Euronext expulsa BPI do PSI-20. Sobram 17

O BPI está fora do PSI-20 devido à reduzida liquidez que apresenta em bolsa, depois de o CaixaBank ter ficado com 85% do capital do banco, anunciou a Euronext. Sobram 17 cotadas no índice nacional.

“O que sei é que a Allianz não vendeu”, disse Gonzalo Gortázar. A seguradora que detém cerca de 8% do capital do BPI não aceitou a proposta do CaixaBank, ficando com uma posição que reduz fortemente a liquidez das ações do banco português na bolsa nacional. E por causa disso, a Euronext decidiu esta quarta-feira excluir o BPI BPI 0,00% do PSI-20, que fica novamente com 17 cotadas a partir desta sexta-feira.

“A Euronext comunica que, na sequência dos resultados alcançados na Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI, e face à informação disponível à data, foi decidida a exclusão das ações do Banco BPI do índice PSI 20, com data efetiva a 10 de fevereiro“, informou esta quarta-feira a Euronext, dona da bolsa de Lisboa.

O CaixaBank ficou com 84,52% do capital na OPA em que ofereceu 1,134 euros por ação. Isabel dos Santos, o Grupo Violas e outros pequenos acionistas venderam, mas a Allianz não. “O que eu sei é que a Allianz não vendeu. O resto são acionistas minoritários de menor peso”, disse o administrador delegado do CaixaBank na apresentação dos resultados da OPA. O ECO sabe que a seguradora alemã manteve a posição de 8,64% no banco após a operação.

"A Euronext comunica que, na sequência dos resultados alcançados na Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI, e face à informação disponível à data, foi decidida a exclusão das ações do Banco BPI do índice PSI 20, com data efetiva a 10 de fevereiro.”

Euronext

Seja como for, o BPI vai continuar em bolsa. É que o CaixaBank não conseguiu atingir nem os 90% do capital, nem os 90% dos títulos que se propunha comprar, como exige o Código de Valores Mobiliários, pelo que não pode lançar uma oferta potestativa. O banco fica em bolsa, mas com poucos títulos. E com um acionista como a Allianz, o capital disponível no mercado é ainda mais reduzido, motivo pelo qual a Euronext decidiu excluir o BPI do seu índice de referência.

Com esta decisão, o principal índice português passa de 18 para 17 cotadas, sendo que um substituto apenas será promovido na revisão anual do índice, que ocorre apenas em março.

Questionado sobre se fará sentido manter o banco português cotado na bolsa nacional apesar da baixa liquidez, Gonzalo Gortázar afirmou que “a intenção é manter o banco em bolsa”. No entanto, o administrador delegado diz que “temos de analisar se a liquidez é suficiente”. E “que alternativas temos”, rematou.

(notícia atualizada às 20h36)

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BPI tem novo CEO espanhol, Ulrich passa a chairman

Pablo Forero, atual diretor geral do CaixaBank, é o nome indicado pelo grupo espanhol para a liderança executiva do BPI. Já Fernando Ulrich passa a presidente do conselho de administração.

Fernando Ulrich, Artur Santos Silva, Gonzalo Gortázar e Pablo Forero durante a apresentação dos resultados da OPA do CaixaBank sobre o BPI.Paula Nunes/ECO

Nova vida no BPI. O CaixaBank vai propor o nome de Pablo Forero para o cargo de presidente da Comissão Executiva do banco português, enquanto Fernando Ulrich é o nome escolhido pelo grupo espanhol para as funções de chairman. Mudanças que surgem depois de o banco catalão ter finalizado esta semana com sucesso a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI.

Ulrich abandona a posição de CEO depois de 13 anos naquele cargo. É agora substituído por Pablo Forero, diretor-geral do CaixaBank, cuja equipa integra desde 2009. De resto, Forero acompanhou esta quarta-feira o presidente do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, na viagem a Lisboa para a apresentação dos resultados da OPA catalã.

Mas há mais mudanças no seio da estrutura governativa do BPI a propor aos acionistas em assembleia geral a realizar no dia 26 de abril. Até agora presidente do Conselho de Administração, Artur Santos Silva passa a Presidente Honorário e presidente de uma nova comissão do Conselho de Administração dedicada à responsabilidade social.

