Bitcoin abaixo de 40.000 dólares pela primeira vez desde setembro

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

Desde o início do ano a bitcoin já perdeu perto de 12% do seu valor. Esta segunda-feira negociou abaixo de 40 mil dólares pela primeira vez desde setembro.

A bitcoin atingiu esta segunda-feira um valor inferior a 40.000 dólares pela primeira vez desde finais de setembro, com os investidores a mostrarem aversão ao risco, preocupados com um endurecimento da política monetária nos Estados Unidos.

Às 15:10 (hora de Lisboa), o preço da criptomoeda recuperava para 40.900 dólares, meia hora depois de ter recuado para 39.663,18 dólares.

Desde o início do ano a bitcoin já perdeu perto de 12% do seu valor, depois de ter beneficiado em 2020 e 2021 do fluxo de liquidez registado nos mercados devido à política monetária acomodatícia da Reserva Federal norte-americana (Fed).

A perspetiva de uma política mais agressiva por parte do banco central norte-americano, para contrariar a inflação elevada, tem, no entanto, penalizado a bitcoin e as bolsas mundiais.

“As ações dos grupos tecnológicos, que são particularmente sensíveis às perspetivas de aumento das taxas, estão sob pressão”, assinalou Fiona Cincotta, analista da City Indez, citada pela AFP.

Alguns investidores consideram também que se a Fed agir, a bitcoin se tornará menos atrativa.

A moeda digital bitcoin atingiu no dia 10 de novembro um novo máximo de 68.991,84 dólares por unidade, depois da divulgação dos números da inflação nos Estados Unidos.

Esta semana, serão publicados os dados mais recentes sobre a inflação norte-americana. “Se os dados divulgados superarem as expectativas do mercado, podemos esperar ainda mais vendas de bitcoin, uma vez que os investidores preveem que quanto mais forte for a inflação, mais depressa a Fed deverá agir“, resumiu Marcus Sotiriou, analista da GlobalBlock.

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Carlos Martínez é o novo VP country manager da dona da MTV para Portugal e Espanha

Há mais de 20 anos na ViacomCBS, Carlos Martínez era até aqui responsável pelas vendas de publicidade, operadores e departamentos de media digital também para esta região.

Carlos Martínez, VP country manager da ViacomCBS para Portugal e Espanha.

A ViacomCBS Networks International para a Península Ibérica nomeou Carlos Martínez como o novo VP country manager. O profissional vai liderar a estratégia local da empresa, composta por marcas como a MTV, Nickelodeon ou Paramount Network, em Portugal e Espanha.

“Após mais de 20 anos na ViacomCBS Networks International, é, para mim, uma grande honra assumir a função de country manager para Península Ibérica e continuar a contribuir para o desenvolvimento de um negócio sólido e sustentável nestes mercados. Especialmente num momento de grande transformação do setor, que não só traz grandes desafios, mas também grandes oportunidades de crescimento para nós e para os nossos parceiros”, afirma Carlos Martínez, em comunicado.

“É com uma enorme satisfação que assumo esta posição e que a desempenho com os valores da empresa, como otimismo, inclusão, cooperação, flexibilidade e capacidade de adaptação”, acrescenta.

O novo country manager, que até aqui era responsável pelas vendas de publicidade, operadores e departamentos de media digital também para esta região, tem como missão impulsionar o crescimento da empresa, através dos seus conteúdos, canais, eventos, serviços de streaming, produtos digitais e serviços de produção, distribuição e publicidade.

Licenciado em administração e gestão de negócios internacionais pela Icade (Madrid) e pela Neoma Business School (Reims), Carlos Martínez concluiu a sua formação com um MBA em empresas de televisão, em colaboração com a Universidade de Salamanca e a UTECA, tendo também participado em programas de liderança na London Business School (Londres) e gestão de equipas comerciais no Instituto de Empresa (Madrid).

