Nova capital da Indonésia vai chamar-se Nusantara e deve estrear-se em 2024

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

A nova capital administrativa que a Indonésia pretende construir na ilha de Bornéu, para substituir Jacarta, vai chamar-se Nusantara. Objetivo é que a transferência possa ser feita em 2024.

A nova capital administrativa que a Indonésia planeia construir na ilha de Bornéu, para substituir Jacarta, vai chamar-se Nusantara (que significa arquipélago), decidiu o Presidente do país, Joko Widodo, citado esta segunda-feira pela imprensa local.

Recebi uma confirmação direta do Presidente na sexta-feira a dizer que a nova capital se vai chamar Nusantara”, afirmou, segundo o jornal Kompas, o ministro do Planeamento do Desenvolvimento Nacional, Suharso Monoarfa, durante uma reunião do comité especial para a construção da nova capital.

O ministro concordou com a escolha do nome e justificou-o como sendo uma palavra conhecida, com a qual os indonésios se referem frequentemente ao arquipélago indonésio.

O Governo indonésio anunciou, em abril de 2019, ter um plano para transferir a capital administrativa do país de Jacarta para um local mais adequado, escolhendo dois distritos na parte oriental da ilha de Bornéu.

O parlamento deverá aprovar a construção ainda este mês para que as obras comecem e a transferência da capital possa ser feita em 2024.

A construção deveria ter começado no final de 2020, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19, que fez da Indonésia o país mais afetado do Sudeste Asiático, com mais de 4,2 milhões de casos e 144 mil mortes.

A transferência da capital é um projeto recorrente de sucessivos governos desde a época do ex-presidente Sukarno, que governou a Indonésia entre 1945 e 1967, e que, na altura, propôs a cidade de Palangkaraya, na ilha de Bornéu.

Jacarta, que está 40% abaixo do nível do mar, está a afundar cerca de 7,5 centímetros em média por ano, de acordo com as últimas estimativas oficiais, embora uma barragem marítima esteja a ser construída para impedir a submersão da cidade. A atual capital, localizada no noroeste de Java, tem uma população de cerca de dez milhões de pessoas.

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Há mais 21.917 casos e 31 mortes por Covid-19

Os números da pandemia referentes às últimas 24 horas, segundo o boletim divulgado pela DGS, revelam mais 21.917 casos e 31 óbitos por Covid-19. A incidência continua a subir, mas o R(t) desce.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 21.917 novos casos de Covid-19, o que eleva o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.906.891. O boletim desta segunda-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram 31 pessoas com a doença, perfazendo um total de 19.334 óbitos. A incidência média no território nacional está acima de 3.840 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) desceu para 1,13.

O boletim dá conta de um total de 1.556.399 recuperados, mais 18.083 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 331.158 casos ativos em Portugal, menos 3.803 face a domingo.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, mas voltou a registar-se um aumento significativo no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 1.938 doentes estão internados em unidades hospitalares (mais 125 nas últimas 24 horas), dos quais 174 em unidades de cuidados intensivos (mais seis).

Por regiões, a maioria das novas infeções foi registada no Norte. Dos 21.917 novos casos confirmados, 8.937 localizam-se nesta região (40,8%), seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 7.938 novas infeções (36,2%).

Boletim epidemiológico de 17 de janeiro:

Neste contexto, LVT é a região com mais casos e mortes registados até ao momento (751.449 casos de infeção e 8.149 mortes), seguindo-se o Norte (699.720 casos e 5.872 mortes), o Centro (253.750 casos e 3.408 mortes), o Alentejo (63.430 casos e 1.103 mortes) e o Algarve (74.142 casos e 608 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 18.219 casos e 55 mortos, enquanto a Madeira regista 46.181 casos e 139 vítimas mortais.

Incidência continua a subir, mas Rt está a descer

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do Rt, que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 1,13 quer a nível nacional quer no continente. Trata-se, portanto, de um ligeiro recuo face ao último balanço (estava em 1,19 a nível nacional e no continente), o que coloca Portugal na “zona vermelha” da matriz de risco do Governo.

Matriz de risco com dados de 17 de janeiro de 2022Fonte: DGS

Em contrapartida, a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) continua a subir, estando acima de 3.840 casos por 100 mil habitantes quer a nível nacional, quer no continente (na última atualização estes valores eram 3.813,6 por 100 mil habitantes e 3.796 por 100 mil habitantes, respetivamente).