Adicionalmente, da nova equipa de gestão saem Maria Celeste Hagatong e Manuel Ferreira da Silva. Além do CEO Pablo Forero, a comissão executiva proposta pelo CaixaBank conta com José Pena do Amaral, Pedro Barreto, João Oliveira Costa, Alexandre Lucena e Vale, António Farinha de Morais, Francisco Manuel Barbeira, Ignacio Alvarez Rendueles e Juan Ramon Fuertes.

"O banco agradece a Fernando Ulrich “a contribuição fundamental que deu ao longo de 34 anos para a afirmação, prestígio e resultados do banco. (…) Reconhece, em especial, o decisivo desempenho de Ulrich e da equipa executiva no período mais difícil da crise financeira.”

Banco BPI

CMVM

Em relação ao conselho de Administração, que será agora liderado por Ulrich, saem Armando Leite de Pinho, Carlos Moreira da Silva e Mário Leite da Silva, sendo composta pelos seguintes nomes: Pablo Forero (vice-presidente), António Lobo Xavier (vice-presidente), Alexandre Lucena e Vale, António Farinha de Morais, Carla Bambulo, Francisco Manuel Barbeira, Gonzalo Gortázar, Ignacio Alvarez Rendueles, João Oliveira Costa, José Pena do Amaral, Javier Pano, Juan Antonio Alcaraz, Juan Ramon Fuertes, Lluis Vendrell, Pedro Barreto, Tomás Jervell e Vicente Tardio (vogais).

No comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco agradece a Fernando Ulrich “a contribuição fundamental que deu ao longo de 34 anos para a afirmação, prestígio e resultados do banco”. “Reconhece, em especial, o decisivo desempenho de Ulrich e da equipa executiva no período mais difícil da crise financeira“, destaca o conselho de administração do banco português.

O CaixaBank passou a controlar 84,52% do capital do BPI na sequência da oferta que lançou sobre a instituição portuguesa. Este resultado, anunciado esta quarta-feira, na Euronext Lisboa, não permite ao banco catalão avançar com a aquisição potestativa das restantes ações.

(notícia atualizada às 18h33)

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Gortázar: “Queremos manter o BPI em bolsa”

  • Rita Atalaia
  • 8 Fevereiro 2017

O banco liderado por Fernando Ulrich realiza uma conferência de imprensa sobre a OPA do CaixaBank pelo BPI. Isto depois de se saber que o banco espanhol ficou com 84,5%. Acompanhe aqui em direto.

O banco liderado por Fernando Ulrich realiza uma conferência de imprensa sobre a Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank pelo BPI. Isto depois de se saber que o banco espanhol ficou com 84,52% do BPI na OPA. O resultado anunciado esta quarta-feira, na Euronext Lisboa, não permite ao banco catalão avançar com a aquisição potestativa das restantes ações. O banco fica em bolsa, mas com muito menos liquidez. Acompanhe aqui em direto.

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OPA: BPI fica, ou BPI vai (embora da bolsa de Lisboa)?

A OPA acabou. Falta saber o resultado final. Muitos venderam, mas falta saber ao certo quantos. E isso é importante? É. Pode fazer a diferença entre o BPI ficar ou não na bolsa de Lisboa.

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI chegou ao fim. Desde grandes acionistas, como Isabel dos Santos ou o Grupo Violas, até pequenos investidores, quase todos venderam as ações pelos 1,134 euros oferecidos pelo banco espanhol. A OPA foi um sucesso, com os catalães a tomarem o controlo da instituição. A dúvida é com quantos títulos ficaram ao todo. E se o banco vai continuar cotado na bolsa nacional, ou Lisboa diz adeus a mais uma empresa cotada.

Isabel dos Santos deixou de ser acionista do BPI: a empresária angolana deu uma ordem de venda da participação de 18,5% que tinha no BPI, já o Grupo Violas, maior acionista português do BPI, vendeu a posição de 2,681% no capital do banco, ficando com apenas dez mil títulos, já Octávio Viana, presidente da ATM, revelou que “a esmagadora maioria [dos pequenos investidores] aceitou a oferta“, mantendo alguns títulos para eventuais processos judiciais no futuro.

