Zurab Pololikashvili, Secretário-Geral do Turismo da ONU: “O turismo é um defensor silencioso da paz e da unidade”

  • Servimedia
  • 22 Janeiro 2025

Coincidindo com a abertura da Fitur 2025, a ONU Turismo deu início à celebração do seu 50º aniversário com um evento de alto nível em Madrid.

Presidida pelo Secretário-Geral, Zurab Pololikashvili, a entidade destacou que o evento reafirmou o papel do turismo como um “motor de coesão, compreensão e paz num mundo marcado por divisões e conflitos”.

No seu discurso comemorativo, Pololikashvili sublinhou os desafios que o setor enfrenta, destacando a capacidade do turismo para promover o respeito mútuo e o diálogo. “O turismo é, em tempos de divisão, um defensor silencioso mas poderoso da unidade. Hoje, quando nos reunimos para celebrar, não podemos ignorar a realidade: 56 conflitos ativos assolam o mundo, o número mais elevado desde a Segunda Guerra Mundial. No entanto, acreditamos que o turismo, quando floresce, traz estabilidade; oferece às comunidades uma participação na paz; mostra que o diálogo supera a discórdia e que as experiências partilhadas transcendem as fronteiras. O turismo é paz e a paz é turismo”, afirmou.

Durante o seu discurso, o Secretário-Geral refletiu sobre a capacidade do turismo para ultrapassar crises mundiais como os ataques de 11 de setembro, a pandemia de COVID-19 e a guerra na Ucrânia. “Ao longo dos anos, à medida que o turismo evoluiu, esta organização também evoluiu. Desde a União Internacional das Organizações Oficiais de Viagens até ao Turismo da ONU de hoje, temos respondido aos desafios do nosso tempo”, afirmou.

O evento destacou as realizações da ONU Turismo na criação de Gabinetes Regionais e Temáticos em regiões-chave como a Arábia Saudita e o Uzbequistão, bem como a sua aposta na aproximação entre o global e o local. Estes gabinetes foram criados durante os mandatos de Pololikashvili, que se candidata agora a um terceiro mandato, sublinhando o seu empenho na educação, na inovação e no investimento como pilares para garantir que o turismo continue a ser um motor de crescimento económico e de sustentabilidade.

“O nosso compromisso com a educação, a inovação e o investimento garante que o turismo continua a ser um veículo de capacitação e resiliência. Presto homenagem aos visionários que nos precederam, cuja visão transformou o turismo numa força global. Atualmente, enfrentamos um futuro de rápidos avanços tecnológicos e desafios imprevisíveis. Juntos, com os Estados-Membros, estamos a construir um setor inclusivo, sustentável e virado para o futuro”, concluiu Pololikashvili.

FITUR

O 50.º aniversário da ONU Turismo coincide com a 45.ª edição da Fitur, a feira internacional de turismo mais importante do setor. Durante o evento, Pololikashvili destacou a importância da Fitur no desenvolvimento do turismo mundial. “Nascida apenas cinco anos antes da ONU Turismo, a FITUR cresceu connosco, exemplificando o espírito de colaboração que define o nosso setor”, afirmou.

Nesta edição, o Brasil é o país parceiro convidado, com a presença em Madrid do seu Ministro do Turismo, Celso Sabino. Para além disso, o Brasil assume a presidência do Conselho Executivo do Turismo da ONU para 2025. Pololikashvili agradeceu ao Brasil a sua “liderança e colaboração”.

 

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Antiga Sonae Capital engorda rede de ginásios “low cost” até aos 40

Negócio de ginásios detido pela holding da família Azevedo vai continuar a crescer em 2025 com a abertura de duas unidades da Solinca e de 16 da marca Element, que já levou para a Chéquia.

Depois de ter investido mais de 10 milhões de euros no ano passado para fazer crescer a marca Element Gyms de 14 para 24 ginásios, a SC Fitness, que detém também a rede Solinca, tem um plano de expansão para chegar até ao final de 2025 com 40 unidades neste segmento “low cost”, adiantou ao ECO o presidente executivo, Bernardo Novo.

O gestor da empresa detida pela SC Investments — resultou da reestruturação do portefólio da Sonae Capital e pertence a 100% à Efanor, holding da família Azevedo – adianta que, após abrir em Canidelo (Gaia) a 30 de dezembro, prosseguiu “a bom ritmo” em janeiro com aberturas em Braga, Águas Santas (Maia), Castelo Branco e Oeiras (Taguspark), e chega ainda este mês ao Campo Pequeno (Lisboa).

“Dos novos ginásios, cinco foram construídos de raiz e um foi uma aquisição. O mercado português pode continuar a consolidar e a SC Fitness quer liderar esse movimento. Em 2024 assumimos a gestão de vários ginásios e, neste momento, temos outros processos de negociação e avaliação em curso que esperamos concluir nos próximos meses”, avança Bernardo Novo.

O mercado português pode continuar a consolidar e a SC Fitness quer liderar esse movimento. Em 2024, assumimos a gestão de vários ginásios e, neste momento, temos outros processos de negociação e avaliação em curso.

Bernardo Novo

CEO da SC Fitness

Criada no final de 2020 e acelerada pela pandemia que fez cair a pique a faturação dos ginásios, a Element tem um processo de gestão 100% digital, desde a inscrição até à frequência, com a promessa de “democratizar do fitness, tornando o treino mais autónomo e acessível a todos os jovens”. E foi com esta marca que a família Azevedo decidiu internacionalizar o negócio dos ginásios em 2024.

O líder da SC Fitness contabiliza que, neste momento, já tem quatro ginásios “em plena operação” na Chéquia, na região da Morávia, e “com uma performance muito positiva”. “Temos uma abertura prevista para abril e, no segundo semestre, iremos continuar a crescer” neste país do leste europeu, acrescenta.

Bernardo Novo, CEO da SC Fitness

Questionado sobre se está a ser avaliada a expansão para outros países, Bernardo Novo responde que está “focado em consolidar a operação na Chéquia e crescer durante 2025”. “Em paralelo”, completa o gestor da empresa controlada pela SC Investments, que este ano vai entrar com hotel na Madeira e somar uma unidade turística no Algarve, está “obviamente atento a oportunidades que surjam noutros mercados, mas sem fazer disso um a prioridade”.

