Startups podem registar patentes a custo zero durante o Web Summit

  • ECO
  • 31 Outubro 2017

Startups que integrem o programa Alpha terão a possibilidade de registar patentes, marcas e design a custo zero. As restantes empresas portuguesas beneficiarão de um desconto de 50 por cento.

Incentivar o registo de patentes. É esse o objetivo do regime temporário de isenção e redução das taxas a pagar pelas empresas quando registam uma marca, patente ou design. A iniciativa é promovida pelo Ministério da Justiça e só estará em vigor durante o Web Summit, isto é, entre 6 e 9 de novembro.

“O Ministério da Justiça concretiza estas medidas para reforçar a sensibilização das empresas e dos empresários para a necessidade de salvaguarda dos seus direitos relativos à propriedade industrial“, lê-se no comunicado divulgado pelo Ministério de Francisca Van Dunem.

Para as 232 startups portuguesas do programa Alpha (empresas em fases iniciais de desenvolvimento e investimento), o registo sairá da custo zero. Já para as restantes companhias (mesmo que não participem na feira de tecnologia criada por Paddy Cosgrave), está prevista uma redução de 50% das taxas em causa. Os registos podem ser feitos no próprio espaço do Web Summit ou online.

“Estas medidas estão inseridas no reforço do contributo das diferentes áreas da orgânica do Ministério da Justiça, tendo em vista o crescimento económico sustentado, através da retoma do investimento empresarial e do relançamento da economia portuguesa“, acrescenta a nota de imprensa.

Em 2016, as empresas portuguesas registaram 939 patentes. Este ano, até setembro, o número não ultrapassou os 639, um volume notoriamente reduzido tendo em conta que nascem 100 empresas por dia em Portugal. Por outro lado, os registos de design também já viveram melhores dias. Este ano, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual registou 1302 desenhos, menos 989 que no ano anterior.

O contributo do Ministério da Justiça para o Web Summit não se fica por aqui. Será ainda anunciado o Prémio Inventor do Ano 2018, que distinguirá os trabalhos desenvolvidos nas áreas da saúde, ecotecnologia e tecnologias da informação. As candidaturas abrem em janeiro.

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Turistas gastaram 17 milhões por dia só no verão

Entre julho e setembro deste ano, foram realizadas em Portugal 23,5 milhões de operações com cartões de pagamento emitidos no estrangeiro, no valor total de 1.586 milhões de euros.

O turismo continua a bater recordes e os gastos dos turistas também. Só nos meses de verão, as compras realizadas em Portugal com cartões emitidos no estrangeiro ultrapassaram os 1,5 mil milhões de euros, o valor mais alto de sempre, segundo os dados divulgados, esta terça-feira, pelo Banco de Portugal.

“As compras realizadas em Portugal com cartões de pagamento emitidos no estrangeiro têm vindo a crescer, especialmente desde 2015”, refere a nota emitida pelo Banco de Portugal. Entre julho e setembro deste ano, foram realizadas 23,5 milhões de operações com cartões de pagamento emitidos no estrangeiro, no montante total de 1.586 milhões de euros, valores que representam “máximos históricos”, indica o regulador.

Feitas as contas, nestes três meses, os estrangeiros deixaram 17,2 milhões de euros, por dia, em Portugal.

Cada compra realizada com cartões estrangeiros totalizou, em média, 67,54 euros. França e Reino Unido foram os mercados que mais gastaram. Os 6,4 milhões de operações realizadas com cartões emitidos em França totalizaram 339 milhões de euros, enquanto os britânicos fizeram 3,4 milhões de operações e gastaram 348 milhões de euros.

Depois destes dois países, Espanha, Alemanha, Holanda e Estados Unidos são os que mais gastaram em Portugal durante este verão.

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Juros da dívida portuguesa com maior ciclo de quedas em 12 anos

A yield da dívida portuguesa a dez anos recua em outubro pelo sétimo mês seguido, o mais extenso ciclo de quedas desde o início de 2015. Taxa cada vez mais perto dos 2%.

Os juros da dívida soberana portuguesa têm apresentado um rumo descendente, sendo que a taxa na maturidade a dez anos se prepara para registar o mais prolongado ciclo de descidas em mais de 12 anos. Quebrar em baixa a fasquia dos 2% está cada vez mais perto.

A yield nacional a dez anos segue a recuar perto de um ponto base, para os 2,09%, tendo renovado já nesta sessão mínimos intradiários de abril de 2015. Fazendo um balanço mensal, outubro prepara-se para ser o sétimo mês consecutivo em que os juros da dívida nacional a dez anos aliviam. Trata-se do ciclo de quebras mais extenso desde o início do ano 2005. Janeiro de 2015 assinalou oito meses consecutivos de descidas da yield nessa maturidade.

