Bruxelas cria grupo para combater notícias falsas e desinformação

  • Lusa
  • 13 Novembro 2017

A Comissão Europeia criou um grupo de peritos para combater o problema das notícias falsas e desinformação. Os cidadãos, entidades e órgãos de comunicação social podem participar da consulta pública.

A Comissão Europeia lançou esta segunda-feira uma consulta pública sobre notícias falsas e desinformação e criou um grupo de peritos para elaborar uma estratégia de combate à propagação da problemática.

“Vivemos numa era em que o fluxo da informação e de desinformação se está a tornar ingerível, é por esta razão que precisamos de dar aos cidadãos as ferramentas necessárias para identificar as notícias falsas, aumentar a confiança na informação disponível online e gerir as informações recebidas”, disse, em comunicado, o vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans.

Por sua vez, o vice-presidente responsável pelo Mercado Único Digital, Andrus Ansip, destacou que é necessário encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão, o pluralismo dos meios de comunicação social e o direito dos cidadãos a acederem a uma informação diversificada e fiável.

De acordo com a Comissão Europeia, os cidadãos, as plataformas de redes sociais, os órgãos de comunicação social, os investigadores e as autoridades públicas podem apresentar os seus pontos de vista, durante a consulta pública, que se realiza até fevereiro.

“A consulta visa recolher opiniões sobre as medidas que a União Europeia (UE) poderá tomar para que os cidadãos disponham de ferramentas eficazes que lhes permitam identificar a informação fiável e adaptar-se aos desafios da era digital”, lê-se no documento.

Os contributos devem estar relacionados com a forma como as notícias falsas são entendidas pelos cidadãos, a avaliação das medidas já tomadas pelos diversos intervenientes e a realização de eventuais ações futuras para reforçar o acesso dos cidadãos às notícias e impedir a propagação de informações falsas.

Conforme indica a Comissão Europeia, os peritos podem candidatar-se ao grupo de trabalho, através da página online da entidade, prevendo-se que os trabalhos arranquem em janeiro de 2018.

No ano passado, a comissão recebeu o segundo colóquio anual sobre os direitos fundamentais, tendo o presidente da instituição, Jean-Claude Juncker, incumbido a comissária Mariya Gabriel, responsável pela economia e sociedades digitais, de analisar os desafios que as plataformas online criam para a democracia, no que diz respeito à propagação de notícias falsas e de iniciar uma reflexão sobre as medidas necessárias para proteger os cidadãos.

“A minha linha de atuação centra-se na defesa do direito dos cidadãos a uma informação de qualidade, pedra angular das nossas democracias”, esclareceu Mariya Gabriel.

Já em junho de 2017, o Parlamento Europeu adotou uma resolução, na qual convida a Comissão Europeia a analisar a situação e o quadro jurídico, no que diz respeito às notícias falsas, bem como a ponderar a possibilidade de uma intervenção legislativa para limitar a divulgação de conteúdos falsos. A comissão incluiu a iniciativa contra as notícias falsas em linha no seu “Programa de Trabalho para 2018”.

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Ministro da Saúde pede desculpas a vítimas do surto de legionella

  • Lusa
  • 13 Novembro 2017

Adalberto Campos Fernandes pediu esta segunda-feira desculpas às vítimas afetadas pelo surto de legionella. O Ministro da Saúde garantiu ainda que tudo será feito para descobrir a origem do surto.

O ministro da Saúde pediu esta segunda-feira desculpas às vítimas da infeção por legionella, considerando que as mesmas devem ser objeto de uma reparação no âmbito da responsabilidade civil por quem tenha falhado.

Adalberto Campos Fernandes falava no parlamento, no dia em que se soube da quinta vítima mortal do surto de legionella que afetou o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, o ministro começou por lamentar esta morte e afirmou que as vítimas são credoras de um pedido de desculpas “do hospital, das empresas responsáveis pela vigilância, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo”.

O ministro subscreve o pedido de desculpas, “enquanto responsável pelo governo”, acrescentando: “Tem de haver reparação no âmbito da responsabilidade civil por quem possa não ter feito aquilo que devia ter sido feito”.

O surto de legionella, que infetou 48 pessoas, começou no dia 3 de novembro e Adalberto Campos Fernandes garantiu que o seu ministério tudo fará para que a origem seja identificada.

