Assis renuncia ao mandato de deputado à Assembleia da República e é substituído por Lia Ferreira

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

No seu lugar fica Lia Ferreira, que era a seguinte na lista de candidatos pelo círculo eleitoral do Porto às legislativas antecipadas de 10 de março.

O socialista Francisco Assis, eleito eurodeputado nas últimas europeias, renunciou ao mandato de deputado à Assembleia da República e é substituído a partir desta quarta-feira por Lia Ferreira. Antes de se iniciar o debate quinzenal com o primeiro-ministro, que decorre esta tarde, no parlamento, foi lido pela Mesa da Assembleia da República este pedido de renúncia e a devida substituição, que teve luz verde da comissão competente.

Francisco Assis, que nas europeias de 9 de junho foi eleito como número dois na lista do PS, renunciou ao seu mandato como deputado na Assembleia da República, ficando com o seu lugar Lia Ferreira, que era a seguinte na lista de candidatos pelo círculo eleitoral do Porto às legislativas antecipadas de 10 de março.

Assis foi o cabeça de lista dos socialistas pelo círculo eleitoral do Porto às legislativas antecipadas, tendo então renunciado ao cargo de presidente do Conselho Económico Social (CES) para abraçar esse desafio.

O agora eleito eurodeputado tinha sido eleito em 10 de julho de 2020 presidente do CES pela Assembleia da República com o voto favorável de 170 deputadas e deputados, tendo sido reconduzido em 29 de abril de 2022 com o voto favorável de 192 deputadas e deputados.

Nas últimas eleições europeias, a lista do PS encabeçada pela deputada e ex-ministra da Saúde, Marta Temido, venceu esta corrida ao Parlamento Europeu, elegendo oito eurodeputados com 32,08%, logo seguido pela AD, que conseguiu sete mandatos com 31,11% dos votos.

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Ministra não fecha a porta a aumento do salário mínimo acima do previsto

Acordo de rendimentos prevê subida do salário mínimo para 855 euros em 2025, mas ministra do Trabalho não descarta hipótese de se ir mais longe. Palma Ramalho fez balanço desse entendimento.

O salário mínimo pode vir a subir mais do que os 35 euros já previstos no próximo ano? A ministra do Trabalho não afasta, para já, essa hipótese. Em declarações aos jornalistas esta quarta-feira à saída de uma reunião de Concertação Social, Maria do Rosário Palma Ramalho lembrou que o Governo tem já definida uma meta para o salário mínimo nesta legislatura (chegar aos mil euros até 2028), mas admitiu que até esse marco poderá haver ” avanços intermédios”.

“O Governo tem um programa de atualização do salário mínimo para a legislatura. Para chegarmos a essa meta poderá haver avanços intermédios“, salientou a governante, à saída de uma reunião na qual o Executivo apresentou às confederações patronais e às centrais sindicais um balanço do acordo de rendimentos.

Importa notar que esse entendimento – que ainda foi firmado pelo Governo de António Costa – tem prevista a trajetória do salário mínimo até 2026. Em 2024, a meta aí prevista foi, contudo, revista em alta, pelo que a retribuição mínima garantida está hoje em 820 euros, em vez dos 810 euros inicialmente previstos.

para o próximo ano, o acordo de rendimentos prevê uma subida de 35 euros para 855 euros. No entanto, o secretário-geral da UGT defendeu, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, que pode haver margem para ir mais longe, apontando para 890 euros, ou seja, para um aumento de 70 euros.

Esta quarta-feira, a ministra não quis precisar o que acontecerá ao salário mínimo, sublinhando que “ainda é prematuro” discutir essa matéria.

Regra geral, esse é um assunto que é discutido na Concertação Social no final de cada ano. O Governo tem, por lei, de ouvir os parceiros sociais, mas cabe-lhe a última palavra mesmo que não haja acordo de patrões e sindicais.

Quanto ao balanço do acordo de rendimentos, a ministra do Trabalho salientou que “há uma série de medidas que ainda não foram implementadas“, mas não detalhou.

“O compromisso do Governo é cumprir o que está em vigor, mas esta é uma instância de negociação contínua. Portanto, se o Governo, juntamente com os parceiros sociais, chegar à conclusão que algumas das medidas lá previstas não fazem hoje sentido e foram ultrapassadas pelo tempo, ou que se deve encaminhar a negociação de uma outra forma, não hesitaremos em fazê-lo“, acrescentou Palma Ramalho.