 

Variação mensal da Yield portuguesa a dez anos

Regressando a outubro deste ano, a taxa de juro nesse prazo recuou 30 pontos base, até aos atuais 2,09%, com este indicador a aproximar-se cada vez mais da barreira dos 2%, nível que só foi quebrado no final de abril de 2015. No acumulado do ano, a taxa recuou 167 pontos base, enquanto as yields na mesma maturidade agravaram tanto em Espanha como em Itália.

"Não há realmente nada no caminho das yields portuguesas que impeça que estas regressem aos mínimos de 2015 de cerca de 1,6%, tendo em conta que o risco político se mantém em mínimos e não há nenhumas notícias negativas em termos de ratings.”

Richard Kelly, Dominion Bank

Segundo os analistas da ING, do Société Générale e do canadiano Dominion Bank, o nível dos 2% pode ser quebrado em breve. “Não há realmente nada no caminho das yields portuguesas que impeça que estas regressem aos mínimos de 2015 de cerca de 1,6%, tendo em conta que o risco político se mantém em mínimos e não há nenhumas notícias negativas em termos de ratings“, afirmou Richard Kelly, responsável pela equipa de estratégia global de taxas de juro do Dominion Bank, citado pela Bloomberg.

Juros cada vez mais próximos dos 2%

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Portugal tem beneficiado de boas notícias que têm melhorado a perceção dos investidores face à dívida nacional e em consequência têm pressionado as taxas de juro soberanas nacionais no mercado secundário. O bom momento económico que o país vive justificou a retirada do rating português do “lixo” por parte da Standard & Poor’s, enquanto a Moody’s anteriormente já tinha melhorado a perspetiva para positiva, colocando Portugal a apenas um degrau de passar a nível de investimento. Em dezembro, a Fitch poderá ser a segunda das três maiores agências de rating a colocar o “selo” de grau de investimento na dívida nacional, o que segundo o especialista do Dominion Bank iria pressionar ainda mais as taxas de juro soberanas.

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Desemprego em Portugal continua abaixo da Zona Euro

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 31 Outubro 2017

Desemprego na Zona Euro caiu para 8,9% em setembro, estima o Eurostat. Em Portugal, os dados provisórios apontam para 8,6%.

O desemprego em Portugal continua abaixo da média da Zona Euro em setembro. A taxa provisória de 8,6% fica aquém dos 8,9% estimados para os países do euro mas acima do valor para a União Europeia, de 7,5%, avançam os dados do Eurostat divulgados esta terça-feira.

Ontem, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que a taxa de desemprego em Portugal deverá ter caído para 8,6% em setembro — os números finais serão confirmados no próximo mês. Pegando neste dado, Portugal apresenta o sétimo valor mais elevado entre os países da União Europeia (UE) para os quais há números atualizados, indica o Eurostat.

Espanha regista o valor mais elevado — 16,7% — seguindo-se Itália e Croácia. Porém, falta saber como evoluiu o desemprego na Grécia, que não apresenta dados atualizados para setembro, mas contava com uma taxa de 21% em julho.

A taxa de desemprego na Zona Euro, de 8,9%, representa um recuo de uma décima face a agosto e de um ponto percentual comparando com o mês homólogo. É o valor mais baixo desde janeiro de 2009, diz o gabinete europeu de estatística. Na União Europeia, a taxa estabilizou, em termos mensais, nos 7,5%, mas também recuou comparando com setembro de 2016 (8,4%). “Esta continua a ser a taxa mais baixa” desde novembro de 2008, acrescenta.

O cenário é mais negativo no caso do desemprego jovem. Aqui, a taxa ainda provisória de 25,7% em Portugal ultrapassa a média da zona euro (18,7%) e da UE (16,6%). Os dados ajustados de sazonalidade revelam ainda que Portugal é um dos poucos países em que o desemprego jovem cresceu face a agosto.

(Notícia atualizada)

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PIB cresce mais do que o esperado mas inflação desilude

  • Margarida Peixoto
  • 31 Outubro 2017

Os países da moeda única cresceram 0,6% entre julho e setembro deste ano, uma décima acima do esperado pelos economistas da Bloomberg. Contudo, a taxa de inflação desiludiu.

O PIB da Zona Euro deverá ter crescido 0,6% no terceiro trimestre deste ano, revelou esta terça-feira o Eurostat, na primeira estimativa rápida. O valor ficou ligeiramente acima (apenas uma décima) do estimado pelos economistas da Bloomberg. Contudo, a taxa de inflação desiludiu, com a inflação core a cair para 0,9%, abaixo da expectativa de 1,1% dos economistas.

Os dados do PIB, ajustados de sazonalidade, mostram que o crescimento nos países da moeda única avança ao mesmo ritmo que o verificado no conjunto de toda a União Europeia, cujo PIB também avançou 0,6% em termos trimestrais.

Zona euro avança 0,6% no trimestre

Fonte: Eurostat

Comparando com o valor registado no mesmo trimestre de 2016, verifica-se uma aceleração do crescimento, para 2,5%, tanto na Zona Euro, como no conjunto da União, acrescenta ainda o Eurostat. No segundo trimestre de 2017 o crescimento homólogo tinha sido de 2,3% na Zona Euro e de 2,4% na União Europeia.