“Isto não serve de desculpas para que os hospitais e as empresas não estejam reguladas por uma legislação mais exigente”, disse, anunciando que na próxima quarta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) vão publicar orientações atualizadas e “mais exigentes” para estas situações.

O ministro recordou ainda que tanto a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e o Ministério Público estão a acompanhar o caso.

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Incerteza fiscal dita perdas em Wall Street

Os três principais índices bolsistas norte-americanos arrancaram a semana no vermelho, com a General Eletric a ser uma das principais referências negativas: as suas ações caem 3%.

As ações norte-americanas começaram a semana da mesma forma que terminaram a última: no vermelho. Os principais índices bolsistas dos EUA arrancaram esta segunda-feira em queda, pressionados pela incerteza em torno do plano fiscal da administração de Trump.

O S&P 500 arrancou a desvalorizar 0,22%, para os 2.576,53 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq abriram com quedas de 0,23% e 0,35%, respetivamente, para os 23.367,47 e 6.727,394 pontos.

A proposta presentada pelos senadores republicanos adia para 2019 o corte de impostos às empresas pretendido pela administração de Donald Trump, uma iniciativa que visa reduzir de 35% para 25% a taxa de IRC. Este plano destoa face à proposta apresentada pelos republicanos na Câmara dos Representantes, que visava que esse corte de realizasse já em 2018, tal como pretendia o presidente norte-americano. Esse adiar do corte tem pesado sobre o rumo das ações em bolsa, já que é penalizador para as empresas.

A General Eletric está entre as cotadas cujo desempenho mais pressiona Wal Street. As suas ações seguem a desvalorizar em torno de 3%, depois do anúncio de um corte de 50% no dividendo a distribuir, numa altura em que a empresa se está a reestruturar.

Esta semana serão conhecidos os dados da inflação na maior economia do mundo, um indicador cuja leitura poderá ser determinante para a Reserva Federal dos EUA decidir se avança ou não com mais uma subida das taxas de juro na reunião de dezembro. Prosseguem ainda as discussões em torno do plano fiscal dos EUA.

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Garantia estatal aos lesados do BES pode ascender a 300 milhões

O Estado pode vir a assumir garantias públicas até cerca de 300 milhões de euros a conceder ao fundo de indemnização dos lesados do BES, que será gerido pela Patris.

O Estado pode vir a assumir garantias públicas até 301 milhões de euros a conceder ao fundo de recuperação de créditos dos clientes do BES que são titulares de papel comercial do Grupo Espírito Santo, os chamados “lesados” do BES.

De acordo com uma portaria do Ministério das Finanças, o pedido de concessão da garantia deverá ser dirigido pela entidade gestora, em representação do fundo de recuperação de créditos, ao membro do Governo responsável pela área das finanças, solicitação que deverá ser acompanhada da minuta do contrato de financiamento.

Depois, caberá à Direção-Geral do Tesouro e Finanças reunir todos os elementos necessários à instrução do processo de autorização a submeter ao Governo, incluindo um pedido de parecer prévio ao Banco de Portugal.

A Patris foi a entidade escolhida pela associação dos lesados do papel comercial do GES para fazer a gestão do fundo que pagará as indemnizações àqueles investidores. São cerca de 2.000 lesados dos BES, representando um total de 400 milhões de euros. A solução vai permitir que os lesados recuperem 75% do valor investido, num máximo de 250 mil euros, isto se tiverem aplicações até 500 mil euros. Já acima desse valor, irão recuperar 50% do valor investido.

O objetivo passa por pagar 30% da indemnização aos lesados logo após a assinatura do contrato de adesão à solução, ficando o remanescente do valor a ser liquidado em mais duas parcelas, em 2018 e 2019.

Segundo o despacho assinado pelo ministro Mário Centeno, a concessão da garantia está sujeita ao pagamento de uma comissão de garantia pelo fundo de recuperação de créditos. Esta comissão é definida pelo membro do Governo responsável pela área das finanças, mediante parecer prévio do Banco de Portugal.

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Governo estuda hipótese de recibos verdes declararem despesas mistas

  • Margarida Peixoto
  • 13 Novembro 2017

Solução ainda não está fechada. Uma das possibilidades é permitir que os recibos verdes passem a poder declarar despesas de caráter misto: profissional e pessoal. 25% conta como custo de atividade.

