O dia em direto nos mercados e na economia – 21 de junho

  • ECO
  • 21 Junho 2024

Ao longo desta sexta-feira, 21 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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“Forbes” anuncia os melhores protetores solares 2024

  • Servimedia
  • 21 Junho 2024

O painel de especialistas em dermatologia e farmácia consultado pela "Forbes" avaliou as principais marcas de protetores solares.

Pelo segundo ano consecutivo, a revista “Forbes” publicou o seu ranking dos melhores fotoprotetores do mercado, no qual a ISDIN se posicionou como líder em quatro das cinco categorias analisadas: fotoproteção facial (sem cor ou tratamento), facial com cor, corpo e pediátrica. Marcas especializadas em cuidados e proteção da pele, como Heliocare, Avène e La Roche Posay, também entraram no ranking.

Esta seleção foi aprovada por um grupo de farmacêuticos profissionais e dermatologistas que analisaram e avaliaram, de forma independente, diferentes protetores solares disponíveis no mercado com base em cinco categorias de produtos, tendo sido atribuída a cada um deles uma pontuação de 1 a 5, de acordo com as suas características e benefícios para a pele. Para além disso, os especialistas consultados pela “Forbes” indicaram as razões e os critérios que seguiram na sua escolha.

A necessidade de adaptar a proteção solar a cada pele e a cada situação marcou as cinco categorias da classificação. Em termos de proteção facial, foram analisadas as opções neutras, bem como a fotoproteção com cor e tratada. O principal produto da ISDIN, Fusion Water MAGIC, foi classificado como o melhor produto tanto em SPF50 50ML como em COLOR MEDIUM SPF50 50 ML. Ambos se destacam pela sua textura ultra-leve, de absorção imediata, que não deixa resíduos gordurosos e que se destinam a uma utilização diária. Na categoria de tratamento, Heliocare 360 Fluid Pigment SPF50+ 50 ML obteve a pontuação máxima, destacando-se pela sua composição na prevenção de manchas e despigmentação.

Na categoria de protetores corporais, a ISDIN voltou a fazer a diferença, com três dos seus produtos entre os cinco mais bem classificados. ISDIN Transparent Spray Wet Skin SPF50 250ML, que, segundo os especialistas, oferece uma fórmula leve para a pele molhada, mantendo o seu fator de proteção e eficácia.

Por último, foram analisados os melhores protetores solares pediátricos, um produto particularmente delicado para proteger a pele sensível dos mais jovens. A ISDIN consolidou mais uma vez a sua liderança, ocupando os três primeiros lugares da lista, à frente da Avène e da Anthelios. Mais concretamente, o ISDIN Mineral Baby Pediatrics SPF50 50ML foi escolhido em primeiro lugar. De acordo com a pediatra Marta Garín, consultada pela revista, “este produto destaca-se pela sua fórmula com filtros 100% minerais”, além de contar com a tecnologia Fusion Fluid, que oferece melhor absorção, hidratação intensa e maior resistência à água.

Esta seleção de protetores solares é uma garantia para o cuidado da pele do consumidor, crucial nesta época do ano em que a população está exposta ao sol durante muito mais horas. Segundo a Fundación Piel Sana da Academia Espanhola de Dermatologia e Venereologia (AEDV), só em Espanha são diagnosticados anualmente 78.000 novos casos de cancro da pele e o melanoma já se tornou o segundo tumor mais frequente a nível mundial. Face a esta evolução, a fotoproteção é uma medida essencial para preservar a saúde e o bem-estar da pele.

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Instituto Coordenadas destaca as academias de ténis espanholas “no topo do mundo e a sua orientação académica como um valor diferencial”

  • Servimedia
  • 21 Junho 2024

A análise coloca a Academia Emilio Sanchez como expoente de uma proposta que combina desporto de elite e uma sólida oferta educativa.

O Instituto Coordenadas de Governação e Economia Aplicada realizou uma análise do papel e da função desempenhada pelas principais academias de ténis em Espanha e no mundo, que funcionam como base e trampolim para forjar futuros talentos no campo do desporto, juntamente com uma formação académica de qualidade, “tudo isto baseado na ideia básica de que não há grandes profissionais se não houver melhores pessoas”.

O Instituto, que acompanha de perto o impacto da cultura desportiva como pilar do desenvolvimento, destaca nas suas conclusões o valor acrescentado e o diferencial para o futuro proporcionado pelas academias que deram prioridade ao equilíbrio entre a formação, os valores da competição e o esforço constante exigido pelo desporto de alto nível e uma proposta académica competitiva.

No seu relatório, a Academia Emilio Sánchez, que celebra o seu 25.º aniversário em 2024 como uma referência internacional como academia que oferece aos estudantes a oportunidade de receber educação num ambiente académico enquanto treinam num centro de alto rendimento, é o primeiro exemplo. A fusão dos estudos e do ténis é uma característica distintiva da academia, que está sediada em Barcelona e, desde 2012, na Florida. Foi reconhecida com a distinção Middle States Athletics Program Distinction pelo seu compromisso com a educação holística e a sua abordagem para promover a excelência no desporto. A distinção é atribuída pela Middle States Association of Colleges and Schools (MSA).

Também menciona a Rafa Nadal Academy, que começou em 2016 em Manacor (Maiorca), combinando a educação desportiva de alto rendimento com o ensino em sala de aula, com o objetivo de formar tenistas e pessoas. Durante este período, foi inaugurada uma segunda Rafa Nadal Academy no Kuwait, bem como três centros desportivos denominados Rafa Nadal Tennis Centre no México, na Grécia e em Hong Kong.

