Tem uma encomenda urgente? Agora pode recebê-la em duas horas

  • ECO
  • 8 Novembro 2017

O novo serviço dos CTT estará disponível através de uma aplicação móvel que permitirá ao cliente, entre outros, acompanhar o trajeto da sua encomenda em tempo real.

Os CTT anunciaram uma nova funcionalidade dedicada a encomendas urgentes. O serviço consiste numa aplicação, através da qual as encomendas possam ser entregues no próprio dia, até duas horas. O projeto-piloto será apresentado na próxima sexta-feira, no âmbito do E-Commerce Day. O novo serviço estará, para já, disponível em Lisboa.

Através de uma app, desenvolvida em parceria com a U2D, os compradores poderão especificar o seu pedido a um estafeta e terão acesso a um live tracking da sua encomenda até ao ato de entrega. Para este serviço os CTT disponibilizam 25 estafetas. Após o pedido desta funcionalidade via web, os pedidos são atribuídos aos profissionais de acordo com a sua localização.

O projeto-piloto será testado durante seis meses em Lisboa. Caso o teste tenha sucesso, o serviço poderá chegar às cidades do Porto e Braga no início do próximo ano.

Os CTT revelaram também esta semana um sistema de cacifos que permite o levantamento de encomendas em locais públicos em qualquer dia e a qualquer hora. Esta funcionalidade também estará, por enquanto, em fase de testes na capital.

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A Uber quer voar. E fechou parceria com as asas da NASA

Em Lisboa, o CPO da Uber anunciou o novo serviço uberAIR. E a assinatura de uma parceria com a NASA que prevê ações no controlo do congestionamento de trânsito nas cidades.

UberAIR. O nome corresponde ao novo serviço da Uber, que será experimentado pela primeira vez em Los Angeles em 2020. Trata-se de um ‘carro elétrico voador’ que será a mascote do serviço e que está a ser desenvolvido pela empresa em parceria com marcas como a Embraer.

A novidade foi comunicada esta manhã por Jeff Holden, CPO da Uber, no palco principal do Web Summit.

A parceria com a NASA vai permitir à Uber começar a trabalhar mais ativamente na redução de tráfego e congestionamento rodoviário e, assim, a longo prazo, reduzir as emissões poluentes.

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PRA abre escritório em Leiria

  • ADVOCATUS
  • 8 Novembro 2017

O novo escritório vem reforçar a presença da PRA- Raposo, Sá Miranda & Associados na região centro do país. A escolha de Leiria recai sobre a dinâmica empresarial e industrial local.

PRA- Raposo, Sá Miranda & Associados inaugura no próximo dia 9 de novembro o seu escritório próprio em Leiria. A sociedade reforça assim a sua presença na zona centro do país. A escolha da cidade relaciona-se com a atividade empresarial e industrial, considerada pela sociedade como “das mais diversificadas e modernizadas do país”.

“Para nós é fundamental estarmos próximos dos nossos clientes e garantir um acompanhamento personalizado e muito direcionado. Consideramos que só estando in loco, o poderemos conseguir verdadeiramente”, diz Pedro Raposo, sócio e presidente do conselho de administração da PRA.

Miguel Miranda, Sócio e Administrador responsável da PRA Porto afirma que a abertura do novo escritório em Leiria consiste, para a sociedade portuguesa, numa “oportunidade de reforçarmos a nossa presença na região centro e de podermos acompanhar os projetos dos nossos clientes que se encontram nos mais diversos pontos do país”.

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SRS Advogados marca presença no jantar da PIBHUB

  • ADVOCATUS
  • 8 Novembro 2017

O evento conta com a presença de Fernando Medina e a embaixadora da Índia em Portugal, no sentido de estreitar relações entre os dois países na área dos negócios.