Contudo, e apesar do crescimento ligeiramente mais robusto no terceiro trimestre, a inflação da Zona Euro desiludiu os economistas, a avaliar pelas expectativas publicadas pela Bloomberg. A taxa de inflação anual recuou uma décima, para 1,4%, em outubro. Já a inflação core, isto é, excluindo os preços da energia, alimentação, álcool e tabaco recuou para 0,9% dos anteriores 1,1%. A projeção dos economistas apontava para a manutenção deste indicador nos 1,1%.

Inflação desilude e recua para 1,4%

Fonte: Eurostat

Na quinta-feira passada, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou o corte para metade do programa de compras mensais a partir de janeiro, até terminar em setembro. Contudo, o presidente do BCE, Mario Draghi, assegurou que o “programa não vai acabar de um momento para o outro” e deixou a porta aberta à renovação por mais tempo.

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Férias, casa ou reforma? Saiba como fazer o dinheiro crescer

Para compor uma poupança de emergência, fazer uma férias, comprar carro ou casa, ou ter um "pé-de-meia" para a reforma, adequam-se estratégias de investimento diferentes. Conheça algumas.

Poupar rima com sonhar. Mas sem poupar o mais provável é que não consiga concretizar muitos dos seus sonhos, sejam eles fazer uma viagem, comprar um carro ou uma casa, ou simplesmente gozar uma reforma tranquila. Mas conseguir poupar nem sempre é um exercício fácil. Para conseguir atingir os objetivos no futuro é essencial fazer um plano de poupança, mas também encontrar a melhor forma de investir as quantias que consegue colocar de parte e fazê-las crescer até à altura de as utilizar.

Mas consoante o objetivo a que se propõe a cumprir, existem estratégias de investimento mais adequadas do que outras. Se o objetivo for, por exemplo, colocar de parte uma quantia para fazer umas férias daqui a uns meses, a melhor estratégia de investimento a adotar será muito diferente daquela que se adequa a quem quer poupar para constituir um “pé-de-meia” para a reforma. Tendo em conta diferentes objetivos de poupança, o ECO apresenta-lhe alguns dos produtos financeiros mais adequados para alguns cenários: imprevistos, fazer férias, comprar carro ou casa, ou poupar para a reforma.

Viajar? Não sem antes ter uma reserva… de emergência

Qualquer sonho que dependa de um investimento financeiro que queira ver concretizado, não deve avançar com ele antes de investir num “pé-de-meia” para fazer face a imprevistos, tal como sugere António Ribeiro, especialista da Proteste Investe.

“Se for para poupar, a primeira prioridade deve ser ter um fundo de emergência. Antes de se aventurarem por outro tipo de investimento, as pessoas devem ter esse montante de parte”, diz o economista, acrescentando que esse deve equivaler a entre quatro e seis salários. Imaginando o cenário de quem tenha um ordenado de mil euros, essa quantia a reservar deverá oscilar assim entre um mínimo de quatro mil e um máximo de seis mil euros.

O objetivo é que esse montante possa ser usado para fazer face a situações inesperadas como, como por exemplo, uma situação de desemprego, perda de rendimento familiar, cuidados de saúde especiais ou uma mudança da estrutura familiar.

Colocar de parte não significa necessariamente ter o dinheiro debaixo do colchão ou “estacionado” na conta à ordem. Este dinheiro pode ser colocado a render, mas não serve qualquer produto financeiro. Para além de dever ser aplicado em produtos de baixo risco, para evitar a perda de capital, devem ser em produtos que ofereçam flexibilidade em termos de mobilização do património. “Esse montante deve estar sempre aplicado em produtos que tenham elevada liquidez, precisamente para poderem ser resgatados em qualquer momento”, recomenda António Ribeiro.

Depósitos a um ano mais rentáveis em cada banco

Fonte. sites dos bancos | *TANB média27 outubro, 2017

Neste âmbito, uma das melhores soluções será aplicar essa poupança em depósitos a prazo, mas não de prazos longos e que não permitam mobilização antecipada. “Há muitos bancos que têm depósitos sem mobilização antecipada e que oferecem uma taxa um pouco superior, só que a desvantagem é que se depois quero mexer no dinheiro não posso. Ou seja, não é adequado para esse objetivo do fundo de emergência, que deve estar disponível em qualquer altura”, esclarece António Ribeiro.

Em termos de retornos, os depósitos a prazo disponíveis não são particularmente atrativos, mas para uma perspetiva de poupança para fazer face a imprevistos adequam-se. “A nível de rentabilidade, nenhuma das aplicações sem risco que existem vão dar um rendimento surpreendente. No caso dos depósitos a prazo a um ano, na maior parte o rendimento neste momento está próximo de zero: há remunerações dos 0% até 1,3%“, especifica António Ribeiro.