Para o vice-presidente executivo do Instituto Coordenadas, Jesús Sánchez Lambás, a contribuição das academias que se propõem combinar o desporto e a educação é essencial para proporcionar a estes futuros talentos uma base que, indiscutivelmente, lhes dará mais ferramentas, tanto físicas como mentais, para enfrentar cada competição, quer termine em vitória ou em derrota, dotando-os das capacidades técnicas e intelectuais tão necessárias para superar as adversidades.

Lambás destaca a influência histórica e atual destas academias no ténis mundial, a sua capacidade de produzir jogadores de elite e o seu reconhecimento na comunidade tenística. “Em Espanha temos academias de qualidade e há que destacar o esforço de recursos que fazem os seus promotores, na sua maioria figuras consagradas, para se colocarem no pódio mundial da formação técnica e pedagógica, transferindo experiências formidáveis que só podem ser transmitidas através do contacto professor-aluno”, recorda.

A nível internacional, há mais exemplos de tenistas de renome que se comprometeram a canalizar a sua experiência no desporto para a formação das novas gerações. A lista inclui a IMG Academy (Estados Unidos), a Mouratoglou Tennis Academy (França); a Evert Tennis Academy (Estados Unidos); e a Good to Great Tennis Academy (Suécia), entre outras.

O Instituto Coordenadas também reflete sobre a reduzida presença de jogadores espanhóis na centena superior do circuito, com base numa análise recentemente publicada pelo ícone do ténis espanhol, Emilio Sánchez Vicario, na qual descreve os pilares da Espanha como berço de tenistas e como recuperar esse dinamismo face à ascensão dos Estados Unidos. O Comissário partilha a necessidade de apostar nos clubes e nas academias, as forças motrizes do ténis, que promovem os jogadores e criam tenistas profissionais.

“À medida que os jogadores sobem na pirâmide, o número de participantes diminui, o que reflete a competitividade e o nível de competência necessário para chegar ao topo”, recorda Jesús Sánchez Lambás, que sublinha a importância de facilitar a transição para a esfera profissional e a necessária parceria público-privada na construção de bases sólidas.

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Mota-Engil procura “parceiro ideal” para construir ecoresort na Figueira da Foz

A Emerge - Mota-Engil Real Estate Developer tem planos para construir um ecoresort dedicado ao bem-estar na vila de Maiorca, na Figueira da Foz, estando à procura de operadores turísticos.

A Emerge – Mota-Engil Real Estate Developer vai construir um ecoresort, associado ao bem-estar, em Maiorca (Figueira da Foz), em data a anunciar, dinamizando economicamente esta zona do país. Por enquanto, a empresa imobiliária está à procura de operadores turísticos que queiram investir neste projeto com “características diferenciadoras”, como a “lagoa azul” ou o facto de ser uma região ainda pouco explorada turisticamente, avançou Rui Roncha, diretor criativo da Emerge, ao ECO/Local Online.

A Emerge já está em contacto com alguns operadores turísticos: “Estamos à procura do parceiro ideal da área de hotelaria para levar o projeto avante, para criar uma unidade diferenciadora” no país, adiantou Rui Roncha. Por enquanto, está tudo e cima da mesa: “Estamos abertos a propostas.”

O “inovador” projeto de turismo sustentável e de bem-estar vai nascer num terreno com uma área total de 18 hectares, que é propriedade da Emerge e onde em tempos funcionou uma pedreira que depois foi desativada, dando lugar à “lagoa azul”, como é conhecida entre a população da freguesia devido à cor turquesa das águas.

"Lagoa Azul" do futuro ecoresort da Emerge - Mota-Engil
“Lagoa Azul” do futuro ecoresort da Emerge – Mota-EngilEmerge - Mota-Engil 20 junho, 2024

Por enquanto, a Emerge está a delinear o projeto que quer que seja completamente distinto do que já existe no país, alicerçado no conceito de espaço hoteleiro sustentável e de bem-estar. “O local será uma espécie de ecoresort associado ao bem-estar” apoiado por um conjunto de serviços associados a essa temática nesta oferta turística, detalhou Rui Roncha.

A empresa imobiliária está ainda a “estudar a viabilidade de desenvolver no terreno esta unidade hoteleira com grandes preocupações ambientais e de sustentabilidade, nomeadamente mediante a utilização de materiais recicláveis”, descreveu.

Em análise está também a melhor forma de avançar com o projeto turístico sustentável com o menor impacto ambiental possível na envolvente. “Estamos a estudar a integração [do ecoresort] no próprio terreno, para que seja o menos invasivo possível com aquilo que é a beleza natural daquele espaço para não o desvirtuar“, referiu o diretor criativo da Emerge.

“Não pretendemos, de todo, massificar a construção; bem pelo contrário, pois queremos criar uma oferta que seja bem integrada com o próprio terreno para que a construção conviva, de forma harmoniosa e estética, tanto com a lagoa como com a pedra existente que também tem umas características muito especiais“, além da restante Natureza envolvente. Inclusive, a “lagoa azul” será um dos trunfos do ecoresort: “Pretendemos incorporar a lagoa nas atividades do próprio ecoresort, nomeadamente para que as pessoas possam nadar.”

Estamos a estudar integração [o ecoresort] no próprio terreno, para que seja o menos invasivo possível com aquilo que é a beleza natural também daquele espaço para não o desvirtuar.

Rui Roncha

Diretor criativo da Emerge - Mota Engil

A empresa imobiliária aposta todas a fichas nesta zona tranquila, com “muito potencial turístico” e que “não é tão mediática nem explorada de alguma forma”. Com a lagoa como cenário de fundo, o futuro projeto turístico estará inserido numa área em redor repleta de campos de arroz.

