Mais de 181 mil inscritos para voto antecipado em mobilidade

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2022

O número de cidadãos eleitores, que se inscreveram para o voto antecipado no próximo domingo, é de 181.124, segundo dados oficiais.

Mais de 181 mil eleitores inscreveram-se até às 19:00 desta terça-feira para votar antecipadamente em mobilidade em 23 de janeiro, nas eleições legislativas, segundo dados do Ministério da Administração Interna (MAI) enviados à agência Lusa.

O número de cidadãos eleitores, que se inscreveram para o voto antecipado em mobilidade, é de 181.124, segundo os dados registados pela Administração Eleitoral (AE), indica o MAI.

Os eleitores recenseados no território nacional podem inscrever-se até quinta-feira para votar antecipadamente em mobilidade no domingo, 23 de janeiro, uma semana antes das eleições legislativas, marcadas para 30 de janeiro.

Nesta modalidade, os eleitores inscrevem-se num local de voto à sua escolha num município do continente ou das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, através de meio eletrónico em www.votoantecipado.mai.gov.pt ou por correio enviado para a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Nas anteriores legislativas, em 2019, mais de 50.000 eleitores votaram antecipadamente, uma semana antes das eleições, enquanto nas presidenciais de 2021, já durante a pandemia de covid-19, 197.903 portugueses exerceram o seu direito uma semana antes da data do ato eleitoral.

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Vendas de seguros cresceram 35% em 2021, ultrapassaram os 13 mil milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 18 Janeiro 2022

O ramo Vida subiu 70%, os ramos Não Vida quase 5%, a indústria seguradora em Portugal teve um bom segundo ano de pandemia. Prémios de seguros de saúde aumentaram 80 milhões de euros.

Os dados finais da produção de seguros em 2021, divulgados esta terça-feira pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), confirmam um bom ano para a indústria seguradora que atingiu 13,1 mil milhões de euros de prémios emitidos no total do conjunto do ramo Vida e dos ramos Não Vida.

Ainda longe do recorde de 16 mil milhões atingidos em 2010, ou dos mais recentes 14,2 mil milhões de 2013, as companhias de seguros aproveitaram o entusiasmo do canal bancário na mudança de paradigma dos clientes do ramo Vida quanto a risco, quando estes começaram a aceitar investir em produtos que não garantem rendimento, nem mesmo o capital empatado.

O interesse dos clientes pelos produtos unit-linked, ligados a ativos, de maior ou menor risco, a cujo valor estão indexados, levou à quase duplicação, face a 2020, dos investimentos em produtos de capitalização, seguros financeiros que em 2021 obtiveram vendas superiores a 4,7 mil milhões de euros. Também os PPR registaram uma procura 70% superior ao do ano anterior obtendo mais de 1,9 mil milhões de euros de novas entradas de poupanças.

Mais discreto foi o crescimento dos seguros de risco puro, os habitualmente ligados a operações de crédito à habitação ou ao consumo, que refletiram alguma estabilidade na pandemia, subindo vendas mas em apenas 3,4%. No geral o ramo Vida encontrou caminho para prosperar em ambiente de baixas taxas de juro e, se cresceu 69,5% face a 2020, também apresentou 11% de subida se comparado com 2019.

Ramos Não Vida: Saúde e Responsabilidade Civil em destaque

O conjunto dos ramos Não Vida, voltou ao seu crescimento relacionado com o crescimento do próprio PIB nacional. O ramo automóvel, o mais volumoso em prémios, subiu apenas 1,3%, mas já os seguros de saúde, que seguem em trajetória independente de sucesso, cresceram 8,4% em vendas, verificando-se uma subida de 17% em prémios emitidos nos dois anos de pandemia.

O ramo de seguros de acidentes de trabalho ainda não atingiu os mil milhões de euros por ano, embora tenha crescido 6,6% em 2021 e tenha saído dos dois primeiros anos de pandemia com um valor de vendas 8% superior.

Os seguros incêndio e outros danos, onde se incluem os populares multirriscos de habitação, comerciais e industriais registaram crescimento significativo, tal como os seguros de responsabilidade civil, embora estes produtos estejam ainda em fase inicial de afirmação no mercado das coberturas não obrigatórias.

