Abreu Advogados assessora a RAH na aquisição de 80% da Rio Ave Futebol SAD

A equipa da Abreu Advogados envolvida na operação foi coordenada pelo sócio Fernando Veiga Gomes e o sócio contratado José Carlos Vasconcelos.

A Abreu Advogados assessorou a RAH Sports Investments, Limited, uma sociedade de investimento desportivo sediada no Chipre, na aquisição de 80% da Rio Ave Futebol SAD.

A equipa da Abreu envolvida na operação foi coordenada pelo sócio Fernando Veiga Gomes e o sócio contratado José Carlos Vasconcelos. O sócio Ricardo Henriques, a sócia contratada Sofia Silva e Sousa, as consultoras Maria de Deus Botelho e Patrícia Saraiva de Aguilar, os associados sénior Inês Cortez Elói e José Maria Alves Pereira, o associado Francisco Côrte-Real e o solicitador Rui Gonçalves estiveram também envolvidos nesta operação.

“A assessoria da Abreu consistiu no apoio no desenvolvimento da due diligence e em negociações relacionadas com a aquisição e questões de regulamentação desportiva”, explicou o escritório em comunicado.

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A ver sempre a “chávena meio cheia”. Mónica Oliveira, da Delta Cafés, na primeira pessoa

Há 14 anos no Grupo Nabeiro, Mónica Oliveira, diretora de marketing e da Delta Cafés, considera que a Delta tem um papel a desempenhar na manutenção do legado do café enquanto agregador social.

Muito positiva, que consegue sempre ver a chávena sempre meio cheia” – é assim que Mónica Oliveira, diretora de marketing e comunicação da Delta Cafés, se define enquanto pessoa, vendo-se também como “muito empática” e alguém que “gosta de conversar e de estar perto de pessoas”.

Já enquanto profissional, diz ser uma líder exigente mas que gosta de ter proximidade com as equipas e as pessoas com quem trabalha. “Não temos de ser sisudos para sermos exigentes, mas acho que algo que me caracteriza é também esta energia positiva de ver a chávena meio cheia, algo que depois é transportado para a equipa”, afirma em conversa com o +M.

E, falando em chávenas – e na marca Delta –, o café é precisamente algo que sempre esteve presente na vida de Mónica Oliveira. “Adoro café, sempre sem açúcar. Lembro-me de beber café desde sempre, já quando estudava bebia muito café. E sempre tive muito o hábito de ir beber café com os amigos, era um ritual que acabava por ser um momento social, de proximidade e de afetos entre amigos. Atrás do café vem uma conversa, e portanto adoro café“, diz.

Para a diretora de marketing da Delta, o café, além de uma bebida, é também uma fonte de energia e de estímulo para se enfrentar um novo dia “com uma energia positiva”. Mas, além disso, é também “um momento social“, principalmente em Portugal.

Os portugueses têm muito esta cultura do café, desde sempre. Muitas coisas em Portugal foram decididas a beber café, e é engraçado esse papel social que o café tem, quase como centro da comunidade e de discussão e proximidade social, de uma forma transversal a várias faixas da sociedade. É curioso esse papel social do café e é algo que devia manter-se. E acho que a Delta enquanto marca próxima tem um papel a desempenhar na manutenção desse legado do café enquanto agregador social“, entende Mónica Oliveira.

Isto até tendo em conta que “a Delta é uma marca que tem quase 100% de awareness em Portugal”, sendo “uma marca de grande proximidade com os portugueses”, que “tem este lado muito emocional também, associado ao legado do nosso fundador [Rui Nabeiro], bem como um papel social também muito relevante”, refere.

Já quando questionada se prefere café de grão ou de cápsulas, a responsável de marketing diz que existem momentos para cada um deles, e até para outros tipos de extração de café. Se é mais prático o sistema de cápsulas, “que permite fazer a extração de um café sempre com parâmetros perfeitos”, também há outros momentos indicados para tomar um café de grão, entende Mónica Oliveira.

“Ou até com outras formas de extração, por exemplo um café de balão, que é um ritual mais reservado para os fins-de-semana mas que envolve ali toda uma preparação e sequência de atos mais demorados e que permitem saborear o café de outra forma e ter aqui um ‘slow coffee‘”, acrescenta.

Natural de Lisboa, a diretora de marketing da Delta Cafés sempre viveu no centro da capital até à mudança, há alguns anos, para Azeitão, uma “terra muito simpática”. “É uma vila muito interessante, muito próxima à serra da Arrábida, muito verde e próxima ao mar que é algo que me tranquiliza muito”, diz, acrescentando que viver perto da natureza é algo que valoriza “imenso” e que acaba por “contrabalançar um pouco a azáfama e dinâmica do dia-a-dia”.

É em Azeitão, portanto, que vive com o marido e as duas filhas – Constança, de oito anos, e Laura, de três –, sendo que os momentos que passa em conjunto com a família são o que mais valoriza na vida.

Mas para além disso e para lá da paixão pelo marketing, pelo trabalho das marcas e por gerir equipas, Mónica Oliveira gosta muito de viajar e de conhecer outras culturas (a sua formação de base é em Relação Internacionais), atividade que considera que enriquece qualquer pessoa, tanto pessoal como profissionalmente. “Trazemos sempre algo das viagens que fazemos”, diz a diretora de marketing da Delta Cafés, que nestas férias vai até Marrocos.