Uma das matérias que poderão ser discutidas nesse âmbito é a lei do trabalho. Na primavera do ano passado, esta legislação sofreu dezenas de mudanças. O Governo diz que quer revisitar o que foi feito nessa altura.

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PLMJ assessora Medialivre na compra das rádios SBSR e Rádio Festival

A equipa da PLMJ envolvida na operação foi liderada pelo sócio da área de Corporate M&A, Tomás Almeida Ribeiro e pela associada sénior Rita Pereira Jardim.

A PLMJ assessorou a Medialivre na aquisição de 100% das sociedades Sociedade Franco Portuguesa da Comunicação e da Rádio Festival do Norte à Música no Coração – Sociedade Portuguesa de Entretenimento, sociedades que desenvolvem a sua atividade na indústria da Rádio.

A equipa da PLMJ envolvida na operação foi liderada pelo sócio da área de Corporate M&A, Tomás Almeida Ribeiro e pela associada sénior Rita Pereira Jardim, contando ainda com a colaboração de Pedro Lomba, sócio coordenador da área de Tecnologia, Media e Telecomunicações, Rita Sousa Costa, associada da mesma área, e Carolina Campos Dias, associada sénior de Fiscal, entre outros.

Com esta aquisição, a Medialivre passa a adquirir também as rádios SBSR e Rádio Festival, que pertenciam à Sociedade Franco Portuguesa da Comunicação e à Rádio Festival do Norte, respetivamente.

“Esta operação enquadra-se na estratégia de crescimento do Grupo Medialivre, que passa a estar presente em todos os setores da comunicação social, integrando imprensa, televisão, digital e rádio no seu portefólio”, refere o escritório em comunicado.

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Governo disponível para ponderar alterações na justiça penal

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

Montenegro afirmou que o Governo está disponível para ponderar alterações no domínio da justiça penal, aludindo a áreas como o combate à violação do segredo de justiça ou escutas telefónicas.

O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que o Governo está disponível para ponderar, com contributos da Assembleia da República, alterações no domínio da justiça penal, aludindo a áreas como o combate à violação do segredo de justiça ou escutas telefónicas.

No debate quinzenal com o primeiro-ministro, o líder parlamentar do PSD Hugo Soares afirmou que a sua bancada está disponível para “aprofundar a chamada reforma da justiça” e olhar para matérias relativas aos direitos, liberdades e garantias, e pediu e opinião do chefe do Governo.

Na resposta, Luís Montenegro recordou que, em 2007, acompanhou como deputado o chamado pacto da justiça.

“Quero confirmar que os objetivos do legislador em áreas como a detenção fora de flagrante delito, o combate à violação do segredo de justiça, o uso de intersecções telefónicas como meio complementar de prova – e não como meio exclusivo – não foram totalmente acolhidos na pratica”, admitiu Montenegro.

O primeiro-ministro referiu que, nestas áreas, “há questões que preocupam a todos”, sem nunca falar diretamente na divulgação de escutas envolvendo o ex-primeiro-ministro António Costa, sem relevância criminal no âmbito da chamada Operação Influencer.

“Havendo na sociedade portuguesa e na Assembleia da República disponibilidade para podermos ter na justiça penal alguma ponderação de alterações, o Governo, naturalmente, está disponível e não deixará de estar, com contributos da Assembleia da República”, afirmou.

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Assange chegou à Austrália após acordo judicial

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

"Após 14 anos de detenção arbitrária no Reino Unido e cinco numa prisão de segurança máxima (...), Assange regressou a casa na Austrália", reagiu a WikiLeaks.

O fundador da plataforma WikiLeaks, Julian Assange, chegou esta quarta-feira à Austrália, a bordo de um avião fretado depois de ter formalizado o acordo que lhe garantiu a liberdade perante um tribunal nas ilhas Marianas do Norte. O avião em que viajava aterrou às 19:40 (09:40 em Lisboa) no Aeroporto Internacional de Camberra, depois de sete horas de voo entre Saipã, no território ultramarino dos Estados Unidos das Marianas do Norte, no Pacífico.

“Após 14 anos de detenção arbitrária no Reino Unido e cinco numa prisão de segurança máxima (…), Assange regressou a casa na Austrália”, reagiu a WikiLeaks através das redes sociais. Assange abandonou o avião pouco depois da aterragem. O fundador do portal WikiLeaks vestia um fato escuro, camisa branca e ergueu um punho saudando as pessoas que o esperavam no aeroporto.

