para aliviar o perfil de reembolsos do país.

O IGCP anunciou que vai realizar esta quinta-feira um leilão de recompra de Obrigações do Tesouro que atingem a maturidade nos próximos quatro anos com o objetivo de alisar o perfil de reembolsos até 2027.

A agência liderada por Miguel Martin irá recomprar dívida que vence em fevereiro de 2024, outubro de 2025, julho de 2026 e abril de 2027, segundo anunciou esta quarta-feira.

Em relação às obrigações que expiram no próximo ano, o IGCP tem pela frente um “muro” de cerca de 6,1 mil milhões de euros. O calendário de reembolsos fica mais exigente em 2025 e 2026, quando tem de devolver aos mercados 14,1 mil milhões e 12 mil milhões, respetivamente.

O objetivo destas operações passa por evitar picos de reembolsos para uma melhor gestão da dívida pública.

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Mudou de residência? Altere a morada até 10 de janeiro para poder votar na zona onde vive

  • ECO
  • 29 Novembro 2023

Quem mudou de residência e quer alterar o seu local de voto para a zona onde atualmente vive, deve atualizar a morada até ao dia 10 de janeiro, adverte a Comissão Nacional de Eleições.

Quem mudou de residência e quer alterar o seu local de voto nas próximas eleições legislativas de 10 de março, deve atualizar a morada que está associada ao cartão de cidadão até ao dia 10 de janeiro, informou esta quarta-feira a Comissão Nacional de Eleições.

Para quem reside em território nacional, tem cartão de cidadão e mudou a sua residência deve proceder à alteração da morada no portal ePortugal, utilizando a Chave Móvel Digital ou o Cartão de Cidadão + PIN.

Em alternativa poderá realizar esta alteração, presencialmente, nas Lojas/Espaços Cidadão ou num balcão do Instituto de Registos e Notariado.

Para quem reside no estrangeiro, pode optar por alterar a morada online no portal ePortugal, utilizando a sua Chave Móvel Digital ou o Cartão de Cidadão + PIN ou fazê-lo, presencialmente, no consulado ou posto consular português da sua área de residência.

Se ainda tem Bilhete de Identidade, deve deslocar-se a uma Loja/Espaço Cidadão, consulado ou posto consular português da sua área de residência, de forma a obter um Cartão de Cidadão com a morada atualizada. Depois, terá de confirmar a alteração de morada associada ao Cartão de Cidadão no prazo indicado para poder votar na zona onde vive.

Se tem dúvidas sobre qual a morada que consta no recenseamento eleitoral, pode fazer uma consulta dos seus dados junto das respetivas comissões recenseadoras (juntas de freguesia, consulados ou postos consulares) ou via Internet na área reservada do Portal do Eleitor, utilizando a sua Chave Móvel Digital ou Cartão de Cidadão + PIN.

No caso de estar recenseado no estrangeiro, o direito de voto pode ser exercido por via postal ou presencial. Se pretende exercer o seu direito de voto presencialmente, deve manifestar essa intenção (caso não o tenha efetuado em eleição anterior para a Assembleia da República) junto da comissão recenseadora da sua área de residência (consulado ou posto consular) antes do dia 10 de janeiro de 2024.

Caso contrário, se não optar por exercer o seu direito de voto presencialmente, irá receber na morada que consta no recenseamento eleitoral a documentação para exercer o direito de voto via postal.

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Vistage reúne empresários em Lisboa para debater a Liderança do Futuro

  • ECO
  • 29 Novembro 2023

"Ser um grande líder, à frente do seu tempo”, foi o mote da iniciativa Vistage Encontro de Líderes 2023, que decorreu a 23 de novembro.

Fazer com que cada líder seja um melhor líder e com que as empresas cresçam e o país também” foi o mote lançado por Miguel Pardo Calvo no início do Encontro de Líderes 2023. O Presidente da Vistage Portugal assume que o intuito do grupo é dirigir-se a pessoas “open minded e que queiram transformar as respetivas empresas, tornando-as à frente do seu tempo”. E, para falar de liderança, nada melhor do que ouvir a voz da experiência, por isso, durante o encontro, foram vários os testemunhos de CEO’s nacionais e internacionais.