A SC Fitness soma mais de 1.000 colaboradores e fechou o último exercício com uma “faturação a rondar os 63 milhões de euros”. No que toca à marca principal detida pela empresa, a rede da Solinca está a operar com 35 ginásios e no planeamento para este ano está a abertura de mais duas localizações, uma delas ainda no primeiro trimestre, refere o CEO, sem fornecer mais detalhes.

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Salário de Marcelo sobe 650 euros e Montenegro ganha mais 500 com fim dos cortes. Ordenados “ainda são baixos”, dizem peritos

Aguiar-Branco, deputados e autarcas conseguem um aumento de mais de 200 euros com a eliminação da penalização de 5%. Chega entrega aumento a instituições e Livre lança iniciativa para apoiar formação.

Os titulares de cargos políticos vão ter um aumento na conta bancária de até 650 euros brutos, a partir deste mês, com o fim do corte salarial de 5%, aprovado pelo Parlamento por proposta de PSD e CDS, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), e por via da atualização geral dos vencimentos da Função Pública em 2,15% para este ano.

O ordenado do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai saltar cerca de 650 euros para 11.718,2 euros mensais brutos; o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, terá um vencimento de 9.374,55 euros, um incremento remuneratório de 525 euros; e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai auferir 8.768,65 euros, o que significa um encaixe adicional de 472 euros (ver quadro em baixo), segundo as contas feitas pelo ECO. De salientar que estes valores são brutos. Descontando IRS, contribuições sociais e ADSE, os ordenados podem encolher para metade como é o caso do salário de Marcelo que passa de 11.700 euros brutos para cerca de 6.000 euros líquidos.

Mas os salários “ainda são baixos” para as funções e responsabilidade em causa, alertam os peritos consultados pelo ECO que elogiam a reposição dos 5% que perdurava desde os tempos das troika. Ainda assim, reconhecem que, face à remuneração bruta média do país, de 1.528 euros por mês, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os vencimentos dos políticos podem ser um “tema incómodo e muito propício a abordagens populistas”. Veja-se, por exemplo, a polémica ação de protesto realizada pelo Chega contra a aprovação do fim do corte salarial, com a colocação de tarjas nas janelas do Parlamento, em clara “vandalização” do património público, como acusou, na altura, o presidente da Assembleia da República.

Os ministros serão aumentados em 427 euros mensais brutos e os secretários de Estado 389 euros, totalizando ordenados de 7.616,83 euros e de 6.779,81 euros ilíquidos, respetivamente. Também os vice-presidentes do Parlamento, como Teresa Morais, do PSD, Marcos Perestrello, do PS, Diogo Pacheco de Amorim, do Chega, ou Rodrigo Saraiva, da IL, terão um ganho adicional de 315 euros, totalizando um salário de 5.231,34 euros mensais brutos. Os deputados vão receber 4.185,07 euros: são mais 293 euros. E, se estiverem em exclusividade de funções, o avanço será maior, de 302 euros, para 4.603,58 euros, de acordo com as contas do ECO, entretanto confirmadas esta terça-feira pela Assembleia, através da publicação da respetiva tabela remuneratória no site do Parlamento.

As estas retribuições acrescem ainda ajudas de custo com alojamento, alimentação e deslocação, no caso dos parlamentares. Os governantes e membros dos seus gabinetes vão voltar a auferir estes abonos a partir deste ano, depois de terem sido retirados durante o período do resgate financeiro. Mas estes apoios, agora repostos, por decisão do atual Executivo de Luís Montenegro, terão “limites” e “regras de utilização”, que ainda serão definidos por portaria dos ministérios das Finanças e da Presidência.

Os cálculos para apurar os vencimentos dos titulares dos órgãos políticos foram realizados pelo ECO a partir da legislação em vigor e somando o salário base (indexado à remuneração do Chefe do Estado) às despesas de representação, uma parcela do vencimento que é paga de forma regular, todos os meses.

O vencimento do Presidente da República estava, no ano passado, em 8.193,97 euros mensais brutos. Aplicando a atualização da Função Pública de 2,15%, aquela remuneração sobe para 8.370,14 euros, já sem o corte de 5%. A este valor acrescem as despesas de representação, de 3.348,06 euros, que correspondem a 40% do salário base. Juntando as duas parcelas, Marcelo Rebelo de Sousa vai receber 11.718,2 euros.

Os ordenados dos restantes titulares de cargos políticos estão indexados à remuneração base do Chefe de Estado. O salário do presidente da Assembleia da República corresponde a “80% do vencimento do Presidente da República“, de acordo com o estatuto remuneratório dos titulares de cargos políticos. Para além disso, “tem direito a um abono mensal para despesas de representação no valor de 40% do respetivo vencimento“, segundo o mesmo diploma. Assim, José Pedro Aguiar-Branco vai receber 6.696,11 euros brutos de vencimento mais 2.678,44 euros de despesas de representação, o que totaliza 9.374,55 euros ilíquidos.

No caso do primeiro-ministro, o vencimento é equivalente a 75% do ordenado base do Presidente da República, o que resulta num ganho mensal bruto de 6.277,61 euros. Tem ainda direito “a um abono mensal para despesas de representação no valor de 40% do respetivo vencimento”, o que corresponde a 2.491,04 euros. No total, vai auferir 8.768,65 euros ilíquidos por mês.

Já os vencimentos dos ministros são 65% do ordenado do Chefe de Estado, o que se traduz em 5.440,59 euros mensais brutos. A esta parcela acrescem despesas de representação, correspondentes a 40% da respetiva remuneração: 2.176,24 euros. Tudo somado, dá um ganho mensal global de 7.616,83 euros brutos por mês. Os secretários de Estado recebem 60% do montante que é atribuído ao Presidente da República, isto é, 5.022,08 euros. Mais o abono mensal de 35% do respetivo salário, no valor de 1.757,73 euros, estes governantes terão uma remuneração mensal global de 6.779,81 euros.

No que diz respeito aos deputados, o salário corresponde a 50% do salário base de Belém. Isto significa que, este ano, os parlamentares irão auferir um vencimento de 4.185,07 euros. Se estiverem em exclusividade de funções, têm direito um abono mensal para despesas de representação equivalente do seu ordenado base 10%, isto é, a mais 418,51 euros. Juntando as duas alíneas, estes deputados terão uma retribuição brutal mensal de para 4 603,58 euros. O montante a atribuir aos vice-presidentes da Assembleia da República para despesas de representação é superior, sendo equivalente a 25% do seu ordenado base, o que corresponde a 1.046,27 euros. Assim, estes parlamentares conseguem tirar 5.231,34 euros no final do mês.