O CaixaBank tinha 45% do BPI antes da oferta. Bastava-lhe comprar um pouco mais para assumir o controlo do banco, mas garantiu bem mais do que 50% dos títulos. A dúvida é se conseguiu obter o suficiente para poder avançar com a compra potestativa dos títulos remanescentes. A ideia do CaixaBank não era fazê-lo, mas no prospeto da oferta também não fechou a porta (página 50) a, se atingir as percentagens necessárias, retirar o banco do mercado.

“É intenção do oferente que a sociedade visada continue a ter as ações admitidas à negociação em mercado regulamentado após a liquidação da oferta, contando com aqueles acionistas – incluindo os que estejam representados no órgão de administração da sociedade visada – que decidam não vender as suas ações na oferta”, refere. Contudo, caso atinja os patamares definidos pelo Código de Valores Mobiliários, a instituição liderada por Gonzalo Gortázar comprará o resto, deixando a Euronext Lisboa com menos uma cotada. E o PSI-20 com um problema.

Para retirar o BPI da bolsa de Lisboa, o CaixaBank necessita de superar 90% dos direitos de voto correspondentes ao capital social do banco liderado por Fernando Ulrich — terá, pelo menos, conseguido ficar com mais de 80% dos títulos do banco na OPA. Mas só isso não chega. As regras do mercado dizem que para avançar com uma oferta potestativa, é preciso também que tenha conseguido também alcançar 90% dos direitos de voto abrangidos pela oferta.

"É intenção do oferente que a sociedade visada continue a ter as ações admitidas à negociação em mercado regulamentado após a liquidação da oferta, contando com aqueles acionistas – incluindo os que estejam representados no órgão de administração da sociedade visada – que decidam não vender as suas ações na oferta.”

CaixaBank

Prospecto da OPA ao BPI

Assim, para cumprir com a primeira parte, o CaixaBank terá de conseguir com que lhe sejam imputados direitos de voto correspondentes a 1.311.231.814. Para conseguir cumprir com a segunda parte — obter 90% do capital objeto da oferta — tem de conseguir comprar 714.632.264 títulos do banco na OPA. Nesse caso, “o oferente reserva-se o direito de recorrer ao mecanismo da aquisição potestativa (…), o que implicaria a imediata exclusão da negociação em mercado regulamentado”. A compra desses títulos terá de ser feita pelo valor da OPA: 1,134 euros.

E mesmo que o CaixaBank decida não exercer esse mecanismo, ainda que as condições exigidas sejam alcançadas, poderão os investidores fazer a alienação potestativa. Caso o “oferente venha a decidir não utilizar o mesmo, cada um dos titulares das ações remanescentes do BPI pode, nos três meses subsequentes ao apuramento dos resultados da oferta pública de aquisição (…), exercer o direito de alienação potestativa. Mais uma vez, o valor será o mesmo da OPA.

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Isabel dos Santos sai do BPI e ganha 80 milhões

Está desfeito o mistério: Isabel dos Santos aceitou vender a posição no BPI ao CaixaBank e tem uma mais-valia superior a 80 milhões de euros.

Isabel dos Santos deixou de ser acionista do BPI: a empresária angolana deu ontem uma ordem de venda da participação de 18,5% que tinha no BPI na Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank a 1,134 euros por ação, revelou ao ECO em primeira mão uma fonte conhecedora do processo. Contas feitas, entrou em 2009, saiu em 2017 e ganhou mais de 80 milhões de euros.

Com base nas comunicações realizadas ao mercado de participações qualificados ocorridas ao longo destes anos, a mais-valia de Isabel dos Santos resulta da venda da atual participação e também dos dividendos entretanto ganhos, de cerca de 12,6 milhões de euros, referentes aos anos de 2008 e 2009.

A empresária não ganha apenas com a venda da posição no BPI. Isabel dos Santos passou a controlar a maioria do capital do BFA, através da Unitel, o maior banco angolano que estava, até há poucas semanas, sob domínio do BPI. Mário Silva, aliás, é um gestor de confiança de Isabel dos Santos e presidente da Fidequity, passou a ser o chairman do BFA e substituição de Fernando Ulrich.

Com a decisão de Isabel dos Santos, está garantido o sucesso da OPA do CaixaBank sobre o BPI. Os catalães, recorde-se, já controlam cerca de 45% do capital do banco liderado por Fernando Ulrich.