(Notícia atualizada pela última vez às 15h46)

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Ómicron não altera previsão de subida de 4,8% do PIB, diz Leão

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

Em declarações à entrada do Eurogrupo, o governante vincou que esses apoios orçamentais adotados no final de 2021 “não alteraram a previsão porque a economia portuguesa conseguiu resistir muito bem".

O ministro das Finanças, João Leão, assegurou esta segunda-feira que as medidas de apoio à economia e saúde adotados em dezembro devido ao agravamento da covid-19 no país “não alteram a previsão” de crescimento económico de 4,8% em 2021.

Portugal conseguiu resistir bastante bem a esta fase da pandemia e não tivemos de impor medidas com grande impacto na economia e, portanto, espera-se que o valor de 4,8% [de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)] previsto pelo Governo seja alcançado”, declarou o ministro de Estado e das Finanças, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas.

Em declarações prestadas à entrada para a reunião do Eurogrupo, o governante vincou que esses apoios orçamentais adotados no final de 2021 “não alteraram a previsão porque a economia portuguesa conseguiu resistir muito bem a esta fase da pandemia”.

Tivemos de tomar algumas medidas de caráter orçamental para reforçar mais o SNS e mais despesas na área da Saúde e, em particular, em testes de covid-19 muito abrangentes em Portugal, mas em relação às perspetivas sobre crescimento económico esperamos que se chegue aos 4,8%”, reforçou João Leão, lembrando também as medidas de apoio à economia.

Em concreto, “em relação à dívida pública, vamos ter uma redução histórica, de 135% para 127%, com Portugal a aproximar-se de outros países”, estimou o ministro. Relativamente ao défice, “também vai ficar ligeiramente abaixo do previsto e, pela sexta vez, o Governo vai cumprir as metas orçamentais previstas, o que é fundamental para a credibilidade e para as condições de financiamento do país”, adiantou João Leão.

“Os indicadores que temos apontam que [Portugal] vai conseguir atingir os 4,8%, que é uma recuperação notável e que, somando ao crescimento deste ano, vamos no espaço de dois anos subir cerca de 11%”, concluiu.

Na proposta do Orçamento do Estado para 2022, divulgada em outubro passado, o Governo estimou que a economia portuguesa deverá crescer 4,8% em 2021 e 5,5% em 2022, revisões em alta face ao previsto no Programa de Estabilidade divulgado em abril (4,0% para este ano e 4,9% para 2022).

Em 2020, primeiro ano fortemente marcado pela pandemia de covid-19, a economia portuguesa contraiu 8,4%.

O défice público deverá ficar nos 4,3% do PIB em 2021 e descer para 3,2% em 2022, enquanto a taxa de desemprego cairá para os 6,5% no próximo ano, “atingindo o valor mais baixo desde 2003”, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2022.

A dívida pública, há muito considerada por analistas e agências de notação como o ‘calcanhar de Aquiles’ da economia portuguesa, deverá reduzir-se para 126,9% do PIB este ano e 122,8% no próximo.

Portugal considera “urgente e fundamental” rever regras orçamentais da UE

O ministro das Finanças, João Leão, defendeu esta segunda-feira ser “urgente e fundamental” rever as regras orçamentais da União Europeia (UE), que preveem tetos para défice e dívida, defendendo esta como “altura oportuna” para os países europeus o discutirem.

“Aqui no Eurogrupo e do Ecofin vamos discutir uma outra questão muito importante para a recuperação económica que são as regras orçamentais da União Europeia. Portugal entende que é urgente e fundamental rever as regras orçamentais”, declarou o governante, falando à entrada para a reunião com os seus homólogos das Finanças da zona euro e da UE, em Bruxelas.

Nestas declarações aos jornalistas portugueses, João Leão defendeu “regras orçamentais que sejam mais amigas do crescimento e, em particular, […] regras que se adaptem melhor à situação de partida de cada um dos países, nomeadamente ao nível de dívida pública […] para garantir que os países têm margem para fazer os investimentos que são necessários”.

Para o governante, a revisão das regras orçamentais da UE deve permitir “garantir não só a recuperação económica, mas também para [resposta aos] desafios importantes ao nível do combate às alterações climáticas, que vão precisar de investimentos importantes”. “Termos regras que criem, por um lado, a sustentabilidade das finanças públicas, mas que não imponham cortes cegos que coloquem em causa o crescimento económico”, acrescentou.