A Junta de Freguesia de Maiorca, sob a liderança de Rui Ferreira, já veio publicamente congratular-se pelo “inédito” projeto de “vários milhões de euros” na extinta exploração de pedra da empresa Guilherme Varino e Filhos, que vai criar “dezenas de postos de trabalho, diretos e indiretos, que se irão refletir na economia local e regional“.

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Bruxelas comunica hoje margem de manobra orçamental de Sarmento para 2025

Comissão Europeia vai indicar ao Ministério das Finanças a trajetória de referência, essencial para desenhar o plano orçamental estrutural de médio prazo que o Governo terá de entregar no verão.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, irá receber esta sexta-feira as primeiras diretrizes da Comissão Europeia para começar a preparar o plano orçamental estrutural de médio prazo, que terá de submeter a Bruxelas na reta final do verão.

“A Comissão irá transmitir bilateralmente as trajetórias de referência (ou informações técnicas, se solicitadas) aos Estados-Membros e ao CEF [Comité Económico e Financeiro] em 21 de junho”, indicou ao ECO um porta-voz da Comissão Europeia.

O porta-voz da Comissão Europeia esclareceu que o Executivo comunitário não irá publicar “estas trajetórias, mas transmiti-las-á ao Estado-Membro em causa”.

A trajetória de referência é uma das faces do novo quadro económico europeu, sendo indicada por Bruxelas aos Estados-Membros que registem um défice orçamental e uma dívida pública que superem os valores de referência de 3% e 60% do Produto Interno Bruto (PIB).

O porta-voz da Comissão salienta que “em conformidade com as novas regras orçamentais, as trajetórias de referência preparadas pela Comissão servirão de contributo técnico para orientar a preparação dos planos estruturais orçamentais de médio prazo pelos Estados-Membros”.

Na prática, esta trajetória baseada no risco, diferenciada para cada Estado e expressa em termos de despesas líquidas plurianuais será integrada nos planos orçamentais estruturais nacionais de médio prazo para compreender que ajustamento orçamental é necessário. Este é, assim, um dos primeiros passos para a nova equipa das Finanças elaborar, no âmbito do novo quadro económico europeia, o plano estrutural que será negociado durante o verão.

O que são as despesas primárias líquidas?

São as despesas descontando indicadores como as medidas discricionárias do lado das receitas, as despesas com juros, as despesas cíclicas com o desemprego ou as despesas nacionais com o cofinanciamento de programas financiados pela UE.

O Executivo comunitário precisou ainda ao ECO que as trajetórias de referência “serão publicados no momento da apresentação dos planos”. De acordo com a informação divulgada por Bruxelas aquando da aprovação do novo quadro, o Conselho terá posteriormente de dar “luz verde” aos planos e as trajetórias das despesas líquidas, uma avaliação da Comissão.

Para a Comissão Europeia, a trajetória de referência irá permitir que “após um período de ajustamento orçamental, a dívida pública dos Estados-Membros apresente uma tendência descendente plausível ou permaneça em níveis prudentes inferiores a 60% do PIB a médio prazo”. Enquanto assegura que os défices orçamentais sejam reduzidos e mantidos abaixo de 3 % do PIB.

Contudo, irá respeitar duas salvaguardas: uma relativa à sustentabilidade da dívida (prevê redução do rácio a uma média anual mínima de 1% do PIB se exceder 90%, ou de 0,5% do PIB caso se mantenha entre 60% e 90%); e outra relativa à resiliência ao défice (proporciona uma margem de segurança abaixo do valor de referência de 3% do défice previsto no Tratado).

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Fábrica de sofás de Lordelo abre cinco lojas em Portugal e “senta-se” em Joanesburgo

Após estrear-se em Lisboa, a Suffa prepara-se para abrir mais cinco lojas em território nacional e uma na África do Sul. Vende dez mil sofás por ano, emprega 55 pessoas e fatura 5,2 milhões de euros.

A Suffa, fabricante de sofás premium localizada em Lordelo, no concelho de Paredes, prepara-se para abrir mais cinco lojas no prazo de um ano, depois de ter aberto um primeiro espaço comercial em Lisboa, em fevereiro deste ano.

Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Leiria são os destinos que estão na mira da empresa, o que representa um investimento de 600 mil euros e 15 novos postos de trabalho. Paralelamente, já no final de julho vai inaugurar uma loja na África do Sul, em Joanesburgo.

A empresa nortenha, que trabalha há mais de 12 anos para os mercados internacionais no segmento de private label, vende dez mil sofás por ano, sobretudo para o mercado francês. Emprega 55 pessoas e fatura 5,2 milhões de euros.

“Não trabalhamos para o mercado nacional e consideramos que, depois de 12 anos a trabalhar para os mercados internacionais, sentimos que deveríamos mostrar em Portugal aquilo que sabemos fazer. Depois de uma análise de mercado percebemos que somos suficientemente diferenciadores e que havia espaço para nos apresentarmos no mercado diretamente ao consumidor final”, conta o CEO André Fernandes, em declarações ao ECO/Local Online.

André Fernandes, CEO da Suffa Suffa

A Suffa foi fundada em 2010 pelo pai de André Fernandes, Manuel Fernandes, um empresário ligado à indústria do mobiliário há mais de 30 anos. O gestor, que pertence à segunda geração, assume que “desde muito novo acompanhava o pai no mundo dos estofos e dos sofás, e que [foi] crescendo neste meio”.