Já hoje, o ECO revelou que o maior acionista português, o grupo Violas, também deu ordem de venda para a sua participação de 2,6% do capital.

O resultado da oferta será apurado em Sessão Especial de Mercado Regulamentado da Euronext Lisbon, que terá lugar amanhã, dia 8 de fevereiro.

O BPI registou um aumento de 32,5% dos lucros para 313,2 milhões de euros em 2016.

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Vender na OPA ao BPI? Só até hoje

Termina esta terça-feira o período da oferta pública de aquisição do CaixaBank sobre o BPI. Se quiser vender as suas ações, pode fazê-lo até às 15h30.

Termina esta terça-feira o período da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI. Se tem ações do banco português e deseja vendê-las ao grupo catalão ao preço de 1,134 euros, tome nota: só o poderá fazer até às 15h30, uma hora antes do fecho da bolsa.

As ações do BPI fecharam a cair 2,21% para os 1,106 euros. Ou seja, o banco negoceia com uma cotação 2,47% (ou 2,8 cêntimos) abaixo do preço da oferta espanhola, o que não reflete tanto a desconfiança dos investidores em relação ao sucesso da operação, mas antes a incerteza que poderá seguir-se à OPA.

De resto, os analistas até estão confiantes quanto ao êxito da operação que vai colocar o BPI em mãos espanholas. Também Gonzalo Gortázar, presidente do CaixaBank, manifestou a sua confiança aquando da apresentação dos resultados do banco com sede em Barcelona: “Esperamos que o resultado da OPA, que termina na próxima semana, seja satisfatório”.

Caso prefira conservar as suas ações, também está no seu direito. Ainda assim, os analistas alertam para os riscos de não vender na OPA. “Pode ser posteriormente sujeito a uma oferta potestativa ou, na sua ausência, manter uma posição no capital do banco aceitando a menor liquidez que poderá haver em bolsa na sua negociação”, referiu a Patris.

O resultado da oferta será apurado em Sessão Especial de Mercado Regulamentado da Euronext Lisbon, que terá lugar na próxima quarta-feira, dia 8 de fevereiro.

O BPI registou um aumento de 32,5% dos lucros para 313,2 milhões de euros em 2016.

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BPI abaixo da OPA do CaixaBank. Mas porquê?

  • Rita Atalaia
  • 6 Fevereiro 2017

Há meses que as ações do banco liderado por Fernando Ulrich registam poucas alterações. Mas esta tendência parece estar a mudar, inclinando-se para uma descida. Mas porquê? Incerteza e menor liquidez.

Há meses que as ações do banco liderado por Fernando Ulrich registam poucas alterações. Mas esta tendência parece estar a mudar, inclinando-se para uma descida. Isto numa altura em que estamos perto da conclusão da oferta pública de aquisição (OPA) que o Caixabank lançou sobre o banco. Mas porquê? Os investidores preveem um bom resultado para a instituição espanhola e estão a excluir do seu portefólio uma ação que terá menos liquidez.

Parece haver uma mudança no horizonte das ações do BPI. Os títulos negociavam há meses com poucas alterações. Mas a tendência está a mudar. Os títulos estão a deslizar, baixando mesmo do valor da OPA com a aproximação da conclusão… da OPA. A queda não está relacionada com a incerteza dos investidores em torno do sucesso da oferta que o acionista espanhol lançou ao BPI. Muito pelo contrário. Os analistas estimam que o resultado será positivo para o CaixaBank.

O banco espanhol transmitiu este otimismo quando apresentou os resultados: “Esperamos que o resultado da OPA, que termina na próxima semana, seja satisfatório“, afirmou Gonzalo Gortázar, o presidente executivo do CaixaBank, sublinhando a confiança do banco catalão na instituição portuguesa, nomeadamente na equipa de gestão liderada por Fernando Ulrich.

BPI afunda mais de 5%

Fonte: Bloomberg (Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

O problema parece ser o que se segue quando esta primeira fase estiver concluída, o que está para breve. A oferta decorre até às 15h30 de dia 7 de fevereiro. A queda pode estar relacionada com “o final do período da oferta do CaixaBank e a incerteza que poderá seguir-se: OPA potestativa ou manutenção da negociação dos minoritários em bolsa num contexto de menor liquidez?”, refere a Patris Investimentos ao ECO.