Gosta também muito de jardinagem, algo que faz principalmente ao fim de semana. “Gosto muito do contacto com as plantas, com a natureza. É algo que me ajuda muito a relaxar”, afirma.

Além de dançar, gosta também muito de música, algo que esteve sempre presente na sua vida através do seu pai, que era jornalista e que sempre lhe incutiu o gosto e curiosidade pelo conhecimento e espírito crítico, bem como pela música. De entre o seu gosto musical “muito eclético”, elenca entre os seus artistas preferidos nomes como Miles Davis, Amália Rodrigues, Samuel Úria e Arcade Fire.

O percurso profissional foi iniciado na área do grande consumo, onde trabalhou cerca de uma década e que lhe deu a oportunidade para contactar “muito de perto” com a realidade empresarial, algo que a ajudou a “perceber o papel de cada área e que papel cada uma deve ter na cadeira de valor até chegar ao mercado”.

Passou depois pela Killine Optical, uma empresa multinacional, onde trabalhou uma carteira de clientes da Europa e dos Estados Unidos da América e onde teve de identificar “aquilo que seriam as tendências”, trabalhando de forma próxima com as equipas comerciais, numa área muito diferente da sua experiência anterior mas que lhe deu uma “abrangência internacional” e uma “visão global”.

Ingressou no Grupo Nabeiro em 2010, enquanto product manager numa área onde estavam representadas todas as marcas do grupo que não eram cafés (como de águas, cervejas ou sumos). Em 2012 assumiu a responsabilidade pelo marketing da Adega Mayor, onde trabalhou a área de negócio do vinho, percebendo hoje que “há muitas semelhanças entre o vinho e o café“, na medida em que ambos são produtos “muito sensoriais, com foco na origem e naquilo que é o cuidado em preservar todas as caraterísticas do produto (e destacando-as), e no blend, pois tal como se faz a mistura de uvas para o vinho, o mesmo que se faz com o café”.

Em 2015 assumiu a direção de marketing e comunicação da Delta Q, uma “área core” do Grupo Nabeiro, e que “de alguma forma se conseguiu assumir naquilo que é o mercado de cafés em Portugal, como uma marca muito relevante e que democratizou o acesso ao café”.

Desde janeiro deste ano, é responsável pela direção de marketing e comunicação de todas as marcas de café do Grupo Nabeiro, naquele que é um “grande desafio” e uma “grande responsabilidade” ou não fosse a Delta uma marca com um “legado gigante” e que tem uma “afinidade emocional muito grande com os portugueses, com os consumidores e com a comunidade”.

Mónica Oliveira em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Internacionalmente, destaco a campanha “1984” da Apple, que apresentou o Macintosh. É uma campanha genial a todos os níveis e que teve um impacto muito forte na marca, pelo rasgo criativo, pela adequação ao momento social e político que se vivia, pela realização de Riddley Scott, pela inovação mas, sobretudo, pelo que significou para a história da Apple.
A nível nacional, elejo a campanha da Expo 98, “Oceanos, um património para o futuro”. Foi uma campanha marcante para todos os portugueses pelo momento histórico que se viveu, por ajudar a posicionar Portugal como um país relevante na Europa, capaz de organizar eventos à escala mundial. A campanha teve o mérito de destacar a posição geopolítica de Portugal, com os oceanos a desempenharem uma dupla função: como uma parte importante da nossa história e, mais importante, como um elemento chave para o futuro, numa narrativa de preservação dos oceanos. Gerou um sentimento de orgulho em todos nós.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Manter-se fiel aos valores das suas marcas, sem ceder a acontecimentos pontuais que podem ser muito populares, mas que muitas vezes são hypes. É obviamente importante acompanhar tendências, escutar a comunidade e ser relevante enquanto marca, mas é fundamental manter uma coerência que, a longo prazo, se traduza numa perceção de solidez, autenticidade e confiança. Conjugar objetivos de curto prazo e mais táticos com a permanente necessidade de construção de marca é, talvez, um dos maiores desafios que um marketeer pode enfrentar.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

Em primeiro lugar está a marca, é o maior ativo de qualquer organização. Preservar, cuidar e expandi-la, sobretudo quando a responsabilidade recai sobre uma marca como a Delta Cafés, com um património de afetividade junto dos portugueses e com um legado de mais de 60 anos,é uma prioridade.

4 – O briefing ideal deve…

Ser muito objetivo, conciso, identificar claramente os objetivos a alcançar e quais são os resultados esperados são aspetos muito importantes a definir num briefing. O briefing ideal deve também conter, adicionalmente, dois elementos chave: em primeiro lugar deve desafiar a agência e, depois, deve inspirar o envolvimento da agência com a marca.