O fim da penalização de 5% sobre os salários dos titulares de órgãos políticos e gestores públicos, implementada em 2010, durante o chamado PEC [Programa de Estabilidade e Crescimento] II de José Sócrates, também vai beneficiar os presidentes de câmara e vereadores dos executivos municipais a tempo inteiro.

Os vencimentos destes autarcas são guiados pelo vencimento de Belém, sendo que as percentagens variam consoante o número de eleitores, segundo o estatuto dos eleitos locais. Os presidentes dos municípios de Lisboa, Carlos Moeda, e do Porto, Rui Moreira, ganham 55% do ordenado do Presidente da República, o que corresponde a 4.603,58 euros mensais brutos. A esta parcela, acrescem ainda despesas de representação no valor de 30% do vencimento base, isto é, 1,381,13 euros. Tudo somado, dá um ganho mensal bruto de 5.984,10 euros, o que significa um aumento de cerca de 351 euros face ao vencimento atual. No caso dos vereadores em regime de permanência, o incremento remuneratório será de 273 euros (ver tabela em cima), entre o ordenado de 3.682 euros mensais, equivalente a 80% do vencimento do presidente da autarquia, e os abonos mensais de 736,57 euros, que correspondem a 20% do respetivo ordenado.

Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, e Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa

Em autarquias com um número de votantes superior a 40 mil como Oeiras, Cascais ou Vila Nova de Gaia, o ordenado do presidente de câmara corresponde a 50% da remuneração base do Chefe do Estado a que se somam abonos mensais para despesas de representação. No total, estes autarcas vão receber 5.440,60 euros, isto é, mais cerca de 319 euros face ao vencimento do ano passado. Os vereadores a tempo inteiro vão dar um salto salarial de cerca de 248 euros para 4.017,67 euros.

Nos executivos municipais com um número de eleitores entre 40 mil e 10 mil, os presidentes auferem 45% do ordenado do Chefe do Estado, isto significa, para este ano, um ordenado de 3.766,56 euros mensais brutos, sem o corte de 5%. Adicionando as despesas de representação, no valor de 1.129,97 euros, estes edis vão ganhar 4.896,53 euros, ou seja, mais cerca de 287 euros. No caso dos vereadores, o incremento remuneratório irá rondar os 224 euros, o que irá elevar a retribuição final de 3.392,31 euros para 3.615.90 euros ilíquidos por mês.

Nas câmaras mais pequenas, com menos de 10 mil eleitores, os vencimentos dos presidentes sobem 255 euros para 4.352,48 euros mensais brutos, já incluindo as despesas de representação de 1.004,42 euros. Os vereadores vão auferir 3.214,14 euros, entre salário (2.678,45 euros) e abonos (535,69 euros), o que significa um incremento de 199 euros.

Especialistas alertam para “salários baixos” e criticam deriva “populista”

Protesto do Chega nas janelas da Assembleia da República contra a aprovação, no Parlamento, do fim do corte de 5% nos salários dos titulares de cargos públicos.JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Apesar dos aumentos salariais expressivos dos titulares de órgãos políticos por via do fim do corte de 5% e da atualização regular dos ordenados da Função Pública, vários especialistas ouvidos pelo ECO consideram que “os ordenados ainda são demasiado baixos para as funções e responsabilidades em causa, em especial no que diz respeito a funções executivas“, conclui André Azevedo Alves, professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica.

O politólogo concorda com o fim da penalização de 5% sobre o salário, uma vez que “os restantes cortes implementados em circunstâncias similares já foram levantados”. “Parece-me até demagógico e sintoma de cobardia política que ainda se mantivesse”, sublinha. No entanto, e “tendo em conta o baixo nível salarial geral do país, o tema é compreensivelmente incómodo e muito propício a abordagens populistas”, reconhece. Os últimos dados do INE indicam que o salário médio bruto, Portugal, está nos 1.528 euros mensais, o que compara com o ordenado do primeiro-ministro que ultrapassa os oito mil euros brutos ou de um deputado, que ronda os 4.600 euros ilíquidos, já contando com os abonos para despesas de representação.

Ainda assim, defende, “quem ocupa posições executivas de grande responsabilidade deveria ter remunerações superiores”. “As remunerações de quem exerce cargos políticos não são apenas pouco atraentes por comparação com as posições melhor remuneradas no setor privado, mas também por comparação com posições no próprio setor estatal, incluindo posições de nomeação eminentemente política como entidades reguladoras e variadas empresas estatais, as quais acabam por ser assim destinos privilegiados das redes de clientelismo partidário, argumenta.

António Costa Pinto, professor de Ciência Política e investigador no Instituto de Ciências Social, também considera que “os políticos, em Portugal, são mal pagos”. Porém, “quando há um forte sentimento anti-partidos, não é fácil aumentar os salários dos políticos”, admite. “Há um grande receio político de impopularidade por parte dos grandes partidos, há uma extrema dificuldade em assumir politicamente um salário de um político com dedicação exclusiva”, sublinha.

Para Costa Pinto, “o ponto mais importante é prosseguir com a dedicação exclusiva para justificar salários melhores, para que os políticos sejam melhor remunerados sob pena de termos lobistas no Parlamento”. “Outro ponto importante é atrair, sobretudo para a elite governante, quadros competentes da sociedade civil e para isso é preciso oferecer salários compatíveis”, reforça.

Na mesma senda, Gonçalo Carrilho, advogado e docente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, considera que “os salários dos políticos e dos titulares de altos cargos públicos são baixos”, perante “o nível de responsabilidade, nomeadamente a responsabilidade financeira”. “Mesmo com o fim do corte, os salários dos políticos são baixos, nomeadamente no caso dos membros do Governo, face ao respetivo nível de responsabilidade. Porém, estão alinhados com os salários dos políticos dos países mais pobres da União”, constata o mesmo especialista.

Citando um estudo do Instituto Mais+Liberdade, Gonçalo Carrilho mostra como “o salário do primeiro-ministro português é o 8.º mais baixo entre os países da União Europeia (UE) e o Reino Unido, Noruega, Suíça e Islândia”, considerando apenas o ordenado base, isto é, sem os abonos mensais para despesas de representação. Ainda assim, o vencimento do chefe do Executivo representa 345% do salário médio português, de acordo com a mesma análise.