Jeff Dewing diz não acreditar em liderança sem espírito de entreajuda. “Estamos neste mundo para nos ajudar uns aos outros. Quando temos essa atitude, a magia acontece”, refere o CEO do grupo Cloudfm, que se assume cada vez mais empenhado em salvar o planeta e que destaca o trabalho feito por algumas empresas do grupo, tais como a Mindsett e a TheReefCompany, na preservação dos Oceanos e na redução das emissões de dióxido de carbono.

Para Vítor Cordeiro, da Rotary, “não se pode falar em liderança sem falar em mudança”. Precisamente por isso, a ONG, que conta com 1.4 milhões de voluntários em todo o mundo, atua, sobretudo, em três frentes – Paz, Educação e Saúde – realizando ações globais que vão desde a atribuição de bolsas de estudo a jovens carenciados ao combate à poliomielite e ao fomento da saúde mental.

E foi precisamente para falar de saúde mental que Isabel Freire de Andrade subiu ao palco. A CEO da Bright Concept destacou a importância da “inteligência positiva” na liderança e deu alguns truques para que os líderes possam lidar com aquilo a que chama “pensamentos sabotadores”. A mental fitness coach destacou ainda cinco “poderes sábios” que considera importantes na liderança: “empatia, criatividade, curiosidade, proatividade e bússola – sentido de orientação.

Seguiu-se David Cavenor, da Amazon Web Services, que, num discurso descontraído, contou que a “Amazon lançou, no ano passado, 3.500 produtos e serviços, ou seja, mesmo sendo tão grande e com 1.5 milhões de colaboradores em todo o mundo, não deixou de inovar”. Cavenor reforçou ainda que a preocupação da empresa tem sido sempre o cliente e as suas necessidades e que essa é a chave para o sucesso.

Para o empresário Ricardo Costa, a chave também assenta na felicidade dos trabalhadores. Por isso, o CEO do Grupo Bernardo da Costa congratula-se de terem sido a primeira empresa portuguesa a criar o departamento da Felicidade. “Tem de haver uma liderança baseada na empatia, uma liderança humanizada. O novo líder tem de confiar e inspirar em vez de ordenar e controlar”, diz, deixando no entanto, um alerta: “em Portugal, temos trabalhadores mais bem formados e qualificados que os empregadores e isso é um problema. É preciso reter o talento nacional”. O empresário falou também sobre a evolução do mercado de trabalho e sobre as mudanças trazidas pela Inteligência Artificial, que considera bastante positivas, desde que haja atualização por parte dos CEO e dos colaboradores. Ricardo Costa deixou ainda no ar uma frase inspiradora, que simboliza a sua atitude perante a vida e os negócios: “Degrau a degrau, mudamos a escada do mundo”.

O “Vistage Encontro de Líderes” terminou com a intervenção do Diretor-Geral da Fundação Real Madrid, a propósito da utilização do desporto como forma de ajudar as pessoas, e com uma sessão de perguntas e respostas aos palestrantes sob o tema “Qual o papel do líder como inovador, tendo em conta a evolução exponencial da tecnologia?”.

Seguiu-se um cocktail, com o Jardim Botânico da Ajuda como pano de fundo. Um momento de networking e de pura descontração.

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IKEA mantém salário mínimo nos mil euros em 2024. “É um valor competitivo”, considera

IKEA avança ao ECO que vai manter "salário mínimo" em mil euros em 2024 e detalha que a maior parte do investimento em ordenados será canalizado "para recompensar competências" dos trabalhadores.

O salário mínimo praticado na IKEA em Portugal vai manter-se em mil euros em 2024, adianta a diretora de recursos humanos, em declarações ao ECO. Na visão de Eliska Novotná, esse é um “valor competitivo“, uma vez que se mantém distante do salário mínimo nacional, que chegará aos 820 euros em janeiro. A responsável revela ainda que o subsídio de alimentação dos trabalhadores da IKEA vai subir para sete euros diários, um euro acima do aplicado ao longo deste ano.

