Governo vai avaliar “mais à frente” manutenção do Autovoucher

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2022

O Autovoucher tem quase de 1,6 milhões de beneficiários tendo, até ao momento, reembolsado 24,2 milhões de euros.

O Governo vai avaliar “mais à frente” a eventual a manutenção do Autovoucher, sendo esta realizada em função da evolução do preço dos combustíveis e de outras decisões que venham a ser tomadas, disse à Lusa o Ministério das Finanças.

“A oportunidade da sua [Autovoucher] manutenção será avaliada mais à frente em função da evolução do quadro atual do preço dos combustíveis e das decisões que, entretanto, possam vir a ser tomadas”, indicou, em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças.

Lançado no início de novembro, o Autovoucher consiste na atribuição de um reembolso de 10 cêntimos por litro até ao limite de 50 litros mensais de combustível aos consumidores registados na plataforma IVAucher, sendo o valor (equivalente a cinco euros) pago com o primeiro abastecimento do mês.

A medida foi desenhada para durar durante cinco meses – de novembro de 2021 a março de 2022 –, tendo ficado definido que, caso o consumidor não faça qualquer abastecimento num mês, o apoio previsto ‘desliza’ e acumula com o valor do(s) mês(es) seguinte(s).

“O Autovoucher tem quase de 1,6 milhões de beneficiários tendo, até ao momento, reembolsado 24,2 milhões de euros, mantendo-se em vigor até ao dia 31 de março, conforme previsto”, acentua a mesma fonte oficial.

O Autovoucher foi uma das medidas tomadas pelo Governo no final do ano passado, a par de outras, com o objetivo de mitigar o impacto da subida dos combustíveis, havendo então a expectativa de que esta tendência de subida seria temporária – o que não se tem verificado.

Na mesma resposta, o Ministério das Finanças acentua que o pacote de medidas de mitigação do aumento dos preços da energia, nomeadamente dos combustíveis, “que se encontra em vigor desde outubro, mantém-se enquanto os pressupostos que levaram à sua criação se mantiverem”.

Neste contexto, acrescenta, insere-se a manutenção e renovação dos mecanismos de compensação das empresas de transportes públicos de passageiros, “estando previsto que num futuro próximo possa ser decidida a extensão do gasóleo profissional ao transporte público rodoviário coletivo de passageiros”.

Em novembro foi publicado o diploma que alargou o limite anual de litros elegíveis de gasóleo profissional para a devolução integral do ISP, de 35 mil litros para 40 mil litros por ano e por viatura, para as transportadoras de mercadorias.

Em paralelo, o mecanismo de devolução em ISP dos ganhos em IVA decorrentes do aumento do preço de combustíveis mantém-se em vigor até 30 de abril, com a fonte oficial a adiantar estar “em avaliação permanente a evolução do PVP para tomada das medidas consequentes”.

Além disto, deverá manter-se em vigor a suspensão da atualização da taxa de carbono, o que “evita o aumento dos preços dos combustíveis em cinco cêntimos e partir de 1 de abril”.

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Preço do trigo de moagem atinge recorde de 322,5 euros por tonelada

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2022

Kiev é o quinto maior exportador mundial de trigo. Preço do trigo de moagem, para entregar em março, bate recordes.

O preço do trigo de moagem para entrega em março atingiu um recorde de 322,5 euros por tonelada, um valor impulsionado pelo conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

O bloqueio dos portos ucranianos, tendo em conta que Kiev é o quinto maior exportador mundial de trigo, é um dos motivos que explica a evolução registada, segundo apontou um especialista da Inter-Corte à Agência France Presse (AFP).

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

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Governo garante “reservas confortáveis” de gás e combustíveis para mais de 90 dias

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2022

“Portugal não depende em nada do gasoduto que vem da Rússia", disse Matos Fernandes, adiantando que o país recebe, em média, seis navios por mês com GNL e, até final de março, chegarão oito.

O ministro português do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse esta segunda-feira que Portugal tem “reservas muito confortáveis” de gás, bem como “reservas públicas de 90 dias” de combustíveis, perante eventuais constrangimentos devido à invasão russa da Ucrânia.

Portugal não depende em nada do gasoduto que vem da Rússia, tudo o que usa de gás é GNL, que chega a Sines e é re-gaseificado e utilizado no nosso país. Há três dias, tínhamos as reservas de gás a 80% e hoje o número é certamente superior”, pelo que “temos reservas muito confortáveis”, declarou João Pedro Matos Fernandes.

Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas após uma reunião extraordinária do Conselho sobre situação energética na Europa na sequência da crise na Ucrânia, o governante apontou que Portugal recebe, em média, seis navios por mês com GNL e, até final de março, chegarão oito.

Já questionado relativamente a eventuais constrangimentos no fornecimento de gás e combustíveis a Portugal, devido às tensões geopolíticas, João Pedro Matos Fernandes assinalou que “a quantidade e a disponibilidade […] hoje não é uma preocupação” para o Governo. “Se avançarmos para o gasóleo, a gasolina e o crude, há reservas públicas de 90 dias de abastecimento, aos quais acresce o das empresas”, afincou.

“É antes uma questão de preço […], mas não é imediato” e de “instabilidade dos próprios preços”, admitiu.

 

UE em acordo sobre ligação a sistema elétrico ucraniano e REN dá aval

O ministro português do Ambiente disse ainda que a União Europeia (UE) alcançou “consenso político” sobre a interligação da rede elétrica ucraniana com a europeia, que conta com aval da REN, visando fornecimento após invasão russa do país.

“Hoje houve um Conselho de emergência […] e foi expressa toda a solidariedade à Ucrânia face a este ataque brutal externo que está a sofrer e foi obtido um consenso político sobre a interligação do sistema elétrico da Ucrânia no europeu, no qual Portugal se encontra”, disse João Pedro Matos Fernandes.

O governante explicou que o sistema elétrico ucraniano “estava ligado à Rússia e, nos últimos dias, tem estado a funcionar de maneira independente, com sucesso, mas é da maior relevância poder dar estabilidade à Ucrânia e fazer-se esta ligação ao resto da Europa”.

“Têm de haver alguns testes técnicos e vamos acelerar o processo, mas há condições para que possa ser feito sem risco”, acrescentou João Pedro Matos Fernandes. Questionado pela Lusa na ocasião, o ministro da tutela apontou que, para esta sincronização ocorrer, a UE irá “queimar etapas” nos procedimentos, faltando porém alguns trabalhos técnicos “para garantir que não há falhas”.

Portugal já fez o seu trabalho de casa e quem gere a rede, nomeadamente a REN [Redes Energéticas Nacionais], não encontra risco acrescido para a interligação ser feita”, adiantou. E, para João Pedro Matos Fernandes, “vale bem o ganho que terá” para a Ucrânia, em altura de confrontos.

Esta sincronização das redes elétricas ucraniana com a europeia facilitará as trocas entre os países e tornará mais fácil ultrapassar problemas de fornecimento de eletricidade para a Ucrânia.

A posição surge depois de, hoje, a Rede Europeia de Operadores de Sistemas de Transmissão (ENTSO-E) ter anunciado que recebeu um “pedido urgente” do operador elétrico ucraniano “para uma sincronização de emergência do sistema elétrico […] com o sistema elétrico da Europa Continental”.

A área abrangida pela ENTSO-E inclui um total de 35 países, da UE e parceiros. A Ucrânia estava sincronizada com a rede elétrica russa até à invasão de Moscovo, na semana passada.

A invasão russa da Ucrânia tem vindo a causar uma acentuada subida no preço do gás na UE e nos preços globais do petróleo, aumento esse que surge no contexto de um pico já existente nos preços energéticos, dada a crise no setor.

Na passada quinta-feira, reunidos em cimeira extraordinária em Bruxelas, os líderes da UE apelaram à ação a todos os níveis e convidaram a Comissão a propor medidas de emergência, nomeadamente para o setor da energia, razão pela qual surgiu a reunião de hoje dos ministros da tutela.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, ataque que foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou pesadas sanções.

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BCP com exposição “imaterial” a empresas russas. Já implementou “100 restrições” por causa das sanções

Banco já implementou no seu sistema "cerca de 100 medidas" relacionadas com as sanções anunciadas por Bruxelas à Rússia. Diz ter exposição "imaterial" à dívida de empresas russas.

O BCP tem uma “exposição absolutamente imaterial” à dívida de empresas russas, anunciou o CEO Miguel Maya esta segunda-feira, adiantando ainda que, na sequência da bateria de sanções anunciadas por Bruxelas à Rússia, a instituição financeira já implementou cerca de “100 restrições” no seu sistema, nomeadamente relacionadas com outros bancos.

