#alltypesallswipes: Tinder deixou de ser binário
Antes a aplicação perguntava se era homem ou mulher, agora a lista de géneros expandiu-se.
A aplicação de encontros Tinder deu um dos passos mais importantes em direção à tolerância de género com o alargamento de opções a escolher no campo “sexo”. Até hoje só era possível um utilizador definir-se na aplicação como masculino ou feminino, deixando de fora um espetro vasto de géneros, entre os quais o transgénero.
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Com o mote “Todos são bem-vindos” e direito a hashtag a condizer — #alltypesallswipes, ou em português, “todos os tipos, todos os deslizes”, fazendo menção ao gesto icónico da aplicação, o deslize — foi implementada esta modificação que parece tão pequena, mas que pode mudar drasticamente a maneira como as pessoas utilizam o serviço e se sentem ao utilizá-lo.
Em declarações à Fast Company, Sean Rad, presidente da Tinder, justificou que esta atualização vem no seguimento de inúmeros reportes de abuso sem motivo aparente. Depois de uma análise mais profunda, a equipa percebeu que havia um alvo comum: os transexuais.
"Quando ouvi falar disto pela primeira vez, a minha reação foi: isto é terrível.”
O que acontecia era que, quando descobriam que as pessoas com quem falavam eram transexuais, os utilizadores reportavam isso como um abuso, pelo que esses eram imediatamente banidos da aplicação.
Assim, a resolução encontrada pela empresa americana foi, em vez de expulsar os transfóbicos, dar oportunidade a toda a gente de poder escolher, de entre uma lista extensa, o género em que se enquadra e de, se não se sentir à vontade com essa exposição, ocultar o género.
Esta é a maneira da empresa dar as boas-vindas a todos e tentar criar uma ambiente mais saudável e tolerante na aplicação. A funcionalidade ainda não está disponível no nosso país, estando em experimentação nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.
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