Van Dunem suspende cinco dos sete militares que agrediram imigrantes

Cinco dos sete militares da GNR acusados de agressões, maus-tratos e sequestro de imigrantes em Vila Nova de Mil Fontes foram suspensos preventivamente por 90 dias.

A ministra da Administração Interna e da Justiça, Francisca Van Dunem, decidiu suspender preventivamente por 90 dias os cinco dos militares da GNR acusados de agressões, maus-tratos e sequestro de imigrantes em Vila Nova de Mil Fontes. Segundo avançou a CNN Portugal, os outros dois militares devem ser suspensos nos próximos dias, uma vez que os serviços não conseguiram notificá-los.

Em causa está a agressão e humilhação feita pelos agentes de Odemira a imigrantes, ação que foi filmada pelos próprios. Os sete militares da GNR estão acusados desde novembro de 2021 de um total de 33 crimes contra imigrantes, provenientes do sul da Ásia, a maioria do Bangladesh, do Nepal e do Paquistão.

Com possibilidade de prorrogação, as suspensões e o desarmamento foram as medidas propostas pela Inspeção-geral da Administração Interna (IGAI) para estes agentes. Segundo avançou a CNN, Van Dunem deverá assinar nos próximos dias os despachos relativos aos dois militares não suspensos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Indústria da cerâmica alerta para “colapso iminente” do setor

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2022

APICER alerta para o perigo de colapso estrutural do setor dado os aumentos de 300% na eletricidade e 400% no gás, de janeiro a dezembro de 2021. Indústria é dos maiores consumidores de gás natural.

A Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica (APICER) alertou esta sexta-feira para o “colapso iminente” do setor devido ao “aumento exponencial” dos custos da energia, que no ano passado subiu 300% na eletricidade e 400% no gás.

Numa nota enviada à Lusa, a APICER “adverte para o perigo real de colapso estrutural do setor com muitas empresas atualmente paradas em virtude do custo da energia que, de janeiro a dezembro de 2021, subiu 300% na eletricidade e 400% no gás“.

Este fator, acrescenta, “representa entre 30% a 40% dos custos de produção” das empresas do setor.

A isto soma-se o custo das licenças de emissão de carbono no mercado europeu, “cujo aumento também foi exponencial”, sublinha a Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica.

“As empresas do setor estão a ser fortemente penalizadas pelo aumento, sem precedentes, do preço dos combustíveis, designadamente do gás natural explica o presidente da APICER, José Luís Sequeira, citado no comunicado.

“Se tivermos em conta que a indústria cerâmica é dos maiores consumidores de gás natural no contexto da indústria transformadora podemos entender as enormes dificuldades com que atualmente as empresas se deparam e que terão inevitáveis consequências na sua atividade”, alerta o responsável.

A indústria cerâmica conta com um universo de 1.200 empresas e quase 1,85 mil milhões de euros de faturação, sendo responsável por 18.500 trabalhadores, “sendo um setor fortemente exportador com presença internacional em 160 mercados”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BES: Ministério Público acusa Ricardo Salgado de ‘martelar’ as contas

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2022

O Ministério Público apontou Ricardo Salgado como principal responsável pelas decisões que geraram condenações de 4,75ME ao BES e cinco ex-administradores, acusando-o de 'martelar’ as contas.

O Ministério Público apontou esta sexta-feira Ricardo Salgado como principal responsável pelas decisões que geraram condenações de 4,75 milhões de euros ao BES e cinco ex-administradores, acusando-o de ‘martelar’ as contas que aumentaram o risco do papel comercial.

“A contabilidade era falsificada, martelada, por Ricardo Salgado no final de cada ano”, afirmou o procurador do Ministério Público (MP) durante as alegações finais do julgamento dos recursos às contraordenações de 4,75 milhões de euros aplicadas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ao ex-presidente e a cinco ex-administradores do BES, ao ex-BESI e ao Haitong Bank (a chinesa Haitong que adquiriu o Banco Espírito Santo de Investimento, BESI, em 2015, ao Novo Banco).

Em hora e meia de alegações, o procurador traçou uma linha do tempo e elencou a atuação de cada um dos arguidos naquelas que foram consideradas práticas lesivas dos clientes do BES, relativas à colocação de papel comercial da Espírito Santo Internacional (ESI) e da Rioforte nos balcões do banco BES.