Licenciado em Informática de Gestão na Universidade Portucalense, André Fernandes trabalhou cinco anos na área de consultoria, mas em 2012 decidiu abraçar o projeto fundado pelo pai. Atualmente detém a empresa a 100%, embora o fundador continue a trabalhar e assuma o papel de principal conselheiro.

E foi precisamente no momento em que o gestor entrou na empresa que começou a aposta na internacionalização. França é o principal mercado da Suffa, representando 80% do volume de negócios, seguido de Espanha, Canada e Israel.

Em declarações ao ECO/Local Online, André Fernandes assume o objetivo de continuar a abrir mais lojas próprias da marca portuguesa, e tem nos planos de médio prazo abrir mais espaços comerciais na África do Sul e também em Marrocos.

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Governo quer evitar que sociedades de advogados assessorem o Estado

A ministra da Justiça, ex-sócia de uma das grandes sociedades do mercado, a PLMJ, pretende "capacitar a Assessoria Jurídica dentro do Estado, com menor exposição a interesses de terceiros".

Reforçar o recurso aos gabinetes jurídicos do Estado, evitando o uso excessivo de assessoria jurídica externa, ou seja, sociedades de advogados, é uma das medidas previstas no pacote de combate à corrupção, aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros. A ministra da Justiça, Rita Júdice, ex-sócia de uma das grandes sociedades do mercado, a PLMJ, pretende assim “capacitar a Assessoria Jurídica dentro do Estado, com menor exposição a interesses de terceiros”, explica o documento.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, acompanhado pela a ministra da Justiça, Rita Júdice, à chegada para participarem na conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, na residência oficial, no Palácio de São Bento, Lisboa, 20 de junho de 2024.ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Todos os anos, o Estado gasta milhões de euros na contratação de sociedades de advogados, apesar de ter uma equipa interna com cerca de 20 juristas. O JurisurisAPP foi criado pelo Governo em 2017 com uma equipa a trabalhar exclusivamente para o setor público, contribuindo com consultoria, assessoria e aconselhamento jurídicos.

O Centro de Competências Jurídicas do Estado é “um serviço central da administração direta do Estado, dotado de autonomia administrativa e está sujeito ao poder de direção do Primeiro-Ministro ou do membro do Governo em quem aquele o delegar”, segundo se pode ler no site da JurisAPP.

“O JurisAPP tem por missão prestar consultoria, assessoria e aconselhamento jurídicos, bem como informação jurídica em matéria de contratação pública, procedimentos contraordenacionais e procedimentos disciplinares, aos membros do Governo, ficando, igualmente, responsável por assegurar a representação em juízo do Conselho de Ministros, do Primeiro-Ministro e de qualquer outro membro do Governo organicamente integrado na Presidência do Conselho de Ministros ou que beneficie dos respetivos serviços partilhados, incluindo nos processos que correm perante o Tribunal Constitucional e o Tribunal de Contas”, acrescentam.

Agora, esta agenda anti-corrupção, no capítulo “Prevenção no Estado – Garantir Políticas Públicas robustas à corrupção”, explica que o objetivo é “potenciar a assessoria jurídica do Estado, em matérias ou projetos cuja complexidade ou dimensão não aconselhe de modo diverso, mediante o recurso prioritário aos gabinetes jurídicos do Estado e ao Centro de Competências Jurídicas do Estado (JurisAPP)”.

E, apesar da medida ser considerada como uma das 32 medidas previstas neste plano, a ideia não é inovadora. A lei já prevê que “os estudos, pareceres, projetos e serviços de consultoria, bem como quaisquer trabalhos especializados e a representação judiciária e mandato forense, devem ser realizados por via dos recursos próprios das entidades contratantes”. E diz ainda que “a decisão de contratar a aquisição de serviços ao setor privado que tenham por objeto estudos, pareceres, projetos e serviços de consultoria ou outros trabalhos especializados, incluindo a renovação de eventuais contratos em vigor, apenas pode ser tomada em situações excecionais devidamente fundamentadas, desde que demonstrada a impossibilidade de satisfação das necessidades por via de recursos próprios da entidade contratante e após autorização do membro do Governo responsável pela área setorial, podendo esta competência ser delegada no dirigente máximo do serviço ou da entidade”.

 

Desde 2015 a dezembro do ano passado, segundo contas feitas pelo Público, os escritórios que mais lucraram com o cliente Estado foram a Vieira de Almeida, em primeiro lugar – com 26 milhões – seguida da Cuatrecasas (12.7 milhões) e da Sérvulo (12.4 milhões), que encabeçam o ranking de ajustes diretos. Nestes, estão incluidos os contratos de milhões a assessorar o Banco de Portugal, sem concurso público. A seguir na lista vem a Morais Leitão (com cerca de 7 milhões) e a PLMJ, com cerca de 6 milhões.

Nessa lista estão ainda a Miranda, Abreu Advogados, CMS de José Luís Arnaut e a Uría.

O Orçamento do Estado para este ano, na parte que analisa os gastos em estudos, pareceres, projetos e consultadoria, onde se incluem os pareceres jurídico e a assessoria, prevê gastar 284,4 milhões de euros, mais 38,7 milhões de euros que o previsto para 2023 (245.644.213 euros). E bem mais do que os 181.535.534 euros previstos para 2022 e quase o dobro dos 136.200.249 alocados em 2021.