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Vendas da Vista Alegre crescem 6,4% em 2021 para 117,4 milhões

Natal ajudou a impulsionar volume de negócios no quarto trimestre, com vendas a crescerem 17,2% em dezembro face ao mesmo mês de 2020.

As vendas da Vista Alegre cresceram 6,4% no ano passado, atingindo os 117,4 milhões de euros. Um número que fica próximo, mas ainda aquém, do volume de negócios de 120,1 milhões registado em 2019, antes da pandemia.

Os produtos de porcelana e cristal da Vista Alegre e a faiança Bordallo Pinheiro foram os principais responsáveis pelo crescimento das vendas em 2021. A empresa assinala, em comunicado, que “excluindo a hotelaria, o volume de negócios gerado pela venda dos seus produtos de marca, considerando o retalho físico e online, a nível nacional e internacional, cresceu 36,7% face a 2020 e cresceu 11% face a 2019.”

Por segmentos, a porcelana e complementares registou um crescimento de 45,9% nas vendas para 42,47 milhões, a faiança de 45,8% para 12,52 milhões e o cristal de 4,6% para 12,13 milhões. Em sentido contrário, as vendas de grés desceram 17,6% para 50,34 milhões.

As vendas online subiram 32,6% face ao período homólogo, representando já 7% das vendas de marca, excluindo hotelaria. A empresa destaca ainda o aumento de 69% nas vendas para os principais mercados internacionais: Espanha, EUA e Brasil.

Depois da quebra homóloga das vendas no terceiro trimestre, o quarto voltou a ser de crescimento, com o volume de negócios a melhorar 8,2%. O Natal contribuiu para a melhoria das contas, com a vendas em dezembro a aumentarem 17,2% para os 13,3 milhões de euros.

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Moscovo assegura não ter “qualquer intenção de atacar” Ucrânia

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

EUA assinalaram que a política de “portas abertas” da NATO vai prosseguir, apesar de manifestar disposição para o diálogo com a Rússia.

Negociadores da Rússia e dos Estados Unidos abordaram esta segunda-feira em Genebra a situação na Ucrânia, com Moscovo a assegurar não ter “qualquer intenção de atacar” o país vizinho e Washington a reiterar advertências sobre uma eventual invasão.

O negociador russo indicou que os EUA não devem “subestimar” o risco de um confronto, e assegurou que os norte-americanos “levam muito a sério” os avisos emitidos por Moscovo, em particular sobre as consequências de um eventual alargamento da NATO em direção a leste.

Por sua vez, a parte norte-americana assinalou que a política de “portas abertas” da NATO vai prosseguir, apesar de manifestar disposição para o diálogo com a Rússia, incluindo sobre controlo recíproco de armamento e manobras militares.

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Galp e BCP sobem 1% mas Lisboa não resiste às quedas

Bolsa nacional encerrou a primeira sessão da semana em terreno negativo, com quase todas as cotadas no vermelho. CTT afundaram mais de 3%.

A bolsa de Lisboa encerrou a primeira sessão da semana a desvalorizar, com praticamente todas as cotadas em terreno negativo. Os CTT destacaram-se pelos piores motivos esta segunda-feira, ao afundarem mais de 3%. Os títulos da Galp Energia, do BCP e da Sonae subiram quase 1%, mas não foram suficientes para impedir o índice de desvalorizar. Lisboa acompanhou, assim, a tendência de perdas do resto da Europa.

O PSI-20 recuou 0,58% para 5.567,45 pontos, com apenas três cotadas em terreno positivo. A maior subida desta sessão coube ao BCP, que avançou 0,93% para 0,1630 euros. Destaque ainda para a Galp Energia, que subiu 0,9% para 9,434 euros e para a Sonae que cresceu 0,68% para 1,031 euros. Estes três “pesos pesados” não foram capazes de impedir o índice de referência nacional de encerrar com perdas.