Todos os caminhos vão dar a Roma, e Roma é Ricardo Salgado”, afirmou o procurador, sublinhando que o ex-presidente do BES “alterava as contas” que eram anualmente apresentadas, escondendo “passivos” que alteravam “o perfil de risco” do papel comercial emitido.

Vincando a “relação hierárquica” entre Ricardo Salgado e os restantes ex-administradores, o procurador admitiu que o tribunal possa alterar as condenações de Amílcar Morais Pires e Joaquim Goes e pediu mesmo a absolvição de Rui Silveira, considerando não haver provas para a sua condenação.

Entendimento diferente teve o representante legal da CMVM, o segundo a alegar na sessão de julgamento em que defendeu que “devem ser reafirmadas na integra todas as condenações” anteriormente aplicadas e que deram origem ao recurso que está a ser julgado no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, instalado na antiga Escola Prática de Cavalaria de Santarém.

A multa mais elevada, dois milhões de euros, foi aplicada ao ex-presidente do BES Ricardo Salgado, tendo a CMVM aplicado multas aos antigos administradores Manuel Espírito Santo Silva (900.000 euros), José Manuel Espírito Santo (750.000 euros), Amílcar Morais Pires (400.000 euros), Joaquim Goes (300.000 euros) e Rui Silveira (100.000 euros).

Para advogado da CMVM todos deram “um contributo causal” para a situação que levou os clientes do BES a adquirir papel comercial com base em informação que todos sabiam não espelhar “o perfil de risco” face à situação financeira do BESI.

No anterior processo o Haitong Bank também foi condenado ao pagamento de uma coima de 300.000 euros, suspensa em 100.000 euros pelo período de dois anos.

O representante legal da CMVM considerou não ter sido produzido prova, nem testemunhal, nem documental, que leve o tribunal a considerar procedentes os recursos em que os arguidos contestam as contraordenações de 4,75 milhões de euros, pedindo a confirmação de todas as coimas.

O julgamento prossegue às 14:00 com as alegações dos advogados dos bancos e ex-administradores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carlos Alexandre acusa Ivo Rosa de colocar em perigo a vida de agentes da PJ

O juiz Carlos Alexandre acusou Ivo Rosa, também magistrado do Ticão, de colocar em perigo a vida de agentes encobertos da Polícia Judiciária. CSM está a investigar.

O juiz Carlos Alexandre acusou Ivo Rosa, também magistrado do Tribunal Central de Instrução Criminal (Ticão), de colocar em perigo a vida de agentes encobertos da Polícia Judiciária. Segundo avançou a revista Sábado, o Conselho Superior de Magistratura está a investigar a conduta de Ivo Rosa.

O despique destes dois juízes não começou aqui. Anteriormente, Ivo Rosa também acusou Carlos Alexandre por este ter deixado muitos despachos em atraso no processo BES, entre eles um sobre o arresto de uma conta bancária de Maria João Salgado, mulher de Ricardo Salgado.

Carlos Alexandre considera assim que o seu colega do Ticão cancelou “ações encobertas (…), apelidando de ilegais, colocando agentes encobertos em risco de vida”. Segundo a revista Sábado, estas decisões foram posteriormente anuladas pelo Tribunal da Relação de Lisboa, “considerando que eram atos ilegais e ordenando a reposição da cadeia de prova, através deles obtida”, referiu Carlos Alexandre.

Esta semana entrou em em vigor a lei que retira a exclusividade da dupla Carlos Alexandre e Ivo Rosa no “Ticão”, que trata dos megaprocessos de criminalidade económico-financeira. Este diploma determina que o TCIC passe a ter uma composição com mais sete juízes, e não apenas dois, depois de se fundir com o Juízo de Instrução Criminal de Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo promulga alterações nas medidas de contenção

  • ECO
  • 7 Janeiro 2022

Presidente da República promulgou as alterações nas medidas que entram em vigor na segunda, incluindo o prolongamento do teletrabalho obrigatório e a reabertura dos bares e discotecas no dia 14.

O Presidente da República promulgou esta sexta-feira o diploma que altera as medidas de contenção da Covid-19 anunciadas na véspera pelo Governo, incluindo o prolongamento do teletrabalho obrigatório por mais uma semana e a reabertura dos bares e discotecas a 14 de janeiro com teste à entrada.