No total, o valor dos prémios emitidos pelas seguradoras em Portugal foi de 13.144.959.000 euros, valor 34,8% superior a 2020 e 10% mais que em 2019. Para este total o ramo Vida contribuiu com 7.659.724.000 euros, valor superior em 69,5% relativamente a 2020 e 11% mais que em 2019. Os ramos Não Vida atingiram 5.485.235.000 de prémios, superando o valor de 2020 em 4,9% e o de 2019 em 8%.

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Lloyd’s of London assina a sua maior transformação digital em 20 anos

  • António Ferreira
  • 18 Janeiro 2022

O hub londrino de seguros promete cerca de 800 milhões de libras em poupanças aos operadores do mercado. Entretanto, o impacto da Covid nos hábitos de trabalho abre cenário de mudança de instalações.

A Lloyd’s of London, a DXC Technology e a International Underwriting Association (IUA) confirmaram o contrato de associação que vai assegurar a transformação digital de toda infraestrutura tecnológica e o processo de negócio daquele que foi o primeiro mercado mundial de transação de riscos comerciais, (re)sseguro global e coberturas especiais.

Trata-se de um “marco fundamental” na construção do Futuro no Lloyd’s, “um mercado de seguros centrado em dados, automatizado e rentável. Em mais de 20 anos, é a primeira vez que a infraestrutura tecnológica que sustenta o mercado londrino será completamente renovada.,” afirma o hub de seguros.

Caberá à DXC liderar o processo tecnológico de remodelação de toda a informática do mercado e implementar uma nova plataforma digital baseada na cloud (AWS), substituindo sistemas analógicos antigos e automatizando processos que, até agora, continuam a ser manuais.

Com o modelo de trabalho híbrido adotado em consequência das restrições resultantes da pandemia de Covid-19, “ficou demonstrado o esforço de modernização no Lloyd’s of London. Agora, com o compromisso conjunto da DXC, da Lloyd’s e de todo o mercado londrino, temos a capacidade de transitar para uma solução de plataforma única, através da qual o mercado beneficiará de processamento e contabilidade automatizados, com redução substancial dos custos operacionais, oferecendo aos clientes um serviço melhor e muito mais rápido,” afirma John Neal, CEO do Lloyd’s of London.

Anunciado primeiro em maio de 2021, e agora reforçado também com o acordo da LMALloyd’s Market Association, importante associação de participantes e operadores do mercado, o contrato acaba de ser confirmado e é peça central do plano estratégico – “Blueprint Two” – concebido para concretizar o projeto de transformação e futuro do Lloyd’s of London, deixando para trás o que a própria organização designou então como “Lloyd’s-isms,” ou seja, o escolho de vícios tradicionais largamente assente nos processos em papel.

No mesmo comunicado, Mike Salvino CEO da DXC Technology, reforça: “A nova plataforma digital irá transformar radicalmente o modelo de operação de todo o mercado londrino.”

O projeto de transformação digital do Lloyd’s terá 2 anos de execução e será financiado com recurso a emissão de dívida realizada em 2020. Proporcionará aos participantes do mercado poupanças estimadas de 800 milhões de libras esterlinas (3% dos custos operacionais do hub londrino). Concretizar a agenda de digitalização do Lloyd’s representará cerca de 960 milhões de euros (ao câmbio do dia) em redução de custos de operação através de ganhos de eficiência e menos burocracia no final da automação de processos, libertando os operadores do mercado (seguradoras, corretores, managing agents e sindicatos) para tarefas que acrescentam valor ao negócio através de produtos e serviços mais inovadores, mais alinhados com as necessidades dos clientes, segundo o pdf do projeto Blueprint Two, divulgado em novembro de 2020.

O hub londrino representa cerca de 7% do mercado mundial do (re)seguro comercial, emprega mais de 45 mil pessoas distribuídas por instalações no Reino Unido e um volume bruto de prémios emitidos estimado em mais de 110 mil milhões de dólares.

Mudança de instalações é objeto de ponderação cuidada

Em consequência da pandemia, a menor utilização do espaço imobiliário pago fez com que muitas organizações repensem gastos e ponderem a continuidade (ou não) de ocupação das instalações, sobretudo em localizações mais caras para escritórios. Este é o caso do icónico edifício nº1 da Lime Street, em Londres, de estrutura tubular metálica, vista do exterior.