A cláusula de salvaguarda do Pacto de Estabilidade e Crescimento – que suspende temporariamente as regras de disciplina em matérias como o défice e a dívida pública – foi ativada em março de 2020 para permitir aos Estados-membros reagirem rapidamente e adotarem medidas de urgência para mitigar o impacto económico e social sem precedentes da crise da covid-19.

Em encontros em Bruxelas marcados pela entrada em funções de oito novos ministros das Finanças na União Europeia e pelo arranque da presidência francesa da UE, João Leão adiantou ser a “altura oportuna” para ter estas discussões, “para que em 2023, quando se aplicarem novamente as regras, estas sejam regras revistas e mais amigas do crescimento económico”.

Com requisitos como défice abaixo dos 3% do PIB (Produto Interno Bruto) e dívida pública inferior a 60% do PIB, estas regras orçamentais estão desde então suspensas e assim permanecerão até final de 2022, já que a Comissão considerou que a economia europeia continuará a necessitar de apoios também no próximo ano.

Prevista está a desativação da cláusula em 2023, altura em que os países já terão de cumprir os requisitos orçamentais, ainda que esteja neste momento em discussão quais serão os critérios pós-pandemia.

França, que assume neste primeiro semestre de 2022 a presidência rotativa da UE, já veio defender uma reforma destes critérios de Maastricht (dado terem entrado em vigor aquando do tratado assinado nesta cidade holandesa), com Emmanuel Macron a vincar que a questão do a favor ou contra o défice de 3% está “desatualizada”.

Em meados de outubro de 2021, a Comissão Europeia relançou o debate sobre a revisão das regras orçamentais, esperando opiniões das partes interessadas para decidir qual o futuro da governação económica na UE.

O objetivo de Bruxelas é conciliar o controlo da dívida pública e os níveis de défice desencadeados pela crise com a necessidade de investir mais face ao problema climático. A presidência francesa da UE espera que este debate envolva os governos, bem como parceiros sociais e sociedade civil.

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Heróis PME: A importância da internacionalização das PME

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  • 17 Janeiro 2022

Há vantagens e desvantagens na internacionalização das PME. De acordo com a PRA, parceiro da 4ª edição dos Heróis PME, o sucesso depende do tipo de mercado em que cada empresa atua.

Se, por um lado, a internacionalização de uma PME pode fazer com que esta se diversifique mais e, consequentemente, fique com mais ganhos, por outro lado, caso não haja uma carteira sólida de clientes, esta opção pode trazer mais problemas do que vantagens.

Mas, então, quais são os fatores cruciais que ditam ou não o sucesso da internacionalização de uma PME? De acordo com Pedro Sá, sócio e membro do Comissão Executiva, da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, a avaliação das vantagens e desvantagens deste processo “depende em grande medida do mercado doméstico”.

“A diversificação tem valor em si mesma, como é sabido, sobretudo quando o mercado doméstico é relativamente pequeno. Mas uma boa empresa, com boa gestão e bons produtos ou serviços pode até correr o risco [ao se internacionalizar] de se desfocar do mercado em que mais deveria apostar”, alertou o responsável da PRA, deixando claro que nem sempre a internacionalização é a melhor opção para as PME.

Pedro Sá acrescentou, ainda, que o processo de internacionalização “permite escalar a dimensão e a rentabilidade”, mas também pode ser uma “fonte de problemas se provocar erosão na solidez da relação com clientes portugueses” e se não for controlado e apoiado. “Se, pelo contrário, a internacionalização for paulatina e sólida, isso pode constituir um argumento de reforço do próprio posicionamento da empresa em Portugal”, ressalvou.

Nesse sentido, o sócio da PRA reforçou que a internacionalização das PME depende, em primeiro lugar, da maturidade e da apetência do mercado nacional, ou seja, da natureza do próprio negócio. E, em segundo lugar, depende dos custos associados à internacionalização, decorrentes de todo o processo.

Para melhor elucidar o seu ponto de vista, o parceiro do prémio Heróis PME, deu o seguinte exemplo: “internacionalizar um produto transformado industrialmente não é a mesma coisa que internacionalizar serviços de desenvolvimento de software”. Ou seja, enquanto este último serviço acaba por se internacionalizar quase que intuitivamente, o outro já precisa de um processo mais complexo para chegar ao mercado internacional.