Julian Assange, 52 anos, natural da Austrália, era aguardado pela mulher, Stella Assange e pelo pai, John Shipton. O fundador do WikiLeaks vai estar presente ainda hoje numa conferência de imprensa que vai decorrer num hotel da capital australiana.

A chegada à Austrália encerra uma “saga de 14 anos” que começou em 2010 com a maior fuga de documentos confidenciais da história dos Estados Unidos, revelando através do WikiLeaks ataques a civis no Iraque e no Afeganistão, bem como maus tratos a prisioneiros na Baía de Guantánamo, entre outras questões.

Na sequência da fuga de informação, a Suécia emitiu um mandado de captura contra Assange por acusações de abuso sexual, que foram posteriormente retiradas. Assange refugiou-se em 2012 na embaixada do Equador em Londres, até ser detido pelas autoridades britânicas em 2019, tendo passado os últimos cinco anos numa prisão de alta segurança na capital britânica.

A imagem de Assange foi muitas vezes afetada ao longo dos anos, em especial quando a plataforma WikiLeaks divulgou milhares de e-mails pirateados do Partido Democrata dos Estados Unidos e da equipa de Hillary Clinton em 2016, durante a campanha presidencial norte-americana. Na altura, estas revelações mereceram elogios do candidato republicano Donald Trump.

Segundo a CIA, os documentos foram obtidos por agentes russos, mas a WikiLeaks negou. Em 2011, os cinco jornais (entre os quais o New York Times, Guardian e Le Monde) associados à plataforma WikiLeaks condenaram o método da plataforma de tornar públicos telegramas do Departamento de Estado dos Estados Unidos não editados, argumentando que eram suscetíveis de “colocar em perigo certas fontes”.

No final de 2022, os mesmos jornais apelaram à Administração norte-americana para que retirasse as acusações contra Julian Assange.

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Governo disponível para alterar regime de mobilidade por doença para professores

O regime de mobilidade por doença "é um direito que os docentes têm", mas "tem limitações no seu exercício pleno", pelo que o Ministério da Educação mostrou-se disponível para o rever.

O Ministério da Educação demonstrou-se disponível para rever o regime de mobilidade de doença para professores, tendo marcado a primeira reunião negocial já para sexta-feira. O objetivo é que no próximo ano letivo as eventuais alterações já produzam efeito.

O regime de mobilidade por doença “é um direito que os docentes têm“, mas “tem limitações no seu exercício pleno”, pelo que “convidámos as estruturas sindicais a apresentarem propostas de melhoria desse regime”, revelou o secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa, no final de uma reunião com os sindicatos do setor.

Pedro Dantas da Cunha indicou ainda que a primeira reunião negocial sobre este tema irá acontecer “já na próxima sexta-feira da parte da manhã“, para que Governo e sindicados possam encontrar uma “plataforma comum de entendimento que permita que já no próximo ano letivo o regime de mobilidade por doença possa ser revisto”.

Em 2022, o antigo governo liderado por António Costa tinha aprovado alterações ao regime que permite aos professores com doenças incapacitantes, ou familiares próximos nessa situação, mudar para uma escola mais próxima de casa ou do prestador de cuidados de saúde, introduzindo novos critérios para a colocação, que passou a depender da capacidade das escolas. No entanto, as mudanças foram contestadas pelas estruturas sindicais.

As duas maiores organizações sindicais dos professores (Fenprof e FNE) já vieram reagir. “A FNE aceitou com muito agrado porque era uma das preocupações que tínhamos manifestado”, disse Manuel Teodósio, vice-secretário geral da FNE. Já o secretário-geral da Fenprof lamentou que o Governo não tenha “tempo para fazer uma revisão profunda do regime”, como “se justifica”. Assim, segundo Mário Nogueira serão discutidas “alterações cirúrgicas” relacionadas com os “quilómetros, as vagas e os grupos por recrutamento” e que são as que “estão a criar mais entropias e à mobilidade por doença”.

O outro tema que trouxemos para auscultação sindical tem que ver com pessoal não docente”, nomeadamente os assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos superiores especializados”, tendo em vista “reduzir precariedade” deste grupo profissional. Por isso, vão rever estas carreiras.

