Catalunha arrasta bolsas europeias. Lisboa abaixo da linha de água

O Governo espanhol decidiu suspender a autonomia da Catalunha e a tensão chegou aos mercados acionistas. Os juros da dívida espanhola também estão sob pressão.

A tendência foi de queda generalizada entre as principais praças europeias na sessão desta quinta-feira. A tensão entre Catalunha e Espanha, acentuada pela decisão do Governo espanhol de suspender a autonomia da Catalunha, chegou aos mercados acionistas e aos juros das dívidas soberanas. Lisboa não escapou e fechou abaixo da linha de água.

O PSI-20 encerrou a perder 0,02%, para os 5.460,35 pontos, com nove cotadas em queda, oito em queda e uma inalterada.

A penalizar o principal índice acionista português esteve a Mota-Engil, que caiu 1,13%, para os 3,25 euros por ação, e a Pharol, que derrapou 5,52%, para os 46,2 cêntimos por ação. Isto numa altura em que a Oi (a operadora brasileira da qual a Pharol é acionista) tem enfrentado várias reclamações dos credores portugueses da antiga PTIF, que estão a ter problemas para aderir ao programa de recuperação dos investimentos que fizeram.

A evitar maiores perdas esteve o setor energético, com a EDP a ganhar 0,2%, para os 3,02 euros por ação, e a Galp a avançar 0,77%, para os 15,73 euros.

No resto da Europa, as quedas foram mais acentuadas. O IBEX espanhol recuou 0,74%, enquanto a praça italiana perdeu quase 1%. Os juros da dívida espanhola também estão a sentir a pressão da situação na Catalunha e estão a aumentar. A taxa a cinco anos está a agravar em 1,4 pontos bases, para 0,318%, enquanto a taxa a dez anos sobe 1,7 pontos base, para 1,635%.

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Horizonte 2020 ajuda portugueses a scanear o cérebro e fazer luvas com tendões eletrónicos

Ao todo, são já 65 as empresas nacionais que beneficiam dos apoios do Horizonte 2020 a este nível. Nesta fase foram escolhidas 119 PME de 24 países.

Exacto, NeuropsyAI e Nuada são as três PME escolhidas pela Comissão Europeia para obter financiamento do Horizonte 2020. Em causa estão 50 mil euros de apoio para cada uma.

Os últimos resultados do Instrumento PME do Programa de Investigação Horizonte 2020, anunciados esta quinta-feira pela Comissão Europeia, revelam que Portugal volta a estar entre as empresas selecionadas pelo instrumento financeira a cargo do comissário Carlos Moedas. Ao todo são já 65 as empresas nacionais que beneficiam dos apoios do Horizonte 2020 a este nível. Nesta fase foram escolhidas 119 PME de 24 países, que no total receberam 5,9 milhões de euros.

“Este Instrumento de apoio tem-se revelado a melhor porta de entrada para as PME no Programa Horizonte 2020. Desde a sua criação em 2014, já foram financiadas 65 PME portuguesas inovadoras em vários domínios”, sublinhou Carlos Moedas, citado no comunicado da Comissão Europeia. “A fase do estudo de viabilidade que agora financiamos permite aos beneficiários perceber as oportunidades de mercado para os seus produtos inovadores disruptivos e o caminho a seguir. Esta é uma das formas que a UE dispõe para ajudar as PME inovadoras, fundamentais para reforçar e atrair investimento, criar novos postos de trabalho e favorecer o crescimento económico”, acrescentou.

A NeuropsyAI – Serviços e Investigação em Neurociências candidatou-se com um projeto (NeuroPsyCAD) que consiste num serviço online que permite um diagnóstico precoce e preciso de perturbações neuropsiquiátricas. Esta empresa de Braga, que foi selecionada para estar presente no Web Summit, pretende eliminar o caráter subjetivo na identificação das doenças e ajudar a identificá-las na fase inicial. Uma tarefa bastante difícil quando se fala de Alzheimer ou Parkinson.