Corporate finance como fator decisivo para o sucesso

Mas as medidas que ditam o sucesso da internacionalização de uma empresa não se ficam por aqui. Pedro Sá apontou, ainda, a corporate finance das empresas como um fator crucial neste processo: “Os instrumentos de financiamento ao dispor das PME – e sobretudo o equilíbrio certo entre eles – são totalmente centrais no sucesso ou insucesso dos negócios”.

O responsável da PRA destacou, por isso, três cuidados que as PME devem ter nas suas operações de compra e venda, são eles:

· customer e supplier care, “porque a fidelização de bons fornecedores e bons clientes, até à custa da margem, traz dividendos a longo prazo”;

· a partilha do risco de flutuação de preços das matérias-primas com os clientes, “com transparência, já que em momentos de grande volatilidade e de aumentos de preços rápidos, como é o atual, este é um instrumento muito valioso”;

· nunca se diferenciar pelo preço, “pois essa é uma estratégia intuitiva, mas de curto prazo”.

Pedro Sá considera, assim, que, além da qualidade, da competitividade e de uma boa rede de contactos, o financiamento sólido é outra das caraterísticas essenciais para o desenvolvimento/crescimento de uma PME. “A ponderação que os sócios fazem em relação às ferramentas de capitais próprios e de dívida decidem em grande medida o destino das empresas, tão simples quanto isso”, concluiu.

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Debates das legislativas com audiências superiores a 2019

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

A SIC Notícias transmitiu os dois debates mais vistos (André Ventura/Catarina Martins e André Ventura/Rui Rio) e a CNN Portugal com o terceiro (André Ventura/Rui Tavares).

Os debates televisivos a contar para as eleições legislativas de 30 de janeiro registaram audiências superiores a 2019 e os três confrontos mais vistos foram transmitidos pela SIC, de acordo com a análise da Universal McCann.

A série de debates teve início em 02 de janeiro, com o frente a frente entre António Costa (PS) e Rui Tavares (Livre), e terminou no sábado com o debate entre Rui Rio (PSD) e Inês Sousa Real (PAN).

“Olhando individualmente para cada um dos debates realizados nos canais generalistas e respetivos canais de informação, vemos que os três mais vistos foram transmitidos pela SIC”, refere a Universal McCann (UM), agência de meios do grupo Mediabrands, que analisou as audiências dos debates para as legislativas.

“O primeiro, que opôs o atual primeiro-ministro [António Costa] a Francisco Rodrigues dos Santos [CDS], atingiu uma audiência média 1,454 milhões de telespetadores, a que correspondeu um share de 26,6%”, seguindo-se o frente a frente “entre Catarina Martins [BE] e Rui Rio (audiência média de 1,412 milhões de telespetadores, ‘share’ de 26,1%)”, destaca.

A completar o ‘top 3’ esteve o debate entre André Ventura (Chega) e Rui Rio, com uma audiência média de 1,296 milhões de telespetadores e um ‘share’ de 24,4%.

Nas audiências por televisão paga, “a SIC Notícias ficou com os dois debates mais vistos (André Ventura/Catarina Martins e André Ventura/Rui Rio) e a CNN Portugal com o terceiro (André Ventura/Rui Tavares)”, analisa a UM.

“Ainda assim, de notar que, entre todos os debates mais visionados, o frente a frente entre António Costa e Rui Rio, transmitido em simultâneo pela SIC, TVI, RTP1, SIC Notícias, CNN Portugal e RTP3 foi o que juntou mais portugueses à televisão, uma vez que atingiu uma média de 3,2 milhões de telespetadores”, sublinha.

Comparativamente às audiências dos debates para as legislativas de outubro de 2019, a Universal McCann sublinha que se verificou “que este ano o interesse dos portugueses foi superior”.

O debate “mais visto de 2019 (entre António Costa e Jerónimo de Sousa emitido pela SIC) registou uma audiência média de 1,098 milhões de telespetadores, distante de 1,454 milhões de telespetadores atingidos no mais visto deste ano”.

Ora, “isto significa que em 2022 existiram oito debates mais vistos que o mais visionado de 2019”, destaca a UM.