O mesmo acontece com os certificados de aforro, outro dos produtos que o economista da Proteste Investe considera ser adequado para este cenário de poupança, já que permitem quantias de aplicação relativamente baixas (a partir de 100 euros) e o resgate também é flexível após os três primeiros meses de aplicação. Os certificados de aforro da série D, que foram substituídos por uma nova série E — série que mantém as mesmas características e forma de cálculo da rentabilidade — que se subscritos em outubro oferecem uma taxa de juro bruta de 0,671%.

No que respeita a ter o dinheiro numa conta à ordem remunerada, António Ribeiro aconselha a ter cuidado ao fazê-lo. “Às vezes o que acontece é que para ter essa remuneração implica subscrever outros produtos em simultâneo que podem não compensar em termos de custos”, alerta.

Férias, comprar carro ou casa? Depende do horizonte

Só depois de constituir uma reserva financeira de segurança, faz sentido avançar rumo à concretização de um sonho consumista, seja ele umas férias, a compra de um carro ou de uma casa. Mas a segurança do capital aplicado volta a ser uma prioridade para a concretização de qualquer um desses sonhos, pelo que devem ser escolhidos apenas produtos sem risco.

“Só falo em produtos que tenham garantia de capital, porque estamos a falar de poupanças com objetivos muito concretos e as pessoas não querem correr o risco de depois não os poderem cumprir. Não faz sentido para estes fins ir para produtos com risco”, alerta António Ribeiro.

Neste âmbito, a aposta em depósitos a prazo continua a fazer sentido, mas há outros produtos para onde se pode olhar. “Tanto para férias, como para comprar carro ou eventualmente comprar casa, se quisermos fazer uma poupança a um ou dois anos e queremos poupar de forma regular há vários produtos que o permitem fazer: alguns depósitos a prazo, contas poupança, seguros de capitalização e eventualmente os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento“, refere o economista.

A escolha de qualquer destes produtos irá depender também da forma de poupança. Ou seja, se em causa está um dado montante específico a aplicar ou uma poupança a ser reforçada ao longo do tempo.

Para aplicação de um montante que já se tem, adequam-se tanto os depósitos a prazo, como os seguros de capitalização ou os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC). Se o objetivo for reforçar a poupança ao longo do tempo as contas poupança também já fazem mais sentido, mas o mesmo já não acontecerá com alguns dos outros produtos, como é o caso dos CTPC. Este novo produto de poupança do Estado, à semelhança dos antigos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) apenas estão disponíveis para aplicações de montantes mínimos de mil euros. Ou seja, não é o produto financeiro mais adequado para reforçar com pequenas quantias.

Em termos de retornos, estes produtos oferecem vantagens tanto face à generalidade dos depósitos a prazo como comparativamente com os certificados de aforro, apesar do corte que sofreram face aos anteriores CTPM.

Remuneração dos novos Certificados do Tesouro

No que respeita aos seguros de capitalização, estes produtos podem ser subscritos nas seguradoras, com a entrega de um determinado montante que será devolvido no final do contrato, acrescido do respetivo rendimento que tem, na maioria das vezes, um mínimo garantido. Contudo, o especialista alerta para uma desvantagem que deve ser tida em conta quando se pensa investir em seguros de capitalização, e que se relaciona com os encargos adicionais que lhes podem estar associados no resgate.

“Os seguros de capitalização têm a vantagem de permitirem fazer entregas todos os meses, de três em três meses ou quando nos apetecer, e de montantes baixos: existem produtos que nos permitem fazer entregas a partir de 20 ou 50 euros. Só que é preciso ter em atenção as comissões de resgate, porque nos primeiros anos, especialmente antes de três a cinco anos, se resgatar o produto posso ser bastante penalizado. A comissão por resgate antecipado geralmente é elevada, e isso pode retirar quase todo o rendimento que ganhei no produto, explica António Ribeiro. Neste sentido, são produtos mais indicados para poupanças regulares e de muito pequeno montante, mas mais a médio prazo: “Geralmente indicamos pelo menos cinco anos“, diz o técnico da Proteste Investe.

Objetivo reforma: tudo depende da idade

Pode parecer que ainda está muito longe, mas nunca é tarde demais para poupar para a reforma. Esta necessidade tornou-se ainda mais premente tendo em conta um cenário em que a idade de reforma aumenta a cada ano que passa. Além disso, as reformas antecipadas continuam a ser penalizadas pelo fator de sustentabilidade e por um corte de 0,5% por cada mês de antecipação. O Governo já mostrou a intenção de aliviar os cortes a aplicar mas, para já, as alterações só entraram em vigor para as carreiras contributivas muito longas.