O especialista em direito administrativo concorda igualmente com o fim de corte salarial de 5% e apela a uma mudança quanto à atualização dos vencimentos dos políticos. “Qualquer decisão – que no caso dos órgãos de soberania e poder local compete ao Parlamento – devia ser precedida de um estudo de direito comparado, isto é, um estudo sobre as remunerações destes cargos ao nível dos países UE e de um estudo horizontal e vertical dos salários da Administração Pública”, salienta.

Já Susana Coroado considera que “o tema” está “muito dependente do contexto do país, do nível de Governo, do um cargo em causa (executivo ou legislativo)”, pelo que “é difícil chegar a conclusões”. “Os estudos empíricos têm tido resultados contraditórios: estudos sobre os municípios no Brasil e Itália demonstraram que um aumento dos incentivos financeiros atraiu mais candidatos qualificados e melhorou a eficiência da gestão. Já no Canadá, os incentivos não tiveram nenhum efeito na idade ou na qualificação dos deputados e, no Parlamento Europeu, até diminuiu a qualificação dos deputados. Na Finlândia, o impacto foi apenas na atração de mais mulheres qualificadas, mas não de homens”, exemplificou a politóloga, e investigadora na Dublin City University.

Coroado nota que “vale a pena ter esta discussão”, contudo “é preciso avaliar a forma de recrutamento dos candidatos políticos a nível partidário”. “Listas fechadas não permitem aos eleitores premiarem pessoas mais qualificadas, pelo que um aumento salarial poderia criar ainda mais incentivos aos menos qualificados, mas mais obedientes ao partido, para fazerem tudo para garantir um lugar nas listas”, sinaliza.

Assim, o ideal seria “um debate público franco, através por exemplo de uma Assembleia de Cidadãos”, o que “poderia aumentar a legitimidade de um aumento salarial, uma vez que não seriam os políticos a decidir em causa própria”, vinca.

Chega entrega aumento a associações e Livre lança uma espécie de bolsa

Entre os grupos parlamentares que votaram contra a reposição do corte salarial, Chega e Livre confirmaram ao ECO que vão prescindir do aumento. Os deputados do partido de André Ventura vão doar os 5% a várias instituições de solidariedade social à sua escolha, como a “liga portuguesa contra o cancro, entidades de apoio a crianças com doença grave ou associações de ex-combatentes”, revelou fonte oficial do partido ao ECO. “Estamos em diálogo com os serviços financeiros da Assembleia da República para operacionalizar toda a situação atempadamente”, salientou fonte do gabinete de comunicação.

o partido de Rui Tavares espera lançar um apoio na área da educação e da formação que poderá passar pela criação de uma bolsa de estudo, mas o modelo ainda está a ser afinado. “Foram já dadas instruções para a abertura de uma conta numa instituição bancária que vai receber as transferências das verbas correspondentes ao valor dos 5% do corte, agora reposto, nos salários mensais dos deputados do Livre. O grupo parlamentar conta apresentar na primavera o regulamento e outros pormenores relacionados com esta iniciativa“, indicou ao ECO fonte oficial do partido.

O Bloco de Esquerda (BE), que igualmente rejeitou o projeto de PSD e CDS para eliminar a penalização de 5% sobre os vencimentos dos titulares de cargos políticos, vai entregar esse aumento à própria estrutura partidária. “As deputadas e deputados do Bloco de Esquerda fazem donativos regulares ao partido para financiar a sua atividade política. O valor do aumento, ao qual o Bloco de Esquerda se opôs, será refletido integralmente nesse mesmo donativo”, indicou ao ECO fonte do gabinete de comunicação do grupo parlamentar.

Já a Iniciativa Liberal (IL), que também votou contra o fim do corte, não vai prescindir da reposição dos 5%, ainda que seja favorável a uma melhoria dos salários dos políticos. Na altura, o partido de Rui Rocha opôs-se à iniciativa de PSD e CDS por considerar que estariam a decidir em causa própria, uma vez que o diploma iria ter efeitos imediatos já a 1 de janeiro deste ano. Para além disso, a IL defende um novo mecanismo de atualização salarial que deve estar indexado à evolução das condições socioeconómicas do país. Inclusivamente, apresentaram uma proposta legislativa nesse sentido, segundo a qual os salários dos políticos devem depender do crescimento do ordenado médio dos portugueses.

No que diz respeito ao PCP, que se absteve, fonte oficial do partido esclareceu que a reversão do corte não terá impacto algum no vencimento dos deputados, uma vez que “o salário efetivo dos eleitos do PCP é o que corresponde ao salário que auferia anteriormente”, isto é, antes de assumir funções na Assembleia da República. Este tem sido o princípio seguido por todos os comunistas eleitos, recorda fonte do gabinete parlamentar: “Há muito que os eleitos do PCP assumem o princípio de nem beneficiado nem prejudicado no exercício de funções públicas”. Ou seja, o valor que exceder o salário que o comunista já recebia antes de ser deputado é entregue ao comité central. O PCP esclarece ainda que só não votou favoravelmente o fim da penalização, porque “subsistem cortes que ainda não foram eliminados, nomeadamente sobre o valor do trabalho suplementar,” e que o partido de Paulo Raimundo exige que sejam repostos.

O projeto de lei de PSD e CDS, partidos que suportam o Governo da Aliança Democrática (AD), que terminou com o corte salarial de 5% passou assim com os votos favoráveis dos proponentes, do PS e do PAN. De lembrar que os socialistas tinham um diploma semelhante mas com produção de efeitos apenas nos mandatos políticos seguintes.

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Finanças reconduzem presidente da Parvalorem mas trocam dois administradores

Sofia Torres vai ser reconduzida na liderança do veículo que gere os ativos tóxicos do ex-BPN. Cumpre terceiro mandato. Os outros dois membros da administração estão de saída.

O Governo vai reconduzir a presidente da Parvalorem, Sofia Torres, para um novo mandato até 2027, mas os outros dois membros do conselho de administração do veículo que gere os ativos problemáticos do ex-BPN vão ser substituídos, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

Oficialmente, o Ministério das Finanças não comenta estas informações. O ministério liderado por Joaquim Sarmento, que tem a tutela da Parvalorem, também não revela quem serão os dois novos administradores que irão ocupar os lugares de Susana Larisma (vogal executiva) e de Filipe de Sousa (vogal não executivo), cujos mandatos terminaram no final do ano passado.

No que diz respeito a Sofia Torres, a antiga responsável do IGCP e quadro da Caixa Geral de Depósitos (CGD) irá cumprir o seu terceiro mandato à frente da Parvalorem, cargo que começou a desempenhar em 2019, nomeada pelo ministério então liderado por Mário Centeno.