O NeuroPsyCAD venceu o Prémio PT Inovação, em 2017, usa a Inteligência artificial para scanear o cérebro através, por exemplo, de uma ressonância magnética para reconhecer a ‘assinatura’ das doenças numa nova imagem do cérebro do paciente. Num curto espaço de tempo (horas), a empresa promete fornecer um relatório com a probabilidade de o paciente para cada doença. Esse relatório destina-se a neurologistas, psiquiatras e radiologistas. A empresa também promete uma fiabilidade 54% maior, com um custo cinco inferior face às práticas clínicas atuais.

A outra empresa de Braga, a Nuada, apresentou um projeto que consiste numa luva especial que previne e compensa dificuldades de manipulação de objetos decorrentes de perturbações musculoesqueléticas.

O projeto, que até já mereceu destaque na CNBC, ajuda as pessoas que sofreram algum tipo de ferimento a conseguir agarrar objetos com mais força porque a luva é equipada com tendões eletrónicos. O trabalho tem vindo a ser desenvolvido por uma equipa multidisciplinar e com diversos parceiros que vão da nanotecnologia aos têxteis, passando por médicos e mecânicos.

Outra das empresas escolhidas foi a Exacto, Sociedade de Estudos e Planeamento, uma empresa de Carcavelos, que com o Day-by-day cria uma nova metodologia destinada a produzir previsões de tráfego a curto prazo para concessões rodoviárias. Esta empresa especializada no “desenvolvimento de soluções de acessibilidade e mobilidade eficientes e avançadas que vão ao encontro dos objetivos estratégicos dos seus clientes” nasceu em 1986 é consultora do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT) além de fornecer consultoria especializada na elaboração de candidaturas a financiamento europeu.

Nesta primeira fase, as empresas apenas podem receber, no limite, até 50 mil euros. O objetivo é que cada PME prepare uma proposta de negócios para uma ideia que tenha potencial disruptivo, estudando a viabilidade do conceito proposto. Além do estímulo financeiro, as empresas também recebem até três dias de aconselhamento personalizado e outros serviços de apoio à gestão e criação de negócios.

Há depois uma segunda fase do Instrumento PME, cada projeto pode receber até 2,5 milhões de euros (cinco milhões para projetos no domínio da saúde) para financiar várias etapas de desenvolvimento dos projetos: a demonstração, o ensaio, a fase-piloto, a fase de expansão e a miniaturização, para além de desenvolver um plano de negócios sólido. Além disso, as empresas terão ainda acesso a 12 dias de formação empresarial.

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Ministro: Após incêndios, lay-offs podem salvar empregos

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

Se certas empresas tiverem de recorrer à interrupção da sua atividade após os incêndios, Pedro Marques recomendou que recorressem a mecanismos como o lay-off para salvaguardar os postos de trabalho.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse hoje em Monção, que os postos de trabalho em risco por interrupção da atividade das empresas afetadas pelos incêndios podem ser “salvaguardados” através do recurso ao ‘lay-off’.

“Há instrumentos que existem e que nem sequer estão dependentes de medidas extraordinárias (…). É o caso do ‘lay-off’ que permite que as pessoas continuem a ter o seu posto de trabalho, mas sem que as empresas não tenham de pagar os salários no período em que há risco de interrupção da atividade económica por estarem a recuperar as suas condições de funcionamento”, explicou o governante.

O governante referia-se aos “15 postos de trabalho em risco” na sequência dos danos causados pelos fogos numa serração situada em Lordelo, no concelho de Monção.

Falando no final de encontros com os autarcas de Monção e Melgaço, concelhos do distrito de Viana do Castelo afetados pelos incêndios do último fim de semana, Pedro Marques apontou ainda como prioridade a recuperação das casas ardidas através de “mecanismos de licenciamento simplificado”.

“É preciso começar a preparar as condições de recuperação das habitações ardidas também com mecanismos simplificados de licenciamento. Licenciamento zero quando se trata apenas de repor o que existia”, sustentou, adiantando que relativamente aos apoios a conceder para a reconstrução “serão, em primeiro lugar, acionados os seguros e os direitos que as pessoas têm através dos seus seguros”.

“É assim que tem de ser feito porque o dinheiro público é para ser utilizado com rigor”, frisou.

Pedro Marques destacou ainda como um “bom exemplo” o trabalho “já feito pela Câmara de Monção, em parceria com as juntas de freguesia, para garantir a alimentação dos animais”.