Lloyd’s of London, 1 Lime Street, centro de LondresiStock

Projetada pelo arquiteto Richard Rogers (falecido em 2021), o imóvel é a casa do mercado Lloyd’s of London desde 1986. Inaugurado nesse ano, o prédio que mede pouco mais de 90 metros de altura teve custo estimado de 75 milhões de libras esterlinas (segundo valor reportado na data). O imóvel foi adquirido pelo Commerzbank em 2005, por 231 milhões de libras. Oito anos depois, a seguradora chinesa Ping An pagou 260 milhões de libras pelo nº1 da Lime Street, uma das vias mais visitadas da city.

A Lloyd’s of London tem um contrato de leasing para uso do edifício até 2031, com cláusula que permite à locatária exercer opção em 2026. Segundo o Financial Times (FT), a Lloyd’s explicou: “à medida que nos adaptamos a novas estruturas e formas flexíveis de trabalho, continuamos a pensar cuidadosamente nas necessidades futuras para os espaços e serviços de que o nosso mercado necessita”.

Local de trabalho para cerca de 5 mil participantes do mercado (representando cerca de 400 empresas), a frequência para a atividade de subscrição desenvolve-se sobretudo pela área térrea e quatros pisos por onde se distribuem os gabinetes (boxes) de negócios com varandas interiores e acesso para o átrio principal onde está a histórica Lutine Bell.

A ocupação e utilização do imóvel pela Lloyd’s tem estado sob avaliação em resultado do impacto da pandemia sobre a organização do trabalho, que reduziu a presença dos profissionais e coloca a questão da utilização eficiente (rentabilidade) dos espaços. E isso tem sido evidente no hub londrino de seguros.

A especulação sobre a possível mudança de instalações do hub de seguros mais antigo do mundo remonta a novembro de 2021, mas até ao momento não foi confirmada data de mudança nem futura localização para o Lloyd’s.

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Ventura admite que se Bloco ficar à frente do Chega é uma derrota

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2022

“Se [o Bloco de Esquerda] conseguir ficar à frente do Chega, é uma derrota para o Chega, mas sobretudo para o país”, disse André Ventura.

O presidente do Chega, André Ventura, admitiu esta terça-feira que caso o Bloco de Esquerda se mantenha como a terceira força política isso será uma derrota para o partido que lidera. “Se [o Bloco de Esquerda] conseguir ficar à frente do Chega, é uma derrota para o Chega, mas sobretudo para o país”, disse André Ventura, antes do arranque de uma arruada em Aveiro.

André Ventura acredita que “um dos grandes problemas da direita” nos últimos dois anos e meio “foi a incapacidade de travar esse tipo de lutas”, referindo que o Chega “esteve sozinho na rua contra a narrativa do racismo”, a pedir “que se acabasse com esta ideia de que os portugueses são racistas”.

“O Chega ficou sozinho à direita. Nem PSD, nem CDS-PP, nem Iniciativa Liberal se juntaram a isso”, disse.

Essa “luta” deu votos ao partido de extrema-direita e as sondagens “indicam que as pessoas queriam que houvesse uma força assim e capaz de ter esta linguagem e falar diferente”, notou André Ventura, que foi condenado pela Relação por ofensas ao direito à honra e ao direito à imagem, considerando os juízes que houve “uma vertente discriminatória em função da cor da pele e da situação socioeconómica” dos visados, uma família do Bairro da Jamaica, a quem o líder do Chega chamou de “bandidos”.

“Eu acho que não somos um país racista. Continuo a achar que não somos um país racista”, vincou, apesar de o inquérito European Social Survey publicado em 2020 referi que “62% dos portugueses manifestam racismo”.

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CEO da Iberdrola vai a tribunal em alegado caso de espionagem

Sanchez Galan prestou depoimento no Supremo Tribunal de Espanha, à porta fechada, por alegadamente contratar o ex-chefe da polícia José Manuel Villarejo para espiar Florentino Perez do Real Madrid.

O CEO da Iberdrola, Ignacio Sanchez Galan, compareceu ao Supremo Tribunal espanhol esta terça-feira como parte de uma investigação a um alegado caso de espionagem num caso com mais de 15 anos, avançou a Reuters (acesso condicionado, e conteúdo em inglês).