“A segunda fase será novamente alvo de especulação, uma vez que representa o ponto de partida para um processo de transição e integração que irá determinar o futuro da instituição pois irá marcar as intenções da nova administração para o banco”, explica Eduardo Silva, gestor da XTB. Mas também realça: não se devem tirar muitas conclusões destas oscilações intradiárias na fase final da OPA.

"A segunda fase será novamente alvo de especulação, uma vez que representa o ponto de partida para um processo de transição e integração que irá determinar o futuro da instituição pois irá marcar as intenções da nova administração para o banco”

Eduardo Silva

gestor da XTB

Para a equipa de research do BiG, o movimento parece “injustificado”, podendo estar relacionado com a “necessidade de liquidez de algum investidor maior que não esteja disposto a esperar até que seja feito o pagamento da OPA”. Os investidores também podem estar simplesmente a desfazer-se de uma ação que terá menos liquidez.

Abaixo da OPA. Faz sentido?

Nem por isso. Os analistas do BiG referem que não faz sentido que o valor esteja abaixo do preço da OPA do CaixaBank — os catalães oferecem 1,134 euros por cada ação do BPI e os títulos seguem perto dos 1,118 euros. Uma opinião partilhada pela XTB. Eduardo Silva nota que “alguns investidores que estejam preocupados com a especulação de curto prazo poderão estar interessados em garantir que vendem as ações ao melhor preço atual possível. O otimismo é realista considerando as necessidades limitadas de aquisição e a evolução do preço nas últimas semanas. Assim, receios de última hora parecem infundados”.

O valor das ações em bolsa está dependente da OPA, mas também de uma eventual OPA potestativa. Ou seja, se os restantes acionistas forem obrigados a vender as suas ações ao CaixaBank. A Patris Investimentos explica que “se houver uma OPA potestativa, o mercado irá concentrar-se no preço dessa mesma oferta. Se não houver OPA potestativa, e uma vez concluída a oferta do CaixaBank, a cotação do BPI voltará a transacionar com base nos ‘fundamentais’ do banco, nomeadamente no que se refere às expectativas de evolução dos seus resultados para os próximos anos”.

E se não vender as ações?

Pode ser arriscado não vender na OPA. A Patris diz que “conservar as ações do BPI (ou seja, não as entregar na oferta do CaixaBank) pode ter como implicações ser posteriormente sujeito a uma oferta potestativa ou, na sua ausência, manter uma posição no capital do banco aceitando a menor liquidez que poderá haver em bolsa na sua negociação”.

E quanto maior a participação que o CaixaBank conseguir adquirir do BPI, maior o risco para o investidor que não vender as ações, esclarece a equipa de research do BiG. Os analistas dizem que as “as ações correm o risco de ficar com um free float muito baixo, o que tem implicações para a liquidez de negociação e consequentemente para a atratividade das ações para os investidores institucionais. Um baixo free float acaba por ter um impacto negativo no preço da ação”.

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Quatro acionistas do BPI pedem impugnação da venda de 2% do BFA

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2017

Quatro pequenos acionistas do BPI apresentaram uma ação de impugnação da venda de 2% do banco angolano à Unitel. O banco liderado por Fernando Ulrich já anunciou que vai contestar.

A venda de 2% do Banco de Fomento Angola (BFA) pelo Banco BPI à operadora de telecomunicações angolana Unitel levou quatro pequenos acionistas a apresentar uma ação de impugnação, que o banco vai contestar.

“O Banco BPI foi, no passado dia 30 de janeiro, citado no âmbito de uma ação de impugnação de deliberações sociais”, informou a entidade liderada por Fernando Ulrich.

A ação impugna a validade da deliberação tomada a 13 de dezembro na assembleia-geral de acionistas do BPI que conduziu à venda de 2% do capital do BFA à Unitel.

“O Banco BPI entende que os fundamentos invocados para sustentar a invalidade da deliberação em causa não procedem e irá apresentar, no prazo de que dispõe para o efeito, a competente contestação”, anunciou a instituição.