O presidente em exercício da Câmara de Monção adiantou num primeiro balanço provisório tinham sido apontados mais de seis mil hectares de área ardida mas um levantamento mais rigoroso apontou 4.300 hectares de floresta consumidos pelas chamas. Segundo Augusto Domingues arderam cinco primeiras habitações mas não se contabilizaram desalojados uma vez que as pessoas afetadas foram acolhidas por familiares e vizinhos. Foram ainda consumidos pelo fogo 28 edifícios devolutos e 51 estruturas de apoio à agricultura, entre outros.

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IEFP aprovou 7.796 candidaturas à medida Contrato-Emprego

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

Esta fase da medida decorre até dia 31 de outubro. Nas duas fases anteriores "já foram contratadas 6.854 pessoas, das quais 22% se encontravam em situação de desemprego de longa duração".

A medida Contrato-Emprego contou com 11.588 candidaturas nas duas primeiras fases do ano, tendo sido aprovadas 7.796, a que corresponde um apoio financeiro de 32,7 milhões de euros, segundo dados do IEFP.

De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) solicitados pela agência Lusa, as candidaturas aprovadas nas duas primeiras fases do apoio, concluídas este ano, destinam-se a apoiar 9.251 novos postos de trabalho, maioritariamente contratos de trabalho permanentes (7.597).

“Já foram efetivamente contratadas 6.854 pessoas, das quais 22% se encontravam em situação de desemprego de longa duração (30% são jovens com menos de 30 anos)”, adianta fonte oficial do IEFP.

A mesma fonte afirma que foi aprovado um apoio financeiro de 32,670 milhões de euros nas duas primeiras fases de candidaturas, que decorreram em março e em maio.

A terceira e última fase de candidaturas à medida Contrato-Emprego está a decorrer até 31 de outubro, com uma dotação orçamental de 20 milhões de euros, tal como as anteriores.

A medida consiste num apoio financeiro na contratação de desempregados inscritos no IEFP. O apoio financeiro é atribuído aos empregadores que celebrem contratos de trabalho sem termo ou a termo certo, por prazo igual ou superior a 12 meses, com a obrigação de darem formação profissional aos trabalhadores contratados.

No caso de contratos sem termo, o apoio corresponde a nove vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS), ou seja, a 3.792 euros. Já no caso de contratos a termo, o apoio do IEFP é de três vezes o IAS, isto é, de 1.264 euros. A candidatura é efetuada no Portal NetEmprego, na área pessoal de cada entidade, através de sinalização de oferta de emprego.

Notícia corrigida às 18:06 para refletir que os dados de contratações no início do texto se referem a fases anteriores do programa.

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TheNetwork acabou. E vai continuar

  • ECO + TheNetwork
  • 19 Outubro 2017

O evento TheNetwork acabou há três semanas. O TheNetwork, projeto e plano, vai continuar. Porque tem boas razões para isso.

O TheNetwork, evento, acabou há três semanas e foi, a julgar por vários parâmetros, um sucesso. Pelo nível de oradores que se deslocaram a São João da Madeira e dos debates que geraram. Pelo número de startups que conseguiram desenvolver oportunidades de negócio e até mais do que isso: conseguiram perspetivar oportunidades junto dos oradores e das indústrias que marcaram presença.

Por ter feito tudo aquilo a que se comprometia: descentralizar eventos desta natureza, derrubar barreiras entre empreendedorismo e indústria e potenciar o #networking de uma forma nova e diferente.

Mas o objetivo do TheNetwork não se cumpre com um só evento. Afinal de contas, a indústria ainda tem — e vai ter sempre — muito a aprender com as startups: como inovar produtos, testar ideias, e fazer acontecer mais com os recursos disponíveis. Tal como as startups vão sempre ter muito a beneficiar com a indústria: pela estabilidade que pode vir daí e pelas oportunidades de negócio.

Enquanto houver espaço para aproximar estes dois mundos tão distantes, e para crescermos e aprendermos juntos, o TheNetwork tem razões para existir.