Regulamentar, de uma vez por todas, o lóbi, ter atenção às autarquias e a sua relação com empresas locais, voltar a pôr na agenda a delação premiada, reforçando o seu alcance, criar uma “lista negra” de fornecedores do Estado e recorrer mais vezes aos advogados do Estado e menos a sociedades de advogados. Estas são algumas das medidas incluídas na agenda anticorrupção, que contabiliza 32 medidas, uma promessa e prioridade assumida pelo Governo de Luís Montenegro desde o primeiro momento e que foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

Outra das medidas anticorrupção apresentadas e aprovadas esta quinta-feira pelo Governo é a criação de um novo mecanismo de perda alargada de bens. Com esta medida, o Executivo pretende combater o enriquecimento ilícito, fazendo assim reverter a favor do Estado bens e proventos económicos da corrupção.

Este mecanismo pode incluir, em certos casos, a dispensa do pressuposto da condenação. O instrumento, que visa combater o enriquecimento ilícito, pretende assegurar que os corruptos não ficam com o produto da sua conduta criminosa — que, de acordo com dois diplomas já em vigor, presume-se que abranja a diferença entre o património e os rendimentos declarados no IRS e os sinais de riqueza exibidos, embora o arguido tenha sempre a possibilidade de provar que esta presunção não é verdadeira.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, disse ainda que o mecanismo de perda alargada de bens pode ser aplicado mesmo no cenário de arquivamento de processos. “Já existe um mecanismo de perda alargada de bens, mas queremos incrementar para ser mais eficaz. Este mecanismo pode ser aplicado mesmo que não haja condenação e que o processo seja arquivado”, afirmou a governante, no briefing realizado após a reunião do Conselho de Ministros. Rita Alarcão Júdice considerou o mecanismo de perda alargada de bens como “uma das medidas-chave” aprovadas neste pacote de mais de 30 medidas.

“A melhor forma de combater o enriquecimento ilícito é assegurar a devida perda da vantagem do crime e que se percecione que o crime não compensa”, sublinhou.

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SDLE apresenta as suas câmaras de visão noturna para tanques de guerra e o seu compromisso com a mais recente tecnologia de defesa no Salão de Paris

  • Servimedia
  • 21 Junho 2024

Ao longo desta semana, decorreu em Paris uma nova edição da Eurosatory, a feira de referência no setor da defesa, onde as empresas espanholas participantes tiveram um papel de destaque.

No caso da SDLE (Star Defence Logistics & Engineering), uma das empresas líderes em desenvolvimento tecnológico no fornecimento de soluções nos mercados civil e militar, e atualmente um dos maiores fornecedores de material à Ucrânia, a apresentação das suas câmaras de visão noturna para veículos blindados foi um sucesso.

A empresa, com sede em Móstoles (Madrid), desenvolve nas suas instalações sistemas optrónicos, que estão incluídos na modernização dos tanques Leopard, para diferentes países, incluindo o exército espanhol.

A grande aposta da SDLE na Eurosatory foi a apresentação do sistema de visão Fornax. Segundo a empresa, trata-se de uma câmara que pode ser aplicada em múltiplos campos, desde a vigilância de fronteiras até aos veículos militares. Além disso, a SDLE concebeu um sistema de bateria externa, com um peso de quatro ou cinco quilos, que permite uma autonomia de até três dias de funcionamento contínuo. A câmara térmica pode detetar uma pessoa a uma distância de mais de 11 quilómetros, identificá-la a três quilómetros e reconhecê-la a 1,5 quilómetros. A eficácia da câmara já foi validada pela empresa com testes em que a câmara detetou um drone a 18 quilómetros.

Outra novidade em matéria de sistemas optrónicos é a câmara Lwir de terceira geração, orientada para as missões de vigilância e de reconhecimento. Segundo a SDLE, a câmara será integrada no tanque Leopard 2A4 e pode detetar pessoas a uma distância superior a 7 quilómetros, identificá-las a 2 quilómetros e reconhecê-las a um quilómetro.

No salão de Paris, que termina hoje, a empresa espanhola expôs também a câmara térmica Mwir, já instalada em 13 veículos de combate Centauro do exército espanhol, com o objetivo de a incluir no resto da frota.

Para além das câmaras de visão noturna, a SDLE também apresentou em Paris um dos seus desenvolvimentos em drones não tripulados, o Melkor 225, que tem capacidade para transportar uma carga de 2,5 quilos e uma autonomia de até três horas.

No âmbito do plano de desenvolvimento e crescimento da empresa, a SDLE adquiriu, há algumas semanas, o software de segurança informática Pandora, com o qual criou uma área de negócio de cibersegurança e ciberinteligência. Este software é especializado em proteção, análise e vigilância avançada para operadores governamentais com funções de segurança.

 

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Prémio de risco da dívida europeia dispara com ascensão da extrema-direita

A subida das forças conservadoras e nacionalistas nas eleições europeias causou um aumento significativo dos spreads das obrigações soberanas na Zona Euro. O prémio de risco de França disparou 50%.

Os efeitos das eleições para o Parlamento Europeu não se fizeram apenas sentir no quadro político. Desde que foram conhecidos os resultados das últimas eleições europeias, que sinalizaram uma subida das forças conservadoras e nacionalistas em muitos países, que o mercado da dívida soberana europeia tem estado em alvoroço.

No espaço de poucos dias, o prémio de risco da maioria dos Estados-membros da Zona Euro face à Alemanha dilatou-se significativamente. Foi o caso de França, com o spread da yield das suas obrigações a 10 anos face às Bunds a disparar 50% no espaço de duas semanas. Se a 6 de junho o prémio de risco entre os dois títulos era de 50 pontos base, a 19 de junho encontrava-se nos 75 pontos base.