“O BCP não tem qualquer exposição [à dívida soberana russa], nem o banco na Polónia. O grupo não tem qualquer exposição. Mesmo contando com dívida corporate, a exposição é absolutamente imaterial quer a partir de Portugal quer a partir das operações estrangeiras”, referiu Miguel Maya na apresentação de resultados.

“Do ponto de vista de risco de crédito, não há qualquer motivo para preocupação”, assinalou.

De acordo com a mesma fonte, o banco já implementou no seu sistema “cerca de 100 medidas” que têm “impacto em entidades” que foram alvo das sanções da Comissão Europeia. São sobretudo “restrições a trabalhar com banco A ou C”, explicou.

Por outro lado, Miguel Maya observou que Portugal “não tem grande relação nem com a Ucrânia nem com a Rússia” e, nesse sentido, “não é tema que cause grande apreensão” o potencial impacto direto do conflito na Ucrânia no banco.

Contudo, acrescentou logo a seguir, “a guerra na Ucrânia terá implicações no aumento do preço da energia à escala global, que afetam a economia europeia e mundial” e também no BCP.

O BCP registou lucros de 138,1 milhões de euros no ano passado, o que representa uma queda de 25% em relação ao ano anterior, e vai distribuir dividendos “muito moderados”.

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Ucrânia: União Africana apela ao fim de discriminação “chocantemente racista” nas fronteiras

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2022

“Relatos de que africanos estão a ser escolhidos para tratamento desigual inaceitável seria chocantemente racista e em violação da lei internacional”, dizem o Presidente do Senegal e da UA.

A União Africana classificou esta segunda-feira como “chocantemente racista” que cidadãos africanos sejam impedidos de fugir do conflito na Ucrânia, apelando a todos os países que respeitem a lei internacional e apoiem quem foge da guerra, independentemente da sua raça.

Relatos de que africanos estão a ser escolhidos para tratamento desigual inaceitável seria chocantemente racista e em violação da lei internacional”, dizem, em comunicado, o Presidente do Senegal e presidente em exercício da União Africana (UA), Macky Sall, e o presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat.

Os dois dirigentes apelam por isso “a todos os países que respeitem a lei internacional e mostrem a mesma empatia e apoio a todas as pessoas que fogem da guerra, independentemente da sua identidade racial”.

Sall e Faki dizem estar a seguir de perto os acontecimentos na Ucrânia, mostrando-se “particularmente perturbados” por relatos de que cidadãos africanos estão a ser impedidos de atravessar a fronteira da Ucrânia em busca de segurança.

Os dois líderes sublinham que “todas as pessoas têm o direito de atravessar fronteiras internacionais durante conflitos” e, por isso, devem poder fugir da guerra na Ucrânia, independentemente da sua “nacionalidade ou identidade racial”.

Aplaudem os esforços dos Estados-membros da UA e das suas embaixadas nos países vizinhos para receber e orientar os cidadãos africanos e as suas famílias ao tentarem atravessar a fronteira ucraniana em busca de segurança.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

À semelhança de centenas de milhares de pessoas, muitos africanos – na sua maioria estudantes – estão a tentar fugir da Ucrânia para os países vizinhos, incluindo a Polónia, mas a enfrentar um tratamento discriminatório nas estradas e nas fronteiras ucranianas, de acordo com várias organizações não-governamentais.

O número crescente de acusações de comportamento racista por parte das autoridades ucranianas, sobretudo, mas também polacas, levou o Governo nigeriano a instar hoje as autoridades aduaneiras da Ucrânia e dos países vizinhos a tratarem os seus cidadãos “com dignidade”.

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CaixaBank reforça capital do BPI com emissão de 425 milhões

O BPI vai realizar uma emissão de dívida subordinada de 425 milhões de euros, totalmente subscrita pelo CaixaBank. Vai pagar "spread" de 3,3%.

O BPI informou esta segunda-feira o mercado que vai reforçar o rácio de capital total através da emissão de 425 milhões de euros em dívida subordinada, que será integralmente subscrita pelo seu acionista, o espanhol CaixaBank.

O financiamento irá reforçar o capital total do banco, que passará de 17,4% para 18,1%, uma vez que a dívida subordinada, por comportar maior risco (só é reembolsada após a dívida sénior ser paga), contribui para o chamado rácio Tier 2. O rácio principal (CET1) mantém-se, por isso, inalterado nos 14,2%.