Este ano e nestes 14 dias de debates, “a SIC liderou em share de audiência em 12 dias e a TVI num dia”, sendo que “no primeiro dia desta série deu-se um empate técnico entre as duas estações de televisão, com ambas a registarem um share de 19,4%”, conclui.

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Conferência: O Papel do Setor Cooperativo na Constituição Portuguesa

  • ECO
  • 17 Janeiro 2022

No dia 28 de janeiro, assista à conferência "O Papel do Setor Cooperativo na Constituição Portuguesa", organizada pelo ECO, com o apoio da Agrimútuo, da SRS, da Universidade Católica e da Deloitte.

“O Papel do Setor Cooperativo na Constituição Portuguesa” é o tema daquela que é a segunda de um ciclo de cinco conferências organizadas pelo ECO, em parceria com a Agrimútuo, a SRS Advogados, a Universidade Católica Portuguesa e a Deloitte. Este segundo debate acontece no dia 28 de janeiro, durante a manhã, no Centro Pastoral de Torres Vedras.

Inscreva-se aqui e assista à conferência em livestreaming.

As conferências “Um membro, um voto” têm como objetivo promover a investigação, o debate e a difusão de experiências ao nível europeu da banca cooperativa, assim como otimizar as relações com os supervisores e os seus pares do sistema financeiro.

Conheça aqui o programa da conferência “O Papel do Setor Cooperativo na Constituição Portuguesa”.

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Panasonic e Canon UK avançam em direção a semana de trabalho de quatro dias

A semana laboral reduzida será opcional para os colaboradores da Panasonic no Japão. Já a Canon UK vai fazer parte do projeto-piloto que arranca no Reino Unido e envolve cerca de 30 empresas.

Há cada vez mais empresas pelo mundo a testarem e a porem em prática a semana de quatro dias de trabalho. Agora foi a vez da Panasonic no Japão e da Canon UK anunciarem que estão introduzir esta medida gradualmente. No caso da Panasonic, a semana laboral reduzida será opcional para os colaboradores, enquanto a Canon UK vai fazer parte do projeto-piloto que arranca no Reino Unido, envolvendo cerca de 30 empresas britânicas.

“Devemos apoiar o bem-estar dos nossos empregados”, disse o CEO da Panasonic, Kusumi Yuki, citado pela Mashable (acesso livre, conteúdo em inglês).

O gestor defende que, ao permitir que os colaboradores trabalhem apenas quatro dias por semana, o bem-estar das pessoas vai melhorar significativamente. E sugere: as pessoas podem aproveitar o terceiro dia de folga por semana para continuar os seus estudos, fazer ações de voluntariado ou mesmo ter um emprego paralelo.

Para melhorar o equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar dos seus trabalhadores, a fabricante japonesa está também a aumentar a flexibilidade, nomeadamente com a possibilidade de teletrabalho.

Já a Canon UK vai fazer parte de um projeto-piloto no Reino Unido, semelhante às experiências já realizado na Islândia, Austrália, Nova Zelândia ou Espanha, com a duração de seis meses, em que os colaboradores trabalharão quatro dias por semana sem que haja qualquer penalização salarial.

O projeto-piloto — que envolve até 30 empresas britânicas, que participam para comprovar as vantagens e as possibilidades de avançar para uma redução da jornada laboral para quatro dias, sem qualquer penalização salarial — será realizado em conjunto com académicos das universidades de Cambridge e Oxford, e está a ser supervisionado pelo “4 Day Week Global”.

“Reconhecemos que os padrões de trabalho e o foco que todos nós damos ao nosso equilíbrio entre a vida profissional e familiar mudaram substancialmente durante a pandemia. Como empregador recetivo, estamos sempre atentos à forma como podemos adaptar as nossas práticas de trabalho para garantir que os empregados considerem que o seu tempo connosco é significativo, gratificante e produtivo”, diz Ken Sutherland, presidente da Canon Medical Research Europe, citado pelo The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

A semana laboral de quatro dias tem vindo a ganhar terreno nos últimos anos, depois de algumas empresas terem reportado benefícios como o aumento da produtividade e a melhoria da retenção de talento.

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OCDE identifica moderação do crescimento em várias grandes economias

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

Recuperação económica da pandemia em 2020 poderá moderar-se segundo uma queda nos últimos indicadores compósitos, apontando para inflexões no ciclo económico do Canadá, Alemanha, Itália e Reino Unido.