Os nomes da próxima administração terão de ser apreciados pela Cresap, a comissão responsável pelos processos de seleção para a administração pública. E terão ainda de ser aprovados em assembleia geral da Parvalorem.

Dívida de 5,3 mil milhões ao Estado

A Parvalorem foi criada em 2010, juntamente com a Parups e Parparticipadas, na sequência da nacionalização do BPN, dois anos antes. Estes veículos financeiros ficaram responsáveis pela gestão e recuperação os ativos do banco falido, incluindo crédito, imóveis, obras de arte e outros negócios.

No final de 2023, ano em que registou prejuízos de quase 100 milhões de euros, a Parvalorem devia cerca de 5,3 mil milhões ao Estado por conta das injeções financeiras realizadas no âmbito da nacionalização do BPN. O ativo ascendia a cerca de 456 milhões de euros.

Até ao final de 2023, a Parvalorem já tinham recuperado um total de 1,24 mil milhões de euros em numerário, cerca de 31,2% do total de crédito cedido pelo banco falido (3,97 mil milhões). Valor ao qual acresce 492,5 milhões de euros resultantes da recuperação da Parups, que acabou por ser absorvida pela Parvalorem em 2022.

Fim à vista

No ano passado foi a vez de a Parparticipadas ser extinta com a integração de todo o património na Parvalorem, incluindo a Imofundos, que gere uma carteira de imóveis no valor de 200 milhões.

Com mais de 80 trabalhadores, a própria Parvalorem também tem o seu destino traçado em função da redução da sua atividade (à medida que vai recuperando os ativos). Ainda não há uma data, mas dentro da sociedade já se olha para o final do caminho.

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Aeroporto de Lisboa já é mais caro que Madrid e Barcelona. Companhias aéreas criticam proposta da ANA

Proposta da ANA para financiar a construção do novo aeroporto aumenta fosso nas taxas para Madrid, considerado o principal concorrente de Lisboa. Associação de companhias aéreas deixa crítica.

As taxas aeroportuárias em vigor no aeroporto de Lisboa já superaram as praticadas em Madrid ou Barcelona. A ANA pretende, ainda assim, subir os valores cobrados a partir de 2026 para pré-financiar a construção da nova infraestrutura no Campo de Tiro de Alcochete, o que motiva críticas da associação que representa as companhias aéreas.

Um gráfico apresentado pela ANA no Relatório Inicial sobre o novo aeroporto mostra que, num grupo comparativo de 20 aeroportos, o de Lisboa era em 2019 o segundo mais barato, à frente apenas do Aeroporto de Roma-Ciampino, o segundo mais importante da cidade italiana.

Com os aumentos de taxas entretanto ocorridos, em 2024 o Aeroporto Humberto Delgado já era o sétimo mais caro, à frente de Madrid e Barcelona, mas também de Varsóvia, Estocolmo, Dublin e Roma-Ciampino.

Comparação das taxas aeroportuárias em 20 aeroportos europeus incluída no Relatório Inicial da ANA.

A infraestrutura aeroportuária da capital portuguesa subirá ainda mais no ranking caso seja aplicada a proposta de aumento das taxas a partir de 2026, avançada pela ANA para financiar a construção do aeroporto Luís de Camões. Considerando as taxas a aplicar em 2030, Lisboa passaria a ter o 11.º aeroporto mais caro, acima também de Paris (Charles de Gaule), Genéve, Roma-Fuimucino e Copenhaga.

O fosso para Madrid-Barajas seria ainda maior, sendo que o relatório da ANA salienta que “o aeroporto espanhol pode ser identificado como o principal concorrente de Lisboa”. Acrescenta que se espera que “mantenha uma posição forte devido aos investimentos em curso em infraestruturas pela AENA e na companhia aérea pela Ibéria, sob a égide da IAG”.

A Associação das Companhias Aéreas em Portugal não deixa de manifestar, desde já, o seu ceticismo e crítica a um suposto aumento imediato das taxas reguladas, tendo em conta que o aeroporto Humberto Delgado já é, à data de hoje, uma infraestrutura com taxas mais caras do que Madrid e Barcelona.

António Moura Portugal

Diretor executivo da Associação das Companhias Aéreas em Portugal - RENA

“A Associação das Companhias Aéreas em Portugal (RENA) tomou conhecimento da proposta da ANA e da resposta do concedente, o Estado português. Este processo terá a sua evolução e na altura própria a RENA tomará a sua posição”, afirmou o diretor executivo, António Moura Portugal, ao ECO.

“No entanto, não deixa de manifestar, desde já, o seu ceticismo e crítica a um suposto aumento imediato das taxas reguladas, tendo em conta que o aeroporto Humberto Delgado já é, à data de hoje, uma infraestrutura com taxas mais caras do que Madrid e Barcelona“, acrescentou.

Já a ANA afirma no Relatório Inicial que “a proposta de revisão da regulação poderá levar a níveis de taxas aeroportuárias que, embora possam impactar a procura, continuam dentro da faixa de valores praticados em aeroportos comparáveis na Europa“.

Para pagar o financiamento para a construção do novo aeroporto, que tem um custo estimado de 8,5 mil milhões de euros, e manter a rentabilidade, a ANA propõe alargar a concessão por mais 30 anos, até 2092, e aumentar de forma significativa as taxas aeroportuárias, começando já no próximo ano.

No Relatório Inicial, a concessionária propõe que entre 2026 e 2030 ocorra um aumento anual igual à inflação acrescido de 9,8%. Ora antes de 2030 não arrancará a construção do Luís de Camões. A ANA diz que este pré-financiamento é necessário para acautelar as necessidades que “serão consideráveis durante a fase de construção”.

A concessionária pretende também tirar do contrato de concessão a limitação que impede que as taxas aeroportuárias sejam mais de 15% superiores à mediana dos valores praticados por um grupo de 12 aeroportos europeus. Uma disposição que visa garantir que a Portela se mantém competitiva face à concorrência.

O Governo confirmou na sexta-feira que pretende que a ANA prepare a candidatura para a construção do novo aeroporto de Lisboa, mas afirmou ter “dúvidas substanciais” sobre várias matérias, entre elas o modelo de alteração das taxas aeroportuárias.