5 – E a agência ideal é aquela que…

É um prolongamento da equipa de marketing. É cada vez mais importante existir uma relação próxima e de parceria entre as marcas e as agências, sejam elas criativas, de meios, digitais, de comunicação ou outras. Uma agência tem, também, de se deixar desafiar pelo cliente. O cliente é quem melhor conhece a sua marca, o seu negócio e os objetivos a alcançar. Uma agência que consegue ser ágil, estar orientada para os objetivos, ter em conta a estratégia da marca, e não estar focada apenas no processo criativo em si mesmo, torna-se num importante aliado e tem um contributo ativo para o sucesso da marca. A agência ideal é aquela que trabalha com o seu cliente, mas também entende a mais valia de trabalhar em rede com as outras agências do cliente, numa complementaridade e numa abordagem colaborativa e multidisciplinar que muito acrescentam a um projeto ou a uma campanha.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Ambas as atitudes são necessárias. Em determinadas situações é fundamental jogar pelo seguro e trazer racionalidade para a marca. Noutros momentos, é importante arriscar, gerar emoção e deixar marca. Da publicidade espera-se impacto, que crie emoções, que desperte consciências para temas atuais e que alerte para causas sociais. Certamente que estas são áreas que podem
representar riscos para uma marca. É crucial que uma marca evolua e se expanda no sentido de acompanhar as expetativas do consumidor e a evolução da sociedade. É importante, também, que a marca consiga inovar na sua oferta, bem como na forma como comunica e chega às pessoas, mas deverá fazê-lo mantendo-se fiel aos seus valores e cumprindo o seu propósito. Uma marca não deve arriscar apenas para fazer algo novo.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Não são os orçamentos que determinam a qualidade da criatividade, dos projetos ou das campanhas. Um insight criativo pode ser bastante simples e, mesmo assim, ter um grande impacto, e provocar emoções. O foco tem de estar na relação da marca com o consumidor e a comunidade. Eventualmente arriscaria lançar uma campanha à escala global, um momento, uma hora de coffee break mundial.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Uma indústria de muitos talentos, reconhecidos e premiados internacionalmente. O Festival Internacional de Criatividade de Cannes é um excelente exemplo da qualidade do nosso talento e dos nossos profissionais. Portugal é dos países mais reconhecidos, mas a nossa dimensão enquanto país condiciona sempre os investimentos das marcas nestas áreas.

9 – Construção de marca é?

Um trabalho nunca concluído, um processo de longo prazo que tem como objetivo criar relações duradouras entre a marca, a sua comunidade e os seus consumidores. Um trabalho diário em todos os touchpoints da marca, que deve promover a proximidade e a conexão. É fundamental que toda a organização seja costumer centered e que se sinta parte integrante da experiência de marca que queremos proporcionar aos nossos clientes e consumidores.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Provavelmente uma profissão ligada a música. A música faz parte da minha vida desde sempre, é algo que une, liga e aproxima, é uma linguagem universal e intemporal. Provavelmente seria bailarina ou tocaria algum instrumento musical.

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Apoio de 2,5 milhões vai formar mil imigrantes no setor do turismo

  • ECO
  • 5 Agosto 2024

O Governo prevê que a dedicação de 2,5 milhões de euros do orçamento do Turismo de Portugal à formação de imigrantes para trabalharem no setor vai abranger mil pessoas numa primeira fase.

O apoio de 2,5 milhões de euros, retirados do orçamento do Turismo de Portugal, à criação de um “programa de integração de migrantes e refugiados”, conforme anunciado pelo Governo no âmbito da apresentação do plano Acelerar a Economia, vai permitir formar mil pessoas na sua primeira fase, segundo uma estimativa avançada por fonte oficial do Ministério da Economia ao jornal Público.

Sem adiantar datas, a mesma fonte refere que a “formação de mil imigrantes” prevê o “recurso à rede de escolas de hotelaria e turismo do Turismo de Portugal” e “a subsequente realização de estágio numa das empresas de turismo que venham a aderir ao programa”. Mas, enquanto “a disponibilidade e frequência da formação por parte dos imigrantes será paga pelo Turismo de Portugal”, o estágio “será pago pelas empresas”.

O programa, apresentado pelo Executivo a 4 de julho, destina-se a “acolher profissionais, ou não profissionais, para um projeto de formação-integração, visando contribuir para a melhoria das condições de integração dos refugiados e dos migrantes em Portugal”, e a prepará-los para entrarem no setor do turismo. Entre os objetivos deste plano consta ainda o desenvolvimento de “parcerias estratégicas para qualificação e integração de jovens” nos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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Hoje nas notícias: Imigrantes, turismo e Livro Verde

  • ECO
  • 5 Agosto 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo prevê que o apoio de 2,5 milhões de euros, retirado do orçamento do Turismo de Portugal, irá permitir a formação de “mil imigrantes” para trabalharem no setor, pelo menos numa primeira fase. Uma greve dos tripulantes da easyJet entre 15 e 17 deste mês e uma provável paralisação na Groundforce a 31 e 1 de setembro ameaçam o turismo em agosto, o mês mais movimentado nos aeroportos portugueses. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Apoio de 2,5 milhões vai formar mil imigrantes no setor do turismo

A adjudicação de 2,5 milhões de euros do orçamento do Turismo de Portugal à criação de um “programa de integração de migrantes e refugiados”, conforme anunciado em julho pelo Governo no âmbito da apresentação do plano Acelerar a Economia, vai formar mil pessoas na sua primeira fase, segundo uma estimativa avançada por fonte oficial do Ministério da Economia. Sem adiantar datas, a mesma fonte refere que a “formação de mil imigrantes” prevê o “recurso à rede de escolas de hotelaria e turismo do Turismo de Portugal” — o que será pago por esta entidade –, assim como “a subsequente realização de estágio numa das empresas de turismo que venham a aderir ao programa”, a ser pago pelas próprias empresas.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Greve na easyJet e provável paralisação na Groundforce ameaçam turismo em agosto