O banco informa que a emissão contribui igualmente para o reforço do montante para o cumprimento do requisito de MREL, uma almofada de fundos próprios e passivos elegíveis que os bancos são obrigados a ter para a absorção de choques.

A emissão vence em março de 2032, mas pode ser reembolsada antecipadamente em março de 2027. O juro anual estará indexado “à Euribor a 6 meses, acrescida de um spread de 3,30%”.

O BPI irá ainda “proceder, em 24 de março, ao reembolso antecipado de uma emissão de dívida subordinada (Tier 2) de 300 milhões de Euros, totalmente subscrita pelo CaixaBank”.

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Ryanair volta a apelar a António Costa para “libertação” de slots ocupados pela TAP

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2022

A Ryanair apela para a libertação de 18 slots diários da TAP para salvar 20 rotas. Se isso não acontecer a companhia será forçada a reduzir de 7 para 4 aviões a operação em Lisboa no fim desta semana.

A companhia aérea low cost Ryanair voltou a apelar ao primeiro-ministro, António Costa, para que sejam libertados slots (faixas horárias) não usados pela TAP até 4 de março, indicando que se tal não acontecer terá de cancelar rotas.

Num comunicado divulgado esta segunda-feira, a transportadora voltou “a apelar ao primeiro-ministro português, António Costa, para que tome medidas imediatas e exija à TAP a libertação de 18 slots diários – que não pode, nem irá utilizar, no verão 2022 –, de forma a permitir a operação da Ryanair com sete aviões baseados em Lisboa, poupando 20 rotas, um milhão de passageiros e 250 milhões de euros gastos por visitantes em Lisboa no verão 2022”.

De acordo com a Ryanair, “a menos que o primeiro-ministro intervenha esta semana para libertar os slots não utilizados pela TAP – apenas para o verão 2022 –, a Ryanair será forçada a reduzir sete aviões para quatro, na sua base no Aeroporto da Portela, em Lisboa, no final desta semana, e com isto perder um milhão de passageiros, 150 postos de trabalho e mais de 250 milhões de euros de despesas turísticas em Lisboa”.

Citado na mesma nota, o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, disse que a empresa escreveu “ao primeiro-ministro, António Costa, a 16 de fevereiro, pedindo-lhe que agisse antes do final de fevereiro”, mas, até agora não recebeu qualquer resposta.

“Por essa razão, volto a solicitar ao primeiro-ministro que intervenha urgentemente para salvar estes aviões, rotas, passageiros, e postos de trabalho em Lisboa, para o verão 2022”, referiu.

Segundo Michael O’Leary, “a Ryanair não precisará destes slots após o verão 2022, uma vez que a TAP será forçada, pela Comissão Europeia, a libertar 18 slots diários, a partir do inverno de 2022”.

“Uma vez que a TAP não utilizará estes slots no verão 2022, estes serão desperdiçados, a menos que o primeiro-ministro intervenha e solicite à TAP o empréstimo destes slots à Ryanair, apenas para o verão, para salvar 20 rotas, um milhão de visitantes, e os 250 milhões de euros gastos por estes, em Lisboa”, reforçou.

De acordo com o gestor, caso a companhia não obtenha “uma resposta positiva” do gabinete do primeiro-ministro, a 4 de março, “estes aviões e rotas em Lisboa serão cancelados apenas para o verão 2022”.

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EDP Renováveis convoca assembleia-geral para votar distribuição de 86 milhões em dividendos

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2022

Os acionistas da empresa são chamados a votar, no dia 31 de março, a proposta de distribuição de “um dividendo bruto de 0,09 euros por ação da EDP Renováveis".

A EDP Renováveis (EDPR) convocou uma assembleia-geral de acionistas para o dia 31 de março, na qual vai votar, entre outros pontos, a proposta de distribuição de dividendos, no montante de 86 milhões de euros, foi comunicado ao mercado.

Segundo a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os acionistas vão votar a proposta de distribuição de “um dividendo bruto de 0,09 euros por ação da EDP Renováveis, com direito aos mesmos, equivalente a um montante global de 86.450.234,58 euros que provirão da conta de reserva voluntária, com direito a recebê-lo no momento do pagamento”.

