Pedro Rebelo de Sousa: Mulheres são maioria em cargos mais baixos
O presidente do afirma que o problema da diversidade de género em Portugal ainda é um problema. Mas a questão do género não é a única.
Pedro Rebelo de Sousa, presidente do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) e irmão do atual Presidente da República, afirma que ainda existe uma diferença significativa relativamente ao número de mulheres em cargos de gestão e administração.
“Não há dúvida de que continua a haver um défice escandaloso do número de mulheres nos conselhos de administração e nos órgãos de decisão”, afirma em entrevista ao Jornal de Negócios.
Rebelo de Sousa acrescenta ainda que deve haver alguma coisa de errado não só pelo número reduzido de mulheres em cargos superiores mas também porque, pelo contrário, este número é muito elevado nos níveis mais baixos, o que significa que “há ali um funil que ainda está por perceber”.
"Por exemplo, no caso de uma multinacional que está presente em Angola, Moçambique, América Latina. É natural que não tenha ninguém que conheça bem esses territórios ou que seja natural desses territórios? Não pode ser.”
Quanto à criação de quotas para cargos de administração para mulheres, o presidente do IPCG considera que a medida deve ser transitória “porque é mais introdutora de uma tendência”.
Por outro lado, Pedro Rebelo de Sousa afirma que o problema não se verifica só ao nível da diversidade de género e dá exemplos, como o facto de, por vezes, não existirem pessoas naturais de um determinado país para onde uma empresa multinacional se expande ou até o “estrangulamento” por parte dos seniores dos cargos de administração.
“Por exemplo, no caso de uma multinacional que está presente em Angola, Moçambique, América Latina. É natural que não tenha ninguém que conheça bem esses territórios ou que seja natural desses territórios? Não pode ser”, remata.
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