O banco sublinhou que “a interposição da ação em apreço e a citação do Banco BPI no âmbito da mesma não suspendem os efeitos da deliberação impugnada”.

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BPI precisa de 206 milhões de dívida mas emite até 250 milhões

  • Rita Atalaia
  • 26 Janeiro 2017

O BPI terá de emitir 206 milhões de euros de dívida subordinada para cumprir as exigências de capital do BCE: um rácio de 12%. A emissão poderá, no entanto, ir até aos 250 milhões.

O BPI já só tem de emitir 206 milhões de euros de dívida subordinada para cumprir as exigências de capital definidas pelo Banco Central Europeu (BCE). Ou seja, alcançar um rácio total de 12%. Mas o valor a emitir pode ser superior. Pode ir até aos 250 milhões, esclarece o banco na apresentação dos resultados para 2016. Mesmo assim, fica abaixo dos 350 milhões anteriormente referidos pelo banco liderado por Fernando Ulrich.

Na apresentação dos resultados para 2016, o BPI esclareceu que o rácio Common Equity Tier 1 (CET1) estava em 11,4%, numa base “phasing in” (ou seja, com base nas regras aplicáveis em 2016), sendo de 11,1% com as regras totalmente implementadas. Em ambos os casos, o banco registou uma evolução positiva, mas para passar no teste à qualidade dos ativos do BCE, terá de emitir 206 milhões de euros de dívida subordinada.

"Para um rácio de capital total de 12% (mínimo de Supervisory Review and Evaluation Process de 11,75% mais 0,25%), é necessária a emissão de dívida subordinada no valor de 206 milhões de euros”

BPI

“Tendo em conta os valores observados em 31 de dezembro de 2016, ajustados pelos factores ‘phasing-in’ 2017 e pela venda de 2% do BFA, o banco cumpre os novos rácios mínimos exigidos em matéria de CET1 e Tier 1”, refere o BPI. “Para um rácio de capital total de 12% (mínimo de Supervisory Review and Evaluation Process de 11,75% mais 0,25%), é necessária a emissão de dívida subordinada no valor de 206 milhões de euros“, salienta Fernando Ulrich.

Mas este valor pode ir até aos 250 milhões de euros, esclarece o BPI. Este valor é pouco superior às necessidades efetivas do banco liderado por Fernando Ulrich, sendo que o excesso a emitir poderá permitir à instituição ficar com um rácio mais confortável ao superar o mínimo definido pela autoridade monetária da Zona Euro. Este montante fica mesmo assim abaixo dos 350 milhões anteriormente estimados pelo banco, sendo também inferior aos mil milhões de euros que a CGD terá de emitir (500 milhões em duas tranches).

Estes títulos, para serem considerados capital pelo BCE, têm de apresentar um elevado nível de subordinação. Ou seja, em caso de falência do banco, os detentores destas obrigações serão os primeiros a perder os seus investimentos. Daí que os juros exigidos nestes títulos seja sempre elevados. Para emitir esta dívida, o BPI deverá ter de pagar uma taxa de juro entre os 8% e os 10%, de acordo com a estimativa é feita pelo CaixaBank. Estas taxas “terão um impacto significativo nos resultados do BPI”, refere o banco que tem a correr uma OPA sobre o BPI.

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“BPI pode ser player mais ativo nas aquisições”

  • Rita Atalaia
  • 26 Janeiro 2017

Chegou o dia de o BPI apresentar os resultados para 2016. Fernando Ulrich explica as contas numa conferência de imprensa que pode acompanhar aqui em direto.

O BPI apresenta hoje os resultados referentes a 2016. O banco liderado por Fernando Ulrich vai explicar as contas numa conferência de imprensa, que pode acompanhar aqui em direto. Isto numa altura em que é alvo de uma Oferta Pública de Aquisição da parte do CaixaBank, com o grupo catalão a oferecer 1,134 euros por cada ação que ainda não detém.

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Resultados: PSI-20 vai a exame do mercado. Será que passa?

Arranca esta quinta-feira a temporada de resultados na praça nacional. Analistas esperam uma descida global dos lucros, mas há cotadas com desempenhos positivos. O PSI-20 passa no exame dos mercados?