O Portugal-India Business Hub organiza no próximo dia 8 de novembro um jantar no âmbito do Web Summit, e a SRS Advogados é a sociedade parceira do evento, que terá lugar no Hub Creativo do Beato às 19h00.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e a embaixadora da Índia em Portugal, K. Nandini Singla, marcam presença no jantar, com o objetivo de “estreitar relações de negócio entre empresários, investidores e startups empreendedoras de ambos os países”.

O Portugal-India Business Hub foi criado com foco no desenvolvimento de negócios nas áreas de gestão de águas e resíduos, energia (solar e eólica), construção, infraestruturas (estradas, portos, aeroportos), agricultura e logística, turismo, hotelaria e imobiliário. Pedro Rebelo Sousa, presidente da Assembleia -Geral, criou a parceria em conjunto com o AICEP, o Reira Group, a ICC (Câmara de Comércio e Indústria da Índia), e a partir de acordos com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a Universidade do Minho, o Laboratório Ibérico de Nanotecnologia de Braga e um conjunto de instituições científicas indianas.

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? Qual é o perfil do desempregado em Portugal?

É mulher, tem mais de 45 anos, qualificações até ao 3º ciclo do ensino básico, trabalhou no setor dos serviços e está à procura de emprego há mais de um ano — é este o perfil do desempregado em Portugal, segundo as estatísticas do emprego divulgadas esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. A taxa de desemprego recuou de 8,8% para os 8,5% no terceiro trimestre.

Apesar de o desemprego afetar mais mulheres, os números estão próximos: existem 207 mil homens desempregados e 236 mil mulheres desempregadas, sendo que existem cerca de menos 100 mil mulheres na população ativa em Portugal. A taxa de desemprego nos homens é de 7,7% enquanto nas mulheres é de 9,2%.

As diferenças são mais significativas noutros fatores. É o caso da idade, onde claramente a população com 45 ou mais anos é a mais afetada pelo desemprego. Neste momento, apesar de estar a cair consideravelmente, existem 163 mil pessoas nessa franja de idades no desemprego.

Esta fatia da população é a que está mais vulnerável ao desemprego de longa duração (procura há igual ou superior a um ano). O número também está a cair, mas situa-se ainda nos 254 mil.

As diferenças significativas observam-se também no desemprego por setores: é nos serviços (o que mais emprega de longe) onde existe mais desemprego, tendo registado um ligeiro aumento face ao trimestre anterior. Quanto às qualificações, o desemprego vai diminuindo consoante o maior grau de estudos: a maior parte dos desempregados concentra-se na camada da população ativa que estudou até ao 3º ciclo.

Por regiões, as ilhas e o norte deixaram de ter as maiores taxas de desemprego. No terceiro trimestre, a taxa de desemprego foi superior em Lisboa (9,4%), seguida da Madeira (9,3%) e o norte (9,3%).

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Investidores do Montepio têm até 16 de novembro para vender ações

A Associação Mutualista Montepio Geral alerta que os acionistas do Montepio têm até 16 de novembro para venderem as ações. No fim deste prazo, a entidade vai exercer o direito potestativo.

A Associação Mutualista Montepio Geral, que detém 99,7% do Montepio, propõe-se a comprar as ações da instituição financeira que ainda não detém até 16 de novembro. A entidade liderada por Tomás Correia vem assim relembrar o prazo de aceitação desta oferta voluntária de aquisição, através da qual vai pagar um euro por cada título. Terminado este prazo, a Associação vai exercer o seu direito potestativo junto dos acionistas que não aceitem a oferta.

“A presente proposta é válida a partir da presente data até ao dia 16 de novembro de 2017 (ambos inclusive)”, refere a Associação Mutualista num anúncio publicado esta quarta-feira no Diário de Notícias. “Durante o período referido, os senhores acionistas da Caixa Económica Montepio Geral que pretendam aceitar a proposta constante deste anúncio deverão transmitir a sua ordem de venda ao intermediário financeiro legalmente autorizado junto do qual tenham depositadas as respetivas ações”, acrescenta.