O Governo e os parceiros da esquerda estão a estudar a melhor forma de corrigir as alterações previstas no âmbito do Orçamento do Estado para 2018 ao regime simplificado de IRS, com o objetivo de minimizar o aumento de impostos para estes contribuintes. Uma opção em cima da mesa é passar a permitir que os contribuintes declarem despesas como sendo de caráter misto (profissional e pessoal), passando estes gastos a contar 25% como despesa profissional.

A ideia ainda está em análise e só haverá uma decisão depois de concluído o debate de especialidade no Parlamento. Mas o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, adiantou esta segunda-feira o que poderá ser feito. “O portal [da Autoridade Tributária] tem de ser atualizado”, começou por explicar. Neste momento, os contribuintes com rendimentos de categoria B têm de selecionar, no e-Fatura, se a despesa cuja fatura estão a submeter é de caráter pessoal ou profissional. Mas terá de ser criado um novo botão para estes contribuintes, que permitirá referenciar a despesa como sendo de caráter misto.

Se o contribuinte selecionar essa opção, aquela despesa passa a contar para os custos com a atividade profissional. Como? “Se temos um critério de referência na contabilidade organizada de imputação das despesas não exclusivas, é esse critério que devemos ter também”, disse o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, durante o debate no âmbito da Conferência Anual da Ordem dos Economistas, que decorre esta segunda-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Neste momento, o critério da contabilidade organizada é de 75/25, ou seja, as despesas declaradas como sendo de caráter profissional e pessoal são contabilizadas como sendo 75% pessoais, e 25% mistas.

Se esta for a solução decidida pelo Governo e parceiros da esquerda, ficará à responsabilidade de cada contribuinte fazer a afetação das despesas, desde que sejam relacionadas com a sua atividade profissional. À partida, o portal deverá aceitar qualquer despesa, independentemente da atividade específica da categoria B que esteja em causa, assumindo a boa-fé do contribuinte. Contudo, poderá sempre haver fiscalizações a posteriori em que o contribuinte tem de justificar aquela afetação de despesas.

Durante o debate, Mendonça Mendes repetiu que o Governo vai procurar “encontrar formas no debate de especialidade que respondam aos problemas identificados”. E argumentou que, neste momento, “não se consegue aferir se os coeficientes definidos estão ajustados”. “O que há é a convicção de que uns estão ajustados, outros estão subavaliados e outros sobreavaliados. Não pretendemos procurar qualquer aumento de impostos, mas procurar ter um sistema que permita ir acompanhando”, até atingir um ponto “em que possamos fazer a tributação com o rendimento real”, explicou.

Ao que o ECO apurou, esta não é a solução que está a ser pensada para resolver o problema dos agricultores.

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Bitcoin desliza e perde 38 mil milhões em três dias

  • Juliana Nogueira Santos
  • 13 Novembro 2017

O cancelamento de uma atualização à blockchain da criptomoeda ditou perdas de 38 mil milhões em valor de mercado. As concorrentes ganharam terreno.

Após se ter sido cancelada uma atualização no sistema que suporta a blockchain, conhecida como a Segwit2x a Bitcoin chegou a desvalorizar mais de 9% nos mercados, retraindo da marca dos 7 mil dólares. O cancelamento foi conhecido na sexta-feira, mas as perdas estenderam-se até esta segunda-feira, sessão em que a moeda virtual já esteve a perder quase 15%.

A Segwit2x, uma atualização que iria aumentar a capacidade de transação da moeda, não foi bem aceite pelos investidores que temiam a criação de uma moeda alternativa, como já tinha acontecido anteriormente. Assim, e com as perspetivas de crescimento de 500% num ano a ficarem em risco, a criptomoeda perdeu cerca de 38 mil milhões de euros em valor de mercado desde quarta-feira passada, como calcula a Bloomberg.

Bitcoin afunda com cancelamento de atualização

Fonte: Bloomberg

Na sessão de sexta-feira a moeda chegou a perder 9,87% para 6.418 dólares, com as perdas a estenderem-se à sessão de hoje, em que a criptomoeda atingiu os 5.605 dólares com uma queda de 14,84%. Ainda assim, a moeda conta com um valor de mercado de mais de 100 mil milhões de euros.

Em contrapartida, a Bitcoin Cash, uma criptomoeda rival que se separou da Bitcoin original em agosto deste ano avançou mais de 20% para 2.500 dólares durante este fim de semana, ultrapassando a Ethereum em capitalização bolsista — segundo dados do portal Coinmarketcap.com. O avanço foi tal que o criador da moeda virtual que era, até então, a segunda mais valiosa do mundo parabenizou, na sua conta oficial de Twitter, os criadores.