A greve marcada pelos tripulantes de cabine da easyJet para os dias 15, 16 e 17 deste mês, a par de uma provável paralisação na Groundforce a 31 de agosto e 1 de setembro, ameaçam o turismo em Portugal em agosto. De acordo com a companhia aérea low cost, não serão realizados 164 dos seus 308 voos programados para os três dias de greve. Já a cumprir-se a greve admitida pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) — o segundo mais representado na Groundforce, depois do SITAVA –, existe o potencial para afetar muitas mais transportadoras, dado o caráter transversal desta empresa.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Peritos propõem majoração no IRC de custos com planos de reforma

Os autores do Livro Verde da Segurança Social recomendam que os gastos das empresas com contribuições voluntárias para planos de pensões individuais, detidos pelos seus trabalhadores, passem a ser majorados para efeitos de determinação da matéria coletável em IRC. O objetivo é incentivar as entidades patronais a apostarem mais neste tipo de produtos, obtendo em contrapartida uma vantagem fiscal que não existe atualmente e, dessa forma, reforçar o sistema complementar de pensões na sua componente de planos de pensões individuais, o chamado terceiro pilar.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo e Parlamento com nota positiva dos portugueses

Numa escala de 0 a 5, o Governo e a Assembleia da República tiveram uma nota positiva de 3,1 no barómetro de julho da Intercampus, realizado numa altura em que o Executivo e os partidos iniciaram a negociação do próximo Orçamento do Estado. Ainda assim, não superam a avaliação dos inquiridos ao primeiro-ministro, que teve uma nota de 3,2 e é a que mais cresceu em julho em relação ao mês anterior.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Mais de 9,2 milhões de dias perdidos por absentismo no SNS até junho

Os casos de absentismo no Serviço Nacional de Saúde (SNS) na primeira metade do ano provocaram o equivalente a mais de 9,2 milhões de dias perdidos, dos quais perto de metade devido a doença. Com os serviços de urgência do país a continuarem a encerrar por falta de recursos humanos, enquanto alguns funcionam com equipas mínimas, e várias classes profissionais do setor a denunciarem exaustão, o presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho diz que os gestores “devem tirar conclusões” destes números.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Galp assina contrato de compra de gás natural com americana Cheniere

Petrolífera assinou um acordo de compra e venda de gás natural liquefeito com com a Cheniere para a aquisição, durante 20 anos, de meio milhão de toneladas por ano.

A Galp assinou um acordo com a Cheniere para ter acesso, ao longo de 20 anos, a gás natural norte-americano, anunciou a empresa esta segunda-feira ao mercado. O objetivo é garantir acesso aos competitivos volumes de gás dos EUA, aumentando a flexibilidade e diversidade ao portfólio da petrolífera.

“A Galp assinou um acordo de compra e venda de gás natural liquefeito (GNL) com com a Cheniere Marketing (Cheniere) para a aquisição, durante 20 anos, de meio milhão de toneladas por ano (mtpa)”, lê-se no comunicado publicado na CMVM.

O acordo está sujeito à tomada da decisão final de investimento da segunda unidade de liquidificação do projeto de expansão da unidade Sabine Pass, no Louisina, que está atualmente em desenvolvimento.

De acordo com a Galp, este também inclui acesso a “um número limitado de cargas antecipadas, a partir de 2027 e até ao início da segunda unidade de liquidificação”.

“Os volumes da Galp serão adquiridos numa base FOB (Free on Board) e cotados indexados ao Henry Hub mais uma taxa fixa de liquefação”, acrescenta o mesmo comunicado.

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Os autarcas congratulam-se com o facto de ter sido cumprida a vontade dos municípios onde será instalado o parque eólico do Cluster de Maestrazgo

  • Servimedia
  • 5 Agosto 2024

Os presidentes das Câmaras Municipais de El Maestrazgo e Gúdar-Javalambre manifestaram a sua satisfação pela aprovação da Autorização Administrativa de Construção do parque eólico de Teruel.

Numa declaração institucional, os presidentes destes municípios afirmam que “se cumpre assim a vontade dos municípios onde se desenvolverá o projeto e da grande maioria dos seus vizinhos”, e recordam que o modelo de projetos de energias renováveis foi apoiado nas urnas, tanto nas eleições locais e regionais, como nas eleições europeias. Além disso, afirmam que é “a forma de revitalizar as nossas cidades e aldeias e a única e última alternativa viável para garantir o seu futuro e evitar o seu desaparecimento”.

Os municípios festejam, por isso, a aprovação em Conselho de Ministros, a 23 de julho, de um projeto que permitirá aos seus vizinhos não só “ver os moinhos de vento das aldeias vizinhas, mas também usufruir dos recursos económicos que este projeto trará”. Não é de estranhar que o parque eólico traga aos municípios onde está instalado benefícios importantes e milionários através de impostos e taxas municipais, que serão utilizados em “serviços e equipamentos que melhorarão significativamente a vida de todos os habitantes”.

Os autarcas estão convencidos de que o projeto “vai gerar emprego e riqueza nas regiões de Maestrazgo e Gúdar-Javalambre” e que vai ajudá-los a “fixar e atrair população, bem como novas empresas e projetos para o território”.

Estes autarcas afirmam ainda que irão garantir que o projeto se desenvolva nos termos que negociaram “durante anos, procurando sempre o melhor” para os seus municípios e vizinhos.