A pesar no comportamento de Lisboa estiveram praticamente todas as cotadas nacionais. Aqui, o destaque foram as ações dos CTT que perderam 3,43% para 4,36 euros, no dia em que foi notícia que a empresa dos correios e o Governo alcançaram um acordo para estender temporariamente, e a curto prazo, a concessão do serviço postal universal que deveria ter terminado a 31 de dezembro de 2021, apurou o ECO.

Ainda no vermelho, destaque para as quedas do setor energético. A EDP caiu 1,08% para 4,487 euros, enquanto a EDP Renováveis desvalorizou 0,82% para 19,35 euros. A GreenVolt perdeu 0,48% para 6,22 euros, no dia em que anunciou a entrada no mercado norte-americano através da aquisição de recursos da Oak Creek Energy Systems (OCES), com sede na Califórnia.

Lisboa acompanhou, assim, a tendência de perdas que se vive no resto da Europa, no dia em que o índice de referência, Stoxx-600, caiu 1,48% para 479,04 pontos. Este desempenho deve-se, em parte, aos receios que pairam nas bolsas dos Estados Unidos quanto a um aumento da inflação.

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Multinacional Ricoh compra portuguesa Pamafe

Com esta aquisição, a multinacional japonesa Ricoh quer afirmar-se como um dos principais players nas soluções cloud e de cibersegurança.

A multinacional japonesa Ricoh acaba de adquirir a portuense Pamafe. A multinacional tem como objetivo posicionar a Ricoh como líder no mercado português em áreas como a cloud e cibersegurança e estabelecer um hub europeu. O valor do negócio não foi revelado.

Sediada no Porto e fundada em 1998, a Pamafe é uma empresa portuguesa de serviços digitais com experiência em managed services, soluções cloud e de cibersegurança. “A aquisição possibilita aos clientes Ricoh acesso a estas capacidades específicas a nível local, enquanto os clientes Pamafe podem beneficiar da ampla gama dos serviços digitais da Ricoh”, explica a Ricoh Portugal.

Ramon Martin, CEO da Ricoh Portugal & Espanha, afirma: “Esta aquisição é um autêntico game changer no mercado português e encaixa perfeitamente na estratégia da Ricoh de reafirmar a sua posição como empresa de serviços digitais. Permite-nos estabelecer um hub europeu de transição para a cloud e serviços de cibersegurança, requisitos fundamentais para os nossos clientes à medida que continuam a avançar na sua digitalização”.

Apesar da aquisição, a multinacional japonesa garante que a “Pamafe continuará a operar com total normalidade como entidade individual, mantendo o cargo de todos os colaboradores”.

Alberto Mariani, vice-presidente Sénior, Inovação Digital, Ricoh Europa, acrescenta: “A adaptação ao trabalho híbrido, requisitos de infraestrutura em constante evolução e ameaças emergentes trazem desafios complexos e urgentes. É, por isso, que a necessidade de uma transição fluida para a cloud, uma cibersegurança robusta e managed services de confiança continuarão a ser fundamentais para os líderes empresariais. Esta aquisição permite aos nossos clientes ter total tranquilidade à medida que avançam para a era digital. É também um movimento que posiciona a Ricoh como líder no mercado português em áreas como a cloud e cibersegurança.

A Ricoh, com sede em Tóquio, é fornecedor líder de soluções de gestão documental, serviços de IT, comunicação, colaboração, impressão comercial e industrial. No ano fiscal que terminou em março de 2021, as vendas mundiais do Grupo Ricoh foram de 15.100 milhões de dólares (13,2 milhões de euros) aproximadamente.

A Ricoh Portugal e Espanha iniciou a sua atividade há mais de três décadas e tem sedes centrais em Madrid, Barcelona e Porto. A empresa conta no momento com 17 delegações, 2.000 profissionais, mais de 100 distribuidores e 50.000 clientes.