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Porto Business School lança observatório para analisar impacto dos imigrantes no turismo

Escola de negócios quer estabelecer parceiras com empresas e instituições de ensino para promover a inclusão e qualificação dos trabalhadores migrantes que representam 10% da população total.

A Porto Business School (PBS) acaba de lançar o Observatório do Talento Migratório no Turismo para destacar a importância do talento oriundo da migração para a competitividade da economia portuguesa, particularmente no setor do turismo. Com 120 mil dos 785 mil imigrantes em Portugal a trabalhar no turismo, esta iniciativa pretende identificar os desafios, as oportunidades e as práticas de integração e gestão dos talentos imigrantes no setor.

Em 2023, e pelo oitavo ano consecutivo, registou-se um aumento da população estrangeira residente em Portugal. Com um crescimento de 33% em relação a 2022, o número de estrangeiros residentes em Portugal aumentou de 781.247 para 1.040.000 em 2023, representando agora mais do que 10% da população total.

Em comunicado, a Porto Business School destaca que mais de 20% dos trabalhadores estrangeiros em Portugal estão empregados nas atividades de alojamento, restauração e similares. Perante estes números, a escola de negócio afirma que “é crucial entender como os talentos imigrantes têm sido valorizados e qualificados em comparação com os talentos nacionais”.

É essencial capacitar todos aqueles que estão envolvidos no setor de turismo, sejam imigrantes ou não. Ao focar na qualificação e inclusão dos migrantes, que representam já 20% da força de trabalho no turismo, o observatório contribuirá para o crescimento económico sustentável do setor e para a promoção de práticas inclusivas e alinhadas aos princípios de responsabilidade social corporativa e ESG”, nota Rita Marques, coordenadora do Tourism Futures Center da Porto Business School.

José Esteves, dean da Porto Business School, acrescenta: “A Porto Business School está empenhada em promover a inclusão e a qualificação dos talentos migrantes no turismo. O lançamento deste observatório é um passo crucial para garantir que Portugal continue a ser um destino acolhedor e competitivo, onde todos os profissionais têm a oportunidade de prosperar e contribuir para o desenvolvimento económico e social do país.”

No âmbito do Tourism Futures Center, o Observatório do Talento Migratório no Turismo visa identificar desafios, oportunidades e melhores práticas de gestão dos talentos imigrantes no setor do turismo em Portugal. O observatório visa também estabelecer colaborações com empresas, instituições de ensino e outras entidades para promoção da inclusão e qualificação dos trabalhadores migrantes.

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Governo admite rever modelo de atestados de residência para imigrantes

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

Ministro da Presidência reconheceu problemas na fiscalização e afirmou que a ACT e a ASAE devem ser "parceiros na investigação” de casos como o aluguer de colchões a imigrantes.

O ministro da Presidência admitiu esta quarta-feira a necessidade de rever os atestados de residência, considerando que o sistema de fiscalização da situação de muitos imigrantes tem muitas falhas.

As regras devem ser revistas” no que diz respeito aos “atestados de residência“, afirmou António Leitão Amaro durante uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, respondendo a questões sobre os problemas de fiscalização, a existência de microempresas com dezenas de trabalhadores imigrantes ou moradas “onde se alugam colchões”.

“Tudo isto são indicadores de abuso e por isso envolvemos o trabalho da ACT [Autoridade para as Condições de Trabalho] e da ASAE [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica], que devem ser parceiros na investigação” desses casos, afirmou Leitão Amaro, admitindo os problemas de fiscalização.

O ministro adiantou que o Governo tem tentado limitar o impacto também do “efeito de chamada” de novos imigrantes que existia com a figura da manifestação de interesse, um recurso jurídico que permitia a um imigrante com visto de turista iniciar os procedimentos de legalização em Portugal, com um mínimo de 12 meses de descontos.

Em 3 de junho, o Governo apresentou ao final da tarde o Plano de Ação para as Migrações e anunciou o fim das manifestações de interesse, o procedimento que causava mais congestionamento nos serviços da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que tem 410 mil casos pendentes.

“Entre o anúncio do primeiro-ministro e a meia-noite [daquele dia] entraram três mil processos”, recordou Leitão Amaro, salientando que essas manifestações de interesse se resumiam à “mera submissão de um documento”, que atribuía um número processual, mesmo que esse anexo fosse “uma folha em branco”.