Visando fazer crescer a poupança com o objetivo de constituir um “pé-de-meia” para compor o rendimento familiar para depois da reforma, a estratégia de investimento a adotar varia, mas já pressupõe assumir mais risco face aos cenários de poupança acima referidos. “Como é um objetivo de médio e longo prazo já podemos correr algum risco, mas depende da idade da pessoa. A recomendação que damos é que quem está a mais de dez anos da idade da reforma — ou seja, que tenha menos de 56 anos — pode arriscar um pouco porque ainda está muito longe de pedir a reforma”, afirma António Ribeiro.

Para um investidor que se insira neste tipo de perfil já faz sentido apostar num PPR com um pouco mais de risco, por exemplo, recomenda o economista. Ou seja, um PPR que tenha uma componente de ações, já que à partida, no longo prazo, estes produtos têm um potencial de rendimento superior. “Os PPR funcionam como um fundo misto, que investe em obrigações, em ações, de forma diferenciada. Isto faz com que, a partir de um pequeno montante e com reforços de pequeno valor, se consiga ter uma carteira diversificada de produtos e dessa forma rentabilizam um pouco melhor, em teoria, as suas poupanças“, salienta o responsável da Proteste Investe, recomendando a quem está mais longe de atingir a idade da reforma a privilegiar PPR sob a forma de fundo de investimento.

Os cinco fundos PPR mais rentáveis no último ano

Fonte: APFIPP

Uma realidade que já não fará tanto sentido para quem esteja muito próximo da idade da reforma. “Os fundos PPR, que não têm capital garantido fazem sentido para quem está longe da idade da reforma, porque têm uma componente de ações. Mas para quem tenha mais de 56 anos convém não arriscar“, diz António Ribeiro. Se for esse o caso, e tiver um PPR sem capital garantido, o conselho é transferir a poupança para um PPR que o tenha ou transferir para um PPR sob a forma de seguro de capital garantido e rendimento também garantido. “Mesmo que não seja um rendimento muito elevado, não está a correr risco”, defende o economista.

Mas claro que vai ter de escolher bem o produto, porque existem centenas de PPR no mercado. “Com tanta oferta disponível, é preciso que as pessoas escolham bem porque existem diferenças substanciais de rendimento. Alguns têm rendimentos negativos, enquanto há outros que ganham quase 20%”, alerta António Ribeiro.

O ECO está, ao longo desta semana, a realizar um conjunto de trabalhos sobre a poupança, no âmbito do Dia Mundial da Poupança. Pode acompanhar estes artigos aqui.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 31 Outubro 2017

Trump e May estão na mira. De um lado, o Russiagate ganha força. Do outro, os escândalos sexuais em Westminster amontoam-se. A Nova Zelândia prepara-se para o futuro e o Facebook treme pelo passado.

Trump pode virar a cara às alterações climáticas mas as evidências de que estão aqui e, para ficar, são mais fortes do que a sua negação. Os níveis de dióxido de carbono mostram isso mesmo, enquanto sobem como se não houvesse amanhã… e é no futuro que pensam aqueles que perderam tudo em desastres naturais provocados pelo aquecimento global e que a Nova Zelândia quer agora ajudar. Do outro lado do espetro temático, são os escândalos sexuais (no Reino Unido) e a Rússia (que fere o Facebook e a administração do empresário nova-iorquino) a dominar a conversa.

Financial Times

Russiagate avança com detenção de três associados de Trump

O Russiagate — nome pelo qual está a ficar conhecida a investigação ao possível conluio da equipa de campanha eleitoral de Donald Trump com a Rússia — está a fazer tremer a Administração do empresário nova-iorquino. Além de George Papadopoulos (conselheiro detido em julho por ter tentado negociar reuniões com Moscovo), estão também envolvidos Paul Manafort (antigo líder da equipa eleitoral de Trump), que já se entregou ao FBI, e Richard Gates (parceiro de negócios de Manafort). Papadoulos preferiu colaborar com a investigação, enquanto que Manafort e Gates declararam-se inocentes, estando agora sob prisão domiciliária com fianças de dez e cinco milhões de dólares, respetivamente. “Não há provas de conluio de Manafort ou da campanha de Trump com a Rússia”, adiantou o advogado do ex-líder da campanha, referindo que as acusações de que o seu cliente é alvo datam de há mais de uma década.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

BBC News

Anúncios russos atingiram 126 milhões de utilizadores do Facebook

Oitenta mil. Foi esse o número de posts com origem na Rússia divulgados no Facebook durante a campanha presidencial norte-americana. Segundo a rede social, mais de 126 milhões de americanos terão sido expostos a este tipo de conteúdo, caracterizado principalmente pelas mensagens políticas e de divisão social. Os dados foram divulgados pela empresa de Zuckerberg, no advento da sua audição no Senado para apurar o impacto russo nesse momento político. Também a Google e o Twitter estão envolvidos na investigação. A Rússia continua, contudo, a negar qualquer interferência na eleição de Donald Trump.

Leia a notícia completa a BBC News (acesso gratuito / conteúdo em inglês).