“Os mercados estão desconfortáveis com o menor alinhamento europeu com as metas orçamentais devido a maior fragmentação política em França e Alemanha sobretudo”, refere Filipe Garcia, economista e presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A forte pressão sobre os títulos franceses é uma resposta direta à obtenção de 31,5% dos votos do Rassemblement National, o partido de Marine Le Pen, que levou o Presidente Emmanuel Macron a dissolver a Assembleia Nacional e a convocar eleições legislativas antecipadas para 30 de junho.

“Uma deslocação política do centro, para qualquer que seja o extremo, implica adicionar mais despesa, aumentando a probabilidade de as despesas aumentarem de forma mais descontrolada, e por isso é que estamos a assistir a este aumento dos spreads“, refere João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa.

No entanto, não tem sido apenas o Tesouro francês a estar sob pressão dos investidores. Desde 9 de junho que o prémio de risco de Portugal, Bélgica e Países Baixos face à Alemanha aumentou, em média, 23%. No caso do Tesouro português, por exemplo, se o spread da yield das obrigações do Tesouro a 10 anos face às Bunds era de 61 pontos base a 6 de junho, na quarta-feira estava acima dos 75 pontos base.

Também sob pressão têm estado os títulos de dívida italianos. A vitória do Fratelli d’Italia de Giorgia Meloni, com 28% dos votos, que consolidou a sua posição como um dos principais influenciadores da política europeia, voltou a aproximar a yield das obrigações a 10 anos da barreira dos 4%, dilatando o prémio de risco face às Bunds em 27% para os atuais 152 pontos base.

“O aumento da incerteza é sempre negativo para os investidores”, refere Pedro Lino, CEO da Optimize, sublinhando ainda que, no caso de França, “as propostas dos partidos que podem ganhar incluem a nacionalização de algumas empresas ou medidas que poderiam colocar em causa a permanência da França no Euro”.

O Rassemblement National de Marine Le Pen conta com 33% das intenções de voto, seguido da coalização de esquerda Nova Frente Popular (28%) e da aliança centrista de Macron (18%) nas legislativas francesas que vão ter lugar a 30 de junho e 7 de julho, segundo um inquérito do Pollster IFOP, encomendada pela TF1 e o Le Figaro, e publicado esta segunda-feira no arranque da campanha eleitoral.EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Todos os holofotes estão agora sobre as eleições francesas

Com o recomeço do procedimento de défices excessivos, que está suspenso desde 2020 devido à pandemia de Covid-19, a Comissão Europeia pretende agora retomar uma disciplina fiscal mais rigorosa para assegurar que os países da União Europeia não acumulam dívidas insustentáveis, comprometendo a estabilidade financeira da região.

Foi exatamente isso que sinalizou a Comissão esta quarta-feira, ao declarar que a França e seis outros países (Bélgica, Itália, Hungria, Malta, Polónia e Eslováquia) deveriam ser disciplinados por terem défices orçamentais superiores aos limites da União Europeia, com prazos de redução a serem fixados em novembro.

A Itália, que atualmente carrega uma dívida de cerca de 138% do PIB e deverá crescer menos de 1% este ano, foi rápida a tranquilizar os mercados, com o ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti, a afirmar a necessidade de o país ter uma abordagem responsável na gestão da política orçamental.

A pressão dos investidores sobre as obrigações soberanas europeias será assim um fator crucial para garantir que os governos sigam as trajetórias de consolidação acordadas com a Comissão Europeia.

Mas em França a reação dos investidores foi diferente, com a yield das obrigações francesas a disparar a uma velocidade como não se via desde 2011.

Esta reação dos investidores ressalta a importância de uma trajetória orçamental clara e responsável por parte de qualquer força política que assuma as rédeas do país, numa altura em que ganha espaço a ideia de o partido de Marine Le Pen ganhar as próximas eleições e levar avante algumas das suas propostas, que passam por uma política económica protecionista, aumento da despesa pública e a redução da idade da reforma.

“Sendo otimista, os spreads devem reduzir-se, mas devido à instabilidade crescente na sociedade francesa é natural que o prémio de risco se mantenha mais elevado, quando comparado como período pré-eleições”, antecipa Pedro Lino.

A pressão dos investidores sobre as obrigações soberanas europeias será, assim, um fator crucial para garantir que os governos sigam as trajetórias de consolidação acordadas com a Comissão Europeia.

Com todos os olhos postos nas próximas eleições francesas, a expectativa é que a pressão dos mercados continue a ser um fator decisivo para manter os governos europeus alinhados com as metas de consolidação orçamental, evitando uma fragmentação potencialmente desastrosa do espaço europeu.

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5 coisas que vão marcar o dia

Miranda Sarmento no Ecofin. INE mede o pulso aos preços da habitação, enquanto o Banco de Portugal avalia o endividamento da economia. S&P Global publica leitura rápida do índice PMI.

Ministro das Finanças reúne com homólogos no Luxemburgo. É também um dia para conhecer vários indicadores económicos relevantes. No Parlamento, vota-se a abertura de mais uma comissão de inquérito, desta vez sobre a gestão da Santa Casa. Veja aqui alguns dos tópicos que poderão marcar a atualidade esta sexta-feira.

Miranda Sarmento no Ecofin

O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, representa Portugal na reunião do Ecofin, que junta os ministros das Finanças dos 27 Estados-membros da União Europeia. É também aqui, no Luxemburgo, que conhecerá as primeiras diretrizes da Comissão Europeia para começar a preparar o plano orçamental estrutural de médio prazo a submeter a Bruxelas na reta final do verão, ao abrigo das novas regras orçamentais.

Preços da habitação desaceleram?

O INE atualiza esta manhã a evolução do Índice de Preços da Habitação no primeiro trimestre deste ano. No ano passado, os preços da habitação subiram 8,2%, travando 4,4 pontos percentuais face à escalada registada em 2022.