O TheNetwork, projeto e plano, vai continuar. Vai continuar a organizar o evento de 2018, que trará várias novidades (vamos anunciar algumas em breve), algumas das quais internacionais. Mas vai também expandir noutras direções, assumir um papel mais importante e, acima de tudo, continuar a crescer.

O TheNetwork, projeto e plano, vai continuar. Porque tem boas razões para isso e muito caminho para percorrer ainda.

Artigo desenvolvido por Francisco Leite, Founder do projeto TheNetwork

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ONTIER reúne pela primeira vez em Portugal no final deste mês

  • ADVOCATUS
  • 19 Outubro 2017

O evento contará com a presença de 35 sócios dos 14 países onde a ONTIER opera. Internacionalização será o grande tema do encontro, onde serão debatidos os próximos passos da sociedade de advogados.

Pela primeira vez, a ONTIER reunirá advogados de vários países em Portugal, na sua VI Convenção Anual. O encontro terá lugar no Hotel Ritz, em Lisboa, no próximo dia 27 de outubro. O tema principal será a estratégia de internacionalização da sociedade de advogados que tem negócio em 14 países em todo o mundo.

A ONTIER discute estratégias de internacionalização e os desafios de pertencer a uma sociedade de advogados internacional em Lisboa, num contexto em que assume a sua posição de empresa do setor com maior presença na América Latina. A estratégia de internacionalização do escritório de advogados tem seguido um modelo que, segundo afirmam em comunicado, “permite aproveitar o expertise das equipas de cada país, bem como acompanhar os clientes em operações crossbording“.

A VI Convenção Anual está a ser organizada pela filial que opera em Portugal, a CCA ONTIER, e contará com a presença de 35 sócios internacionais dos 14 países onde tem representação, como a Bolívia, Brasil, China, Itália, Espanha, Estados Unidos, Reino Unido ou a Venezuela. No evento será feito um balanço dos resultados dos últimos 12 meses, serão debatidos os objetivos para o 2018 e delineados os projetos e propostas para a ONTIER nos próximos anos.

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Pedro Guerra Andrade integra a SRS Advogados como novo Of Counsel

  • ADVOCATUS
  • 19 Outubro 2017

O novo Of Counsel da SRS Advogados é uma referência no direito da União Europeia e foi advogado dos Legal Services da Comissão Europeia entre 1982 e 2016.

Pedro Guerra e Andrade vai integrar o departamento da Concorrência e União Europeia da SRS Advogados como novo Of Counsel a tempo inteiro. O novo especialista em direito da União Europeia conta no seu currículo com uma longa experiência junto da Comissão Europeia, bem como num cargo no Gabinete da Secretária de Estado dos Assuntos Europeus.

O novo Of Counsel da SRS Advogados serviu a Comissão Europeia durante mais de 30 anos enquanto advogado nos Legal Service. Antes de integrar a sociedade, Guerra Andrade ocupou o cargo de consultor jurídico e adjunto do Gabinete da Secretária de Estado dos Assuntos Europeus entre 2016 e 2017.

“Estou ansioso para trabalhar com os meus novos colegas, os quais tive o privilégio de encontrar na minha vida profissional ao serviço da Comissão e que sempre me impressionaram extraordinariamente”, afirma Pedro Guerra e Andrade em comunicado. O novo consultor pretende alargar o reconhecimento da SRS em segmentos do direito da UE como o mercado único, a banca, fundos, a agricultura e o mar.

Do lado da SRS, Gonçalo Anastácio, sócio responsável pelo departamento de Concorrência e UE, admite que a sociedade de advogados está confiante no contributo que Guerra e Andrade poderá dar aos clientes. “É com grande entusiasmo que lhe damos as boas vindas à nossa equipa”, conclui.

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Remessas dos emigrantes continuam a crescer apesar dos PALOP

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

As remessas dos emigrantes portugueses subiram 17,1%, para 297,8 milhões de euros, em agosto face ao mesmo mês de 2017. Já as remessas vindas dos PALOP caíram 21,1% para 16,2 milhões de euros.

As remessas dos emigrantes portugueses subiram 17,1%, para 297,8 milhões de euros, em agosto face ao mesmo mês de 2016, enquanto os imigrantes enviaram para os seus países menos 12,6% que no período homólogo.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, divulgados hoje, os portugueses a trabalhar no estrangeiro enviaram para Portugal, em agosto, 297,8 milhões de euros, o que representa uma subida de 17,1% face aos 254,3 milhões de euros enviados em agosto do ano passado.