Uma curta nota publicada no site da Presidência adianta que Marcelo Rebelo de Sousa “promulgou o diploma do Governo que altera as medidas no âmbito da pandemia da doença Covid-19”.

Após o Conselho de Ministros desta quinta-feira, o Governo anunciou o regresso das aulas na próxima segunda-feira, mas manteve algumas medidas para travar a subida de casos de Covid-19. Por exemplo, a adoção do teletrabalho vai continuar a ser obrigatória até 14 de janeiro. O primeiro-ministro anunciou ainda a reabertura dos bares e discotecas no dia 14, passando a ser exigida a apresentação de teste negativo à entrada.

António Costa adiantou ainda que deixará de ser necessário a apresentação de teste negativo no acesso aos locais onde ainda é exigido para quem já tomou a dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Bastará o certificado digital para entrar em bares e discotecas assim que reabram, nos voos que cheguem a Portugal, para as visitas em lares e visitas a pacientes internados em estabelecimentos de saúde, e para aceder a grandes eventos e eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados e recintos desportivos.

Por outro lado, a limitação da lotação dos espaços comerciais a uma pessoa por cada cinco metros quadrados vai continuar em vigor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FDUL lança segunda edição de curso de certificação de DPOs

  • Conteúdo Patrocinado
  • 7 Janeiro 2022

A FDUL está a organizar, pela segunda vez, um curso de certificação de Encarregados de Proteção de Dados. O curso chega a Lisboa em fevereiro e conta com a parceria da Universidade de Maastricht.

O Instituto de Ciências Jurídico-Políticas (ICJP) da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) acaba de lançar a segunda edição do curso de certificação de Encarregados de Proteção de Dados (DPO na sigla inglesa), que começa em fevereiro deste ano.

Este Curso de certificação é organizado em parceria com o Maastricht European Centre on Privacy and Cybersecurity (ECPC) da Universidade de Maastricht, que organiza, há vários anos, o mais importante Curso de certificação para DPO.

A segunda edição do Curso inclui um módulo autónomo com o qual se pretende dar a conhecer aos participantes as condições portuguesas de aplicação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), assim como as decisões da Autoridade de Supervisão e a jurisprudência nacional e da União Europeia.

“A certificação efetuada pelo ECPC demonstra, junto das entidades empregadoras, a detenção de qualificações profissionais no domínio da proteção de dados, que compreendem a aquisição de uma ótima metodologia, não só para controlar de modo mais efetivo os programas e instrumentos de compliance de uma organização, mas também para interagir mais facilmente dentro da respetiva organização num contexto de enorme mutabilidade profissional”, começou por dizer Cosimo Monda, diretor do ECPC e um dos responsáveis pela parceria com a FDUL.

Além de fornecer conhecimentos relacionados ao controlo de programas e ao uso de tecnologias com dados, este curso também fornece uma visão aprofundada sobre o RGPD, através de um “modelo step-by-step” que, de acordo com o diretor do ECPC, serve para “colocar em prática a proteção da privacidade dos dados pessoais e as políticas de segurança de informação em cada organização”.

Por outro lado, o curso fornece orientação sobre a forma economicamente mais eficiente e eficaz de cumprir o RGPD. Para isso, os formadores seguem a metodologia da Universidade de Maastricht, que se baseia na resolução de problemas e, nesse sentido, os participantes são incentivados a trabalhar ativamente em problemas práticos e reais, tendo em vista a aquisição de ferramentas para um melhor desempenho da função de DPO.

Ao longo de uma semana, que é o tempo de duração do curso, os participantes assistem a palestras, fazem trabalhos de grupo e analisam estudos de caso. Todas estas dinâmicas são depois avaliadas através de um teste de escolha múltipla, de um trabalho de grupo com a supervisão de especialistas que avaliam a prestação individual dos elementos de cada grupo, e ainda um exame escrito, realizado no final do curso com base num caso. Para obterem o certificado de DPO concedido pela ECPC, os participantes têm de conseguir uma qualificação positiva em todos estes elementos de avaliação.

“Este Curso de certificação é organizado em parceria com o Maastricht European Centre on Privacy and Cybersecurity (ECPC) da Universidade de Maastricht, que organiza, há vários anos, o mais importante Curso de certificação para DPO.