Como vai a recuperação económica?

A leitura rápida do índice dos gestores de compras (PMI), que será divulgada pela S&P Global, permitirá avaliar o ritmo da recuperação da economia da Zona Euro durante este mês de junho. Em maio, este indicador, muito seguido pelos investidores, fixou-se nos 52,2, mais do que os 51,7 registados no mês anterior e acima da marca de 50 que separa expansão e contração.

BdP mede endividamento da economia

O Banco de Portugal mede esta sexta-feira o endividamento da economia no mês de abril. Em março de 2024, o endividamento do setor não financeiro aumentou 1,3 mil milhões de euros e atingiu 801,7 mil milhões de euros, dos quais 441,7 mil milhões diziam respeito ao setor privado e 360 mil milhões ao setor público.

Mais uma comissão de inquérito?

A Assembleia da República vota em plenário as propostas do Chega, Iniciativa Liberal e Bloco de Esquerda para a abertura de uma comissão de inquérito à gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que enfrenta uma grave situação financeira, sobretudo depois de uma aposta mal sucedida na internacionalização. Na quinta-feira, PS e PSD mostraram-se disponíveis para viabilizar a abertura desta comissão de inquérito.

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“Totalmente normal”, diz convidado de honra no jantar de Galamba com Startup Campus no JNcQUOI

Michael Liebrich, consultor especializado em energia, conta ao ECO que esteve no jantar pago pelo CEO do projeto e em que participou o ex-ministro. "Normal, podia acontecer em qualquer lado", afirma.

“Quem foi o convidado de honra? Fui eu”, assume Michael Liebreich. Em declarações ao ECO, Liebreich admite ser o misterioso “Michael” que o despacho do Ministério Público (MP) sobre a Operação Influencer diz ter estado presente no polémico jantar com João Galamba, na altura secretário de Estado da Energia, e com Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, CEO e administrador da Start Campus, respetivamente.

O jantar no restaurante JNcQUOI Ásia, em Lisboa, realizado a 19 de junho de 2022, foi uma das várias refeições que o então governante terá partilhado com os representantes do centro de dados em Sines, um armazém de informação digital que previa um investimento total de 3,5 mil milhões de euros. Segundo o MP, as refeições pagas por Salema, e em que também esteve presente Nuno Lacasta, na altura presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, indicam “um sentimento de permeabilidade e vontade de favorecer os interesses [da Start Campus]”.

Michael Liebreich é um dos sócios-gerentes da EcoPragma Capital e diretor executivo da Liebreich Associates. Entre as anteriores funções contam-se a de membro do grupo de trabalho para a eficiência energética do Reino Unido, de conselheiro da ONU para a Energia Sustentável para Todos e a de membro do conselho de administração da Transport for London. É também o fundador e colaborador sénior regular da Bloomberg New Energy Finance.

Em entrevista ao ECO realizada em Munique (Alemanha), onde esteve no palco da segunda edição da conferência “We Choose Earth Tour”, organizado pela empresa esta quinta-feira, Liebreich explicava a importância dos data centers para a Europa, quando falou sobre a presença no polémico jantar.

A digitalização é um dos “pontos de verdadeiro entusiasmo no sistema elétrico”, pois estamos a viver um momento na Inteligência Artificial “que é incrivelmente excitante e, de certa forma, também ameaçador”. O entusiasmo reside no facto de ajudar a empresas a gerir melhor o sistema e a obter mais capacidade nas linhas de transmissão porque podem geri-las digitalmente, argumenta.

“A parte ameaçadora é que vão ser necessários centros de dados muito grandes. Curiosamente, Portugal é um dos locais interessantes, com o desenvolvimento em Sines do Start Campus“, vincou. “É incrível e é o caminho certo a seguir. Participei um pouco nesse projeto”.

“Um dos problemas foi o facto de Galamba ter aceitado a ‘hospitalidade’ de um jantar 260 euros no restaurante. Quem é que foi o convidado de honra do jantar? Fui eu”, revelou o empresário e consultor especializado em energia.

João Galamba, que entretanto, em janeiro de 2023, acabaria por ser nomeado ministro das Infraestruturas, demitiu-se a 13 de novembro do ano passado, seis dias depois da demissão do próprio primeiro-ministro António Costa, também na sequência da Operação Influencer.

A 27 de abril deste ano, João Galamba, que é arguido no processo, disse à CNN Portugal que a Operação Influencer terá um de dois desfechos: ou um arquivamento ou uma absolvição, caso seja acusado.

Michael Liebrich, em entrevista ao ECO
Michael Liebreich, em entrevista ao ECO

Mesa para nove

O valor total do jantar foi de 1.301 euros, uma média de 260,3 por cada uma das cinco pessoas, segundo foi noticiado em novembro de 2023. No entanto, Michael Liebreich diz que, afinal, estavam nove pessoas no jantar, sem divulgar os nomes dos restantes convidados.

“O problema é que a mesa estava reservada para cinco pessoas. A fatura do restaurante foi de 1.301 euros e, se fizermos a divisão, ele [Galamba] devia ter participado com 260 euros. Mas não eram cinco pessoas, eram nove pessoas”, disse.

O problema é que a mesa estava reservada para cinco pessoas. A fatura do restaurante foi de 1.301 euros e, se fizermos a divisão, ele [Galamba] devia ter participado com 260 euros. Mas não eram cinco pessoas, eram nove pessoas.