Em sentido inverso, os trabalhadores estrangeiros em Portugal enviaram para os seus países de origem 40,7 milhões de euros em agosto, o que representa uma descida de 12,6% face aos 46,5 milhões enviados em agosto de 2017.

Os portugueses emigrados em França, como é costume, enviaram a maior fatia, com 105,8 milhões de euros, o que represente uma subida de 17,4% face aos 90,1 enviados em agosto do ano passado.

Remessas dos PALOP caem

As remessas dos emigrantes portugueses a trabalhar nos PALOP desceram 21,1% em agosto, para 16,2 milhões de euros, enquanto os imigrantes lusófonos enviaram 3,4 milhões, descendo 12,6% face a agosto de 2016.

De acordo com os dados do Banco de Portugal os emigrantes portugueses a trabalhar nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) enviaram 16,2 milhões de euros, o que representa uma descida de 21,1% face aos 20,5 milhões enviado em agosto de 2017.

Angola, como é tradicional, representa a esmagadora maioria deste valor, com 15,5 milhões de euros enviados pelos portugueses a trabalhar no maior produtor de petróleo da África subsaariana, a par da Nigéria.

Este valor de 15,5 milhões de euros representa uma descida de 21,1% face aos 19,7 milhões de euros enviados pelos portugueses em agosto do ano passado.

Em sentido inverso, os estrangeiros lusófonos a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 3,4 milhões de euros, o que representa uma descida de 10,7% face aos 3,9 milhões enviados em agosto do ano passado.

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Petróleo penaliza, bolsas norte-americanas corrigem dos máximos

A matéria-prima está a desvalorizar mais de 1% nos mercados internacionais, depois de ter sido anunciado um aumento das reservas de gasolina nos EUA.

As bolsas norte-americanas abriram esta sessão em queda, a aliviar dos máximos que foram alcançando ao longo desta semana. A penalizar os mercados está a desvalorização do petróleo, depois de ter sido conhecido um aumento das reservas de gasolina nos Estados Unidos na semana passada.

O índice de referência S&P 500 está a perder 0,35%, para os 2.551,79 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recua 0,75%, para os 6.574,76 pontos. O industrial Dow Jones também segue no vermelho e está a recuar 0,41%, mas mantém-se ligeiramente acima da fasquia dos 23 mil pontos.

As bolsas estão a cair numa altura em que o petróleo perde mais de 1% nos mercados internacionais, levando à queda dos títulos das empresas petrolíferas. A Exxon Mobil está a ceder 0,51%.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, perde 1,31% e negoceia na casa dos 31 dólares por barril. A queda das cotações está a ser interpretada como um movimento de correção, mas também como resultado do aumento das reservas de gasolina nos EUA na semana passada.

A penalizar as bolsas está também a gigante Apple, que recua mais de 1,85%, com os investidores a anteciparem fracos resultados de vendas do iPhone 8.

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CDS: “Governo falhou e voltou a falhar”

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

O CDS apresentou esta manhã a moção de censura ao Governo. Documento é intitulado "Pelas falhas do Governo nos incêndios trágicos de 2017". Discussão da moção acontece na próxima terça-feira.

O CDS-PP defendeu esta quinta-feira que “o Governo falhou, não corrigiu o seu comportamento em tempo, e voltou a falhar” nos incêndios de Pedrógão Grande e do passado fim de semana, na região centro, que provocaram mais de cem mortos.

Na apresentação da moção de censura ao Governo, em conferência de imprensa no Parlamento, o CDS-PP considerou que “atendendo à grelha de valores e princípios que coloca a proteção da vida dos cidadãos acima de qualquer outra prioridade do Estado” o partido entende que “o Governo falhou, não corrigiu o seu comportamento em tempo, e voltou a falhar”.

Na moção, que tem por título “Pelas falhas do Governo nos incêndios trágicos de 2017”, o CDS-PP considera que “as medidas anunciadas para o médio e longo prazo não justificam a omissão no curto prazo” e que, no período entre as duas tragédias, “o primeiro-ministro não se mostrou disponível para assumir as responsabilidades políticas” já contidas no relatório da Comissão Técnica Independente.