A forte recuperação do crescimento desde o pico da crise económica associada à pandemia em 2020 poderá em breve moderar-se em várias grandes economias, de acordo com os últimos indicadores compósitos avançados da OCDE.

Num comunicado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sublinha que entre as principais economias da organização é visível uma queda na dinâmica dos últimos indicadores compósitos avançados, que assinalam antecipadamente inflexões no ciclo económico para o Canadá, Alemanha, Itália e Reino Unido.

No Japão e na Zona Euro como um todo, os indicadores compósitos assinalam um crescimento estável, embora o pico também tenha passado.

Nos Estados Unidos, os indicadores também indicam um crescimento estável, embora o nível dos mesmos esteja agora abaixo da sua tendência de longo prazo e em França o crescimento estável em torno da tendência parece em perspetiva.

Entre as principais economias de mercado emergentes, o indicador para a Rússia continua a aumentar, embora tenham surgido agora sinais de crescimento moderado.

O indicador para a China (setor industrial) continua a apontar para uma perda de dinamismo e caiu agora abaixo da sua tendência de longo prazo.

Na Índia, o indicador continua a antecipar um crescimento estável, enquanto no Brasil a indicação é agora de um acentuado abrandamento do crescimento.

Os indicadores compósitos – divulgados esta segunda-feira – são impulsionados por fatores tais como carteiras de encomendas, indicadores de confiança, licenças de construção, taxas de juro de longo prazo, registos de automóveis novos e entre outros, são indicadores cíclicos concebidos para antecipar as flutuações na atividade económica durante os próximos seis a nove meses.

As incertezas persistentes da pandemia em curso, nomeadamente do impacto da variante Ómicron nos indicadores mensais recentes, podem resultar em flutuações mais elevadas do que o habitual no indicador compósito e nos seus componentes, refere a OCDE, sublinhando que os mesmos devem ser interpretados com cuidado neste momento e a sua magnitude deve ser considerada como uma indicação da força do sinal, em vez de uma medida precisa do crescimento previsto da atividade económica.

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Governo francês avisa: Djokovic terá de se vacinar para participar em Roland Garros

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

O parlamento francês aprovou definitivamente o projeto de lei que vai impor certificado de vacinação para muitas atividades da vida social, que inclui assistir a eventos desportivos.

O governo francês avançou esta segunda-feira que o sérvio Novak Djokovic, que foi expulso da Austrália e que já deixou o território, não poderá participar no torneio Roland Garros, na sequência da aprovação do projeto de lei que vai impor certificado de vacinação.

Há 12 dias o governo francês tinha indicado que o tenista sérvio poderia participar no torneio de Roland Garros mesmo sem estar vacinado.

A retificação foi feita agora pela ministra do Desporto francesa, Roxana Maracineanu, horas depois de o Parlamento aprovar definitivamente o projeto de lei que vai impor um certificado de vacinação para muitas atividades da vida social, que inclui assistir a eventos desportivos.

Numa mensagem publicada na rede social Twitter, Maracineanu confirmou que o passaporte sanitário foi adotado, pelo que “desde que a lei seja promulgada, será obrigatória a entrada em espaços já sujeitos ao certificado (estádios, teatros ou salas) a todos os espetadores, praticantes, profissionais, franceses ou estrangeiros”.

Foi Maracineanu que em 07 de janeiro, no meio da disputa política e judicial na Austrália pela presença de Djokovic no Open apesar da sua recusa em ser vacinado, que tinha indicado que o sérvio poderia participar no Roland Garros, programado entre o final de maio e início de junho.

Na altura, argumentou que França aplicaria uma exceção à obrigação do certificado de vacinação aos atletas em competições internacionais, para que os novos regulamentos franceses não se aplicassem a eles e pudessem competir mesmo sem estar vacinados.

O projeto de lei do certificado de vacinação deve entrar em vigor no final desta semana (ainda está pendente de recurso no Conselho Constitucional).

O certificado de vacinação vai ser imposto para tomar uma bebida num bar ou restaurante, para ir o cinema, um espetáculo ou um estádio, mas também na utilização de transportes públicos de longa distância (autocarros, comboios, aviões ou barcos).

O tenista número um do mundo, Novak Djokovic, expulso da Austrália após uma batalha legal sobre a vacinação, desembarcou esta segunda-feira no Dubai, dirigindo-se depois para a Sérvia.

