Autárquicas: Passos não exclui coligações com CDS em Lisboa e Porto
Pedro Passos Coelho não excluiu esta terça-feira coligações com o CDS-PP para as Câmaras de Lisboa e do Porto, sem se pronunciar sobre um eventual apoio social-democrata a Assunção Cristas.
À margem do encontro anual do Conselho da Diáspora, que decorre em Cascais, o líder do PSD foi questionado se não exclui um apoio à líder do CDS-PP, que já anunciou a candidatura a Lisboa nas próximas autárquicas, tendo respondido que os centristas e os sociais-democratas “são parceiros preferenciais” e por isso já celebraram um acordo muito semelhante a outros feitos em eleições autárquicas passadas.
“Se por ventura não for possível virmos a ter uma coligação com o CDS em Lisboa e no Porto, isso não quer dizer que não sejamos, na mesma, parceiros naturais”, acrescentou, sem se pronunciar em concreto sobre negociações entre os dois partidos para um eventual apoio a Cristas, que foi noticiado por alguns jornais no passado fim de semana.
O presidente do PSD assegurou que o partido não fará “caixinha” sobre o candidato à Câmara de Lisboa, assegurando que quando houver, “a comunicação social saberá”. “Quando tivermos uma candidatura em Lisboa, como nos outros sítios, isso será público, não faremos caixinha disso”, prometeu.
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"Se por ventura não for possível virmos a ter uma coligação com o CDS em Lisboa e no Porto, isso não quer dizer que não sejamos, na mesma, parceiros naturais.”
Passos Coelho afirmou que não estar “preocupado nesta fase com isso”, uma vez que aquilo que é preciso é “apresentar alternativas sérias àquilo que é a governação socialista em muitas dessas câmaras”.
O líder do PSD foi ainda questionado pelos jornalistas sobre a entrevista à Antena 1 do antigo presidente da Câmara de Coimbra Carlos Encarnação, que defendeu a realização de um congresso extraordinário no partido. “Se não levarem a mal nunca comento a vida interna do PSD e não vou abrir aqui uma exceção”, disse apenas, escusando-se a responder.
Na segunda-feira, a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, escusou-se a comentar eventuais negociações autárquicas em Lisboa com o PSD, afirmando que “o tempo dirá” como “as coisas correm”.
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"O CDS tem o seu caminho definido há muito tempo, disse desde a primeira hora que não dependia de ter ou não ter o apoio do PSD.”
“O CDS tem o seu caminho definido há muito tempo, disse desde a primeira hora que não dependia de ter ou não ter o apoio do PSD, também disse desde a primeira hora que se o PSD entender que aqui há um projeto mobilizador, ganhador para a cidade, e quiser trabalhar em conjunto, certamente que nós estamos disponíveis“, afirmou então.
Questionada sobre o Porto, Assunção Cristas sublinhou que desde o Congresso do CDS-PP, em março, que os centristas assumiram uma “posição extremamente clara”, de reiterar o apoio ao independente e atual presidente da Câmara Rui Moreira.
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