Oi fecha mais de meio milhão de linhas no Brasil
A Oi continua a perder terreno no mercado de telecomunicações no Brasil. A operadora, detida em 22% pela portuguesa Pharol, encerrou mais de meio milhão de linhas móveis.
A Oi, da qual a empresa portuguesa de telecomunicações Pharol, detém 22%, continua a dar sinais de alerta. A companhia brasileira desativou mais de meio milhão de linhas móveis que tem no Brasil. Os dados são do regulador do setor no Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A Oi, que declarou a maior falência na história do Brasil, desativou mais de 663 mil linhas, para fechar o mês com 45,7 milhões e uma quota de 18,47%, avança o jornal espanhol Cinco Días, citando os dados divulgados pela Anatel na segunda-feira. A operadora de telecomunicações brasileira continua a mostrar sinais de fragilidade, depois de ter declarado um prejuízo líquido de 1017 mil milhões de reais, ou 292 milhões de euros, até ao nono mês deste ano, em novembro.
Apesar das notícias, os títulos da Oi dispararam mais de 11% na terça-feira, em São Paulo. A antiga Portugal Telecom está a acompanhar este movimento, subindo quase 7%.
No comunicado ao mercado, a Anatel diz esta queda do número de linhas deve-se à “diminuição do valor da interconexão entre as redes fixas e móveis e do valor de remuneração de uso de rede das prestadoras móveis (VU-M), que permitiu novas ofertas de serviço com redução nos valores praticados para chamadas para a rede de outra prestadora”.
Mas a Oi não foi o grupo mais castigado. Segundo o jornal, a América Movil, que opera através da Claro, perdeu mais de 2,92 milhões de linhas, para encerrar o mês com 60,59 milhões. O grupo de Carlos Slim, que tinha recuperado em setembro a terceira posição, volta a perder quota de mercado, recuando de 25,30% para os 24,49%.
Telefónica escapa à descida
A única empresa que continua a crescer no Brasil é a Telefónica. Para a empresa, que opera no mercado através da Vivo, o país é o maior mercado em termos de número de clientes e o segundo mais importante no que toca o volume de receitas. A operadora ganhou um total de 14.294 linhas móveis em outubro, atingindo as 73,50 milhões de conexões. A Telefónica é, por isso, a líder no mercado brasileiro. Com este aumento, a quota de mercado da Telefónica Brasil aumenta para 29,28%.
O jornal relembra que não se pode descartar a possibilidade de a operadora diminuir o número de linhas antes do final do ano, especialmente no segmento pré-pago, como tem feito em anos anteriores. Em dezembro do ano passado, foram desativadas seis milhões de linhas.
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