Esta censura dá voz à indignação de muitos portugueses que se sentem abandonados e perderam a confiança no Governo, o primeiro responsável pela condução do Estado”, afirmou o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães.

De acordo com o regimento da Assembleia da República, a moção de censura ao Governo é debatida no terceiro dia parlamentar após a entrega formal na mesa da assembleia, o que atira a discussão da iniciativa do CDS-PP para a próxima terça-feira.

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Moody’s: EDP pode absorver impacto da descida das tarifas da luz

  • Lusa
  • 19 Outubro 2017

A agência de notação financeira diz que a EDP vai conseguir absorver os impactos do aumento das tarifas da luz e manter as previsões de crescimento.

A Moody’s considera que a descida das tarifas de eletricidade no próximo ano, proposta pelo regulador da energia, vai diminuir o retorno da EDP, mas que o grupo liderado por António Mexia será capaz de absorver o impacto negativo.

Numa nota sobre o impacto para a EDP da proposta da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), de descida em 0,2% das tarifas da luz no próximo ano, o analista da Moody’s Niel Bisset defende que “a proposta de tarifas de eletricidade para 2018 recentemente publicada vai reduzir o retorno da distribuição de energia em mercado regulado“.

“No entanto, a EDP tem flexibilidade para absorver o modesto impacto negativo nos lucros e manter a previsão de crescimento do EBITDA de 3% entre 2016-20, incluindo a orientação de um EBITDA de 3,6 mil milhões de euros em 2017″, afirmou o vice-presidente da agência de notação financeira.

"a EDP tem flexibilidade para absorver o modesto impacto negativo nos lucros e manter a previsão de crescimento do EBITDA de 3% entre 2016-20, incluindo a orientação de um EBITDA de 3,6 mil milhões de euros em 2017″”

Niel Bisset

Analista da Moody's

Na passada sexta-feira, 13 de outubro, a ERSE propôs uma descida de 0,2% das tarifas de eletricidade no mercado regulado para as famílias a partir de 01 de janeiro, a primeira descida desde 2000.

Em comunicado, a ERSE explica que esta proposta resulta da “conjugação de vários fatores com impactos em sentidos opostos”, mas desde logo uma redução em 0,9% das tarifas de acesso às redes e de 10,6% da tarifa do uso de redes.

A proposta tarifária propõe uma diminuição de cerca de 744 milhões de euros à dívida tarifária, valor que é superior à soma das diminuições verificadas em 2016 e 2017, que totalizaram 693 milhões de euros.

“Esta considerável amortização da dívida contribui significativamente para a pressão tarifária, mas a ERSE entende que se justifica pela necessidade de reforçar o percurso já iniciado para o equilíbrio do sistema, garantindo, assim, a sustentabilidade do mesmo”, refere.

Também a evolução dos custos dos combustíveis impediu uma redução superior das tarifas já que houve um “incremento dos custos com os combustíveis fósseis, designadamente do carvão, o que contribui para o aumento dos custos de produção de energia, com reflexo num incremento da tarifa de energia”.

Ao contrário do ocorrido nos três últimos anos, a ERSE optou por não considerar “a reversão para as tarifas de 2018 de parte das verbas do Fundo de Sustentabilidade do Setor Energético, visto as transferências que efetivamente ocorreram até à data serem residuais face aos valores previstos”.

Neste fundo deveria estar uma parte da Contribuição Extraordinária do Setor Energético (CESE), que desde 2014 é cobrada às empresas energéticas.

Por outro lado, a proposta tarifária reflete a melhoria do nível de desempenho das empresas alcançado durante o período que termina em 2017 e a transferência para os consumidores de energia elétrica de parte dos ganhos de eficiência obtidos pelas empresas.

A ERSE refere ainda o contributo de um conjunto de medidas legislativas: a estabilização da produção em regime especial (PER), isto é, subsidiada, na sequência da estagnação da capacidade instalada que aufere de preços garantidos.