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CMVM condena Salgado a coima de um milhão por causa do aumento de capital do BES em 2014

O regulador do mercado condenou Ricardo Salgado e outros quatros membros da administração do BES a coimas no valor de 2,7 milhões por causa do aumento de capital do banco em 2014.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) condenou Ricardo Salgado e outros quatros antigos membros da administração do BES a coimas no valor de 2,7 milhões de euros por causa do aumento de capital do banco em 2014, concluído a poucas semanas da resolução aplicada pelo Banco de Portugal, segundo apurou o ECO. O regulador acusou a antiga gestão e o próprio banco de terem enganado os investidores na operação.

O ex-presidente do BES foi condenado a uma multa de um milhão de euros, sendo a maior de todas as aplicadas pelo regulador do mercado neste processo. Amílcar Morais Pires, na altura administrador financeiro, foi condenado a uma multa de 600 mil euros. Os ex-administradores Rui Silveira e José Manuel Espírito Santo foram alvos de uma coima de 400 mil euros e Joaquim Goes terá de pagar uma multa de 300 mil.

Também o BES mau foi condenado a uma coima de um milhão de euros, mas com pena suspensa por se encontrar em processo de liquidação e para não afetar a recuperação do dinheiro por parte dos credores.

A condenação da CMVM também resultou em penas acessórias: impedimento de exercício de atividade de cinco anos para Ricardo Salgado e até um ano para Joaquim Goes.

A decisão do regulador liderado por Gabriel Bernardino surge cerca de dois anos depois de ter lançado a acusação. Em causa está o aumento de capital de 1.045 milhões de euros concretizado a 11 de junho de 2014, dois meses antes da medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal ao BES e que implicou perdas para estes investidores. Com isto, os investidores que entraram no aumento de capital ganham um “apoio” relevante para os processos judiciais que já foram desencadeados, precisamente por falta de informação sobre a situação financeira do BES e do grupo em que estava integrado.

O aumento de capital do BES, recorde-se, foi imposto pelo Banco de Portugal logo no dia 4 de fevereiro de 2014, por considerar que era necessário reforçar os rácios de capital do banco. Já nessa altura, o Banco de Portugal considerou que a garantia de Estado de Angola não era válida para efeitos de cumprimento de rácios prudenciais.

Após várias trocas de correspondência entre o supervisor, a administração do BES e a administração da acionista de controlo, a ESFG, o banco aprovou um aumento de capital e o respetivo prospeto em 15 de maio de 2014 e, logo a seguir, a 20 de maio, foi a CMVM a aprovar a divulgação desse prospeto. O aumento de capital foi fechado a 11 de junho, e a 16 de junho o BES fez um comunicado ao mercado a informar sobre os resultados da operação.

De acordo com a acusação, noticiada em primeira mão pelo ECO, foram detetadas falhas quer na prestação de informação no prospeto, quer na ausência de adendas ao prospeto por causa de operações feitas já depois da divulgação desse documento aos investidores, e que correspondem a contraordenações muito graves.

Foram várias as operações que, no entender do supervisor, deveriam ter constado do anúncio do aumento de capital ao mercado ou que deveriam ter sido acrescentados depois, entre os quais ressaltam os seguintes:

  • O BES e os administradores referidos não fizeram constar do prospeto o montante total de títulos emitidos por sociedades do GES e detidos por clientes do Grupo BES, da ordem dos 3,1 mil milhões de euros, dos quais 1,1 mil milhões em clientes de retalho do banco.
  • O BES não incluiu no prospeto informação sobre os montantes de títulos representativos de dívida emitidos por sociedades do ESFG, Rioforte, ESCOM e ES Tourism que, à data do aumento de capital, eram detidos por clientes do Grupo BES, no total de 1,65 mil milhões de euros.
  • O BES não fez constar do prospeto os montantes totais de financiamento do BES ao ESFG no valor total de 533 milhões de euros.
  • O BES não declarou no prospeto o conhecimento que já tinha dos créditos concedidos pelo BESA (BES Angola) no valor de 3,9 mil milhões de euros que já valiam próximo de zero e mais 1,7 mil milhões de créditos que tinham de ser reestruturados.
  • O BES não acrescentou ao prospeto a informação sobre as duas cartas de conforto a sociedades do grupo Petróleos da Venezuela (PDVSA), através das quais o banco assumiu o compromisso de reembolsar títulos de dívida emitidos pela ESI e adquiridos pelas sociedades daquele grupo venezuelano, da ordem dos 372 milhões de dólares.
  • O BES não acrescentou ao prospeto, ou até ao “listing” das novas ações, o financiamento feito à Rioforte no valor de 135 milhões de euros logo no dia 12 de junho, elevando a dívida a um total de 236 milhões de euros.