Em cima da mesa estará ainda a análise e votação das contas anuais individuais e consolidadas da EDPR e da proposta de aplicação dos resultados de 2021.

Os acionistas vão também deliberar sobre o relatório de gestão individual da EDPR e o estado da informação não financeira do grupo, correspondente ao exercício terminado em 31 de dezembro de 2021. Por último, será votada a gestão e atuação do Conselho de Administração no exercício em causa.

A EDPR indicou ainda que, caso não seja alcançado o quórum necessário, a assembleia-geral realizar-se-á no dia 07 de abril, em Madrid.

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Governo avalia criação de linha de crédito para setores mais afetados por preços do gás, diz Matos Fernandes

Os setores em causa serão o do vidro, cerâmica, têxtil e mais dois que o Ministério da Economia está a identificar, adiantou Matos Fernandes.

O ministro Matos Fernandes anunciou, após a reunião dos ministros do Ambiente da União Europeia, que “está em avaliação a criação de uma linha de crédito” para os setores mais afetados pela subida dos preços do gás, nomeadamente vidro, cerâmica, têxtil e mais dois que o Ministério da Economia está a identificar. Há também a possibilidade de apoios diretos ou benefícios fiscais.

São “várias as hipóteses a ser discutidas em cima da mesa”, aponta o ministro, em conferência de imprensa transmitida pelas televisões. Entre elas encontra-se a “possibilidade de apoios diretos aos setores mais afetados, bem como a possibilidade de haver algum benefício fiscal”, para no final do ano fiscal poder existir recuperação do aumento.

Além disso, está também em avaliação a “criação de uma linha de crédito para o setor do vidro, da cerâmica, têxtil e mais dois ou três que o Ministério da Economia está a identificar como aqueles que podem sofrer maior impacto”, adianta Matos Fernandes.

Desde que a Rússia, o principal exportador de gás natural da Europa, atacou militarmente a Ucrânia que o preço do gás natural tem subido de forma acentuada. O preço do gás natural TTF (Title Transfer Facility) para entrega em março subiu esta segunda-feira 26% para 115 euros por megawatt hora (MWh), num contexto de maior incerteza.

(Notícia atualizada às 18h42)

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BCP vai pagar “dividendo muito moderado”. Miguel Maya e Nuno Amado serão reconduzidos

Nuno Amado revelou que o BCP quer retomar os dividendos e vai propor aos acionistas um valor "muito moderado". Também adiantou que "totalidade da comissão executiva" vai ser reconduzida.

O BCP está a contar regressar aos dividendos, depois dos lucros de 138 milhões de euros em 2021. “A intenção é voltar aos dividendos, mas de forma bastante moderada“, adiantou o chairman Nuno Amado na apresentação dos resultados de 2021. Também revelou que “muito boa parte do conselho de administração e a totalidade da comissão executiva” vão ser reconduzidos, incluindo o próprio Amado.

O tema do regresso aos dividendos é “consensual” entre conselho de administração e comissão executiva, explicou Amado, que completa hoje dez anos desde que assumiu funções na administração do banco. “Entendemos que seria bom retomar o pagamento de dividendos”, acrescentou.

Miguel Maya assinalou depois que a sua comissão executiva apresentará uma proposta ao conselho de administração que tem em conta que “a gestão de capital tem de ser muito rigorosa” e que o dividendo a distribuir terá em conta a “situação que o banco vive, com enormes cautelas, que têm de ser superiores face aos riscos geopolíticos“.

Relativamente à próxima administração do banco, Amado foi convidado para continuar, assim como Miguel Maya e a restante equipa executiva. “Há intenção de haver continuidade” com o objetivo de o banco entrar na “segunda fase de normalização e de crescimento da atividade”, disse o chairman. Neste momento, os reguladores estão a avaliar a proposta.

Tanto a proposta de dividendo como da nova administração terão de ser aprovadas pela assembleia geral que se realizará em maio.

(Notícia atualizada às 18h37)

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Patrões disponíveis para integrar profissionalmente refugiados ucranianos

Patrões estão disponíveis para cooperar com IEFP na “integração profissional” dos que ucranianos que procurem refúgio em Portugal.

As confederações patronais estão disponíveis para, em articulação com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IECP), integrar profissionalmente os refugiados ucranianos que cheguem a Portugal nos próximos meses, por causa da guerra em curso no leste do continente europeu.