Entretanto, a Ethereum voltou à sua posição — a de segunda criptomoeda mais valiosa — e a Bitcoin segue a recuperar valor, avançando 3,32% para 6.800,53 dólares.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 13 Novembro 2017

Não sabe o que se passou durante a manhã? Não faz mal. Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais importantes, num minuto.

O aumento do preço das portagens e o aumento de capital da REN estiveram em destaque esta manhã.

O preço das portagens poderá aumentar, a partir de dia um de janeiro. De acordo com dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), há margem para aumentos de 1,4%.

A REN vai aumentar o capital em 250 milhões de euros, tendo fixado cada nova ação ao preço de subscrição de 1,877 euros, o que representa um desconto de 25% face ao fecho da última sexta-feira. Cerca de 30% deste aumento está garantido pelos acionistas, informa a gestora da rede elétrica nacional.

Os juros das obrigações a três anos caíram para terreno negativo, refletindo confiança dos investidores com Portugal.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, disse esta manhã, na abertura da Conferência Anual da Ordem dos Economistas, diz que se o Governo mantivesse em 2018 a mesma estrutura dos impostos que vigora este ano, as receitas fiscais seriam 2,8 mil milhões de euros mais elevadas.

O jantar de f.ounders pós Web Summit no Panteão Nacional não foi propriamente um segredo bem guardado. Estava na agenda do evento, enviada por email na semana anterior à conferência pelos que integram aquele grupo (que inclui fundadores de empresas), e terá sido também enviada a membros do Governo, apurou o ECO.

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Talkdesk lança novo serviço: quer antecipar o que os clientes dizem ao telefone

Chama-se for Sales e é uma feature direcionada para equipas internas de vendas: através da inteligência artificial, vai permitir aos assistentes aumentarem a produtividade das interações.

A Talkdesk, empresa fundada pelos portugueses Tiago Paiva e Cristina Fonseca e que conta com sede em Silicon Valley, acaba de lançar uma nova feature para o serviço Talkdesk chamado For Sales. O novo produto foi criado a pensar nas equipas internas de vendas “permitindo-lhes aumentarem a produtividade das suas interações”, explica a empresa em comunicado.

“Estamos a mudar a forma como os callcenters operam”, explica Marco Costa, em declarações ao ECO durante a Startup Tour organizada pela Beta-i. “Esta ferramenta, agora lançada em versão beta no mega evento da Salesforce, Dreamforce, inclui tradução simultânea da conversa de maneira a que a ferramenta vá buscar informação relevante para o operador ter mais contexto em tempo real”, esclarece.

O For Sales foi criado com recurso a Inteligência Artificial e inclui o SalesAssist, power dialing, voicemail drop, presença local e integração na Salesforce Sales Cloud.

“Tentamos continuamente redefinir a indústria, recorrendo às últimas novidades tecnológicas, incluindo IA. Sabemos que criar e desenvolver produtos e serviços com base em Inteligência Artificial dá aos nossos clientes a vantagem competitiva que precisam no que diz respeito a serviço ao consumidor”, explica Tiago Paiva, fundador e CEO da Talkdesk.

“O Talkdesk for Sales permite às equipas internas de vendas fazerem mais chamadas telefónicas, terem a informação certa na altura adequada para conseguirem estabelecer uma melhor interação com potenciais clientes, recorrendo a Inteligência Artificial (IA), obtendo o feedback que necessitam para gerar mais negócio. Sendo esta uma solução baseada em cloud, as equipas internas deixam de estar ‘presas’ aos telefones do escritório, podendo atender/efetuar as chamadas onde quer que se encontrem”, explica a Talkdesk em comunicado enviado às redações.

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Governo ainda não se compromete com subida da derrama

  • Margarida Peixoto
  • 13 Novembro 2017

Ministro e secretário de Estado remeteram a questão para a discussão na especialidade do OE2018, apesar de o PCP dar o acordo como certo. Mendonça Mendes sublinhou importância da estabilidade no IRC.

Apesar do acordo anunciado pelo PCP, o Governo continua sem se querer comprometer com a subida da derrama estadual sobre os lucros superiores a 35 milhões de euros. Confrontados com a questão, nem o ministro das Finanças, nem o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais deram a subida como certa, remetendo antes para as negociações em sede de especialidade do Orçamento do Estado para 2018.