SESSÃO PLENÁRIA DO TERUAL

Os conselheiros que fazem parte da associação Viento Alto (La Iglesuela del Cid, Cantavieja, Mirambel, Bordón, La Cuba, Tronchón, Fortanete, Villarluengo e Puertomingalvo) também estiveram presentes na sessão plenária do Conselho Provincial na semana passada, na qual a proposta de rejeição da decisão do Conselho de Ministros de autorizar o Cluster de Maestrazgo teve apenas três votos a favor, correspondentes aos três deputados de Teruel Existe.

Assim, tanto os seus próprios parceiros de governo (PP e PAR) como a oposição (PSOE) apoiaram a construção deste parque eólico, votando contra a proposta. Uma decisão que foi aplaudida por estes autarcas e que subscreve a vontade das câmaras municipais.

 

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O dia em direto nos mercados e na economia – 5 de agosto

  • ECO
  • 5 Agosto 2024

Wall Street abriu a sessão desta segunda-feira a afundar até 5%, no seguimento da pressão vendedora que está a castigar as bolsas em todo o mundo, perante os receios dos investidores com uma recessão.

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Verbas do fundo de compensação incentivam empresas a dar formação aos trabalhadores

Dos oito milhões já levantados do FCT pelos empregadores, maior parte serviu para apoiar formação. Diretor-geral da escola FLAG revela que há maior abertura das empresas para investir em formação.

Os empregadores portugueses estão a usar as verbas do Fundo de Compensação do Trabalho, sobretudo, para dar formação aos seus trabalhadores. Os dados disponibilizados ao ECO pelo Ministério do Trabalho já o tinham sinalizado e agora o diretor-geral da FLAG – uma escola dedicada à formação em design, marketing digital e comunicação – vem adiantar que, à boleia deste fundo, tem notado uma “crescente interesse e capacidade” das empresas em investir na formação dos seus trabalhadores.

“As empresas estão mais disponíveis para dar formação aos seus profissionais, cientes da importância destas ações para o sucesso do negócio, para a inovação da organização, para a capacidade de respostas aos grandes desafios que se levantam. A forma como estão a aceder ao Fundo de Compensação do Trabalho é bem exemplificativa desta dinâmica e motivação“, sublinha Gabriel Augusto, em declarações ao ECO.

Na visão deste especialista, a formação começa a ser percebida como um trunfo não apenas para que as empresas sejam mais produtivas e competitivas, mas também para atrair e reter talento.

Além disso, o diretor-geral avança que muitas empresas têm procurado não só atualizar as competências de que os profissionais já dispõem, como também muni-los de novas habilidades, preparando-os para os desafios do futuro. “Dessa forma, garante-se uma força de trabalho mais qualificada e adaptada às exigências do mercado”, argumenta o responsável.

Quanto às competências mais destacadas, neste momento, Gabriel Augusto ressalva que “tudo depende do setor e da dimensão da organização“, daí a importância dos programas feitos à medida que a FLAG tem disponibilizado às empresas.

Ainda assim, há a realçar, avança, que há áreas mais quentes transversais em termos de formação, como a liderança, a resolução de problemas com design thinking, a gestão de projeto, a inovação e gestão e mudança, bem como o marketing digital, a análise de dados e a inteligência artificial.

Quando toda a equipa tem acesso a novas competências, a capacidade de inovação da empresa é significativamente otimizada. Com uma formação diversificada, a empresa torna-se mais resiliente.

Gabriel Augusto

Diretor-geral da FLAG

O diretor-geral acrescenta também que a formação tem sido dada não apenas às lideranças, mas à globalidade da força de trabalho, de modo a “garantir que todos os membros da organização estão capacitados e alinhados com as novas competências e tecnologias”.

“Ao garantir uma ampla formação transversal, as empresas garantem que toda a equipa está devidamente atualizada, com uma clara cultura de colaboração onde todos os membros da equipa podem contribuir de maneira mais eficaz e integrada. A capacidade de inovação da empresa é significativamente otimizada“, salienta Gabriel Augusto.

O responsável afirma ainda que a formação é uma forma de reforçar a resiliência das empresas, admite que há custos associados que não podemos ignorar, mas atira: “O reconhecimento da formação como um investimento com retorno e não apenas um custo tem vindo a crescer, destacando-se cada vez mais a sua importância numa estratégia viável e de futuro.”

O Fundo de Compensação do Trabalho foi criado durante o período da troika para cobrir uma parte das compensações por despedimento. Foi, contudo, convertido recentemente. E os 600 milhões que aí estavam têm estado agora à disposição dos empregadores que para ele descontaram.

Segundo adiantou ao ECO o Ministério do Trabalho, desde fevereiro foram levantados mais de oito milhões de euros, dos quais 5,1 milhões de euros para apoiar a formação dos trabalhadores.

Cheque de formação digital com “procura bastante elevada”

Gabriel Augusto é diretor-geral da escola FLAG.

Fora do âmbito das empresas, os trabalhadores podem por eles próprios apostar na sua formação com o apoio, nomeadamente, do cheque de formação digital, que lhes garante até 750 euros a quem faça programas em áreas como cibersegurança e o marketing digital.

Aquando da abertura das candidaturas desta medida, o diretor-geral da FLAG já tinha adiantado ao ECO que a procura estava a ser forte e agora, quase um ano depois, garante que tem sido mesmo “bastante elevada“. “Acreditamos que tem permitido o acesso a formação a muitos indivíduos que, de outra forma, poderiam ficar excluídos dado a constrangimentos financeiros”, declara o responsável, deixando elogios a esta iniciativa.