“Consciente da grave crise humanitária que este conflito também produzirá, o CNCP [Conselho Nacional das Confederações Patronais] reitera a sua total disponibilidade, em articulação com o IEFP, para a integração profissional dos refugiados que Portugal possa acolher nos próximos meses”, sublinharam os patrões esta segunda-feira, em comunicado.

O CNCP condena veemente a invasão da Ucrânia pela Rússia e diz-se solidário com o povo ucraniano, relevando que é “com grande preocupação” que está a acompanhar a atual situação, pela “tragédia humana que representa”, mas também pelas previsíveis consequências para a estabilidade e economia europeias.

“O CNCP está consciente do inevitável impacto económico que este conflito terá em Portugal, exacerbado pelas fortes dependências europeias, sobretudo no domínio energético, mas também alimentar, agravado ainda pela dramática situação de seca que assola o País. O impacto desta guerra nas empresas e na economia portuguesas será direto, sobretudo pelo aumento dos custos energéticos e de produtos agrícolas, que se repercutirá na inflação”, frisam os patrões.

Perante este quadro, as confederações patronais apelam a que a União Europeia desenvolva esforços para garantir fontes alternativas de abastecimento de energia, bem como de matérias-primas e componentes críticos.

Por outro lado, os patrões avisam que, neste contexto, o Orçamento do Estado para 2022 terá de incluir — nomeadamente na área fiscal — “os ajustamentos necessários para responder à subida dos preços da matérias-primas, ao aumento dos custos de energia, em particular dos combustíveis, e à inflação”, bem como para mitigar o impacto desta situação nas empresas portuguesas que negociam com a Rússia e com a Ucrânia.

O CNCP acrescenta, além disso, que é recomendável que as empresas reforcem a sua cibersegurança, “num momento em que os riscos neste domínio são elevados”.

“O mais importante é que tudo seja feito para salvar vidas. O CNCP apela aos líderes políticos mundiais para que insistam na procura urgente de uma solução diplomática que trave este conflito, preservando a paz, a estabilidade e a prosperidade na Europa”, rematam os patrões.

O dia 24 de fevereiro de 2022 vai ficar para a história: na madrugada, a Rússia deu início a uma “operação militar especial” na Ucrânia, tendo atacado várias cidades desse país, com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de o “desmilitarizar e desnazificar“. Tanto os Estados Unidos como a União Europeia já impuseram sanções a Moscovo, em resposta, mas o conflito tem registado um agravamento.

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Corrida ao armamento faz disparar empresas em bolsa

Anúncio de que a Alemanha vai aumentar de forma expressiva o seu orçamento da Defesa impulsionou ações do setor na Europa e nos EUA.

A guerra na Ucrânia e as ameaças de Putin ao Ocidente estão a levar a um aumento das despesas com armamento, impulsionando as ações das empresas do setor. Algumas subiram mesmo para valores recorde.

A britânica BAE Systems encerrou a sessão de segunda-feira a subir 10,2%, para 719,6 libras por ação, tendo chegado a valorizar 15,8%. A alemã Rheinmetall disparou 24,8% para 133,6 euros. Ambas negociaram em máximos históricos. A francesa Thales ganhou 11,9% e a Italiana Leonardo SpA somou 15%.

As valorizações estenderam-se aos EUA, com a Lockeeed Martin, que fabrica os jatos F-35, a chegar a valorizar mais de 5%, enquanto a Raytheon Technologies sobe 3,7% e a Northrop Grumman perto de 7%. Algumas tecnológicas que trabalham para o setor também estiveram em alta.

Isto num dia em que índice acionista pan-europeu Stoxx 600 fechou praticamente inalterado (-0,09%) e os principais indicadores dos mercados norte-americanos apresentam perdas ligeiras.

No domingo, o chanceler alemão fez história no Bundestag ao anunciar a criação de um fundo de 100 mil milhões de euros para a modernização das forças armadas e aumentar o orçamento para a defesa para mais de 2% do PIB. O valor estimado para 2021 foi de 1,53%. Olaf Scholz anunciou ainda que a Alemanha vai ceder armamento à Ucrânia.

O chanceler alemão não foi o único a fazer história. Também no domingo, a presidente da Comissão Europeia anunciou que pela primeira vez a União Europeia vai financiar apoio militar para um país sob ataque, comprando armamento para a Ucrânia no valor de 450 milhões de euros.

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