A empresa detida pela francesa Vinci terá agora de promover uma consulta às companhias aéreas e outras partes interessadas e elaborar um relatório síntese no prazo de seis meses.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 22 Janeiro 2025

Leitão Amaro é ouvido no Parlamento sobre a nomeação do secretário-geral do Governo e Miguel Pinto Luz sobre a lei dos solos. IGCP avança com primeira operação de recompra de dívida do ano.

No dia em que António Leitão Amaro vai ao Parlamento falar sobre a nomeação do secretário-geral do Governo e respetiva equipa, Miguel Pinto Luz é ouvido sobre as mudanças à lei dos solos. O IGCP realiza um leilão de recompra de obrigações do Tesouro, naquela que é a primeira operação deste ano, e o Banco de Portugal divulga dados referentes a novembro de 2024 do endividamento do setor não financeiro. A nível europeu debate-se a presidência polaca do Conselho da União Europeia.

Leitão Amaro explica nomeação do secretário-geral do Governo

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, vai hoje ao Parlamento ser ouvido sobre a nomeação do secretário-geral do Governo e respetiva equipa. Em causa está sobretudo a alteração às regras do salário deste cargo para permitir um salário superior ao do primeiro-ministro, numa polémica que começou com a indicação inicial de Hélder Rosalino para o cargo e da sua posterior desistência após a polémica em torno da sua remuneração.

IGCP avança com primeira operação de recompra de dívida do ano

Esta quarta-feira, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública realiza também um leilão de recompra de obrigações do Tesouro, a primeira operação deste ano. O foco da equipa ainda liderada por Miguel Martín estará na linha obrigacionista com vencimento a 15 de outubro deste ano, que atualmente conta com um saldo-vivo de 14,6 mil milhões de euros. Esta é uma das duas obrigações do Tesouro que irão vencer este ano – a outra atingirá a maturidade a 23 de julho e apresenta um saldo-vivo de mil milhões de euros.

Miguel Pinto Luz ouvido no Parlamento sobre lei dos solos

Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação, também vai ao Parlamento, a requerimento do BE, para ser ouvido sobre as alterações à lei dos solos. Recentemente, o Governo mostrou disponibilidade para fazer alguns ajustamentos à lei dos solos para incorporar as sugestões do Partido Socialista e, desta forma, conseguir o apoio necessário para assegurar a vigência da lei que vai ser alvo de uma apreciação parlamentar na sexta-feira. Também Isaltino Morais, a requerimento do PSD, vai ao Parlamento ser ouvido sobre o mesmo tema.

Banco de Portugal divulga dados de endividamento

O Banco de Portugal vai revelar os dados referentes a novembro de 2024 do endividamento do setor não financeiro. Em outubro, o endividamento do setor não financeiro diminuiu 0,2 mil milhões de euros, tendo o endividamento do setor público diminuído 1,2 mil milhões de euros e o endividamento do setor privado aumentado 1,1 mil milhões de euros.

Presidência polaca do Conselho da UE em debate

Os eurodeputados debatem esta terça-feira com o primeiro-ministro polaco Donald Tusk e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o programa da presidência polaca do Conselho para a União Europeia, que se foca na segurança do bloco comunitário, numa altura de incertezas e de desafios geopolíticos causados por conflitos.

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Netflix anuncia aumento de preços, incluindo em Portugal

Apesar do aumento registado na sua base de assinantes, a Netflix vai avançar com um aumento de preços em vários países, incluindo Portugal.

O número de assinantes da Netflix aumentou 18,9 milhões no último trimestre de 2024, superando as expetativas dos analistas e estabelecendo o número total de subscritores em 302 milhões. O crescimento, no entanto, não inibe a plataforma de streaming de aumentar os preços em alguns países, onde se inclui Portugal.

A empresa explica que, à medida que continua a investir em programação que agrade aos seus subscritores, vai aumentar os preços da maioria dos planos de subscrição nos EUA, Canadá, Argentina e Portugal.

“À medida que continuamos a investir em programação e a oferecer mais valor aos nossos membros, ocasionalmente pediremos aos nossos membros que paguem um pouco mais para que possamos reinvestir e melhorar ainda mais a Netflix”, refere a plataforma em comunicado.

Atualmente o preço de subscrição da Netflix em Portugal varia consoante o plano, entre o base (7,99 euros/mês), o standard (11,99 euros/mês) ou premium (15,99 euros/mês). Nos dois planos mais caros é possível incluir membros adicionais por mais 3,99 euros/mês. Apesar de a empresa não ter indicado a dimensão do aumento, soube-se já esta quarta-feira que, em Portugal, o aumento será entre um e dois euros mensais, consoante o plano.

A Netflix, que terminou a sessão desta terça-feira em Wall Street a valorizar acima de 1,5%, anunciou lucros por ação de 4,27 dólares, superando a previsão de Wall Street de 4,20 dólares por ação. As receitas da plataforma aumentaram 16% em relação ao mesmo período do ano passado, para os 10,2 mil milhões de dólares, superando também as estimativas de 10,1 mil milhões. Já o lucro cifrou-se em 1,9 mil milhões.

Para os resultados positivos e acima do esperado da Netflix contribuíram essencialmente, segundo a plataforma, a estreia da segunda temporada de Squid Game – que “está a caminho de se tornar uma das temporadas de séries originais da Netflix mais assistidas de sempre” –, o filme Carry-On ou a luta entre Jake Paul e Mike Tyson, que se tornou no evento desportivo mais transmitido de todos os tempos.

A empresa reviu também em alta as suas previsões para este ano, passando de 43,5 mil milhões de dólares de receita em 2025 para 44,5 mil milhões. Melhorar o seu negócio principal através de mais séries e filmes que os seus subscritores gostem, uma experiência de produto melhorada, um crescimento dos planos com anúncios e o desenvolvimento de outras iniciativas mais recentes, como a transmissão de programas ao vivo e jogos são outras das expectativas apontadas pela empresa para este ano.

(Notícia atualizada às 8h15 de 22 de janeiro para referir que o aumento em Portugal será de um a dois euros, consoante o plano)

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Freguesias só vão poder aceder ao PT2030 depois da reprogramação

"Já temos o programa minimamente desenhado com as várias áreas específicas nas quais se podem fazer as candidaturas", disse Hernâni Dias. "Mas ainda estamos a pensar incluir mais."

As freguesias só vão poder aceder diretamente a fundos europeus depois de concluída a reprogramação do Portugal 2030 e desenhado o programa, anunciou esta terça-feira ministro Adjunto e da Coesão Territorial.