The Guardian

Nova Zelândia pondera novo tipo de vistos

De um lado do oceano, Donald Trump lidera os Estados Unidos com a convicção de que as alterações climáticas são um mito. Do outro, Jacinda Arden comanda a Nova Zelândia um passo à frente da negação. O novo Governo neozelandês quer criar novos vistos para ajudar os refugiados do Pacifico (criados por desastres provocados pelas alterações climáticas) a encontrar novos lares. A aprovação desta medida simbolizaria a concretização da promessa eleitoral do partido Verde, que prometeu 100 vistos para pessoas nesta situação.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso gratuito / conteúdo em inglês).

Independent

Escândalo sexual abala Westminster

Quatro terão sido as vezes que uma assistente de um parlamentar britânico denunciou às autoridades estar a ser vítima de assédio sexual sem que qualquer resposta legal adequada tivesse sido acionada. A revelação foi feita por uma outra deputada (a quem a assistente terá confessado a história), esta segunda-feira, durante um debate na Casa dos Comuns. Um terceiro parlamentar sublinhou ainda que esse tipo de negligência relativamente a abusos sofridos por jovens trabalhadores não é novidade. Outros deputados avançaram também ter ouvido dos colegas alegações semelhantes, quando saem à noite dos debates. Segundo os envolvidos, os partidos políticos continuam, apesar deste cenário, a bloquear as tentativas de reforçar a proteção dos membros da Casa dos Comuns.

Leia a notícia completa na Independent (acesso gratuito / conteúdo em inglês).

Bloomberg

Emissões de CO2 atingem máximos de 800 mil anos em 2016

A poluição e o fenómeno do El Nino levaram os níveis de dióxido de carbono, em 2016, a máximos de 800 mil anos. A conclusão é da Organização Mundial da Meteorologia (WMO). A concentração dos gases do efeito de estufa também registou um aumento: de 400 partículas por milhão em 2015 para 403,3 partículas por milhão em 2016. A WMO já alertou para as “severas disrupções ecológicas e económicas”. A última vez que os níveis de CO2 estiveram tão altos na Terra, a temperatura do planeta estava 2 a 3 graus Celsius acima do atual quadro.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso gratuito / conteúdo em inglês).

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CodeFights: Deixa o currículo de lado e mostra o que vales

Esta aplicação desenvolvida por antigos engenheiros da Google pretende ajudar as empresas a selecionar os candidatos através das suas capacidades de programação e não do seu currículo.

Quem disse que a regra para ser contratado é ter o melhor currículo? Para esta startup, fundada por antigos engenheiros da Google, o segredo é ter várias competências. A CodeFights procura ajudar as empresas recrutadoras a selecionarem os candidatos pelas suas capacidades e não apenas pelo currículo.

Chama-se CodeFights (ver aqui) e é uma startup que pretende revolucionar a entrada no mercado de trabalho. Segundo a equipa, os melhores engenheiros já não vêm, obrigatoriamente, das melhores escolas nem passaram pelas melhores empresas. No entanto, as empresas que recrutam, normalmente usam esses critérios para a seleção do candidato. E é isso que a CodeFights quer mudar.

“O que a indústria de recrutamento continua a fazer é usar o pedigree como um substituto das capacidades“, diz Tigran Sloyan, CEO da CodeFights. “Os engenheiros já não vêm das melhores escolas nem das principais empresas”, acrescenta. Nos últimos dois anos, a CodeFights tem tentado ajudar, ao mesmo tempo, os candidatos e as empresas recrutadoras.

Como funciona a CodeFights?

A CodeFights foi fundada por antigos engenheiros da Google e destina-se, principalmente, a profissionais dessa profissão. O site cria exercícios de programação e desafios, que servirão como uma base de dados para as empresas, de forma a permitir selecionar os candidatos com as melhores capacidades. Depois de se aperceberem dos resultados da startup, várias empresas — Uber, Asana e Evernote, propuseram a criação de um sistema de ferramentas interno, que permita selecionar e avaliar os candidatos.

E eis que nasceu esse tão pedido sistema — CodeFightsR. As empresas podem usar o CodeFightsR para enviar aos candidatos testes de capacidade e o sistema avaliará os níveis de habilidade de cada um, com base nos resultados desses testes. Feito isto, as empresas analisam as pontuações dos candidatos para decidir quais podem e devem chamar para uma entrevista, independentemente do sexo ou da etnia, ou até mesmo da faculdade de onde vieram. “Os preconceitos são naturalmente apoiados pela falta de dados reais das pessoas”, disse Sloyan.

À pesca de candidatos

Mas as empresas também podem usar o CodeFightsR para encontrar candidatos novos, em vez de se cingirem apenas aos existentes na base de dados. Os interessados que entrem no site da CodeFights podem competir nos testes contra perfis falsos criados pelas empresas, de forma a perceber as habilidades dos mesmos. Se conseguirem bons resultados, esses perfis falsos automaticamente vão perguntar ao candidato se estariam interessados em alguma oportunidade nessa determinada empresa.