Michael Liebreich

Empresário e consultor especializado em energia

Liebreich recorda como se apercebeu que aquele jantar estava na origem de um escândalo. “Eu não sabia nada sobre isso. Mas de repente houve um grande escândalo. E quando li que tinha a ver com o jantar, disse: ‘espera aí, em que data? Esse jantar foi o meu, foi organizado para eu conhecer as pessoas'”, relata.

Foi muito profissional e totalmente normal. Há pessoas que dizem que isto nunca aconteceria na Escandinávia. Errado. Acontece todo o tempo um jantar com um especialista visitante”, salientou.

Para Michael Liebreich, o próprio projeto nunca esteve na origem do escândalo, até porque o vê como de enorme importância.

“Enquanto país, Portugal deveria estar muito orgulhoso desse projeto porque a Europa tem agora dificuldade em construir estes grandes centros de dados“, explica. “Necessitam de muita eletricidade verde, 24 horas por dia, sete dias por semana. E se não conseguirmos resolver o problema por causa da proteção de dados ou da eletricidade, ficaremos atrás dos EUA e da Ásia, e eles colocarão estes grandes centros de dados no Golfo ou noutro local. É um problema sério”, resume.

“É claro que temos de fazer as coisas corretamente, não estou a dizer que temos de cortar caminhos“, conclui.

(O jornalista viajou para Munique a convite da EDP)

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EDP está “confortável” com estrutura e não planeia integrar Renováveis na “casa-mãe”, diz CEO

O CEO da energética disse que a estrutura atual, com a EDPR separada e cotada, não só dá visibilidade ao negócio como também "tem sido uma boa forma de levantar capital".

A EDP EDP 0,00% e a subsidiária EDP Renováveis EDPR 0,00% foram no mês passado obrigadas a rever em baixa os seus planos de investimento, para os ajustar às condições de mercado mais difíceis, mas o grupo não planeia integrar as duas empresas, porque a Renováveis atrai visibilidade e capital como entidade separada e cotada, explicou o CEO das duas empresas, Miguel Stilwell de Andrade.

Questionado se uma fusão, com a integração da EDP Renováveis na ‘casa mãe’, é analisada pelo board, o CEO disse que “obviamente é sempre uma opção”, mas adiantou que “o ponto aqui é que estamos confortáveis com a atual estrutura, portanto, só vamos mudar a estrutura, uma coisa que funciona, se houver condições boas para fazê-lo, se os prós forem maiores que os contras”.

Stilwell falou aos jornalistas no final da segunda edição da conferência “We Choose Earth Tour”, organizada pela empresa esta quinta-feira em Munique, Alemanha, que conta com líderes globais e empresários para debater um futuro mais sustentável para o planeta.

A EDP, em 2017, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a EDP Renováveis, mas não teve sucesso.

Até este momento não houve condições para isso, não achámos que era oportuno, e, portanto, não temos nenhuns planos para voltar em integrar as duas”, salientou Stilwell de Andrade esta quinta-feira.

“Aliás, a EDP Renováveis têm momentos melhores e piores, mas a verdade é é que é das poucas empresas puras de renováveis que existe no mercado“, adiantou. “Há muitas delas, aliás, que já entraram na bolsa, já saíram da bolsa, e a EDP Renováveis tem-se mantido, e isso, para além de dar bastante transparência e visibilidade aos ativos e ao negócio, também tem sido uma boa forma de levantar capital”.

Stilwell de Andrade sublinhou que no ano passado a EDPR “levantou” mil milhões de euros na EDPR Renováveis, e, há três anos, 1.500 milhões de euros.

Nos últimos mesmos três anos, entre a EDPR e a EDPR Renováveis, levantámos 4.000 e 4.500 milhões de euros de capital. Portanto, quando se fala que as empresas portuguesas não estão capitalizadas, a verdade é que isso é mais do que a capitalização bolsista da maior parte das empresas portuguesas”, adiantou.

“Temos tido essa capacidade de atrair capital para ir crescer, e obviamente ter as duas, por agora, tem sido muito positivo”, explicou.

Jogar no meio campo

Pressionadas pela forte queda dos preços da energia, especialmente na Europa, e a manutenção de um ambiente de taxas de juro altas, entre outros fatores, as duas empresas cortaram em maio os planos de investimento até 2026.

A EDP explicou que irá fazer uma desaceleração do investimento, com 17 mil milhões de euros de investimento bruto, e que irá aplicar “critérios de investimento seletivos e disciplinados, priorizando o retorno sobre o volume”, enquanto cortou o plano em três mil milhões de euros.

Stilwell de Andrade justificou esta quinta-feira a decisão: “Qualquer negócio tem que ser realista e procura maximizar e acelerar ao máximo o seu potencial de crescimento.”

“Estamos num mundo onde, claramente, o custo de capital está muito mais alto, o preço de energia está mais baixo e, portanto, nós ajustámos, em função do nosso balanço, em função também destas perspetivas que nós vemos, ajustámos o nosso plano de investimento, que, ao mesmo tempo, continua a ser dezenas de milhares de milhões de euros ao longo deste período, até 2026″, adiantou.

“Ajustámos isso em função das condições de mercado e, aliás, isso foi reconhecido pelos investidores. Quando comunicámos as novas metas, que eram mais baixas, as nossas ações subiram”, disse.

Questionado se a EDP passou de uma estratégia de estar ao ataque para estar mais à defesa, o CEO respondeu: “Utilizando essa analogia, nós temos de ganhar o campeonato.”

“Às vezes, é preciso jogar entre o ataque e a defesa, mas, acima de tudo, temos de estar focados no objetivo final, que é ganhar o campeonato”, rematou o CEO em Munique, uma das cidades que acolhe o Euro 2024 de futebol masculino sénior.

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