“Depois de fechar a reprogramação do PRR – o trabalho de casa termina este mês –, o secretário de Estado tira um dia de folga e começa a trabalhar na reprogramação do PT2030”, gracejou Manuel Castro Almeida. “A tarefa deve demorar dois a três meses e Bruxelas tem de dar acordo e só depois podemos abrir concursos”, acrescentou o responsável.

O secretário de Estado da Administração Local, já tinha revelado na Comissão de Orçamento e Finanças, quando da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2025, que “o Governo estava a trabalhar para que as freguesias” pudessem “aceder ao Portugal 2030”. Em 2025 haverá essa possibilidade. “Estamos a trabalhar para que haja esse pacote financeiro e a garantir que essas verbas existem”, revelou.

Mas o programa ainda está a “ser pensado e desenhado”. “Já temos o programa minimamente desenhado com as várias áreas específicas nas quais se podem fazer as candidaturas”, disse Hernâni Dias esta terça-feira. “Mas ainda estamos a pensar poder incluir coisas que não tínhamos pensado inicialmente”, acrescentou. “Logo que tenhamos a reprogramação feita faremos tudo o resto”, concluiu.

Há muito que as freguesias reclamam acesso direto aos fundos e sentem-se penalizadas por isso. A anterior ministra da Coesão inscreveu o acordo de Parceria do Portugal 2030 a possibilidade de as freguesias serem beneficiários de fundos europeus através dos Programas Regionais.

“As freguesias têm competências próprias, que serão aumentadas com a descentralização, nomeadamente no apoio aos cidadãos através dos Espaços Cidadão, na gestão dos espaços verdes, de pequenos equipamentos para as coletividades locais, entre outras”, disse ao ECO Ana Abrunhosa, em março de 2022. “O financiamento das freguesias será para as apoiar a fazer investimentos nestas áreas de competência”, acrescentou a responsável, na altura, explicando que a ideia era “serem diretamente beneficiárias”.

Pressionado pelos deputados social-democratas para apresentar resultados nesta matéria, Castro Almeida recorreu ao humor para recordar que as “freguesias estão há mais de 40 anos à espera de ter acesso aos fundos europeus. Encontrou um Governo sensível ao tema, mas não peça demais”.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 86 milhões de euros

  • ECO
  • 21 Janeiro 2025

O jackpot desta terça-feira é de 86 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 86 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 21 de janeiro:

Números: 6, 8, 14, 27 e 41

Estrelas: 4 e 5

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Afinal, administrador de insolvência da dona da Visão propõe continuidade da empresa

  • Lusa e + M
  • 21 Janeiro 2025

O parecer aponta no sentido de manter a atividade da empresa, até que possa ser votado o plano um insolvência. Até lá, a gestão volta para Luís Delgado, que injeta dinheiro para ordenados e impostos.

Afinal o administrador de insolvência da Trust in News (TiN), dona da Visão, propõe a continuidade da empresa e suspensão da liquidação da massa insolvente. Caso os credores chumbem, o caminho será a liquidação do património da insolvente e o seu encerramento. Esta informação consta do relatório do administrador de insolvência da dona da Visão, entre outros títulos, André Correia Pais, a que a Lusa teve hoje acesso.

Recorde-se que, tal como o +M avançou no dia 14, André Correia Pais, nomeado no início de dezembro administrador de insolvência da TiN, recomendou ao tribunal a liquidação da dona da Visão, da Exame, da Ativa e da Caras, no dia 8 de janeiro, uma vez que a que a empresa não gera receitas para pagar as despesas. Em simultâneo, pediu ao tribunal para que na mesma assembleia de credores de dia 29 fosse analisada a proposta de plano de recuperação que foi entregue por Luís Delgado no final de dezembro, pedido que foi indeferido.

Agora, no que respeita à solução proposta para deliberação dos credores, o administrador de insolvência apresenta dois pontos, sendo que o primeiro respeita à “continuidade da empresa e a suspensão da liquidação da massa insolvente, mediante a aprovação de um Plano de Insolvência a votar em assembleia a convocar para esse efeito“.

Até à votação do Plano de Insolvência (segundo ponto), “a administração da insolvente deve ser atribuída à anterior gerência, ainda que sujeita a fiscalização pelo aqui administrador de insolvência, nos moldes previstos no artigo 226.º do CIRE, ou como entendam melhor os senhores credores”, lê-se no documento.

O administrador de insolvência tem também indicação do sócio único da empresa que este irá colocar, antes da assembleia de credores, à disposição da massa insolvente valores que permitam liquidar de imediato dívidas vencidas. Ou seja, a administração volta a ser de Luís Delgado, com a supervisão de André Correia Pais, e ganha-se tempo para que o plano de insolvência seja apresentado e votado pela assembleia de credores. Luís Delgado transfere também para a empresa o montante para que os ordenados e impostos do mês de dezembro, ainda não saldados, sejam pagos.

De acordo com o responsável, “para apreciação pelos senhores credores estarão então dois caminhos disponíveis (que em bom rigor sempre existiram desde a data de declaração de insolvência, ainda que a via do Plano de Insolvência tivesse sido formalmente aberta apenas em finais do passado mês de dezembro)”.

Um dos caminhos é entrar em liquidação imediatamente, “encerrando a atividade do estabelecimento (ou mesmo até a mantendo no todo ou em parte desde que tal se justifique para se alcançar o objetivo de maximização do valor a obter nessa liquidação), e passando-se à fase de venda dos ativos da insolvente, podendo nesse cenário discutir-se apenas como e de que forma essa venda deverá ser concretizada”.

O outro respeita a “oportunidade [dos credores] de se pronunciarem alternativamente pela via da análise de um Plano de Insolvência (aquele já conhecido apresentado pela devedora, ou mesmo qualquer outro que possa vir a ser apresentado entretanto por qualquer outro legitimado)”.

Sobre a sua permanência com as atuais funções, André Correia Pais escreve que, “em último recurso, e caso seja essa a vontade dos senhores credores, a continuação da administração do estabelecimento pelo aqui administrador da insolvência até à data de apreciação e votação de um Plano de Insolvência, sendo que nesse sentido o aqui signatário propõe uma remuneração mensal de 8.000 euros a que deverá acrescer um montante de 500 euros para deslocações e outras despesas“. A remuneração proposta “está perfeitamente alinhada com a política remuneratória da empresa“, segundo o relatório.