A segunda edição do Curso inclui um módulo autónomo com o qual se pretende dar a conhecer aos participantes as condições portuguesas de aplicação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), assim como as decisões da Autoridade de Supervisão e a jurisprudência nacional e da União Europeia”.

O diretor do ECPC não escondeu o entusiasmo relativamente a este novo lançamento do curso e justifica-o com os resultados positivos da primeira edição, que aconteceu há dois anos

"A primeira edição do curso em Portugal teve lugar em 2020 e foi um grande sucesso! Frequentaram o curso mais de 40 participantes, na sua maioria portugueses. No entanto, o curso também contou com participantes de outros países europeus e, inclusivamente, com alguns participantes que se deslocaram propositadamente do Brasil”

“Num mundo em rápida evolução como o da privacidade e cibersegurança, é essencial que os profissionais se mantenham atualizados, exigência que a comunidade ECPC pode ajudar a cumprir”, concluiu.

Mais informações aqui

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centros de testagem na cidade do Porto com horário reduzido até 13 de janeiro

Os centros de testagem gratuita à Covid-19 na Praça Gomes Teixeira e na Praça D. João I passam a encerrar às 22h de quinta a sábado, centro na Trindade encerra à mesma hora de sexta a sábado.

Os centros de testagem gratuita à Covid-19 no Porto, na Praça Gomes Teixeira e na Praça D. João I, funcionam em horário reduzido de 7 a 13 de janeiro, e encerram às 22h de quinta a sábado, foi divulgado em nota enviada à imprensa pela Câmara Municipal do Porto (CMP) esta sexta-feira.

A alteração de horário aplica-se igualmente ao centro de testagem na Trindade, que encerra às 22h de sexta e sábado. Os laboratórios da Germano de Sousa e Unilabs, responsáveis pelos centros, vão ajustar os horários de operação face à reduzida procura pelos serviços desde o final da quadra festiva.

Estes centros localizam-se junto das zonas de bares e discotecas na cidade do Porto, pelo que a procura por centros de testagem ficou reduzida após o anúncio de que se vão manter fechados até 14 de janeiro. O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que a reabertura dos bares e discotecas irá acontecer mediante a apresentação de teste negativo à entrada, com exclusão das pessoas com dose de reforço tomada há mais de 14 dias.

Os 18 centros de testagem gratuitos da CMP na cidade já contaram com a comparticipação de 100 mil testes de antigénio desde inícios de dezembro, sendo que destes já foram realizados mais de 92 mil testes até ao final de 2021. A CMP decidiu disponibilizar mais 100 mil testes no mês de janeiro, representando um investimento na ordem de um milhão de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tancos: Azeredo Lopes satisfeito por sair “de cabeça levantada” e “sem reparo”

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2022

O ex-ministro da Defesa mostrou-se satisfeito com a absolvição de todos os crimes de que era acusado no caso de Tancos, sublinhando ter saído do Tribunal Judicial de Santarém com “a cabeça levantada”.

O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes mostrou-se satisfeito com a absolvição de todos os crimes de que era acusado no julgamento do processo de Tancos, sublinhando ter saído do Tribunal Judicial de Santarém com “a cabeça levantada”.

Entrei neste processo com a cabeça levantada, passei por este processo com a cabeça levantada e saio deste processo com a cabeça levantada, o que era, para mim, muito importante. Em segundo lugar, tanto o Ministério Público como o coletivo confirmaram plenamente aquilo que sempre disse e que era a verdade. É importante verificar que saio deste processo sem reparo”, declarou aos jornalistas à saída do julgamento.

O antigo governante era um dos 23 acusados no processo do furto e recuperação de armamento dos paióis de Tancos e garantiu que não apresentou a sua demissão do executivo “por processo nenhum” e que essa decisão de deixar o Governo foi tomada “em consciência”. Por outro lado, reiterou não ter havido da sua parte “qualquer falha ética”.

Azeredo Lopes, que se demitiu do cargo na sequência do processo, estava acusado e pronunciado por quatro crimes: denegação de justiça e prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder e denegação de justiça.

Em sede de alegações finais, o Ministério Público tinha pedido a absolvição do antigo governante – e de mais 10 arguidos -, considerando que a conduta do ex-governante se pautou apenas por uma “omissão do ponto de vista ético”, ao não diligenciar no sentido de ser levantado um processo disciplinar aos elementos da Polícia Judiciária Militar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas distribui quase 70.000 passes de viagem gratuitos. 1.400 são para portugueses

Dos quase 70.000 passes de viagem gratuitos que vão ser oferecidos pela Comissão Europeia, 1.400 vêm diretamente para jovens portugueses. 11.931 portugueses candidataram-se à iniciativa.