Apesar de ter gerado muito interesse, o cheque de formação digital tem afastado alguns candidatos por causa dos custos, isto é, o tal cheque de 750 euros só chega às mãos do trabalhador após a conclusão da ação de formação, o que significa que este tem de adiantar a verba e só depois é reembolsado.

Esses constrangimentos nunca são positivos, em especial junto dos interessados que tenham maiores dificuldades financeiras para fazer face a ações deste cariz.

Gabriel Augusto

Diretor-geral da FLAG

“Esses constrangimentos nunca são positivos, em especial junto dos interessados que não exercem atualmente quaisquer funções profissionais ou de baixo perfil, ou seja, que tenham maiores dificuldades financeiras para fazer face a ações deste cariz”, comenta Gabriel Augusto.

Do lado do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), numa conferência no final de outubro, Luís Manuel Ribeiro avisou os candidatos que não precisam de correr qualquer risco, uma vez que podem apresentar uma candidatura para uma ação de formação ainda por iniciar e só avançar com ela quando tiverem o “sim”, que tem de ser dado até 30 dias após a apresentação da candidatura.

Também o então secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, realçou os riscos diminutos deste modelo e explicou que o Governo de António Costa escolheu não avançar com o pagamento prévio das ações uma vez que tal exigiria uma estrutura burocrática bem mais robusta.

Os dados mais recentes disponibilizados ao ECO revelam que só 1.417 candidaturas ao cheque de formação digital receberam “luz verde” até agora. A meta era chegar aos 25 mil formandos até setembro do próximo ano, de acordo com o acordado com Bruxelas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, que financia a medida.

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Mais de 1.800 jovens já usaram vouchers do programa de viagens de comboio e dormidas gratuitas em Portugal

Programa de viagens grátis em Portugal para jovens que terminaram o 12º ano emitiu, desde janeiro, 5.120 vouchers, dos quais 1.822 já foram utilizados.

Mais de 1.800 jovens já utilizaram os vouchers do programa de viagens grátis de comboio e dormidas nas Pousadas de Juventude, lançado pelo ex-primeiro-ministro, António Costa, e que entrou em vigor no início deste ano.

O programa “ANDA (Conhecer Portugal)” foi lançado pelo anterior Governo no âmbito de um pacote de medidas para a juventude, sendo desenvolvido em parceria com a CP – Comboios de Portugal, e permite que os jovens viajem durante sete dias com viagens de comboio ilimitadas e dormir seis noites na rede de Pousadas de Juventude (com um mínimo de duas noites por Pousada).

De acordo com informação disponibilizada pela Movijovem ao Governo, a 11 de julho de 2024 encontravam-se emitidos 5.120 vouchers, dos quais 1.822 já tinham sido utilizados. A informação foi remetida pelo Ministério da Juventude e Modernização aos deputados, após o PS questionar o estado de execução do programa.

Segundo o Ministério tutelado por Margarida Balseiro Lopes, o portal “andaconhecerportugal.pt” registou aproximadamente 40.000 acessos desde o início do programa.

O programa abrange os jovens que tenham terminado o 12º ano no ano letivo de 2022/2023 e venham a terminar no final dos anos letivos em 2024 e 2025, tendo como objetivo dar “a oportunidade de conhecer a diversidade cultural e o património histórico e natural do seu país através das Pousadas de Juventude e dos Comboios de Portugal, enriquecendo as experiências de viagem e de lazer”.

Além das viagens de comboio, a iniciativa inclui seis noites em Pousadas de Juventude, com exceção da Pousada de Melgaço, Viseu, Serra da Estrela, Braga, Setúbal e Arrifana, que não estão incluídas, de acordo com a informação disponibilizada no portal.

O atual Governo assinala que foi o anterior Governo que criou o projeto e “determinou que seriam elegíveis todos os jovens residentes em Portugal que concluíssem o ensino secundário nos anos letivos 2022/2023, 2023/2024 e 2024/2025, em Portugal”, garantido que a “Movijovem não faz qualquer discriminação em função do sistema de ensino“.

No entanto, indica que “desde o início do programa foram registados constrangimentos na validação das habilitações académicas e equivalência dos vários sistemas de ensino”.

“Para responder a este problema, a Movijovem implementou um sistema complementar de tratamento manual dos pedidos na expectativa de poder assegurar uma resposta positiva a todos aqueles que, tendo direito, pretendam aceder ao ANDA”, explica.

A iniciativa inscrita no Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) tem um investimento de cerca de quatro milhões de euros para 2024.

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#1 As férias de João Bento. A família e a jardinagem

  • ECO
  • 5 Agosto 2024

O CEO dos CTT nunca desliga totalmente, mas assegura que nada fica parado durante as férias. Vai dedicar-se à família e ao lazer, com golfe e bricolage no roteiro, antes de uma "peak season" recorde.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Com a carreira “feita”, aos 63 anos, o CEO dos CTT vai de férias com outras prioridades: “estar mais focado na família e no lazer”, ainda que sem desligar totalmente. João Bento repousa a “pensar na vida” e no muito que ainda tem para fazer, antes de um regresso marcado pela “incontornável aproximação” do período de pico nas encomendas. Jardinagem, bricolage, praia e golfe estarão no roteiro, assim como aproveitar a companhia dos netos. Mas uma coisa não vai mudar: continuará a acordar cedo, mesmo que se tenha deitado tarde.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Vou levar dois livros de autores próximos, ambos editados este ano: um deles é “O Diplomata”, do meu amigo e vizinho Miguel Almeida Fernandes; o outro, não por acaso editado pelos CTT, é “O Mestre e o Correio-Mor”, do meu amigo de juventude Luís Cabral.