À partida para mais uma temporada de resultados em Lisboa, as estimativas dos analistas apontam para um ano de 2016 pouco positivo para as empresas nacionais. Sem contar com o BCP e BPI, os lucros no índice nacional terão recuado 2,7% num ano em que em que economia portuguesa que deverá ter crescido pouco mais de 1,2%. Incluindo aqueles dois bancos, as contas são ainda mais negativas: -11%. Mas há fatores extraordinários a ter em conta.

É no setor financeiro onde vão estar centradas todas as atenções. O BPI é o primeiro a prestar contas. E Fernando Ulrich, presidente do banco alvo de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) dos catalães CaixaBank, deverá anunciar já esta quinta-feira um lucro de 244 milhões de euros relativo ao exercício de 2016, mais 2% do que no ano anterior. A explicar a melhoria de resultados terá estado o forte crescimento da margem financeira, em 13%, dizem os analistas do CaixaBI, cuja previsão de lucro é mais otimista: 266 milhões de euros.

Para o BCP, que só reporta os resultados a 6 de março, a estimativa dos analistas sondados pela Bloomberg sugere uma melhoria evidente face aos prejuízos de 250 milhões de euros registados nos nove primeiros meses do ano, devido sobretudo ao esforço do banco com provisões extraordinárias para cobrir o crédito em risco de incumprimento. Terá fechado o ano com um resultado líquido negativo menos pesado, de cerca de 85 milhões. Com um aumento de capital no valor de 1.300 e dois novos acionistas de referência em luta por protagonismo na estrutura acionista, Nuno Amado deverá anunciar uma nova vida no maior banco privado português.

“A banca será provavelmente um dos pontos de atenção neste período de reporte de resultados, nomeadamente o BCP, após a operação de aumento de capital anunciada e que está a decorrer neste momento”, referiu Albino Oliveira, da Patris Investimentos. “Os temas deverão permanecer os mesmos dos trimestres anteriores: (a) evolução da margem financeira, (2) carteira de crédito e (3) provisões constituídas”, frisou o responsável.

BPI dá o pontapé de arranque na earnings season nacional

Para Albino Oliveira há mais setores que deverão despertar a curiosidade dos investidores. “Tivemos já a divulgação das vendas preliminares do quarto trimestre de 2016 por parte de Sonae e Jerónimo Martins (fortes em ambos os casos). Resta agora conhecer a informação relativamente às margens, principalmente no que se refere à Sonae, tendo em conta os sinais positivos observados no terceiro trimestre e a manutenção do ambiente competitivo no setor do retalho em Portugal”.

Em relação à dona da cadeia de hipermercados Continente, os especialistas apontam para lucros de 173,4 milhões de euros, ainda assim menos 1% face a 2015. A Jerónimo Martins, que detém a marca Pingo Doce e que se apresenta como uma das favoritas dos analistas, beneficiou da venda da Monterroio à Fundação Francisco Manuel dos Santos para acumular um lucro de 500 milhões de euros só nos nove primeiros meses do ano. O consenso do mercado aponta para um lucro total de 439,7 milhões de euros em 2016 — não devendo contabilizar o negócio com a Monterroio por 310 milhões de euros.

"A banca será provavelmente um dos pontos de atenção neste período de reporte de resultados, nomeadamente o BCP, após a operação de aumento de capital anunciada e que está a decorrer neste momento. Os temas deverão permanecer os mesmos dos trimestres anteriores: (a) evolução da margem financeira, (2) carteira de crédito e (3) provisões constituídas.”

Albino Oliveira

Patris Investimentos

Habituada a ser o rei da temporada, a EDP terá melhorado o seu resultado líquido em 2% face a 2015. A elétrica liderada por António Mexia apresenta contas a 2 de março e deverá revelar um lucro de 932 milhões de euros, representando um terço dos lucros do PSI-20 no ano passado.

Marisa Cabrita, gestora de ativos da Orey Financial, salienta a “estabilização no segundo semestre do ambiente de negócios” que beneficiou “setores com maior volatilidade, como o energético e o bancário”. Por exemplo, a REN, que perdia mais de 20% dos lucros nos nove primeiros meses do ano, atenuou essa queda e terá encerrado o ano com uma redução de 14% para pouco mais de 100 milhões de euros. A EDP Renováveis, cujo lucro tombava mais de 70% entre janeiro e setembro, fechará o ano com menos 30% dos lucros que registou em 2015, de acordo com os analistas.