As empresas veem a mudança.

Tigran Sloyan

CEO da CodeFights

Quando percebes que, em vez de olhares para o currículo de alguém e procurares certas palavras-chave, tu podes realmente saber quem essa pessoa é um excelente engenheiro de Java ou de Android sem sequer teres falado com ela, é uma grande transformação na visão da empresa“, acrescenta.

O CodeFightsR também oferece dicas às empresas relativamente as seus processos de contratação como, por exemplo, a relevância das questões de teste para o cargo. Os visitantes podem ainda ter acesso à “parede da fama”, onde constam casos de candidatos que foram selecionados pelas empresas através do sistema.

Equipa CodeFights

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Ordem dos Advogados diz que mudanças ao regime simplificado podem ser inconstitucionais

  • ECO
  • 31 Outubro 2017

Bastonário diz que as alterações previstas no Orçamento do Estado para 2018 podem violar o princípio da tributação pelo rendimento real e diz que a única solução é deixar cair.

O bastonário da Ordem dos Advogados (OA) acredita que as alterações ao regime simplificado de IRS previstas para 2018 podem ser inconstitucionais e entende que o único caminho é deixar cair a proposta. Guilherme Figueiredo mostra-se, aliás, convicto de que a norma “não vai passar”.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, Guilherme Figueiredo começa por criticar o facto de a medida não estar sujeita a qualquer estudo prévio por comissões independentes. Parece servir apenas “para aumentar o rendimento coletável dos profissionais liberais e dos empresários”, afirma.

Depois, aponta para falhas do e-fatura e questiona a forma como o sistema permite, “numa compra de supermercado”, separar despesas pessoais e profissionais. E dá ainda outros exemplos que, a seu ver, provam que o sistema está a “fugir completamente à simplificação” que tinha: “Outro exemplo é o de um recibo verde que trabalha a partir de casa e pretende deduzir uma parte da fatura de internet, mas na generalidade das situações ela vem associada à fatura de televisão e telefone. Qual o critério para reparti-la?”

Por outro lado, se o e-fatura permite “identificar todos os custos dos profissionais liberais e empresários, porquê esta limitação a 25%?”, questiona ainda o bastonário, acrescentando: “Temos até a impressão de que isto poderá ser inconstitucional”.

“O IRS está sujeito a obrigação da tributação pelo rendimento real. Ora se fica demonstrado pelo e-fatura que o rendimento real é inferior ao que a AT [Autoridade Tributária e Aduaneira] aceita por causa da limitação dos 25%, podemos estar perante a violação do princípio da tributação pelo rendimento real. Esta própria medida poderá ser inconstitucional. Este novo regime simplificado mais não é que um regime de contabilidade simplificada”, frisa.

Guilherme Figueiredo admite que “mais depressa” aceitaria uma revisão dos coeficientes aplicados, desde que existisse um estudo a provar que estes estão desatualizados.

O Governo já veio dizer que a medida não vai gerar aumento de impostos, porque os trabalhadores independentes que têm de apresentar despesas para conseguir alcançar o atual nível de dedução facilmente conseguirão fazê-lo, mas o bastonário da Ordem não tem a mesma certeza. “Para o profissional liberal que tem o seu próprio escritório ou o sócio de uma sociedade, facilmente se atinge o limite e o verdadeiro entrave da medida é o entrave à dedução dos custos. A pressão coloca-se relativamente aos associados, em relação a esses não tenho a menor dúvida de que terão um aumento na tributação, além de que haveria um aumento da carga de trabalho – porque as pessoas vão ter de passar por um segundo crivo do serviço de finanças – e o reembolso, além de mais magro, passará a ser processado mais tarde”, diz.

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Lisboa sobe pela quarta sessão. BCP e EDP Renováveis suportam

O PSI-20 abriu a ganhar perto de 0,5%, apoiado na subida das ações do BCP e da EDP Renováveis que mais do que quintuplicou os seus lucros nos nove primeiros meses.

A praça lisboeta arrancou em alta, naquela que é a quarta sessão consecutiva de ganhos, com o PSI-20 a ser suportado pela valorização do BCP, mas também da EDP Renováveis.

O PSI-20 iniciou a sessão a valorizar 0,44%, para os 5.470,43 pontos, com 12 dos seus títulos em alta, três em queda, enquanto outros três ainda não negociaram. O rumo do índice de referência está a ser apoiado pela valorização de 0,51% das ações do BCP, para os 25,63 cêntimos, mas também da subida de 0,31%, para os 17,131 euros, das ações da EDP Renováveis.

A empresa liderada por Manso Neto divulgou ao mercado, esta terça-feira, que os seus lucros mais do que quintuplicaram nos nove primeiros meses do ano. A EDP Renováveis acumulou até setembro lucros de 165 milhões de euros, 468% acima do resultado alcançado no mesmo período de 2016. Este resultado foi apoiado no aumento das receitas, mas também de resultados não recorrentes como foi o caso da venda em julho de uma participação num projeto de offshore no Reino Unido.