Quanto a podcasts, tenho identificados uns quantos episódios do Lex Friedman Podcast, de que gosto muito porque frequentemente abordam temas na fronteira dos meus interesses como gestor e (ex-)académico.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Nunca desligo totalmente apesar de saber que as equipas não precisam de mim.

Não sinto essa necessidade nem faço esse esforço. Tento garantir antecipadamente que nada fica parado pelas minhas férias, mas estou sempre disponível e quase sempre contactável.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

As férias são um momento para me afastar das rotinas (exceto da rotina de me levantar muito cedo, mesmo quando me deito tarde) e de estar mais focado na família e no lazer, em particular, nos meus netos, no jardim, na minha bricolage, na praia e no golfe. Há, pois, muito tempo para pensar em tudo o que preenche a nossa vida. Isso inclui, obviamente, alguma reflexão a que podemos chamar de “estratégica”.

Já a ideia de “carreira” é um conceito de que me sinto distante. No meu caso, será mesmo uma coisa que apela ao passado, pois a minha “carreira” já está, em larga medida, feita. Não requer grande reflexão prospetiva.

Prefiro pensar na vida e no muito que ainda tenho para fazer.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

A incontornável aproximação da peak season, em que esperamos voltar a bater recordes de volumes de encomendas, afirmando a nossa liderança em Portugal e a ganhar quota de mercado em Espanha, consolidando uma rota de transformação com crescimento talvez ímpar no setor postal europeu.

E talvez, também, algum interesse crescente relativamente ao nosso banco e ao seu sucesso enquanto banco de retalho simples e descomplicado, que já vai em 700 mil clientes fiéis e satisfeitos.

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Diretiva europeia “insuficiente” para proteger portugueses na subida dos juros do crédito à habitação

Diretiva europeia sobre crédito hipotecário, criada há dez anos, revelou "insuficiência" para dar resposta "adequada" à proteção dos consumidores face à subida da Euribor em 2022 e 2023.

A regulamentação europeia sobre contratos de crédito à habitação, implementada na ressaca da crise financeira de 2012, não protegeu os consumidores portugueses da subida abrupta das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) em 2022 e 2023. A conclusão é de Mariana Fontes da Costa, professora de direito, num paper publicado pelo Banco de Portugal (BdP), que defende uma revisão da diretiva.

Para controlar a inflação, o BCE subiu as taxas de juro no ritmo mais rápido desde a criação da moeda única, com 11 aumentos que levaram as taxas de -0,5% para 4%. A rápida subida da Euribor entre 2022 e 2023 levou a um aumento acentuado dos custos a suportar pelas famílias portuguesas com o crédito à habitação, num crescimento da prestação que chegou a ascender a cerca de 35% em 2023.

O paper de Mariana Fontes da Costa, intitulado “A diretiva do crédito hipotecário: lições do passado e prognósticos para uma (possível) revisão futura”, divulgado na Revista de Estudos Jurídicos do regulador português, conclui que a diretiva europeia de contrato hipotecário, implementada em 2014, foi insuficiente no caso português, levando o Governo a tomar medidas excecionais para mitigar o impacto juntos das famílias do aumento dos juros.

A diretiva foi criada há dez anos, após a crise financeira dos anos de 2012/2013, que se fez sentir de forma “especialmente intensa” em Portugal e Espanha, onde muitas famílias sem condições de pagar a prestação ao banco viram a hipoteca executada, ficando a braços com o remanescente da dívida, devido à insuficiência da garantia prestada para o seu total ressarcimento. Na altura, foi adotada uma estratégia europeia de harmonização mínima, o que permitiu aos países, caso o decidissem, manter ou introduzir disposições mais restritivas.

No caso português, na transposição o objetivo foi “desincentivar a adoção dos comportamentos de risco e as práticas irresponsáveis de concessão de crédito que estiveram na origem da crise económico-financeira de 2007”.

No entanto, a professora de Direito da Faculdade do Porto e Investigadora integrada do Centro de Investigação Interdisciplinar em Justiça (ICJ) alerta que existiu “insuficiência da diretiva para dar resposta adequada às perturbações e desproteção dos consumidores perante oscilações acentuadas do índice de referência nas taxas de juro variáveis ou mistas“.

Existiu insuficiência da diretiva para dar resposta adequada às perturbações e desproteção dos consumidores perante oscilações acentuadas do índice de referência nas taxas de juro variáveis ou mistas

Mariana Fontes da Costa

Em Portugal, em março de 2023, a percentagem de contratos de crédito à habitação permanente com taxa de juro em Portugal foi inferior a 5% (4,2% em maio de 2024), enquanto a de créditos à habitação a taxa de juro variável representaram mais de 75% da totalidade de contratos celebrados nesse período (72% em maio de 2024).