“Adicionalmente, o custo por unidade produzida tem vindo a diminuir, particularmente devido à redução do custo da cogeração, em resultado do fim do regime bonificado de alguns cogeradores a fuelóleo e da redução das tarifas desta tecnologia por via legislativa”, acrescenta.

Contribuíram também a diminuição do nível dos custos de interesse económico geral (CIEG) a recuperar pelas tarifas e a introdução de um mecanismo de mercado na atribuição da remuneração da reserva de segurança prestada ao Sistema Elétrico Nacional (SEN) fornecidos pelos produtores de energia elétrica e outros agentes de mercado.

Esta descida das tarifas da eletricidade, proposta pela ERSE, será avaliada pelo Conselho Tarifário, órgão do regulador, e depois o Conselho de Administração da ERSE aprova, até 15 de dezembro, as tarifas para a eletricidade que entram em vigor em 01 de janeiro de 2018.

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Reservas sobem, investidores tiram mais-valias. Petróleo cai 1%

A cotações do "ouro negro" corrige após quatro sessões seguidas de ganhos, depois de se saber que os inventários de gasolina cresceram em 908 mil barris na semana passada nos EUA.

Após quatro sessões consecutivas de ganhos, chega a vez das quedas para o petróleo. As cotações do “ouro negro” seguem no vermelho nos dois lados do Atlântico, com o Brent e o crude a desvalorizarem mais de 1%. A queda das cotações está a ser interpretada como um movimento de correção, mas também como resultado do aumento das reservas de gasolina nos EUA na semana passada.

O barril de Brent recua 1,12%, para os 57,50 dólares, no mercado londrino, enquanto em Nova Iorque o crude desvaloriza 1,19%, para os 51,42 dólares por barril. Na semana passada, as reservas de gasolina cresceram pela quarta semana consecutiva, ao mesmo tempo que a oferta de produtos destilados cresceu pela primeira vez em agosto, de acordo com dados governamentais dos EUA. No que respeita aos stocks de gasolina, está em causa o aumento em 908 mil barris diários na semana passada, mostram os números da Administração de Informação de Energia (EIA).

Petróleo a corrigir

Fonte: Bloomberg | Valores em dólares

A quebra das cotações está a ser interpretada também como um movimento de correção, com os investidores a aproveitarem para a tomada de mais-valias após a subida registada nas sessões anteriores. Ganhos que coincidiram com a subida da tensão no Iraque — o segundo maior produtor de petróleo da OPEP — e a consequente paragem da produção em dois campos de Kirkuk.

"É um clássico movimento de fuga do risco. Em balanço, acho que o relatório de ontem [quarta-feira] da EIA foi, em termos médios, bearish.”

Ole Sloth Hansen, Saxo Bank

Os preços refletem “a tomada de mais-valias depois das interrupções no Iraque terem falhado em conduzir o Brent para novos máximos”, referiu a este propósito Ole Hansen, responsável pela estratégia de matérias-primas do Saxo Bank. “É um clássico movimento de fuga do risco. Em balanço, acho que o relatório de ontem [quarta-feira] da EIA foi, em termos médios, bearish“, acrescentou o mesmo especialista.

OPEP diz que os céticos estavam errados

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia conseguiram eliminar metade do excesso de inventários de petróleo, levando à aceleração do reequilíbrio do mercado. Quem o diz é Mohammad Barkindo, secretário-geral do cartel, que durante uma conferência em Londres esta quinta-feira aproveitou ainda para dizer que os céticos em relação à capacidade de atingir esse objetivo estavam errados.

“O equilíbrio do mercado de petróleo está agora totalmente à vista”,a firmou Barkindo, acrescentando que “a estabilidade está a regressar de forma consistente e existe muito mais uma luz ao fundo do túnel em que temos viajado ao longo dos últimos três anos”.

“Estou feliz em estar aqui hoje e afirmar que os céticos estavam errados”, disse ainda o secretário-geral da OPEP relativamente à capacidade do cartel de conseguir levar o mercado petrolífero rumo a um reequilíbrio. O excedente dos inventários petrolíferos dos países industrializados, quando comparados com a média dos últimos cinco anos, caíram abaixo dos 160 mil barris, menos de metade do nível registado no arranque deste ano, explicou Barkindo.

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