“Já fizemos um grande investimento este ano. Portanto, o nosso salário de entrada é de mil euros. Esse valor vai manter-se, porque está longe do salário mínimo nacional e somos competitivos“, sublinha a diretora de recursos humanos.

Em 2023, a IKEA aumentou o seu salário mínimo de 750 euros para mil euros. Em comparação, o salário mínimo aumentou de 705 euros em 2022 para 760 euros em 2023. E vai atingir 820 euros em 2024, segundo o diploma já promulgado pelo Presidente da República.

Em conversa com o ECO, a responsável da IKEA explica que esta empresa decidiu canalizar as verbas que tem separadas para investimentos salariais para recompensar as competências dos trabalhadores. “Para fazer a distinção entre as pessoas que acabaram de entrar e aquelas que estão connosco há mais tempo e conseguem desempenhar mais tarefas“, detalha Eliska Novotná.

Ou seja, para os trabalhadores da IKEA que não ganham o salário de entrada, os aumentos previstos para 2024 vão depender do desempenho que têm demonstrado, indica a diretora de recursos humanos.

“Depende da performance e do nível de competência. Não haverá aumentos iguais para toda a gente. Serão individualizados com base em vários aspetos ligados ao desempenho e à competência“, assinala a responsável, que garante que hoje a IKEA tem um fosso salarial entre géneros de zero.

Por outro lado, a IKEA decidiu aumentar o subsídio de refeição para sete euros, um euro acima do praticado este ano. E, tendo em conta o “desempenho positivo registado no ano terminado em agosto”, todos os trabalhadores do lado de retalho da IKEA poderão contar com um bónus.

Contas feitas, o investimento nas atualizações salariais, bónus de performance e outros benefícios será de 8,5 milhões de euros, adianta a IKEA ao ECO.

Mais contratações em 2024? IKEA inclina-se para a estabilidade

No próximo ano, a IKEA não deverá abrir muitas vagas de emprego, realça a diretora de recursos humanos, em conversa com o ECO.

“Estamos a tentar estabilizar as equipas. Esperemos que não tenhamos muitas vagas porque seria sinal de que fomos capazes de manter os trabalhadores. Estamos a tomar passados para que queiram ficar“, explica Eliska Novotná, que acredita que essa estabilidade nos recursos humanos é necessária para “uma boa experiência do cliente“.

A responsável avança também que o objetivo da IKEA é que os trabalhadores percebam o negócio de forma mais global, apostando em carreiras mais longas, e não em trabalho temporário. Atualmente, mais de 90% dos trabalhadores da IKEA têm contratos permanentes.

“Estamos a tentar que os trabalhadores cresçam para posições-chave”, salienta Eliska Novotná. E assegura que os trabalhadores também podem progredir no ramo em que estão, como encontram oportunidades para ir trocando de áreas.

Natural da Eslováquia, Eliska Novotná chegou à liderança dos recursos humanos da IKEA Portugal este verão. A sua carreira na IKEA começou há 22 anos. Trabalhou como gestora de recursos humanos em duas lojas na Eslováquia e na República Checa. E responsável por funções na área de recursos humanos na organização de compras da IKEA na Europa Central.

Eliska Novotná é mestre em Psicologia pela Universidade de Commenius, na Eslováquia. Fez também um doutoramento na Universidade de Economia da República Checa.

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Maioria dos portugueses aceita pagar mais impostos para ajudar pobres nos custos com transição energética

Portugueses estão pouco confiantes numa transição climática justa e pedem medidas de combate às desigualdades. 63% aceitaria pagar mais impostos sobre os rendimentos para ajudar mais pobres.