Durante o período referido, os senhores acionistas da Caixa Económica MG que pretendam aceitar a proposta constante deste anúncio deverão transmitir a sua ordem de venda ao intermediário financeiro legalmente autorizado junto do qual tenham depositadas as respetivas ações.

Associação Mutualista Montepio Geral

Depois de terminado este período, a Associação Mutualista exercerá o seu direito potestativo de aquisição das ações dos acionistas que não aceitem voluntariamente a oferta de compra. A liquidação ocorrerá a 17 de novembro.

Em setembro, a Associação Mutualista concluiu com sucesso a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o Montepio Geral. A entidade liderada por Tomás Coreia conseguiu comprar 98,28% do fundo do banco, o suficiente para retirar o Montepio de bolsa e abrir a porta aos acionistas da economia social. Nesta oferta, a Associação Mutualista pagou um euro por cada título não detido. Com esta compra, e a participação direta que já detinha, a Associação ficou com 99,7% do capital do banco.

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Projetos do Portugal 2020 poderão contar com fundos dos reembolsos do QREN a partir de quinta-feira

  • Lusa
  • 8 Novembro 2017

A medida foi tomada pelo Executivo de António Costa e entrará em vigor esta quinta-feira.

O Governo definiu esta quarta-feira, por diploma, a gestão dos recursos financeiros do QREN após o encerramento do programa, possibilitando a partir de quinta-feira que financiem projetos do Portugal 2020 sem dotação orçamental e outros apoios empresariais.

O Regulamento de Gestão dos Reembolsos dos Sistemas de Incentivos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), de dezembro de 2014, agora alterado pela primeira vez, determinava que a reutilização dos reembolsos tinha como prioridades o reforço da dotação orçamental do programa, caso fosse insuficiente, novas decisões de financiamento de projetos de investimentos das empresas e o reforço dos instrumentos de engenharia financeira.

O regulamento passa a permitir que, após a apresentação da declaração final de despesas de cada programa operacional à Comissão Europeia, os reembolsos passem também a poder financiar o reforço de dotações orçamentais de programas operacionais de medidas de apoio a empresas, necessário ao encerramento.

Os dinheiros do QREN podem também, a partir de quinta-feira, quando entra em vigor o diploma, financiar projetos enquadráveis no âmbito de sistemas de incentivos às empresas do Portugal 2020 que não disponham de dotação orçamental e ainda “outros apoios, diretos ou indiretos, a empresas, enquadrados em sistemas de incentivos legalmente instituídos que contribuam para o reforço da sua inovação, competitividade ou internacionalização”.

O executivo determina ainda que a utilização dos reembolsos e o respetivo orçamento “sejam autorizados por despacho” dos membros do governo responsáveis pelas áreas do Desenvolvimento e Coesão e da Economia, “devendo respeitar a legislação nacional e europeia” aplicável.

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Política, segurança e ambiente. Há mais para além de tecnologia no Web Summit

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Novembro 2017

Pode conhecer o Web Summit por ser um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, mas há muito mais para além de computação e robótica nos nove palcos da conferência.

Não é só de tecnologia que se vai falar nos palcos da Web Summit.ECO

Se o Web Summit ganhou reputação estratosférica por juntar debaixo do mesmo teto os apaixonados por tecnologia e empreendedorismo, a verdade é que não é só destes tópicos que se faz a conferência. Durante os quatro dias de evento, assuntos como política, relações internacionais, ambiente e segurança vão merecer o mesmo destaque nos painéis de discussão, sendo que muitos dos nomes sonantes anunciados até então farão parte dos mesmos.

É no ponto em que a tecnologia se cruza com estes campos que figuras como Margrethe Vestager, Al Gore, Brad Parscale e Garry Kasparov irão falar para milhares de pessoas, trazendo para a agenda assuntos que, de outra maneira, talvez passassem despercebidos por entre o fogo-de-artifício de uma grande conferência de tecnologia.