“Olhando para o sistema, como ele existia, estava muita coisa errada”, afirmou o governante, que reafirmou uma “visão humanista” nesta área e rejeitou qualquer proposta de quotas de entrada.

No diálogo com os deputados, para justificar a posição do Executivo, Leitão Amaro citou a tese de doutoramento de André Ventura, líder do Chega, que afirmou que “Portugal não deve esquecer o seu passado recente e deve acolher o maior número de migrantes”.

O ministro reafirmou a abertura do Executivo para negociar com o Parlamento a regulamentação dos casos de imigrantes que já se encontram em Portugal, mas que não preenchem os requisitos para completar os seus processos. “Sinalizando a necessidade de regular em sede parlamentar o regime transitório”, o Governo está aberto a uma “revisão da lei dos estrangeiros que não regule apenas o regime transitório, mas todas as situações para o futuro”, afirmou Leitão Amaro.

Nos últimos dias, os mediadores culturais, um grupo de funcionários de associações destacados na AIMA, têm-se queixado da precariedade laboral, por desempenharem funções permanentes, em muitos casos equiparadas a elementos do quadro da instituição. “O modelo dos mediadores culturais é o modelo adequado como foi criado”, disse Leitão Amaro, que admitiu a possibilidade de “abusos de forma”. É uma “matéria que merece a atenção e avaliação no quadro da verificação e de reforço dos quadros da AIMA”, adiantou.

Respondendo aos deputados sobre o facto de vários magistrados estarem a ser chamados a processos judiciais de imigrantes, Leitão Amaro não quis comentar, mas admitiu que estão a ser criadas, no sistema judiciário, “equipas para tramitar os processos judiciais pendentes”. No entanto, esclareceu, esta questão nada tem a ver com a AIMA e a recente criação de uma estrutura de missão que responda aos atrasos pendentes.

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Agricultores submeteram quase 186.000 candidaturas ao Pedido Único

  • Lusa e ECO
  • 26 Junho 2024

Os pagamentos ao setor agrícola, no âmbito do PRR, estão em perto de 21 milhões de euros até junho. Lisboa surge a liderar com 31,6 milhões de investimento aprovado, seguido pelo Porto (8,1 milhões).

Os agricultores submeteram quase 186.000 candidaturas ao pedido único até terça-feira, a data limite definida pelo Governo após várias extensões. Segundo dados publicados pelo Ministério da Agricultura, até terça-feira, foram recebidas 185.841 candidaturas ao Pedido Único (PU).

O PU é um pedido de pagamento direto das ajudas que fazem parte dos regimes sujeitos ao SIGC – Sistema Integrado de Gestão e Controlo.

Este pedido abrange os pagamentos diretos, os apoios associados, ecorregimes, desenvolvimento rural, pagamentos da rede natura, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas e as medidas florestais.

Por distrito, destacam-se Bragança (28.925 candidaturas), Vila Real (21.897) e Guarda (14.737). No sentido inverso, encontram-se, entre outros, Leiria (3.978), Faro (5.203) e Portalegre (5.922).

Na semana passada, o Ministério da Agricultura e da Alimentação prolongou até esta terça-feira as candidaturas ao PU, mas com uma penalização de 1% por cada dia útil, devido às candidaturas de maior complexidade.

O prazo terminava na sexta-feira, depois de já ter sofrido várias extensões. No passado fim de semana, os agricultores puderam submeter as suas candidaturas sem penalização. Até quinta-feira tinham sido submetidas 179.270 candidaturas ao PU.

Pagamentos do PRR perto de 21 milhões

Os pagamentos ao setor agrícola, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estão em perto de 21 milhões de euros até junho, segundo dados divulgados pelo Governo. No total, os pagamentos ascenderam a 20.891.649,32 euros até 7 de junho, enquanto o investimento aprovado se situou em 94.307.328,30 euros.

Por aviso, estão aprovados 26 projetos para a adaptação às alterações climáticas, 23 para a Agricultura 4.0 e 22 para os territórios sustentáveis e 21 para alimentação sustentável. Seguem-se os avisos uma só saúde (18 projetos aprovados), revitalização das zonas rurais (18), agricultura circular (15), mitigação das alterações climáticas (14) e projetos estruturantes (seis).

No que diz respeito ao investimento aprovado por aviso, destacam-se os Polos – Rede Inovação (33,61 milhões de euros) e os Projetos Estruturantes (13,5 milhões de euros).