Albino Oliveira destaca ainda a Nos, os CTT e a Mota-Engil. Por razões diferentes.

“Os resultados da Nos, o segundo título no PSI-20 com pior performance nos últimos três meses (com pior performance apenas o BCP), no sentido de determinar até que ponto poderão revelar-se decisivos para poderem conduzir a uma inversão dessa tendência negativa. No que se refere aos resultados dos CTT, os números do quarto trimestre poderão ser importantes para o sentimento dos investidores relativamente à evolução operacional do negócio ao longo dos próximos meses”, explicou.

Quanto à construtora, “tendo em conta a decisão da empresa de divulgar números apenas numa base semestral, os números de 2016 assumirão provavelmente maior importância”.

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BCP e BPI ganham nova vida (quase) no mesmo dia

Um está a fazer um aumento de capital que evita a entrada do Estado, já o outro está a ver o CaixaBank a assumir o controlo. Duas operações distintas que se "tocam" no timing em que terminam.

O BCP passou vários meses a afastar os rumores de um aumento de capital, mas acabou por avançar, já o BPI viu a OPA do CaixaBank arrastar-se até ser aprovada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Dois processos que demoraram bastante tempo a chegar ao mercado, mas que acabaram por arrancar praticamente em simultâneo. Ambos os bancos estão, assim, a poucos dias de rumar a uma nova vida. O curioso é que essa chega (quase) no mesmo dia.

O banco liderado por Nuno Amado foi adiando o que há muito os investidores antecipavam. Acabou por anunciar a 9 de janeiro um aumento de capital de 1.300 milhões de euros que arrancou esta semana, isto ao mesmo tempo que a oferta pública de aquisição (OPA) do CaixaBank recebeu luz verde do regulador do mercado de capitais português.

Enquanto a subscrição das novas ações do BCP arrancou a 19 de janeiro, o primeiro dia que os investidores tiveram para aceitar a oferta do banco catalão sobre a instituição liderada por Fernando Ulrich aconteceu a 17. Foi quase ao mesmo tempo que os dois bancos cotados deram este tiro de partida para uma nova fase que, por coincidência, arranca praticamente em simultâneo.

A subscrição dos títulos do BCP acaba a 2 de fevereiro, mas apenas no dia 7 é feita a liquidação financeira da operação. De acordo com o prospeto do aumento de capital, os novos títulos do banco arrancam para a bolsa no dia 9. Um dia antes, no dia 8, tem lugar a sessão especial de bolsa para apuramento dos resultados da OPA do BPI que vai tirar algumas ações ao “free float” do BPI, passando para as mãos do CaixaBank.

Enquanto o BPI fará a “festa” na Euronext Lisboa, o BCP não. Os resultados da OPA serão revelados num evento que decorrerá na gestora da bolsa nacional, mas no caso dos aumentos de capital não é habitual que seja realizada qualquer evento do género, salientou fonte oficial da bolsa de Lisboa, que é ainda liderada por Maria João Carioca.

O timing muito próximo da conclusão das duas operações é coincidência. É a partir da segunda semana de fevereiro que ambos os bancos entram numa nova fase: se o BCP fica preparado para retomar o negócio com maior solidez (apesar de manter um peso elevado de malparado no balanço), o BPI ganha o músculo financeiro do banco catalão.

Enquanto estes dois bancos arrancam para um nova fase, a CGD prossegue com o processo de recapitalização de mais de cinco mil milhões de euros (parte desse montante já foi injetado no banco público) mas o Novo Banco continua a ser incógnita no sistema financeiro português. A ideia é vender, mas o processo tem enfrentado obstáculos.

O Banco de Portugal apresentou a proposta do Lone Star como a preferencial, mas essa oferta exige uma garantia estatal para os ativos no “side bank”. O Governo rejeita essa garantia que pode pôr em causa o défice, sendo que o fundo diz que sabe ser criativo. E é nesse sentido que têm surgido várias vozes a apontarem para uma nacionalização do banco que, ainda assim, obrigará a uma injeção de 750 milhões de euros.

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