A contribuir para o avanço do índice de referência está ainda a Galp Energia, com as suas ações a somarem 0,29%, para os 15,63 euros. Ganhos que acontecem um dia depois de a petrolífera também ter apresentado as suas contas relativas aos primeiros nove meses do ano.

Praticamente inalterada segue a EDP com as suas ações a avançarem apenas 0,03%, para os 3,03 euros, o mesmo ganho que a Jerónimo Martins regista, mas para os 15,63 euros. A retalhista foi alvo de uma revisão em alta de recomendação por parte da Natixis, que reviu de “reduzir” para “neutral” a sua avaliação, com um preço-alvo de 14 euros.

Nota negativa para a evolução da Mota-Engil. As ações da construtora lideram as quedas em Lisboa, com um deslize de 0,89%, para os 3,35 euros.

(Notícia atualiza às 8h37 com mais informação)

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Lucros da EDP Renováveis cresceram 468%. O que aconteceu à empresa de Manso Neto?

O resultado líquido da empresa liderada por Manso Neto cresceu 468% face ao mesmo período de 2016. Este resultado beneficiou do aumento das receitas mas também de resultados não recorrentes.

A EDP Renováveis registou um forte crescimento dos seus lucros nos nove primeiros meses do ano. No acumulado do ano, o seu resultado líquido atribuível aos acionistas ascendeu a 165 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 468% face ao verificado no período homólogo, informou a empresa liderada por Manso Neto esta manhã.

Os lucros registados entre janeiro e setembro deste ano comparam com 29 milhões de euros registados no período homólogo. O forte crescimento dos lucros da empresa de energias renováveis contou com o apoio do crescimento das receitas, mas também contou com a ajuda de resultados não recorrentes.

As receitas da empresa aumentaram nos primeiros nove meses do ano 11%, para os 1.346 milhões de euros, enquanto o EBITDA reportado totalizou 991 milhões de euros no acumulado do ano. Este valor representa um crescimento de 17% face aos 144 milhões verificados em igual período de 2016, tendo de acordo com a EDP Renováveis beneficiado da “evolução positiva das receitas e do aumento dos proveitos operacionais, os quais incluem um ganho (29 milhões de euros) derivado da venda de uma participação e perda de controlo num projeto de offshore no UK“. De salientar que, em julho, a empresa liderada por Manso Neto vendeu 23% do projeto Moray Offshore na Escócia à francesa Engie.

A EDP Renováveis informa ainda que, em setembro, geria uma carteira global de 10,7 GW repartida por 11 países sendo que, nos últimos 12 meses, aumentou o seu portefólio em 917 MW, dos quais 90 na Europa e 827 na América do Norte. Já a produção de energia limpa ascendeu nos nove primeiros meses deste ano a 19,8 TWh, 10% acima do verificado no período homólogo. “O aumento da produção beneficiou das adições de capacidade (+8% de capacidade média vs 9M16) com superior fator de utilização esperado. O fator de utilização nos nove primeiros meses de 2017 foi de 30% (vs 29% nos 9M16), representando 99% da média de longo prazo (P50)”, diz a empresa.

Em setembro de 2017, a dívida líquida da empresa totalizava 2.999 milhões de euros (+244 milhões de euros vs em dezembro de 2016), “espelhando os investimentos realizados no período e a consolidação da dívida do México“, diz a empresa.

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Cortes nas reformas antecipadas aumentam pedidos de ajuda à Deco

  • ECO
  • 31 Outubro 2017

As reformas antecipadas não estão entre as causas mais comuns de sobre-endividamento mas o seu peso é agora mais expressivo.

Há cada vez mais famílias em dificuldades económicas devido a situações de burla, negócios que correram mal ou reformas antecipadas de valor reduzido na sequência de desemprego. De acordo com o Diário de Notícias, os motivos que levam as pessoas a recorrer ao Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado (GAS) da Deco estão a mudar.

As reformas antecipadas não estão entre as causas mais comuns de sobre-endividamento mas o seu peso é agora mais expressivo. E vai aumentar até ao final do ano, diz a coordenadora do GAS, Natália Nunes.

Entre janeiro e outubro, chegaram ao GAS 26.080 solicitações, que originaram a abertura de 2.001 processos. O desemprego continua a liderar as causas de sobre-endividamento. Mas agora, pela primeira vez, surgem os negócios e investimentos malsucedidos, com 3,7% dos processos abertos. Já os casos de fraude representam 1,6%.

Também o perfil profissional das pessoas que recorrem ao GAS está a mudar: quatro em cada dez pedidos de ajuda parte de trabalhadores do privado, mas o número de reformados aumentou. Além da questão das reformas antecipadas, há ainda o caso de muitos que aceitaram ser fiadores de empréstimos de familiares e outros que viram os filhos desempregados regressar a casa.

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