Esta é a segunda condenação da CMVM no âmbito do caso BES no espaço de meio ano contra o banco e a antiga gestão. Em julho, o regulador do mercado condenou Ricardo Salgado e outros quatro ex-administradores executivos ao pagamento de coimas de 3,55 milhões de euros por responsabilidades na venda de papel comercial da ESI e da Rio Forte (do empresas do GES) nos balcões do banco que colapsou em 2014.

(Notícia atualizada às 17h09)

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EDP instala nova central solar em Itália, em marina onde nascem os iates de luxo

Não só a central solar com 2MWp e capacidade de produção de 2.571 MWh/ano terá vista para os estaleiros do Italian Sea Group, como abastecerá 25% das necessidades de energia com eletricidade verde.

A EDP foi escolhida em Itália pelo construtor e operador global de iates Italian Sea Group para a instalação de um sistema fotovoltaico nos edifícios na Marina di Carrara, em Itália, o que vai permitir abastecer com energia limpa 25% das necessidades destes edifícios.

O negócio representa o maior contrato de solar da EDP desde que iniciou a comercialização deste tipo de serviços em Itália em 2020, diz a empresa em comunicado.

Trata-se de um sistema fotovoltaico com 2MWp e capacidade de produção de 2.571 MWh/ano. A central terá mais de cinco mil painéis solares e será instalada ainda durante 2021 nos edifícios industriais da empresa, onde são construídos iates com mais de 50 metros.

A energia renovável será produzida para para autoconsumo e será usada para alimentar o ciclo de produção dos navios, os sistemas de aquecimento e ar condicionado dos escritórios, o sistema de iluminação e outras necessidades do estaleiro.

O contrato tem a duração de sete anos e prevê a instalação de painéis em quatro hangares, numa área de 22 mil metros quadrados. A EDP Energia Italia fica responsável pela gestão, manutenção e monitorização da central.

O projeto inclui ainda a instalação de seis carregadores para veículos elétricos no complexo. Com este acordo, o Italian Sea Group evita a emissão de mais de mil toneladas de CO2 por ano e reduz de forma substancial a sua fatura de energia, sublinha ainda o mesmo comunicado

A EDP está presente em Itália desde 2019, com os primeiros clientes de energia solar desde 2020. Este ano conta já com quase 340.000 MW contratados. Atualmente, tem mais de 600 contratos de fornecimento de energia e soluções solares e mais de 30.000 MW de capacidade de solar vendida.

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Mais de 80% dos adultos da UE estão totalmente vacinados mas Bruxelas pede mais

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

No total, 307 milhões de europeus estão totalmente inoculados, incluindo crianças. "Sabemos que milhões de cidadãos na Europa não foram vacinados e precisamos de mudar isto", avisa Bruxelas.

Mais de 80% da população adulta da União Europeia (UE) está totalmente vacinada contra a covid-19, anunciou esta segunda-feira a Comissão Europeia, pedindo “solidariedade social” aos que ainda não foram inoculados para combater variantes contagiosas como a Ómicron.

“Ao nível da UE, já vacinámos totalmente mais de 80% da nossa população adulta. Este é um marco muito importante, especialmente no que diz respeito à propagação da variante Ómicron”, declarou a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

Falando em conferência de imprensa na capital sueca, Estocolmo, após uma visita à sede do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), a comissária europeia disse ser “importante que se continue a administrar vacinas de reforço a fim de proteger as pessoas dos efeitos mais graves deste vírus”, já que “a vacinação continua a ser uma ferramenta chave para prevenir contra doenças graves”.