Depois seguem-se os avisos da adaptação às alterações climáticas (4,49 milhões de euros), mitigação das alterações climáticas (4,22 milhões de euros), promoção dos produtos agroalimentares portugueses (4,20 milhões de euros), excelência da organização da produção (4,13 milhões de euros) e alimentação sustentável (3,65 milhões de euros).

Por distrito, Lisboa surge a liderar com 31,6 milhões de euros de investimento aprovado, seguido pelo Porto (8,1 milhões de euros).

O PRR conta com 93 milhões de euros de dotação para a Agricultura – Agenda de Investigação e Inovação para a Sustentabilidade da Agricultura. Após a reprogramação do PRR, aprovada em setembro de 2023, a dotação total do programa ascendeu a 22.216 milhões de euros.

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Eletrónica de Águeda aumenta velocidade da Internet nas casas e empresas americanas

Após comprar equipamentos de produção especializados na área da microeletrónica, a HFA está a fornecer um componente de fibra ótica para a gigante americana de telecomunicações Verizon.

A HFA – Henrique, Fernando & Alves começou a produzir em Águeda um componente da área da fibra ótica para a gigante de telecomunicações Verizon. Colocado nos routers domésticos e empresariais, permite multiplicar por 16 a largura de banda e aumentar a velocidade de Internet das casas e empresas dos EUA.

O fabrico do XFP NG-PON2 ONU, o nome técnico deste componente desenvolvido pela também portuguesa PICadvanced, instalada em Ílhavo, arrancou depois de a empresa criada há 29 anos ter comprado novos equipamentos de produção altamente especializados na área da microeletrónica, financiados através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Além da aquisição de máquinas, a empresa cofundada e liderada por Henrique Ferreira, especializada na assemblagem e teste de equipamento eletrónico e de telecomunicações, aproveitou este investimento de cerca de cinco milhões de euros para alterar processos, metodologias e construir um novo pavilhão, que estará concluído em 2025.

A HFA – Henrique, Fernando & Alves é uma das 17 entidades envolvidas na chamada Agenda da Microeletrónica, enquadrada na bazuca europeia. Liderada pela gigante americana Amkor Technology, que está a expandir a fábrica de Vila do Conde com novos equipamentos para aumentar a capacidade de produção, tem como objetivo reforçar a capacidade produtiva e de inovação da indústria nacional de semicondutores e microeletrónica.

Com 68 milhões de euros contratualizados e um período de execução que se estende até 31 de dezembro de 2024, esta agenda mobilizadora prevê também o desenvolvimento de 25 novos produtos, processos ou serviços (PPS) por parte das empresas participantes, como é o caso também da Exatronic, especializada em serviços de inovação, investigação, engenharia e fabricação no setor da eletrónica.

“O apoio da Agenda da Microeletrónica é essencial para aumentarmos a nossa capacidade de trabalhar novos produtos e prestar, por exemplo, serviços de assemblagem e teste de placas de eletrónica”, explica Carlos Alves, administrador da HFA, citado num comunicado enviado esta quarta-feira às redações.

Nos próximos dias, igualmente no âmbito deste consórcio, a empresa de Águeda vai integrar uma visita de prospeção à feira alemã SMTConnect, em Nuremberga, descrita como a única feira de produção eletrónica na Europa, e participar também no Fórum MiNaPAD, em Grenoble (França).

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Défice do primeiro trimestre “é da exclusiva responsabilidade do anterior Governo”, atira Montenegro

Do défice às portagens e à semana de quatro dias, o primeiro-ministro foi ao Parlamento responder aos deputados e reiterou total apoio à candidatura de António Costa à liderança do Conselho Europeu.

Pela segunda vez, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi ao Parlamento responder às questões dos deputados. O debate quinzenal, desta quarta-feira, arrancou com o tema quente do dia: o défice em contabilidade pública (250 milhões de euros) e nacional (0,2% do PIB), registado no primeiro trimestre, com o chefe do Executivo a atirar a culpa para o Governo anterior de António Costa.

Montenegro quis tranquilizar os portugueses, prometendo manter as contas equilibradas e até positivas no final do ano. Mas lembrou que PS e Chega também têm responsabilidade nesta matéria, uma vez que têm aprovado medidas à revelia do Governo e dos partidos que o suportam, como o fim das portagens das ex-SCUT ou o alargamento da taxa reduzida do IVA (6%) na eletricidade.