“Isto coloca Portugal como o Estado-membro com a maior taxa de empréstimos à habitação celebrados com taxa de juro variável na União Europeia, com grande distância do segundo lugar, ocupado por Espanha”, assinala Mariana Fontes da Costa.

O artigo destaca que, sendo o indexante de referência em Portugal a Euribor a 12 meses (seguida da Euribor a 6 meses), ao longo dos últimos sete anos (período de tempo largamente inferior ao tempo médio de duração de um empréstimo à habitação), os consumidores-mutuários portugueses viram-se confrontados com dois cenários “diametralmente opostos”: as taxas Euribor negativas, entre 2017 e 2021, por um lado; e a subida abrupta da Euribor entre 2022 e 2023, por outro lado.

Ao longo dos últimos sete anos, os consumidores-mutuários portugueses viram-se confrontados com dois cenários “diametralmente” opostos

Para responder ao primeiro cenário — taxas negativas entre 2017 e 2021 –, o legislador impôs a obrigação de o valor negativo apurado ser deduzido ao capital em dívida na prestação vincenda. Uma solução que Mariana Fontes da Costa considera ser “claramente favorecedora do consumidor-mutuário” e que “parece não só descaracterizar a natureza necessariamente onerosa do mútuo bancário, como contrariar a própria natureza da obrigação de juros como rendimento do capital e até mesmo descaracterizar o próprio tipo legal do contrato”.

Já o segundo cenário, com o impacto da subida abrupta da Euribor entre 2022 e 2023, tornou “clara a insuficiência das soluções preconizadas pela Diretiva 2014/17/UE para acautelar a proteção dos consumidores-mutuários perante cenários de subidas acentuadas da taxa de juro e que assentam, como referimos supra, em larga medida em deveres de informação e comunicação por parte dos mutuantes”.

Análise da Comissão Europeia em curso

A eficácia e adequação da diretiva estão em análise pela Comissão Europeia, de modo a decidir uma eventual revisão, assinala a autora do estudo.

“Este processo, que estava anunciado ser concluído no primeiro trimestre de 2024, encontra-se ainda em curso, não havendo, de momento, expectativas cronológicas e substantivas seguras do seu desfecho”, refere.

Para a autora, “embora compreensível e até justificável” a “natureza” da diretiva, a opção por um regime de harmonização mínima em matéria de crédito hipotecário “trouxe consequências ao nível do sucesso das aspirações da União Europeia para a criação de um mercado juridicamente homogéneo de crédito à habitação”.

“Na verdade, não só se mantiveram muitas das divergências já previamente existentes, em função dos diferentes graus de protecionismo jurídico em que se encontravam as legislações dos Estados-Membros à data da elaboração da diretiva, como essas diferenças até se acentuaram, em alguns casos“, aponta.

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“Seria um escândalo não reconduzir Centeno”, diz Ricciardi

José Maria Ricciardi defende o papel de Mário Centeno no Banco de Portugal e considera que se não houver uma recondução, estará em causa "um saneamento político".

Mário Centeno fez um anúncio surpreendente ao revelar, no podcast Bloco Central, que estava a trabalhar para ser nomeado pelo Governo para um segundo mandato como governador do Banco Central, uma posição de pressão direta sobre Joaquim Miranda Sarmento, e tem agora um apoio inesperado. “Seria um escândalo não reconduzir Centeno“, afirma José Maria Ricciardi ao ECO. O antigo banqueiro – foi presidente do BESI e é fundador da boutique de consultoria Optimal – entendeu assumir uma posição pública de defesa do ex-ministro das Finanças, pelo papel que teve em Portugal e da sua relevância internacional como presidente do Eurogrupo.

O governador do Banco de Portugal entrou em funções em 2019 e o mandato termina em julho do próximo ano, mas sabe-se que há divergências profundas com o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, a quem cabe propor o nome de um governador para um segundo mandato. Para Ricciardi, “o papel de Centeno, como ministro das ‘contas certas’ e como governador, com a solidez da banca, além do seu prestígio internacional“, justificam a renovação do mandato. “Se não o fizerem, será um saneamento político”, critica o antigo banqueiro que, em maio, ganhou uma batalha judicial, juntamente com outros cinco ex-gestores e recuperou o património anteriormente arrestado no âmbito do caso BES.

Na semana em que o ministro das Finanças indicou um novo administrador para o Banco de Portugal, Mário Centeno fez uma declaração surpreendente, tendo em conta o contexto politico e a mudança de governo. “Estou a desempenhar o cargo de governador para chegar a julho do ano que vem em condições de ter um segundo mandato“, afirmou no podcast ‘Bloco Central’, com Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes e moderado pelo jornalista Paulo Baldaia. E tem vontade de continuar como governador? “Tenho”, respondeu.

Como Centeno salientou no referido podcast, a decisão de continuidade no Banco de Portugal depende da sua vontade, mas em última análise da decisão de Joaquim Miranda Sarmento e do Governo. E o sinal que o ministro das Finanças deu esta semana não vai no mesmo sentido. Nos corredores do Banco de Portugal, sabe-se que o governador defende que o administrador Hélder Rosalino deveria sair no momento em que termina o mandato, em setembro próximo, mesmo que o Governo não tenha indicado um substituto. No entanto, quando o ministro das Finanças nomeia já um novo administrador, notícia em primeira mão do ECO, para preencher todos os lugares previstos na lei orgânica, está na prática a dizer também que haverá um substituto de Rosalino.

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