Porém, “sabemos que milhões de cidadãos na Europa não foram vacinados e precisamos de mudar isto para ultrapassar esta pandemia, [pois] o nosso comportamento em matéria de responsabilidade pessoal é importante”, salientou Stella Kyriakides.

Classificando a vacinação como “um ato de solidariedade social”, a responsável europeia pediu “esforços e responsabilidade” para combater a pandemia.

Dados do ECDC sobre a vacinação na UE revelam que 80% da população adulta no espaço comunitário está totalmente vacinada, percentagem que é de 68,7% se forem consideradas todas as faixas etárias.

Em termos absolutos, os dados do ECDC – que têm por base as notificações dos Estados-membros e estão disponíveis no site da agência europeia sobre vacinação – revelam que 292 milhões de adultos na UE estão totalmente vacinados.

Quanto à população total, são 307 milhões os totalmente inoculados (incluindo crianças). No que toca à dose de reforço, 133 milhões de doses adicionais foram já administradas na UE, de acordo com o ECDC.

Também intervindo na conferência de imprensa, a diretora do ECDC, Andrea Ammon, observou que a UE está a registar “uma taxa de notificação de casos elevada e em rápido crescimento”.

Parte dessa rápida propagação do vírus deve-se à variante Ómicron, segundo a responsável, que precisou que esta estirpe já representa 22% das amostras sequenciadas, sendo ainda dominante nalguns países.

Existem ainda algumas incertezas em torno desta nova variante. Parece que, a um nível individual, causa doenças menos graves, mas devido à sua transmissibilidade mais fácil, alastra-se a uma grande quantidade de pessoas, causando absentismo que afeta muito os trabalhadores essenciais, profissionais de saúde e trabalhadores públicos em geral”, retratou Andrea Ammon.

Na passada sexta-feira, numa resposta escrita enviada à agência Lusa, o ECDC considerou ser “prematuro” classificar a variante Ómicron do SARS-CoV-2 como menos grave, bem como a “última variante de sucesso”, dando ainda como “altamente incerto” que garanta a imunidade coletiva.

Os especialistas desta agência europeia disseram ainda à Lusa não recomendar menos tempo de isolamento para não vacinados anticovid-19, mas admitiram-no para os totalmente inoculados devido à pressão que esse período causa, embora avisando que, quanto mais curto, maior o “risco residual”.

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Vacina da Novavax já começou a ser distribuída na Europa

As primeiras doses da vacina contra a Covid da Novavax já começaram a ser distribuídas na Europa. Em Portugal, a DGS ainda não se pronunciou sobre a sua eventual administração.

As primeiras doses da vacina contra a Covid da Novavax já começaram a ser distribuídas na Europa, avança a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Esta foi a quinta vacina aprovada pelo regulador europeu, contudo, a DGS ainda não se pronunciou sobre a sua administração em Portugal.

A indicação foi confirmada pelo presidente executivo da Novavax, Stanley Erck, durante uma conferência promovida pela JPMorgan Healthcare. Além disso, o CEO adiantou ainda que a farmacêutica juntamente com o Serum Institute of India avançaram com um pedido de uso de emergência desta vacina na África do Sul, segundo o mesmo jornal.

Em causa está a vacina Nuvaxovid ou também conhecida como NVX-CoV2373 que é desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Novavax e baseada numa versão da proteína spike do SARS-CoV-2 criada em laboratório à qual se juntou um adjuvante. É assim diferente das vacinas de mRNA da Pfizer e Moderna, por exemplo, ainda que o método de administração seja semelhante, dado que prevê também a administração de duas tomas com um intervalo de três semanas por dose.

Esta vacina recebeu “luz verde” da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) para ser administrada em pessoas a partir dos 18 anos, a 20 de dezembro. Contudo, para ser administrada em Portugal precisa de ter o aval da Direção-Geral da Saúde (DGS), o que ainda não sucedeu.