Palco ao Brexit e à eleição de Trump

Comparando as circunstâncias em que decorreu a primeira edição da Web Summit em Lisboa com a segunda são claras as diferenças políticas e sociais. Ainda que fenómenos como a saída do Reino Unido da União Europeia já fossem conhecidos no ano passado por esta altura, o mundo estava longe de prever a ascensão dos vários movimentos extremistas espalhados pelo território, bem como as consequências da eleição de Donald Trump para a Casa Branca. Assim, não só vão estar presentes figuras que viveram bem de perto estes acontecimentos, como vão narrar as suas experiências em palco.

"A Web Summit tem sido criticada no passado por ser uma câmara de ressonância de uma Silicon Valley liberal e aguardamos com expectativa o que Nigel Farage tem a dizer.”

Organização da Web Summit

No que diz respeito ao Brexit, Nigel Farage, fará parte de um painel de discussão que vai juntar outros governantes europeus, bem como alguns CEO — em nome da pluralidade de opinião –, como afirmou a equipa da Web Summit em comunicado. “A Web Summit tem sido criticada no passado por ser uma câmara de ressonância de uma Silicon Valley liberal e aguardamos com expectativa o que Nigel Farage tem a dizer”, justificou a organização.

Para trazer a este lado do Atlântico uma visão mais concreta de como decorreram as eleições norte-americanas, os dois lados da barricada vão estar no Oriente. Brad Parscale, conselheiro para as redes sociais e meios digitais da campanha de Donald Trump e o antigo conselheiro para a segurança de Hillary Clinton, Jacob Sullivan vão falar sobre o que os une.

Como é que a tecnologia pode dar a mão à segurança?

Não é possível falar de eleições norte-americanas sem discutir os novos desafios à segurança e ao estado social. À medida que a investigação do FBI em torno da influência russa na eleição de Trump avança em direção a uma certeza, o assunto das notícias falsas (#FakeNews) e de como sobreviver num mundo em que os factos já não têm o valor absoluto que tinham vai ser abordado por uma série de jornalistas, de Cameron Barr do The Washington Post a Gregory Ferenstein do Breitbart.

De território russo virá Garry Kasparov, o icónico jogador de xadrez que, além de se disponibilizar para disputar umas partidas da modalidade com dez oponentes ao mesmo tempo, irá discutir o papel da inteligência artificial na manutenção da segurança.

E se para os cidadãos as ameaças à liberdade são as maiores limitações à democracia, para as empresas os entraves à concorrência atuam de igual forma. É neste panorama que Margrethe Vestager, comissária europeia da Concorrência, vai subir ao palco principal do Web Summit e deixar um recado muito específico às gigantes da tecnologia: “As regras são diferentes na Europa”. Regras que se estendem também à noção de privacidade e à proteção dos direitos dos consumidores.

E ao ambiente?

O impacto de Silicon Valley estende-se à maioria dos esferas do Planeta Terra, até mesmo à sua existência. Com a produção massiva de dispositivos tecnológicos e o consequente aumento do desperdício eletrónico, as empresas têm sofrido várias pressões para conseguirem encontrar alternativas mais amigas do ambiente. A organização do Web Summit não quis passar esse aspeto em falso, tendo convidado grandes nomes tais como Al Gore ou Carlos Moedas para marcar presença.

 

O antigo candidato à presidência dos EUA e ativista ambiental vai falar de como a tecnologia tem um papel preponderante na resolução da “verdade inconveniente”, enquanto o comissário europeu vai participar num painel sobre proteção dos oceanos. A sustentabilidade ambiental vai ser assim o tema principal do palco Planet:tech, um dos nove palcos da conferência que será mais do que apenas tecnologia.