“Estamos a negociar”, disse o ministro das Finanças, Mário Centeno, à saída da sua intervenção na Conferência Anual da Ordem dos Economistas, que decorre esta segunda-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. “Estou a pronunciar-me sobre a proposta que foi apresentada pelo Governo”, acrescentou depois António Mendonça Mendes, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. “Seria prematuro anunciar alterações que não estão decididas, naturalmente há o debate na especialidade”, somou ainda, vincando a diferença entre o que o Executivo propõe e o que é decidido pelo Parlamento.

Antes deste esclarecimento, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais tinha acabado de apresentar o Orçamento do Estado para o próximo ano como contendo um princípio fundamental: a “previsibilidade do sistema fiscal”. E argumentou: “A não mexida nas taxas dos principais impostos, IRC e IVA” é “importante para a confiança e o investimento”, porque permitem “alavancar a economia e o clima económico.”

Mendonça Mendes chegou mesmo a sublinhar o facto de o próximo Orçamento ter “mais receita fiscal, sem aumentar impostos”, o que só acontece porque há mais emprego — o governante apontou para mais 227 mil postos de trabalho desde 2015 — e mais crescimento do PIB.

Confrontado por Joaquim Miranda Sarmento, economista e professor no ISEG, que deduziu da intervenção do governante que a derrama não subirá, Mendonça Mendes fez questão de ressalvar que não se podia comprometer com decisões não tomadas, e que ainda estão em discussão na Assembleia da República.

E ainda aproveitou para desvalorizar o impacto dessa subida, notando que “no ano passado o Governo aprovou no Orçamento uma alteração das taxas de IRC para as pequenas e médias empresas que se situam em territórios do interior.” Para estas empresas, os primeiros 15 mil euros são taxados a um valor reduzido, o que baixou a taxa média do imposto que pagam. “Estamos muito focados numa potencial medida, nomeadamente a derrama, que faz aumentar a taxa marginal mas em contraponto temos esta medida tomada no ano passado,” frisou o secretário de Estado.

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OPEP revê em alta procura de petróleo para este ano e 2018

  • Lusa
  • 13 Novembro 2017

O cartel defende que o "mercado está a avançar para o equilíbrio". Por isso, reviu em alta as estimativas para a procura do "ouro negro", tanto este ano como no próximo.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) considera que o “mercado avança para o equilíbrio”, tendo revisto em alta as estimativas da procura de petróleo tanto para este ano para como para 2018. O cartel prevê, simultaneamente, que as reservas se reduzam de “forma considerável”.

Segundo o relatório mensal da OPEP, divulgado esta segunda-feira em Viena, a procura mundial de petróleo deverá aumentar 1,53 milhões de barris por dia em 2017 depois de um ajustamento em alta de 74.000 barris por dia devido a uns resultados melhores do que o esperado na economia da China no terceiro trimestre de 2017.

“Em 2018 prevê-se que a procura mundial de petróleo cresça 1,51 milhões de barris por dia, cerca de mais 130.000 barris por dia do que no anterior cálculo”, adianta o documento da OPEP, que tem 14 Estados-membros. Os analistas da organização asseguram que a economia mundial continuou a dar sinais de recuperação, calculando que a economia mundial cresça este ano 3,7%, mais uma décima do que previa há um mês, e em 2018 outros 3,7%, mais duas décimas percentuais do que no mês passado.

Em 2018 prevê-se que a procura mundial de petróleo cresça 1,51 milhões de barris por dia, cerca de mais 130.000 barris por dia do que no anterior cálculo.

Organização dos Países Exportadores de Petróleo

O relatório sublinha que, especialmente, as economias dos países desenvolvidos mostraram um comportamento melhor que o esperado, mas que a China e a Índia também registaram um crescimento sólido. “O bom momento e uma possível reforma fiscal nos Estados Unidos, a dinâmica em curso na zona euro e, em certa medida, no Japão, o sólido crescimento na China e na Índia e uma melhoria da situação na Rússia e no Brasil apoiam a tendência de crescimento de curto prazo”, refere o relatório.

Esta boa situação económica traduziu-se numa maior procura e na subida dos valores do petróleo para máximos dos últimos dois anos. O preço do barril, de referência da OPEP, atingiu em outubro uma média de 55,5 dólares, mais 2,06 dólares do que no mês anterior e um máximo dos últimos 30 meses.