Djokovic chegou a Melbourne em 05 de janeiro, com uma isenção médica que lhe permitiria jogar no Open da Austrália sem estar vacinado contra a Covid-19, mas o visto foi inicialmente cancelado pelas autoridades alfandegárias.

O sérvio, vencedor por nove vezes o ‘major’ australiano (2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020 e 2021), ficou detido até uma decisão judicial na segunda-feira ordenar a sua libertação, mas o Governo australiano voltou a cancelar o visto.

Djokovic, que pretendia atingir o recorde de 21 títulos em torneios de ‘Grand Slam’, caso ganhasse o Open da Austrália, admitiu também durante esta semana ter prestado falsas declarações à entrada da Austrália.

Três juízes do Tribunal Federal confirmaram no fim de semana uma decisão tomada na sexta-feira pelo ministro da Imigração de cancelar o visto do sérvio, que não está vacinado contra a covid-19, por motivos de interesse público.

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IEFP investe 1,5 milhões em centro de formação para indústria e aeronáutica

"O crescimento contínuo e o investimento expectável para o setor da indústria e o cluster da aeronáutica" levaram o IEFP a decidir investir num novo polo de aprendizagens em Ponte de Sor.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai investir mais de 1,5 milhões de euros na criação de um novo polo de aprendizagens em Ponte de Sor, Portalegre, virado para o setor industrial e, em particular, para o cluster da aeronáutica.

“O investimento a realizar pelo IEFP em Ponte de Sor, em máquinas e equipamentos para o aumento da oferta formativa e operacionalização das ações de formação, ultrapassa 1,5 milhões de euros, que acrescem ao investimento já realizado“, explica esta segunda-feira Arnaldo Frade, delegado regional no Alentejo do instituto em questão, em comunicado.

O protocolo de cedência do espaço para a criação deste novo centro de formação — que estará inserido no Centro Empresarial e Tecnológico de Ponte de Sor — será celebrado esta terça-feira entre a Câmara Municipal e o IEFP. Em causa estão instalações com cerca de 700 metros quadrados, é detalhado na nota enviada à imprensa.

O crescimento contínuo e o investimento expectável para o setor da indústria em geral e do cluster da aeronáutica em particular levaram a Delegação Regional do Alentejo do IEFP a antecipar-se e a promover um protocolo de colaboração com o município, que permite expandir a oferta formativa tanto quantitativa como qualitativamente na sub-região, acrescentando à formação em Produção e Transformação de Compósitos, Maquinação/Programação CNC e Montagem de Estruturas e as áreas ligadas à Manutenção de Aeronaves e de Material de Voo“, sublinha Arnaldo Frade.

Já o presidente da Câmara de Ponte de Sor, Hugo Hilário, frisa, por sua vez, que não se podem “falar em desenvolvimento do cluster aeronáutico sem ultrapassar as dificuldades de recursos humanos especializados, uma das principais exigências deste setor, que, por ser uma indústria de ponta, com recurso a tecnologia complexa, necessita de mão-de-obra especializada”, daí a importância do novo polo do IEFP. “Graças ao IEFP, e a todas as entidades que a nós se juntam nesta missão de gerar conhecimento e capacitação profissional, iremos dar importantes passos para dotar as empresas que aqui se fixam de mais e melhores recursos”, sublinha o autarca.

A Câmara Municipal destaca, além disso, que o aumento da oferta formativa “contribuirá para o crescimento das empresas e a atratividade de Ponte de Sor enquanto local para a fixação de novos players“, além de aumentar “drasticamente a competitividade das empresas” que já estão aí instaladas.

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Mais 176 organizações portuguesas juntam-se ao Green Deal europeu em 2022

Com a nova parceria com a Comissão Europeis, as 176 organizações portuguesas (que incluem cidades como Lisboa, Porto, Braga, entre outras, e empresas como a EDP e a NOS) vão reduzir as suas emissões.

A Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira em comunicado que para 2022 conquistou o apoio de 176 organizações portuguesas para o Pacto Climático Europeu (Green Deal), que se comprometeram a trabalhar para a redução da emissão de CO2, para um aumento da eficiência energética e para o cumprimento das metas do Pacto.

Estas incluem a redução das emissões de gases de estufa em 55% até ao final da década e neutralidade carbónica europeia até 2050.