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Ainda há 869,9 mil pessoas subaproveitadas pelo mercado de trabalho

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 8 Novembro 2017

Em causa estão desempregados, trabalhadores a tempo parcial que gostariam de ter trabalhar mais horas e parte dos inativos. O indicador de subutilização do trabalho regista agora menos pessoas.

Além dos desempregados, há um conjunto de pessoas cujo potencial não está a ser totalmente aproveitado pelo mercado de trabalho. São os trabalhadores a tempo parcial que gostavam de trabalhar mais horas, os inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e os que, estando disponíveis, não procuram emprego. Ao todo, são 869,9 mil os abrangidos pelo conceito de “subutilização do trabalho” no terceiro trimestre do ano.

Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram agora um recuo. A taxa de subutilização do trabalho caiu para 15,8%, contra 16,6% no segundo trimestre e 18,8% no período homólogo. Quem são estas pessoas?

  • 444 mil desempregados
  • 177,6 mil trabalhadores a tempo parcial que gostariam de trabalhar mais horas
  • 21,5 mil inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar
  • 226,8 mil inativos disponíveis mas que não procuram emprego

Para calcular a taxa de subutilização do trabalho, é tida em conta a população ativa “alargada”, que abrange a população ativa e ainda os inativos à procura de emprego mas não disponíveis e os que, estando disponíveis, não procuram emprego.

Taxa de subutilização do trabalho

Fonte: INE Nota: quebra de série em 2011

O INE alerta, porém, que este indicador, agora divulgado pela segunda vez, sobrestima a subutilização do trabalho. Por um lado, “sobrestima o contributo potencial do subemprego de trabalhadores a tempo parcial, pois não considera as horas de trabalho realizadas por estes empregados (tipicamente, as horas trabalhadas correspondem a metade do total desejado)”, explica o destaque. Por outro, “sobrestima a população ativa alargada, uma vez que os dois subgrupos de inativos considerados têm, em geral, uma menor ligação ao mercado de trabalho do que os desempregados, o que se traduz na existência de uma menor probabilidade de transição para a população ativa, de uma maior proporção de pessoas que nunca trabalharam ou que deixaram de trabalhar há mais de 2 anos e de uma menor proporção de pessoas que se autoclassificam como desempregadas”, continua.

Há mais inativos que não procuram emprego

Se o desemprego e o subemprego de trabalhadores a tempo parcial tem vindo a cair, a análise difere no que toca aos outros dois grupos. O número de inativos que estão disponíveis para trabalhar mas não procuram emprego aumentou 10,9% em cadeia, ou 22,2 mil. Mas estes dados não são ajustados de sazonalidade. Comparando já com o mesmo período do ano anterior, a quebra é de 9,6%, ou 24 mil.

Já os inativos que procuram emprego mas não estão disponíveis para trabalhar conheceram um aumento homólogo de 17,2% (3,1 mil) e uma redução em cadeia de 21% (5,7 mil).

‘Subutilizados’ são quase o dobro dos desempregados

Olhando para os quatro grupos que constituem o indicador, os desempregados assumem maior expressão (51%). Isto explica “que a subutilização do trabalho corresponda (em número de pessoas e em taxa) a praticamente o dobro do desemprego, sendo que esta relação aumentou desde o 1.º trimestre de 2011″, mas “manteve-se estável quando comparada com o trimestre anterior”, avança o INE. No terceiro trimestre, o número de desempregados caiu para 444 mil, o que corresponde agora a uma taxa de desemprego de 8,5%.

O Instituto aponta para dois períodos distintos na evolução dos números na série iniciada em 2011. Até ao início de 2013, “observou-se em ambos os indicadores uma trajetória ascendente”. Já desde o primeiro trimestre de 2013, “a população desempregada e a subutilização do trabalho têm descrito uma trajetória descendente”.

(notícia atualizada)

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Vai encomendar na Amazon Espanha? Não vai pagar portes de envio

  • ECO
  • 8 Novembro 2017

A empresa de retalho garante o acesso a "milhões de produtos diretamente vendidos ou expedidos pela Amazon.es" sem pagar portes de envio para Portugal, numa campanha especial de Natal.