Quase 12 mil jovens portugueses candidataram-se ao programa “DiscoverEU” para adquirirem o passe de viagem gratuito da Comissão Europeia, dos quais 1.400 foram selecionados. Ao todo, entre um total de 333.728 candidaturas, a Comissão vai distribuir 60.950 passes que permitirão a estes jovens explorarem os vários países da União Europeia (UE), sozinhos ou num grupo de até cinco pessoas, entre março de 2022 e fevereiro de 2023, durante um máximo de 30 dias, utilizando quase sempre o comboio. O orçamento previsto para 2022 é de 26 milhões de euros, anunciou a Comissão Europeia.

“O boom da mobilidade dos jovens que representa estes 60.000 passes de viagem oferece grandes oportunidades para que os jovens possam passar estes tempos difíceis. 2022 começa a voar. Este será o ano dos jovens europeus”, afirma Margaritis Schinas, vice-presidente para o modo de vida europeu, em comunicado.

Espanha foi o país de onde chegaram mais candidaturas (65.463), seguida da Alemanha (55.137) e da Itália (43.343). Contudo, esta primavera a maioria dos jovens que viajarão pelo continente europeu com um passe da Comissão Europeia na mão serão alemães, tendo sido selecionados 10.612 jovens oriundos deste país. Seguem-se os jovens espanhóis (6.614) e, uma vez mais, os italianos (7.638).

A fase candidaturas ao DiscoverEU” abriu em outubro, destinada aos jovens europeus nascidos entre 1 de julho de 2001 e 31 de dezembro de 2003. Excecionalmente, os jovens de 19 e 20 anos também puderam candidatar-se, após as suas rondas terem sido adiadas devido à pandemia da Covid-19. “Uma vez que a evolução da pandemia permanece desconhecida, serão oferecidas a todos os viajantes marcações flexíveis através de um novo passe de viagem móvel”, esclarece a Comissão.

“Que boa maneira de começar o Ano Europeu da Juventude com o anúncio dos resultados da ‘DiscoverEU’. Queremos que este ano seja uma celebração de todos os jovens. Multiplicaremos as oportunidades para eles ao longo do ano, por exemplo, aumentando o número de bilhetes para a ‘DiscoverEU’ na próxima ronda que terá lugar na primavera de 2022”, refere a comissária para a inovação, investigação, cultura, educação e juventude, Mariya Gabriel.

De acordo com o Acordo Verde, os jovens viajantes vão deslocar-se, regra geral, de comboio, salvo algumas exceções para permitir a participação daqueles que vivem em ilhas.

No dia 17 de janeiro terá lugar uma sessão de perguntas e respostas num live transmitido através da conta de Instagram European Youth, onde os participantes poderão esclarecer todas as dúvidas que têm relacionadas com a sua futura viagem.

A Comissão Europeia lançou a iniciativa “DiscoverEU” em junho de 2018, na sequência de uma proposta do Parlamento Europeu, tendo sido formalmente integrada no novo programa Erasmus+ 2021-2027. Desde junho de 2018, o programa já recebeu perto de 685.000 candidaturas e financiou 130.000 passes de viagem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Expansão das redes de telecomunicações em consulta pública

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2022

Já começou a consulta pública em torno das chamadas "zonas brancas", onde não existe rede de comunicações eletrónicas em Portugal. Objetivo é ampliar a cobertura no país.

A consulta pública sobre a cobertura e previsão de cobertura de redes públicas de comunicações eletrónicas de capacidade muito elevada no território nacional entrou quinta-feira em consulta pública, decorrendo durante 30 dias, anunciou o Governo.

Num comunicado conjunto das áreas governativas da Economia e Transição Digital, Infraestruturas e Habitação e Coesão Territorial, é referido que “todos os cidadãos, organizações, entidades, municípios, entre outros, podem, a partir de agora, sugerir ajustes à informação que o Governo deverá ter em conta para o lançamento, nos próximos meses, de um concurso público internacional para a instalação, exploração e manutenção de redes de capacidade muito elevada nas zonas sem cobertura de rede que vierem a ser identificadas”.