De acordo com fontes da UE, até agora mais de 23.000 pessoas e organizações já aderiram ao Pacto Climático Europeu, lançado pela Comissão Europeia, que tem como principal missão que a Europa seja o primeiro continente neutro em termos climáticos no mundo
até 2050.

“Corporações, municípios, instituições de caridade e associações de cidadãos são fundamentais para a concretização de um futuro mais ecológico, já que são atores centrais no consumo de energia e na gestão de desperdício”, disse a Comissão Europeia em comunicado.

Tanto a cidade de Lisboa como a cidade do Porto são parte desta nova parceria, comprometendo-se a reduzir as emissões de gases de estufa, estimar e identificar possíveis condicionantes à transição ecológica, restruturar o planeamento urbano de forma a incorporar fontes de energia eficientes e sustentáveis.

Também vários municípios aderiram à iniciativa, como o Município de Braga, da Figueira da Foz, de Guimarães, de Mafra, entre outros.

O setor privado não ficou aquém, diz Bruxelas. A EDP comprometeu-se a investir na redução de emissões e no controlo da poluição da água, bem como apresentar maior transparência na informação sobre o impacto ambiental das suas operações e promover a educação dos seus colaboradores face à poluição da água.

O aglomerado de telecomunicações NOS aposta na redução de emissões, na utilização de energia verde e na transparência de informação.

Estas são apenas algumas das 176 instituições portuguesas que preveem alterar os seus comportamentos para que o mundo continue verde e habitável.

“Porém, todos nós temos um papel a cumprir na luta por um planeta mais saudável e por uma Europa neutra”, frisou a Comissão Europeia no mesmo comunicado.

O Green Deal visa tornar a economia da UE sustentável, transformando os desafios climáticos e ambientais em oportunidades, e tornando a transição justa e inclusiva para todos. Ao combinar a abordagem política do Green Deal e o apoio do Pacto Climático à ação individual, todos os níveis de governação e a população podem trabalhar em conjunto no sentido de limitar o impacto sobre o clima.

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BCE não deve ter “atitude de falcão” para responder às necessidades da economia, diz Centeno

  • ECO
  • 17 Janeiro 2022

Governador do Banco de Portugal disse ao espanhol El País que BCE deve saber ler o atual ambiente na Europa, diferente do existente nas anteriores crises, e não deve ser “guerreiro” ou “falcão”.

Mário Centeno disse ao jornal espanhol El País (acesso livre, conteúdo em espanhol) que o Banco Central Europeu (BCE) deve saber ler as transições que estão a ocorrer na Europa, nomeadamente na resposta coordenada à crise da pandemia, diferente daquela que foi dada nas anteriores crises de 2008 e 2011, e que “não deve ter uma atitude guerreira ou de falcão” para responder às necessidades da economia.

“2020 foi o primeiro momento em que as políticas monetárias e orçamentais na Europa atuaram de forma coordenada. E como a crise não era estrutural, não houve receios de risco moral, que sempre existem na Europa de que uns se comportam bem e outros não tão bem. Felizmente conseguimos unir-nos, ao contrário de 2008 e 2011. Isto também cria um ambiente diferente nos debates no BCE de reconhecimento da Europa como um todo”, sustentou o português que faz parte do conselho de governadores do banco central liderado por Christine Lagarde.

Com a inflação em máximos desde a criação da Zona Euro, tem crescido a pressão para o BCE apertar a política monetária e começar a subir os juros, como vai fazer a Reserva Federal norte-americana já este ano.

Centeno voltou a argumentar que ainda se está perante um fenómeno temporário de alta inflação, pelo menos seguindo aquilo que está definido na estratégia do BCE, que trabalha para um objetivo de 2% no horizonte de dois anos.

Se a inflação dentro de dois anos se encontra abaixo dos 2%, não temos porque reagir de forma antecipada a esse aumento”, sublinhou o governador do Banco de Portugal.

Ainda assim, Centeno disse que as taxas de juro perto de zero não são confortáveis nem para o BCE nem para o funcionamento da economia.

Questionado ainda pelo jornal espanhol sobre se Portugal perdeu a soberania do seu sistema financeiro, Mário Centeno referiu que ainda há espaço para alguma consolidação na banca portuguesa e destacou o papel da Caixa Geral de Depósitos no mercado nacional que tem grande presença de bancos espanhóis: “A presença de um banco público e bem capitalizado é uma âncora que não existia no passado”.

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