A poucas semanas para o Natal, a Amazon anunciou que as encomendas feitas a partir do site espanhol acima dos 29 euros ficam isentas do pagamento de portes de envio. No caso dos livros basta que o pedido exceda os 19 euros. A campanha apenas está disponível para entregas standard. A empresa anunciou ainda um alargamento do seu catálogo de produtos.

A Amazon estendeu o seu catálogo a marcas como Tiffosi, Salsa, Zippy e Fly London. Na oferta de livros, os clientes poderão comprar títulos de autores portugueses como Alice Vieira e António Lobo Antunes.

“Os clientes de Portugal encontrarão também uma seleção de produtos na Amazon.es especialmente direcionados para as suas preferências, como marcas de moda locais e milhares de livros de autores portugueses”, afirma François Nuyts, vice-presidente da Amazon em Espanha.

No comunicado, é ainda avançado que na edição deste ano da Black Friday, a realizar-se a partir do dia 24 de novembro, os clientes portugueses da Amazon.es “poderão aproveitar o envio gratuito das suas encomendas”.

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Taxa de desemprego cai para 8,5% no terceiro trimestre

  • Margarida Peixoto
  • 8 Novembro 2017

A taxa de desemprego voltou a cair no terceiro trimestre de 2017. É preciso recuar ao final de 2008 para encontrar um valor mais baixo.

A taxa de desemprego caiu para 8,5% no terceiro trimestre deste ano. O número foi revelado esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e confirma a tendência de melhoria do mercado de trabalho que se tem vindo a registar desde 2013. É preciso recuar até ao final de 2008 para encontrar um valor mais baixo.

Face ao trimestre passado, a taxa de desemprego recuou 0,3 pontos percentuais. Quando comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, a queda é ainda mais expressiva. Na altura a taxa de desemprego ainda estava acima dos dois dígitos, em 10,5%.

A queda do desemprego

Quebra de série em 2011. Fonte: INE

Como explica o INE, a redução da taxa de desemprego aconteceu em simultâneo com o aumento da população ativa, que atinge agora 5,2 milhões de pessoas. Face ao trimestre anterior, este número representa uma subida de 0,5% e comparando com o trimestre homólogo são mais 0,7%.

Além disso, verificou-se uma criação líquida de emprego e uma diminuição do número de desempregados. Em apenas um ano, a economia criou mais 141,5 mil empregos líquidos, “prolongando a série de variações homólogas positivas observadas desde o quarto trimestre de 2013”, nota o INE.

O número de desempregados baixou para 444 mil, menos 105,5 mil pessoas do que no mesmo período de 2016.

Estes números mostram que há uma melhoria evidente nas condições gerais do mercado de trabalho: o número de empregados aumentou, o número de desempregados diminuiu e há mais pessoas a querer participar no mercado de trabalho. Também o número de subaproveitados pelo mercado de trabalho caiu — embora continue a atingir 869,9 mil pessoas.

Mesmo o valor da taxa de desemprego jovem, que regista um aumento trimestral, deve ser lido com cautela: tal como mostra o histórico, é habitual uma subida no terceiro trimestre de cada ano, relacionada com o fim do período escolar e a entrada no mercado de trabalho. Neste indicador, importa sobretudo analisar o comportamento homólogo da taxa. Aqui registou-se uma redução expressiva, dos 26,1% verificados entre julho e setembro de 2016, para os 24,2% deste ano.

O que está a acontecer com o desemprego jovem?

Quebra de série em 2011. Fonte: INE

O mesmo cuidado é necessário para analisar a taxa de jovens entre os 15 e os 34 anos que não estudam nem trabalham. Segundo o INE, de um total de 2,2 milhões de jovens, 11,8% estavam nestas condições — um aumento face ao trimestre anterior, mas uma queda quando comparado com o valor homólogo.