Em causa está a contratação pela Iberdrola do ex-chefe da polícia José Manuel Villarejo, à frente da empresa de serviços de inteligência Cenyt. A empresa energética está a ser investigada por alegadamente contratar Villarejo para espiar Florentino Perez, o presidente do clube de futebol Real Madrid, que em 2009, e através da sua construtora ACS, tentou ter um lugar no conselho da Iberdrola.

Sanzhez Galan prestou depoimento em audiência à porta fechada, e está sob investigação por alegado suborno, violação de privacidade e fraude de documentos comerciais.

“Ficamos satisfeitos por ter a oportunidade de abordar diretamente a investigação esta semana, e continuamos a rejeitar quaisquer alegações de irregularidades em relação à contratação da Cenyt”, respondeu um porta-voz da Iberdrola, acrescentando que a empresa agiu “com total transparência”.

A investigação faz parte de um amplo inquérito às atividades de Villarejo, sendo que as suas ações no banco BBVA ainda estão a ser averiguadas, ao passo que as investigações à Repsol e Caixabank foram encerradas no ano passado.

O Supremo Tribunal espanhol está ainda a verificar se a Iberdrola contratou Villarejo para afastar a oposição a um reator nuclear no sul de Espanha, e obter informação sobre Manuel Pizarro, antigo chairman da Endesa.

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Portugal mais perto de superar pandemia, mas longe do crescimento esperado, diz Marcelo

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2022

"Estamos mais perto da superação da pandemia, mas longe do que sonhávamos em 2019 poder ser o nosso crescimento, a nossa correção de injustiças, o nosso acertar o passo na Europa", disse Marcelo.

O Presidente da República considerou esta terça-feira que Portugal está mais perto de superar os efeitos da pandemia de covid-19, com recuperação de exportações, redução do desemprego e controlo do défice, mas longe do crescimento sonhado em 2019.

Marcelo Rebelo de Sousa falava numa cerimónia de apresentação de cumprimentos de ano novo pelo corpo diplomático acreditado em Portugal, no Palácio de Queluz, em que apelou ao bom senso, considerando “é o bem hoje mais raro na política doméstica e na política global”.

O chefe de Estado disse aos diplomatas estrangeiros, com quem não se reunia em conjunto desde o início de 2020, que nestes “dois anos de pandemia” testemunharam em Portugal “uma crise económica abrupta com reflexos imediatos no agravamento da pobreza e das desigualdades”, mas também “a coragem dos portugueses, um dos povos mais disciplinados” no combate à covid-19.

“Puderam, finalmente, certificar a resistência do nosso tecido empresarial, recuperando nas exportações, superando em 2021 o investimento de 2019, mostrando baixas taxas de desemprego, começando a controlar rapidamente o défice, aumentando sempre que possível o turismo”, acrescentou.

O Presidente da República terminou este curto balanço declarando: “Estamos mais perto da superação da pandemia, mas longe do que sonhávamos em 2019 poder ser o nosso crescimento, a nossa correção de injustiças, o nosso acertar o passo na Europa e afirmar com mais força a nossa presença no mundo”.

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Costa rejeita pedido de desculpa a Neeleman. Rio dá razão a empresário

O ex-acionista de referência da TAP acusou o primeiro-ministro de proferir "afirmações falsas" no debate com Rui Rio, exigindo um pedido de desculpas. Costa não quis responder.

O ex-acionista da TAP David Neeleman disse esperar um pedido de desculpas de António Costa, por este ter “faltado à verdade”, no debate com Rui Rio. Já o primeiro-ministro escusou-se a comentar o assunto, dizendo “era o que faltava”, enquanto Rui Rio defendeu que era correto um pedido de desculpas.

No debate, Costa disse que se o Estado não tivesse readquirido 50% do capital da transportadora aérea nacional, a TAP teria “ido para o buraco” quando as várias empresas do acionista privado David Neeleman foram à falência. Após estas declarações, o empresário defendeu, numa nota enviada à Agência Lusa, que todas as empresas de aviação que fundou “foram e continuam a ser projetos de grande sucesso com valorizações consideráveis para os seus stakeholders, tendo demonstrado ser sustentáveis e resilientes o suficiente para sobreviver neste cenário de crise”.