Maioria dos portugueses (63%) aceitaria um aumento do imposto sobre os rendimentos para ajudar as pessoas com rendimentos mais baixos a suportar os custos da adaptação climática e transição energética. Segundo a sexta edição do Inquérito sobre o Clima conduzido pelo Banco de Investimento Europeu (BEI), 51% dos inquiridos aceitariam pagar um acréscimo de até 2% de impostos sobre o seu rendimento, enquanto 12% aceitariam um aumento de até 10%.

Ademais, o estudo indica que 82% dos portugueses (14 pontos percentuais acima da média da União Europeia) afirmam que a transição para uma economia baixa em carbono só pode acontecer se, simultaneamente, forem adotadas medidas de combate às desigualdades sociais e económicas. Apenas 31% dos inquiridos dizem estar confiantes na capacidade do país para realizar essa transição climática de forma justa e equitativa.

A vontade dos portugueses de apoiar os mais vulneráveis na adaptação climática atravessa fronteiras. Sobre a questão de apoiar os países em desenvolvimento a enfrentar o impacto das alterações climáticas – que se espera vir a ser um tema central na Cimeira do Clima das Nações Unidas no Dubai (COP 28) – os inquiridos portugueses mostram-se mais favoráveis do que a média da UE a alargar estes auxílios. Neste tema, o BEI revela que 66% dos inquiridos — mais seis pontos percentuais do que a média europeia — concordam que o país deve atribuir uma compensação financeira às nações afetadas para as ajudar a combater as alterações climáticas.

Inquérito sobre o Clima, 2023 – Banco Europeu de Investimento (BEI).

 

Os resultados ainda indicam que existe igualmente um forte consenso a favor de outros tipos de políticas relacionadas com o clima. Por exemplo, 87% afirmam ser favoráveis a uma reforma fiscal para abolição de subsídios e benefícios fiscais no setor da aviação e em outras indústrias que dependem fortemente dos combustíveis fósseis.

A recolha destes resultados acontece num ano marcado não apenas pelo aumento da inflação das taxas de juro, mas também por vagas de calor e secas sem precedentes. “Os resultados do Inquérito do BEI sobre o Clima revelam que os inquiridos portugueses estão agora muito mais cientes do impacto profundo das alterações climáticas e da necessidade de uma ação imediata em Portugal e em todo o mundo”, indica o comunicado enviado às redações esta quarta-feira.

O aumento do custo de vida é considerado pelos inquiridos como o desafio mais sério — 81% classificam‑no entre as três preocupações mais prementes no seu país, 13 pontos percentuais acima da média da União Europeia –, seguido das disparidades de rendimento, do acesso aos cuidados de saúde e do impacto das alterações climáticas e da degradação ambiental.

Realizado desde 2018, o Inquérito sobre o Clima do BEI oferece uma perspetiva sobre as opiniões dos cidadãos das principais economias em matéria de alterações climáticas, abrangendo mais de 30 mil inquiridos na União Europeia, Estados Unidos da América, China, Índia, Japão, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Canadá e Coreia do Sul.

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Norte2030 reserva meio milhão para apoiar ex-trabalhadores da refinaria da Galp em Matosinhos

Novo apoio vai promover a “participação individual em ações/percursos de formação profissional e em processos de certificação de trabalhadores" que exerciam funções na antiga refinaria da Galp.

O programa regional Norte 2030, gerido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), anunciou esta quarta-feira um apoio de 500 mil euros para apoiar a formação dos ex-trabalhadores da refinaria de Matosinhos. O período de candidaturas arrancou a 27 de novembro e decorre até 30 de dezembro de 2025.

“O aviso destina-se a apoiar a participação individual em ações/percursos de formação profissional e em processos de certificação de trabalhadores que exerciam funções na antiga Refinaria de Matosinhos, potenciando a sua empregabilidade ou (re)qualificação”, realça o Norte 2030 e comunicado.

O concurso tem como objetivo “minimizar os efeitos diretos e indiretos nos trabalhadores no mercado de trabalho resultantes do processo de transição energética, apoiando o desenvolvimento de formações que contribuam para a reconversão e a reintegração profissional destes trabalhadores que viram o seu posto de trabalho extinto por força do encerramento da refinaria”.