“Adicionalmente, face ao aqui signatário ter tido a gestão e administração única e efetiva do estabelecimento compreendido na massa insolvente desde a data de declaração da insolvência, as condições propostas no número anterior deverão ser aplicadas com efeitos retroativos à data da declaração de insolvência, sempre e em ambas as situações as respetivas quantias a serem levantadas da massa insolvente após a autorização expressa da Comissão de Credores e condicionadas à inexistência de dívidas vencidas imputáveis à mesma”, adianta.

Caso os credores entendam que a proposta anterior não deverá ser acolhida e em caso de não aprovação do ponto um, o administrador de insolvência propõe o “prosseguimento dos autos para a liquidação do património da insolvente e, consequentemente o encerramento do estabelecimento da mesma, ainda que tal encerramento possa ocorrer em data posterior à do início da liquidação, permitindo assim, eventualmente, a manutenção de forma temporária, e se for o caso, de algumas atividades e operações que sejam indispensáveis à não deterioração do valor dos ativos apreendidos”.

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Governo acredita em acordo para “breve” com bombeiros sapadores

Este acordo vai garantir "aumentos remuneratórios consideráveis", disse Hernâni Dias, sem querer adiantar valores porque ainda não estão completamente fechados.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial disse esta terça-feira no Parlamento que um acordo como os bombeiros sapadores está para “muito breve”.

“Ao nível da carreira de bombeiros sapadores estamos a pouco tempo de poder assinar um acordo sobre esta matéria, após feitas várias reuniões com as estruturas sindicais”, revelou Manuel Castro Almeida, na comissão de Poder Local.

A estratégia do Governo foi dar prioridade à valorização das carreiras que “há mais tempo não eram mexidas”, explicou por seu turno o secretário de Estado da Administração Local, Hernâni Dias. Desde 2002 que esta carreira não era revista, também “porque, durante algum tempo, havia falta de diálogo”, disse. Mas agora após um “conjunto de reuniões estamos em condições de brevemente chegar a acordo com as estruturas sindicais”, garantiu.

Este acordo vai garantir “aumentos remuneratórios consideráveis”, disse Hernâni Dias, sem querer adiantar valores porque ainda não estão completamente fechados.

Esta terça-feira estava agendada mais uma reunião para permitir aos sindicatos que quisessem aprovar a proposta apresentada pelo Governo pudessem assinar o acordo, sendo que já adiantou que não vai apresentar mais nenhuma proposta aos bombeiros sapadores.

Segundo o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) a proposta apresentada pela secretaria de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, limitava-se “a uma atualização salarial entre 5% e 10%, num quadro de carreira estagnada há mais de duas décadas” e por isso já tinha anunciado que não ia assinar o acordo.

Mas os restantes sindicatos que apresentaram uma proposta conjunta – Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Sindicatos dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e Frente Comum – ainda não anunciaram qual será a sua decisão.

Aguardamos que nos seja transmitido se aderem ao acordo ou não”, disse Hernâni Dias, precisando que “não deixa nenhuma estrutura sindical de fora”. “O Governo espera ainda poder chegar a acordo com todos”, disse, frisando que “as propostas apresentadas às diferentes estruturas sindicais são todas iguais”.

Na última reunião com a tutela, estas estruturas sindicais saíram do edifício sede do Governo, em Lisboa, sem prestar declarações aos jornalistas e aos bombeiros que aguardavam no exterior pelo fim do encontro e anunciaram que a decisão seria revelada em comunicado.

Na semana passada, o primeiro-ministro avisou que o Governo esgotou a sua capacidade negocial com as entidades representativas dos bombeiros sapadores e que avançará unilateralmente sem ter em conta as mais recentes aproximações se o impasse persistir.

Na última proposta apresentada aos sindicatos, o Governo propõe aumentos faseados até 2026 – um avanço em relação à proposta anterior, que tinha aumentos até 2027. Já em relação ao suplemento, a proposta mantém-se igual e passa por 20% do salário base de cada trabalhador com um aumento faseado – 10% em 2025, 5% em 2026 e 5% em 2027.

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Estónia disponível para aumentar despesa com defesa

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

"O nosso objetivo deve ser de 5%. Apesar da nossa meta para 2026 ser de 3,7%, precisamos de acelerar os investimentos", defende o primeiro-ministro estónio.

A Estónia está disposta a aumentar a despesa com a defesa até 5%, partindo dos 3,7% previstos para 2026, anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro do país, Kristen Michal numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).

O nosso principal parceiro de segurança, sob o seu novo @POTUS (designação na plataforma da conta do Presidente dos EUA), enviou uma mensagem clara: os gastos com a defesa da NATO devem aumentar. Conhecemos o nosso adversário, e concordo plenamente: o nosso objetivo deve ser de 5%. Apesar da nossa meta para 2026 ser de 3,7%, precisamos de acelerar os investimentos”, escreveu.

O governante notou ainda que não haverá novos impostos neste cenário, ao argumentar que o “financiamento deve vir de uma variedade de fontes” como financiamento europeu, “cortes no setor público, empréstimos inteligentes”.

“Estou pronto para amplas consultas na Estónia”, disponibilizou-se o estónio, depois de outros líderes políticos dos países bálticos também se manifestarem a favor do aumento das despesas com a defesa.

“Vamos esclarecer estas despesas na reunião do Conselho de Segurança Nacional em fevereiro e não descarto que estaremos mais perto dos 5% do que dos 4%”, anunciou o Presidente da Letónia, Edgars Rinkēvičs, citado pela televisão local

O Presidente lituano, Gitanas Nauseda, também no X felicitou Donald Trump pela sua tomada de posse como Presidente norte-americano e antecipou a NATO “a gastar mais em defesa”. “A Lituânia já se comprometeu a alocar até 6% do PIB entre 2026 e 2030”, indicou.

O ministro da Defesa da Letónia, Andris Sprūds, tinha dito anteriormente que os gastos com a defesa, fora de qualquer meta do PIB, são afetados por grandes compras e entregas, como a artilharia de foguetes HIMARS e os sistemas de defesa aérea, a serem fornecidos nos próximos anos.

Em dezembro, Sprūds precisou que “a maior parte do orçamento de defesa da Letónia no próximo ano (até 2025), ou 42%, será gasto no desenvolvimento de capacidades militares”.

Disse ainda que “aproximadamente 26% do orçamento cobrirá os custos de pessoal e aproximadamente 26% cobrirá os custos de manutenção, enquanto 6% do orçamento será utilizado para desenvolver infraestruturas militares”.

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