O relatório sublinha o efeito que teve o corte do fornecimento acordado há um ano pelos 14 sócios da OPEP e outros dez produtores independentes, incluindo a Rússia, para equilibrar o mercado e especialmente reduzir as reservas. Este acordo implicou a retirada do mercado de 1,8 milhões de barris por dia a partir de 01 de janeiro de 2017, incentivando a diminuição das reservas e a subida dos preços.

Descida “considerável” das reservas

A OPEP reconhece que as reservas petrolíferas dos países industrializados continuam a ser excessivas, já que em setembro se situaram em 154 milhões de barris, acima da média dos últimos cinco anos, mas sublinha que houve uma descida “considerável”.

A OPEP reforça que o enorme crescimento das reservas de 2014 para 2016 se deveu ao excesso de oferta. Devido a esta situação, a OPEP volta a defender o corte que adotou como “resposta necessária à urgente necessidade de avançar no reequilíbrio do mercado” e “acelerar o regresso à estabilidade do mercado”.

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PSD pede “mais e melhor emprego” ao Governo

  • Lusa
  • 13 Novembro 2017

Os sociais-democratas apelam ao Governo que ouça os alertas da Comissão Europeia sobre a criação de mais emprego, mas com menores qualificações.

O PSD apelou ao Governo que ouça os alertas da Comissão Europeia sobre a criação de mais postos de trabalho, mas com menores qualificações, e defendeu “mais e melhor emprego”.

Num comentário, no Parlamento, a uma notícia do Dinheiro Vivo, a deputada social-democrata Clara Marques Mendes lembrou que o PSD já tinha alertado para o problema, na semana passada, esperando agora que o executivo do PS “ouça o que vem dito pela Comissão”. “Compete ao Estado criar condições para que se crie emprego de mais qualidade, apostado no investimento, no desenvolvimento da economia e em setores capazes de proporcionar esse mercado de trabalho e postos de trabalho mais qualificados”, disse.

"Compete ao Estado criar condições para que se crie emprego de mais qualidade, apostado no investimento, no desenvolvimento da economia e em setores capazes de proporcionar esse mercado de trabalho e postos de trabalho mais qualificados.”

Clara Marques Mendes

PSD

Segundo as edições de hoje do DN e do JN, a Comissão Europeia alertou para a “elevada proporção de empregos criados em setores de perfil de baixas qualificações” e baixos salários em Portugal.

É necessário que o Governo “preste atenção na criação de postos de trabalho” e que “é preciso criar mais emprego e melhor emprego”, disse Clara Marques Mendes, que se congratulou com o facto de se registar mais criação de emprego e uma redução no desemprego.

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ANA entrega ao Governo proposta para novo aeroporto do Montijo

  • Lusa
  • 13 Novembro 2017

O presidente executivo da gestora aeroportuária, Carlos Lacerda, afirma que os "próximos passos envolvem um trabalho de aprofundamento e detalhe das várias dimensões da proposta”.

A proposta da ANA – Aeroportos de Portugal para o aumento da capacidade aeroportuária de Lisboa, com a construção de uma nova infraestrutura no Montijo, já foi entregue ao Governo, anunciou o presidente executivo da gestora aeroportuária.

Discursando na comemoração dos 75 anos do aeroporto de Lisboa, Carlos Lacerda lembrou o memorando assinado com o Governo para desenvolver uma solução e anunciou ter sido entregue a proposta para a construção de uma nova infraestrutura e mostrou ainda uma imagem do futuro local.

Segundo o memorando assinado em 15 de fevereiro entre o Governo e a ANA, gerida pela Vinci Airports, a proposta para o aeroporto complementar ao de Lisboa na base aérea do Montijo devia ter sido apresentada até meados de agosto.

Carlos Lacerda destacou hoje que os “próximos passos envolvem um trabalho de aprofundamento e detalhe das várias dimensões da proposta”, nomeadamente a nível económico e ambiental. “É só o primeiro passo do que sabemos que será um trabalho contínuo entre as entidades envolvidas, que continuará a correr com total empenho e com atitude positiva que temos sentido até agora na solução, com vista aos objetivos da região e do país”, garantiu.

Na sua intervenção, o presidente executivo da ANA enumerou ainda recordes que serão quebrados este ano nos aeroportos nacionais, como o ultrapassar a marca dos 50 milhões de passageiros.

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