Ao ECO, o Infarmed revelou que Portugal tem 492 mil doses da vacina contra a Covid da Novavax, ao abrigo do contrato de aquisição de vacinas assinado em agosto pela Comissão Europeia. O ECO tem vindo a questionar o Governo e DGS sobre se, eventualmente, esta vacina virá a ser utilizada para a vacinação primária de pessoas ainda não foram inoculadas ou na vacinação de reforço (que está atualmente a ser feita apenas com vacinas mRNA), ou até, se estas doses poderão ser doadas a outros países, mas ainda não obteve resposta.

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Burocracia versus humanocracia. O perigo das regras rígidas sufocarem a inovação

A liberdade nas organizações nunca será absoluta, mas é preciso escolher a forma de alcançar o controlo, para não inibir a criatividade e a inovação.

Num mundo em constante transformação, em que o ritmo é cada vez mais alucinante, nem todas as empresas têm capacidade para acompanhar a mudança. São as organizações mais “resilientes e desafiadoras” que seguem na corrida, em contraposição às que vivem em constante “inércia e timidez”, que vão ficando, inevitavelmente, para trás. Nas palavras de Michele Zanini, coautor do livro “Humanocracia. Criar empresas tão incríveis como as pessoas que as compõem”, precisamos de companhias “humanizadas”, e não de empresas “burocratizadas”, que só faziam sentido há 100 anos.

As primeiras são as arrojadas, empreendedoras e ágeis, capazes de se mudarem a si mesmas, enquanto as segundas são caracterizadas por possuírem estruturas de poder verticais e regras muito rígidas, que inibem a criatividade e sufocam a inovação. “No modelo burocrático, a instituição vem em primeiro lugar e os indivíduos são, literalmente, recursos humanos que produzem produtos, serviços e rendimentos. São tratados como instrumentos”, adianta Michele Zanini, em conversa com a Pessoas.

Autores: Michele Zanini e Gary Hamel

Editora: Actual

Já nas organizações “humanizadas”, por outro lado, é a instituição que é o instrumento, o veículo através do qual as pessoas conseguem gerar impacto no mundo. “A menos que as empresas mudem as suas perspetivas e passem a constituir-se em torno das pessoas, elas estão perdidas. Nunca serão organizações verdadeiramente capazes”, alerta o autor.

3 questões a Michele Zanini…

Michele Zanini é coautor do livro “Humanocracia. Criar empresas tão incríveis como as pessoas que as compõem”

 

A burocracia continua a ser um handicap para criar empresas incríveis, mais inovadoras e criativas?

Burocracia soa como um termo antiquado (em muitos aspetos é), mas continua a ser o padrão de funcionamento da maioria das organizações de todo o mundo. As práticas de burocracia — como o facto de o poder vir em forma de cargos, de os executivos seniores definirem a estratégia, dos grandes líderes nomearem pequenos líderes e de as pessoas competirem por promoções — estão generalizadas, tanto no setor privado, como no público. Estas práticas burocráticas faziam sentido há 100 anos. Agora, vivemos num mundo muito diferente, em que a burocracia está a tornar-se rapidamente uma responsabilidade.

As organizações burocráticas estão associadas à inércia e ao desalento. Numa burocracia, o poder de iniciar a mudança está em poucos líderes seniores. Quando aqueles que estão no topo cedem à negação, arrogância e nostalgia — como acontece frequentemente — a organização vacila. As burocracias têm também uma espécie de fobia à inovação, fornecem poucos incentivos para aqueles que querem desafiar o status quo.

O livro refere-se a empresas “humanizadas”, em contraposição a empresas “burocratizadas”. O que as distingue?