O processo teve início em novembro, quando o Governo encarregou a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) de recolher informação atualizada sobre a cobertura das referidas redes no território nacional e de elaborar as propostas de cadernos encargos relativos a esse concurso, adianta o comunicado.

“Apesar de a informação recolhida ter já permitido ao Governo definir alguns parâmetros que irão nortear o procedimento concursal, subsiste ainda a necessidade de ponderar melhor os critérios de identificação das referidas zonas sem cobertura de rede, designadamente a sua compatibilidade com as regras definidas pela Comissão Europeia para os financiamentos públicos destes investimentos”, acrescenta.

Para o Governo, “este é um processo fundamental para garantir o acesso de toda a população a redes públicas de comunicações eletrónicas de elevada capacidade, bem como para promover o desenvolvimento económico e tecnológico em todo o território nacional, e, assim, garantir um país mais homogéneo e territorialmente mais coeso”.

Num outro comunicado, a Anacom reforça que promove a partir de quinta-feira uma consulta pública relativa à cobertura de redes fixas de capacidade muito elevada no território nacional e sobre as opções existentes quanto à instalação, gestão, exploração e manutenção dessas redes nas ‘áreas brancas’, com recurso a financiamento público, designadamente da União Europeia”.

De acordo com o regulador, “o objetivo final é garantir o acesso de toda a população a redes de capacidade muito elevada (Gigabit), tendo como propósito assegurar a cobertura de todo o território nacional, garantindo a cobertura de todos os agregados familiares por redes Gigabit até 2030, sendo consideradas como prioritárias as áreas de baixa densidade populacional, favorecendo a coesão territorial e a valorização dos territórios do interior”.

A consulta pública “visa obter o contributo por parte de todos os interessados sobre matérias associadas à identificação e designação das ‘áreas brancas’, ou seja, aquelas em que não existe cobertura de redes fixas de capacidade muito elevada, e sobre as opções a adotar quanto ao desenvolvimento deste tipo de redes nessas ‘áreas brancas’, com recurso a financiamento público”, adianta a Anacom.

O regulador tinha procedido a uma identificação preliminar destas ‘áreas brancas’, “tendo por base a percentagem de cobertura das redes por subsecção estatística, suportada na informação obtida junto dos operadores”.

Tal apontava para “a identificação de cerca de 45 mil subseções estatísticas como ‘áreas brancas’, abrangendo um universo total de cerca 286 mil alojamentos familiares de residência habitual”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Este interruptor é feito de redes de pesca recicladas. É tão inovador que foi premiado na CES2022

Os novos modelos Merten Ocean Plastic da Schneider Electric contribuem para reduzir 640.000 toneladas de redes de pesca deixadas todos os anos no oceano.

Que as casas têm de ser mais sustentáveis, não só do ponto de vista energético mas também dos materiais com que são construídas e que compõem o seu interior é uma premissa à qual já não se pode fugir.

Mas alguma vez imaginou que os interruptores lá de casa pudessem ter origem no mar e ser feitos a partir de redes de pesca recicladas e outros plásticos do oceano reciclados?

Esta é a proposta da Schneider Electric: os primeiros interruptores e tomadas domésticas feitas com materiais reciclados para promover a sustentabilidade. A ideia foi bem acolhida e o interruptor Merten Ocean Plastic recebeu mesmo o Innovation Award na CES 2022 na categoria de Sustentabilidade.

A gama de produtos foi também a primeira do setor a receber o nível de prata da certificação internacional Cradle to Cradle, pelo seu design de produto responsável e medidas tomadas para alcançar uma economia circular contínua.

Alargar a gama de produtos Merten é o próximo passo da empresa para transformar casas inteligentes em casas mais sustentáveis.

As embalagens destas soluções de energia doméstica produzidas a partir de plásticos do oceano são também 100% recicláveis (sem materiais de plástico de utilização única), em prol de uma economia circular verdadeiramente funcional.

A matéria-prima para fabricar os produtos da gama Merten, diz a Schneider são sobretudo redes de pesca de poliamida recolhidas do Oceano Índico e do Mar Arábico. O equipamento de pesca abandonado ou perdido representa cerca de 10% dos resíduos plásticos nos nossos oceanos. Os novos modelos Merten Ocean Plastic contribuem para reduzir 640.000 toneladas de redes de pesca deixadas todos os anos no oceano.