António Costa “faltou à verdade e com as suas declarações afetou o meu nome e a minha reputação, pelo que espero um pedido de desculpas“, concluiu assim Neeleman. Confrontado com estas declarações pelos jornalistas, António Costa recusou falar sobre o assunto, apontando que não tem nada a dizer.

Já Rui Rio, que se envolveu também numa altercação com a TAP após declarações proferidas neste mesmo debate, colocou-se do lado de Neeleman, reiterando que “o primeiro-ministro claramente faltou à verdade ao dizer que o empresário está falido e todas as suas empresas tinham ido à falência e que a TAP se salvou porque o Estado ficou com a TAP”, em declarações transmitidas pela RTP3.

“A TAP não foi à falência porque metemos lá muito dinheiro”, apontou o presidente do PSD, defendendo assim que “é correto que Antonio Costa peça desculpa porque a reputação [de Neeleman] foi ferida e tem direito à reposição da credibilidade enquanto empresário”.

Rio acrescentou ainda que “relativamente ao futuro, é muito dinheiro dos portugueses que tem sido metido na TAP”, pelo que “a única forma airosa” de resolver a situação é “na melhor oportunidade, privatizar a TAP”.

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Zurich Innovation Championship: Espanha lidera na UE com 183 candidaturas

  • António Ferreira
  • 18 Janeiro 2022

A região EMEA forneceu mais de metade dos concorrentes ao programa de aceleração de startups inovadoras. Vencedores serão conhecidos em outubro, a coincidir com o 150º aniversário do grupo segurador.

A Zurich concluiu a fase de seleção de candidatos ao 3º concurso de inovação promovido e financiado pelo grupo segurador. Após ter recebido 2672 submissões, um recorde que duplica as 1350 da edição anterior do Zurich Innovation Championship (ZIC), a adesão ao programa global de apoio e aceleração de startups foi liderado por candidaturas dos EUA (526), Reino Unido (305) e Espanha que, com 183 projetos candidatos, liderou no panorama da UE (Europa) posicionando-se à frente da Alemanha e Itália, respetivamente com 119 e 127.

Brasil, Suíça, Israel, Canadá e Singapura são outras origens com forte presença entre projetos acolhidos, indica infografia com o Top 10 de países originários.

Fonte: Zurich Insurance Group

O interesse global dos empreendedores em colaborar com a Zurich confirma que “a indústria seguradora é um espaço estimulante e atrativo”, assinala a companhia em comunicado. A região EMEA emerge esmagadora com 1412 submissões ao ZIC.

Projetos já em estágio de desenvolvimento operacional são 54% do total,
enquanto os protótipos representam 34% da carteira de concorrentes que serão selecionados para continuarem no programa. “Agora cabe às empresas da Zurich em todo o mundo identificar e colaborar com estes empreendedores e startups, os mais promissores vão ajudar-nos a avançar e partilhar a nossa paixão na criação de valor para os clientes e para o planeta,” afirma Paolo Mantero, Group Chief Strategy Officer do Zurich Insurance Group.

Segundo foi anunciado na mais recente Web Summit, em Lisboa, evento que a Zurich escolheu para lançar a presente edição do ZIC, o programa pretendeu atrair ideias e projetos em quatro áreas, incluíndo uma wild card.

Para Prevenção e mitigação sugeria a apresentação de soluções que melhorem a experiência do cliente e contribuam para uma melhor perceção dos riscos, ajudando os clientes a preveni-los e mitigá-los. Em Sustentabilidade, soluções sustentáveis para clientes, parceiros de negócio, comunidades e colaboradores, bem como para (re)construir a confiança na sociedade. Já o desafio da Simplificação foi dirigido às startups com soluções simples que possam melhorar a cadeia de valor dos seguros, desde a avaliação de riscos à distribuição. Por fim, a secção wild-card convidou à exploração do tema (Re)Imaginar os seguros, detalhou a seguradora.

“Procuramos startups com vontade de explorar, antecipar e desenhar o futuro do setor segurador connosco. Procuramos as soluções que mais e melhor contribuam para a eficiência e para o desenvolvimento sustentável. Queremos colaborar com startups para, em conjunto, criarmos um futuro brilhante para colaboradores, parceiros, clientes e, claro, para a sociedade e o planeta”, disse na altura António Bico, CEO da Zurich em Portugal.