Apesar das críticas ao PS, o primeiro-ministro reiterou o total apoio do Governo à candidatura de António Costa a presidente do Conselho Europeu, decisão que deverá ser tomada esta quinta-feira.

O debate aqueceu com a troca de galhardetes entre André Ventura, líder do Chega, e o primeiro-ministro. Montenegro acusou o deputado de “oportunismo” e “populismo” por se juntar em coligação com o PS para aprovar o fim das portagens da ex-SCUT quando os condutores das áreas de Lisboa e do Porto são obrigados a pagar. As críticas levaram Ventura a assumir que o partido quer mesmo acabara com todas as portagens.

Em matéria laboral, Montenegro anunciou que o Governo vai aprovar uma medida que vai permiti acumular subsídio de desemprego com salário para garantir que quem trabalha não fica a ganhar menos. Esta legislação também irá fiscalizar abusos nos apoios sociais.

O teste da semana de quatro dias poderá ser alargado à Função Pública mas sem redução da carga horária. E o alargamento do passe ferroviário nacional aos inter-regionais, intercidades e urbanos vai mesmo avançar mas depois de junho, ou seja, fora do prazo previsto na lei. Leia abaixo os principais momentos do debate:

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Jovens vão ter isenção do IMT na compra da primeira casa já em agosto

O Governo reviu o decreto-Lei que prevê isenção de IMT e IS e acelerou a produção de efeitos da medida. Jovens podem beneficiar da isenção já a partir de 1 agosto.

Afinal, a medida que estabelece a isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto do Selo (IS) na compra da sua primeira casa por parte dos jovens até aos 35 anos entrará em vigor nos próximos dias e produzirá efeitos a 1 de agosto.

O Governo decidiu acelerar os efeitos práticos da medida, ao alterar esta terça-feira, em Conselho de Ministros, o decreto-Lei que previa inicialmente uma produção de efeitos no prazo de 60 dias após a entrada em vigor, avançou ao ECO a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes.

“Efetivamente, o decreto-Lei que acompanhou a autorização legislativa apontava para a produção de efeitos no prazo de 60 dias” após a entrada em vigor documento, refere o Ministério da Juventude e Modernização ao ECO. No entanto, “o decreto-Lei aprovado ontem em Conselho de Ministros consagra a entrada em vigor no dia a seguir à sua publicação (que está prevista para os próximos dias) e a produção de efeitos a partir de 1 agosto”, revela o ministério liderado por Margarida Balseiro Lopes.

Esta situação não é referida no comunicado do Conselho de Ministros publicado esta quarta-feira que levou o ECO a noticiar que a isenção de IMT e IS para os jovens produziria efeitos apenas em outubro. No comunicado, o Governo destacou apenas que “a medida entrará em vigor a 1 de agosto” e não fazendo qualquer menção à alteração produzida ou à data em que deveria produzir efeitos, como é referido na proposta da Lei aprovado em Conselho de Ministros de 23 de maio. No entanto, depois dos contactos do ECO, o Governo mudou o comunicado do Conselho de Ministros, para alterar o final do ponto 4 dizendo que “o decreto-lei produz efeitos a 1 de agosto”.

Desta forma, os jovens até aos 35 anos que comprem a primeira casa a partir de 1 de agosto poderão contar com a isenção de IMT e IS, poupando assim várias centenas de euros.

A isenção de IMT e IS será aplicada na compra da primeira habitação própria e permanente por jovens até aos 35 anos, para imóveis até aos 316.272 euros. Para imóveis acima desse montante até 633.453 euros, mantém-se a isenção máxima do escalão anterior, não havendo qualquer isenção para imóveis de valor superior.

Segundo cálculos do ECO, na carteira dos jovens, esta medida traduz-se, por exemplo, numa poupança de 13.378 euros de IMT e IS na compra de uma casa de 300 mil euros.

Adicionalmente, haverá ainda a isenção dos emolumentos devidos pelo registo de aquisição, por transmissão a título oneroso entre pessoas vivas, de imóvel com valor patrimonial tributário até 316.772 euros (o que inclui isenção de emolumentos devidos pelo registo de mútuo e hipoteca).

Estas medidas orientadas para os jovens são ainda acompanhadas por um mecanismo de compensação para os municípios, para colmatar a perda de receita fiscal relacionada com esta isenção de IMT.

Notícia atualizada com a alteração a posteriori do comunicado do Conselho de Ministros.

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