Para isso, a Schneider Electric estabeleceu uma parceria com a DSM, empresa especialista em Saúde, Nutrição e Biociências, para transformar os resíduos de redes de pesca em plástico técnico de alta qualidade que pode depois ser utilizado em dispositivos elétricos.

“A colaboração entre a DSM e a Schneider Electric é uma estreia mundial e uma inovação no mercado. Esperamos abrir caminho para inovações ainda mais sustentáveis” afirmou YiFu Qi, Executive Vice-President of Global Home and Distribution da Schneider Elecric.

E acrescentou: “O futuro da produção no setor das soluções elétricas tem de ser verde. Utilizar os materiais certos desde o início é essencial para criar uma economia circular neste setor.”

A DSM colabora com diversas comunidades locais na Índia para recuperar e recolher as redes de pesca abandonadas, que são depois cortadas, limpas, extrudidas e inspecionadas relativamente à qualidade. Isto antes de serem enviadas para serem processadas e se criar o novo composto Akulon Repurposed.

A pegada de carbono deste novo composto é 82% inferior à do Nylon 6 tradicional utilizado em produtos similares, reduzindo assim o potencial impacto sobre o aquecimento global, a acidificação do ar e a formação fotoquímica de ozono no seu processo de fabrico.

O material final também contém 15% de fibra de vidro para tornar os produtos mais resistentes, resilientes e duradouros, de forma a cumprir todos os requisitos e normas de segurança elétrica necessários.

“Para fazer face ao desafio global dos plásticos do oceano, será necessário que todo o nosso setor assuma a responsabilidade e encontre soluções inovadoras para impulsionar uma transformação circular,” comentou Helen Mets, Executive Vice-President Material da DSM.

“Através da nossa colaboração com a Schneider Electric, pretendemos dar um pequeno passo no sentido de manter uma vida marinha mais saudável, praias sem lixo e oceanos mais limpos. Para além disso, a iniciativa também cria empregos e contribui para os meios de subsistência locais”, rematou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Americana Brunswick amplia fábrica no Alto Minho

A multinacional Brunswick, que conta com fábricas em 24 países e emprega mais de 14 mil pessoas, vai ampliar a unidade industrial em Vila Nova de Cerveira, somando 5.200 metros quadrados de área.

A multinacional norte-americana Brunswick, que se assume como a maior produtora mundial de barcos de lazer e de recreio, vai reforçar a presença em Portugal e ampliar a unidade industrial localizada em Vila Nova de Cerveira. A conclusão da obra está prevista para junho do próximo ano.

O projeto, adjudicado à construtora portuguesa Garcia Garcia, consiste na ampliação das instalações da Brunswick, através da construção de uma nova nave industrial. Os trabalhos incluem a demolição de um edifício existente e a edificação de um novo, contíguo às atuais instalações da empresa.

O novo edifício agregará uma área total de 5.200 metros quadrados, dos quais 4.000 metros quadrados terão como destino o apoio à produção e 1.200 metros quadrados, em piso superior, terão como fim áreas administrativas e sociais.

Além da construção desta nova nave industrial, a construtora nortenha está a realizar alguns trabalhos de melhoria nas instalações já existentes, com o objetivo de otimizar os processos produtivos e as instalações da Brunswick.

Parceria iniciada em 2012

Este é o segundo projeto que a empresa portuguesa desenvolve com a Brunswick, reforçando uma parceria iniciada em 2012, quando a Garcia Garcia foi responsável pela reconstrução de uma das naves industriais do complexo da subsidiária portuguesa.

“Este projeto, que reflete o dinamismo e a competitividade que a Brunswick Portugal tem vindo a revelar, tem como objetivo garantir um eficiente aumento da capacidade instalada, orientado para a consolidação da sua liderança no mercado”, destaca Miguel Garcia, administrador da construtora.

Este projeto tem como objetivo garantir um eficiente aumento da capacidade instalada, orientado para a consolidação da liderança no mercado

Miguel Garcia

Administrador da Garcia Garcia

A multinacional norte-americana, que conta com um volume de negócios de 1,9 mil milhões de dólares (cerca de 1,6 mil milhões de euros), emprega 14.382 pessoas, tem fábricas em 24 países e exporta para mais de 170 mercados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.