Vai viajar para os Estados Unidos? Cuidado com o que escreve
Se viaja para os Estados Unidos ao abrigo do programa de isenção de visto, poderá ter de facultar o seu nome de utilizador do Facebook, Twitter ou Instragam às autoridades fronteiriças.
Se vai viajar para os Estados Unidos no âmbito do programa de isenção de visto, poderá ter de facultar dados sobre as contas que tem nas redes sociais. Desde terça-feira que o Governo norte-americano está a pedir este tipo de informação a passageiros que cheguem ao país, de acordo com a notícia avançada pelo Politico.
O jornal confirmou junto de fonte oficial que, agora, é feito um pedido “opcional” aos viajantes para “introduzirem informação associada à presença online”. O pedido é feito sob a forma de um menu no chamado Electronic System for Travel Authorisation. Nele, os passageiros podem ir adicionando os nomes de utilizador de plataformas como o Facebook, o Twitter, o Instagram, o LinkedIn e por aí em diante. A ideia é identificar possíveis ameaças terroristas, justificou o Governo.
A medida terá sido aplicada sem qualquer anúncio oficial prévio. Segundo a Business Insider, foi proposta em junho e, desde essa altura, alvo de várias críticas. Contra a medida insurgiu-se ainda a Internet Association — da qual fazem parte empresas como o Facebook, a Google e o Twitter –, que argumenta que é um risco para a privacidade e põe em causa a liberdade de expressão. Todos os alertas foram ignorados, sublinha o Politico, e a medida foi aprovada a 19 de dezembro, estando já em vigor.
Assim, certo tipo de mensagens e ligações nas redes sociais pode levar as autoridades a impedir a entrada de determinada pessoa nos Estados Unidos. Isto acontece numa altura em que o país aperta ainda mais o cerco ao terrorismo, barrando a entrada a indivíduos que possam estar ligados a grupos extremistas. O programa de isenção de vistos permite a permanência no país até um máximo de 90 dias, a cidadãos de determinados países que cumpram os requisitos estipulados. Portugal está abrangido.
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