A diferença está na relação entre os indivíduos e as organizações. No modelo burocrático, a instituição vem em primeiro lugar e os indivíduos são, literalmente, recursos humanos que produzem produtos, serviços e rendimentos. Quando as pessoas são tratadas como instrumentos, é pouco provável que deem o seu melhor. Uma humanocracia vira isto tudo do avesso, dizendo ao indivíduo que ele vem em primeiro lugar. A instituição serve como o veículo através do qual as pessoas geram um impacto no mundo. Ou seja, nesta interpretação, a instituição – não o ser humano – é o instrumento.

Que tipo de regras e limites devem existir nestas empresas não burocratizadas de que fala?

Na nossa experiência, muitos gestores consideram que a liberdade e o controlo se anulam. Em qualquer organização, um certo grau de controlo é essencial e no modelo burocrático isto é conseguido através de regras estritas, supervisão, limites rigorosos de gastos e pouca autonomia. Estas medidas protegem a organização de todo o tipo de males, mas fazem-no à custa de resiliência, inovação e iniciativa. Contudo, esta não é uma troca incontornável.

As empresas pós-burocráticas que apresentamos no livro estão entre as mais eficientes e disciplinadas na sua indústria, sendo ao mesmo tempo as mais radicalmente descentralizadas. A liberdade humana nas organizações nunca será absoluta, mas podemos escolher a forma como esse controlo é exercido. Numa humanocracia, o controlo vem de um compromisso comum de excelência, da responsabilidade face os pares e clientes e da lealdade à organização que o trata com dignidade.

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Autotestes admitidos para acesso a grandes eventos

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

A DGS anunciou que o acesso a eventos de grande dimensão poderá ser feito mediante a apresentação de um teste negativo, ou a realização de um autoteste à entrada sob supervisão dos responsáveis.

O acesso a eventos de grande dimensão (desportivos, culturais ou corporativos) está dependente da apresentação de um teste negativo à covid-19, que, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), poderá ser um autoteste realizado à entrada.

Na semana passada, o primeiro-ministro anunciou, em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, que a partir desta segunda-feira passava a ser exigido teste negativo obrigatório para acesso a grandes eventos a quem não tem dose de reforço há mais de 14 dias.

Na orientação relativa a eventos de grande dimensão (desportivos, culturais, corporativos e outros), atualizada no domingo, a DGS define que o acesso a estes eventos está dependente da apresentação de teste ou autoteste, “realizado no momento, à porta do estabelecimento que se pretende frequentar, sob supervisão e verificação dos trabalhadores responsáveis pelo acesso a estes espaços”.

Há exceções: como se lê na orientação 014/2021, fica dispensado de apresentar um teste negativo para o acesso a grandes eventos quem apresentar certificado digital covid da União Europeia na modalidade de certificado de recuperação, quem demonstrar ter sido vacinado há pelo menos 14 dias com uma dose de reforço e quem tiver menos de 12 anos.

A orientação da DGS define como eventos de grande dimensão “aqueles que reúnam ou possam reunir a partir de cinco mil pessoas em local aberto ou de mil pessoas em local fechado”.

Neste tipo de eventos, “é fortemente recomendado a não ingestão de quaisquer alimentos ou bebidas no interior das salas”.

Na semana passada, o Governo anunciou também que, a partir desta segunda-feira, o acesso a espetáculos culturais e eventos com lugares marcados voltaria a estar dependente da apresentação de certificado digital ou teste negativo.

A orientação 028/2020 da DGS, referente aos eventos culturais, atualizada no domingo, estabelece que o acesso a eventos culturais depende da apresentação de certificado digital covid da União Europeia, comprovativo de vacinação “que ateste o esquema vacinal completo, há pelo menos 14 dias”, comprovativo da realização de teste com resultado negativo ou autoteste, “realizado no momento, à porta do estabelecimento que se pretende frequentar, sob supervisão e verificação dos trabalhadores responsáveis pelo acesso a estes espaços”.

Também aqui, “é fortemente recomendado a não ingestão de quaisquer alimentos ou bebidas no interior das salas sendo obrigatória a utilização de máscara facial”, o que significa que é permitida a venda de pipocas nas salas de cinema.

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