Avaliação e aceleração

Após avaliação detalhada das candidaturas pelas sucursais (ou filiais) do grupo segurador, nos locais de origem dos concorrentes, vão ser selecionados 12 startups para uma fase de aceleração de três meses. Nesta fase de aceleração – uma novidade face às duas edições anteriores do Zurich Innovation Championship -, cada uma das 12 startups terá um financiamento de até 100 mil dólares e trabalhará com especialistas da Zurich num plano operacional, com vista a aumentar a proposta de negócio conjunta, detalha informação disponível no site da Zurich Portugal.

Quanto à calendarização, que cumpriu o prazo relativo ao processo de candidaturas, a fase de aceleração vai decorrer de abril a junho de 2022, seguida da fase de implementação que se prolongará até setembro. Em outubro, mês em que a Zurich celebra o seu 150º aniversário, haverá uma cerimónia de apresentação pública dos vencedores do ZIC.

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PGR abre inquérito à morte de criança no Hospital de Santa Maria

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2022

A abertura do inquérito por parte da Procuradoria-Geral da República surge na sequência da morte de um menino de seis anos que testou positivo à Covid-19 e faleceu no domingo no Hospital Santa Maria.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou esta terça-feira a instauração de um inquérito à morte de uma criança de seis anos no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, infetada com Covid-19.

Em resposta à Lusa, a PGR confirmou a abertura de inquérito, que corre no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) anunciou na segunda-feira que um menino de seis anos com teste positivo para SARS-CoV-2 morreu no domingo no Hospital Santa Maria e que as causas da morte estão a ser analisadas.

O centro hospitalar afirmou, em comunicado, que a criança deu entrada no Hospital de Santa Maria no sábado com “um quadro de paragem cardiorrespiratória”. “A criança tinha a primeira dose da vacina contra a covid-19, tendo o CHULN notificado o caso ao Infarmed e à Direção-Geral da Saúde” (DGS), refere o comunicado.

Segundo os dados da DGS, desde o início da pandemia, morreram três crianças entre os zero e os nove anos.

O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento confirmou também na segunda-feira ter recebido uma notificação de suspeita de reação adversa relacionada com esta morte.

“Confirmamos que recebemos a notificação de suspeita de reação adversa no decorrer do dia de hoje e que a mesma se encontra a ser tratada pelo Infarmed em conjunto com a Unidade Regional de Farmacovigilância de Lisboa, Setúbal e Santarém”, adiantou a Autoridade Nacional do Medicamento à agência Lusa.

Segundo o regulador nacional, estão a ser recolhidos “dados adicionais por parte do notificador para análise e avaliação da imputação de causalidade, uma vez que, não sendo a aparente relação temporal o único determinante na avaliação da causalidade, é necessário proceder à recolha de toda a informação clínica”.

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Diário de campanha. Depois do debate na tv, a conversa continuou no Twitter

  • Tiago Lopes
  • 18 Janeiro 2022

Depois de mais de 120 minutos em que os líderes dos vários partidos, com assento parlamentar, debateram uma série de temas, a discussão foi transportada para as redes sociais.

Com o avançar da pandemia de Covid-19, os partidos foram obrigados a fazer algumas alterações nas suas campanhas. É, por isso, esperado que muitas das suas ações passem por uma comunicação mais presente nas redes sociais. O ECO vai resumir diariamente até ao dia 30 de janeiro tudo o que de mais importante foi dito pelos principais intervenientes na corrida às legislativas de 2022.

Depois da TV, a conversa continuou nas redes

Os líderes dos partidos com assento parlamentar debateram esta segunda-feira na RTP1, no que foi o único frente-a-frente televisivo entre todos os nove candidatos. O debate aconteceu numa altura em que os partidos já estão na estrada a fazerem campanha e que as sondagens continuam a dar uma margem confortável a António Costa para vencer as eleições legislativas, marcadas para 30 de janeiro.

Depois de mais de 120 minutos em que os líderes dos vários partidos debateram uma série de temas, a discussão foi transportada para as redes sociais.

No Twitter, André Ventura criticou Catarina Martins por “dizer que os grandes problemas do país são culpa da direita.”

Já Inês Sousa Real, líder do PAN, escreveu uma publicação na mesma rede social onde chamava a atenção para o facto de terem estado apenas duas mulheres presentes no debate, realçando que “isso espelha a desigualdade de género que persiste e que temos de combater.”