De acordo com o comunicado, as “formações a apoiar devem ser certificadas, com vista à obtenção de uma qualificação ou grau académico correspondente a uma determinada saída profissional ou à obtenção de unidades de formação (ECTS ou UFCD), obedecendo aos respetivos requisitos específicos”.

A demolição da refinaria da Galp em Matosinhos arrancou a 23 de outubro e vai demorar dois anos e meio, depois de ter sido fechada em dezembro de 2020 por decisão da petrolífera. A decisão do encerramento afetou 400 trabalhadores.

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Euribor a 12 meses baixa dos 4% pela primeira vez desde junho

  • Lusa
  • 29 Novembro 2023

Esta quarta-feira, a taxa Euribor subiu para 3,975% a três meses e para 4,050% a seis meses. No prazo mais longo, de 12 meses, desceu para menos de 4% pela primeira vez desde 15 de junho.

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses, para menos de 4% pela primeira vez desde 15 de junho. Com as alterações desta quarta-feira, a Euribor a 12 meses ficou de novo abaixo da taxa a seis meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que estava acima de 4% desde 16 de junho, baixou esta quarta-feira para 3,983%, menos 0,032 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
  • Em sentido contrário, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, avançou esta quarta-feira, para 4,050%, mais 0,024 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • A Euribor a três meses também avançou esta quarta-feira face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,975%, mais 0,020 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Taxa de desemprego em Portugal sobe para 6,7%. É o segundo aumento consecutivo

Depois de ter estado estacionado durante vários meses em 6,3%, o desemprego aumentou em setembro e, sabe-se agora, voltou a subir em outubro. Taxa chegou aos 6,7% no décimo mês do ano.

O desemprego voltou a aumentar em outubro. De acordo com os dados divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), essa taxa fixou-se em 6,7%, acima do valor registado há um ano (6,1%) e também do que tinha sido verificado no mês anterior (6,6%). É o nível mais elevado de desemprego mais elevado desde março deste ano.

“A taxa de desemprego, que se situou em 6,7%, registou um valor superior ao de setembro de 2023 (0,1 pontos percentuais), ao de julho do mesmo ano (0,4 pontos percentuais) e ao de outubro de 2022 (0,6 pontos percentuais)”, avança o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.

Apesar dos múltiplos desafios — das guerras à inflação e à escalada dos juros –, o mercado de trabalho tem dados provas de resiliência.

Ainda assim, nos últimos meses, a tendência tem sido de aumento do desemprego, isto é, depois deste indicador ter ficado estacionado em 6,3% durante três meses (junho, julho e agosto), em setembro aumentou para 6,6% e, soube-se hoje, em outubro voltou a crescer, chegando a 6,7%. Desde março que Portugal não registava um valor de desemprego tão elevado, mostram os dados do INE.

No total, em outubro havia 353,4 mil pessoas desempregadas, mais 1,4% do que no mês anterior e mais 11,1% do que há um ano.

Por outro lado, a população empregada encolheu 0,2% em cadeia, mas engordou 1,1% em termos homólogos, para 4,9 milhões de pessoas. A taxa de emprego fixou-se, então, em 64,1% em outubro, abaixo dos 64,2% registado em setembro, mas acima dos 63,7% verificados há um ano.

Com estas variações dos empregados e desempregados, a população ativa caiu 0,1% em cadeia, mas aumentou 1,7% em termos homólogos, para 5.283,3 mil indivíduos.

A evolução [em cadeia] da população ativa resultou do decréscimo da população empregada (9,1 mil; 0,2%), que superou o acréscimo da população desempregada (4,7 mil; 1,4%)”, detalha o INE.

Já a população inativa aumentou 0,3% em cadeia, mas caiu 2,2% em termos homólogos para 2.408,1 mil indivíduos. O INE acrescenta que em outubro a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,9%, valor superior em 0,1 pontos percentuais ao mês anterior e em 0,4 pontos percentuais relativamente a outubro de 2022.

(Notícia atualizada às 11h47)

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