Ultimato alemão a Basileia: Exigências sobre regulação de capital são incontornáveis
O Bundesbank não vai aceitar um acordo "a qualquer custo" e ameaça sair das negociações que vão decidir, até ao final do ano, os parâmetros internacionais de requisitos de capital.
O banco central alemão, o Bundesbank, não vai aceitar uma mudança nos parâmetros reguladores do capital sem que as suas exigências sejam aceites, podendo mesmo sair das negociações.
O Comité de Supervisão Bancária de Basileia apressa-se para tentar cumprir o prazo do final do ano para criar a versão final dos parâmetros internacionais de requisitos de capital conhecidos como Basileia III, mas a Alemanha não aceita um acordo “a qualquer preço”.
Segundo a Bloomberg, o Bundesbank ameaça mesmo sair das negociações com os grandes poderes bancários se não forem cumpridas as suas exigências “em duas áreas essenciais de ação”: a preservação dos modelos de risco de crédito internos de cada banco e que não seja introduzido um output floor, ou seja, de um limite para a diferença entre os resultados dos modelos internos dos bancos e os resultados obtidos usando um método estandardizado definido pelo regulador.
Os Estados Unidos, por sua vez, insistem que os requisitos de capital se devem manter apertados. “Qualquer país se pode afastar se houver parâmetros mais elevados”, concedeu um dos membros norte-americanos do Comité de Basileia, Thomas Hoenig, à Bloomberg. “Mas tendo visto a crise financeira, não me parece claro em que é que baixar os parâmetros iria ser melhor para a estabilidade financeira ou para o crescimento económico a longo prazo”.
Dentro de duas semanas, o Comité de Basileia vai reunir-se no Chile para ultimar as novas regulamentações. O Japão concorda com o Bundesbank na questão da manutenção dos modelos de risco de crédito internos, mas os Estados Unidos opõem-se-lhe por considerarem que tem potencial para manipulação por parte dos bancos.
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