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Juros abaixo dos 2%? Há mais taxas para investidor ver

Portugal centra atenções de todo o mundo e não é só por causa do Web Summit. Nos mercados de dívida, o país também tem história positiva para vender. Apresentamos cinco taxas para investidor ver.

Portugal está sob os holofotes do mundo e não é só por causa da maior cimeira de tecnologia do mundo que trouxe mais de 60 mil participantes e oradores de todo o lado a Lisboa. Nos mercados de dívida internacionais, o país também aparenta estar na moda. A queda da taxa das obrigações a dez anos para um patamar abaixo dos 2% é sinal disso mesmo. Os investidores estão confiantes em relação ao bom momento que a República portuguesa atravessa. Mas nem sempre foi assim. Temos cinco “taxas e taxinhas” que contam a nossa história recente no que à dívida pública diz respeito.

1,56%

No dia 13 de março de 2015, o taxa das obrigações a 10 anos fixou um novo mínimo de sempre nos 1,56%. Cerca de um ano depois de Portugal ter anunciado uma “saída limpa” do programa de assistência financeira internacional, que vigorou no país entre 2011 e 2014, havia um maior otimismo dos investidores em relação à República. Mas também já se começava a sentir a presença de uma “mão invisível” nos mercados: o Banco Central Europeu (BCE) iniciou nesse mês o agressivo plano de compra de dívida pública na região que ajudou a conter o risco.

17,393%

Face ao mínimo histórico perto dos 1,5%, parece quase impossível acreditar que três anos antes, a 30 de janeiro de 2012, o juro que os investidores estavam a exigir para deter dívida portuguesa a dez anos estava acima dos 17%. Mas é verdade: fechou essa sessão com a taxa já perto dos 17,4%, a mais elevada de sempre e que na prática se traduzia numa impossibilidade de Portugal se financiar no mercado. Esta taxa refletia a enorme desconfiança dos investidores em relação à capacidade de cumprimento das suas obrigações financeiras. Isto depois de o país ter fechado 2011 com um défice superior a 10% e de Lisboa ter sido obrigado a pedir um resgate financeiro no valor de 76 mil milhões de euros.

0,66%

Se a taxa a dez anos cai para um patamar abaixo dos 2%, também há boas notícias nos restantes prazos da dívida portuguesa. Por exemplo, a yield implícita nas obrigações a cinco anos perdeu mais de quatro pontos base para os 0,666%, a taxa mais baixa de sempre, de acordo com os dados da Bloomberg.

125,7%

A dívida pública atingiu um novo recorde em agosto acima dos 250 mil milhões de euros (mais de 130% do Produto Interno Bruto), mas o Governo está tranquilo: no final do ano, o rácio da dívida vai descer para 125,7% do PIB, segundo indicou na proposta de Orçamento do Estado para 2018. No próximo ano há nova descida: o endividamento público cai para 123,5%. Os últimos dados do Banco de Portugal indicam que o stock da dívida pública já começou a descer em setembro. Do Ministério das Finanças há a expectativa de um “trambolhão”. Como? Com reembolsos ao mercado e com a aceleração dos pagamentos do empréstimo oficial do Fundo Monetário Internacional (FMI).

66%

Quase um terço do empréstimo do FMI já está inclusivamente reembolsado. No mês passado, o Governo procedeu a novo reembolso antecipado ao Fundo enviando um cheque de mil milhões de euros para Washington. No acumulado de 2017, Lisboa já abateu mais de seis mil milhões de euros à instituição liderada por Christine Lagarde, cerca de 66% do total do empréstimo de 26,3 mil milhões que Portugal obteve em 2011. Mas o objetivo passa por elevar este montante até oito mil milhões até final do ano, numa estratégia que permitirá ao Governo aproveitar o bom ambiente no mercado para substituir o empréstimo mais caro do FMI por nova dívida.

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