O Livre destacou uma frase de Rui Tavares no debate de ontem entre os nove líderes partidários com assento parlamentar.

Já Cotrim Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal, publicou no Twitter a imagem que levou para o debate e que mostrou a António Costa. “Foi este o cheque que mostrei a Costa no debate: o que uma família de 3 pessoas paga por uma companhia aérea que não usa.”

Isabel Pires, deputada do Bloco de Esquerda, escreveu que “o que leva jovens a emigrar não é a política fiscal, é mesmo a política de salários e falta de direitos”, considerando que o “discurso da IL é um insulto para uma geração que teve que lidar com os cortes da troika.”

O deputado do PCP Duarte Alves também comentou o debate desta segunda-feira. “A economia cresce 12 mil milhões; se não houver aumento de salários, esse crescimento vai direitinho para fora do país, nos dividendos dos grupos económicos.”

Mariana Mortágua apontou baterias ao Chega. “O Chega propôs “investir” no SNS, logo depois de ter escrito no seu programa eleitoral que queria acabar com o SNS e vender as escolas.”

O “Diário de campanha nas redes” é uma rubrica diária sobre os acontecimentos que estão a marcar a campanha eleitoral nas redes sociais.

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Nextil compra têxtil de moda de luxo portuguesa

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Janeiro 2022

A portuguesa Keupe foi comprada pela espanhola Nextil. É a terceira aquisição da empresa catalã em Portugal, numa operação avaliada em cerca de 225 mil euros.

A empresa espanhola Nueva Expresión Textil (Nextil) comprou a portuguesa Keupe, especializada em vestuário de luxo, com vista a aumentar a sua capacidade de produção, avança o Cinco Días. Trata-se da terceira operação da têxtil catalã em Portugal, avaliada em cerca de 225 mil euros.

Segundo a Nextil, esta aquisição representa mais um passo na incorporação de empresas que acrescentam valor em cada uma das fases do negócio e na consolidação do seu posicionamento em segmentos de referência na indústria têxtil, tais como o luxo.

A compra permitirá ao grupo aumentar a capacidade de produção da sua unidade de moda de luxo em 20%, com um modelo de fabrico próprio em que a produção de vestuário é controlada sob padrões de qualidade comuns.

A portuguesa Keupe, localizada em Ponte de Lima, é a terceira aquisição da Nextil em Portugal, depois de, em 2018, ter comprado a SICI93 e a Playvest, ambas com sede em Braga, e com unidades de produção em Vila Verde, Vizela e Braga.

No setor da moda de luxo, a Nextil está a desenvolver coleções com maior valor acrescentado e em maior quantidade. A carteira de encomendas em setembro de 2021 era 250% superior face a setembro de 2020.

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Diana López é diretora ibérica na unidade Global da Atradius CyC

  • ECO Seguros
  • 18 Janeiro 2022

A nomeação decorre da reforma de Javier Márquez de Prado após mais de 35 anos no grupo de seguros e consultoria de risco de crédito.

Diana López (Atradius CYC) é licenciada em Ciências Económicas e Empresariais pela Complutense de Madrid, e ingressou na companhia em 1997.

A Atradius Crédito y Caución nomeou Diana López Diretora da unidade Global em Espanha e Portugal, reportando diretamente ao Diretor Executivo regional da Global, Maarten Breed.

A escolha de Diana López decorre da reforma do seu predecessor no cargo, Javier Márquez de Prado, que termina a sua carreira profissional após mais de 35 anos na Atradius Crédito y Caución (Atradius CyC).

Licenciada em Ciências Económicas e Empresariais pela Universidade Complutense de Madrid, Diana López ingressou na companhia em 1997. Desde fusão entre a Atradius e a Crédito y Caución, em 2008, está adscrita à Unidade Global em Espanha e Portugal.

A Unidade Global da Atradius CyC em Espanha e Portugal forma parte da equipa que proporciona “soluções de seguro de crédito à medida, eficientes e integradas para clientes multinacionais, que podem necessitar de uma coordenação centralizada com a sua sede social, assim como um serviço local para as suas filiais,” explica a empresa.

Segundo destaca ainda o comunicado, a espanhola CyC assume quota de 25% do mercado, posicionando-se como uma das marcas de referência em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal.

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