Grupo Barraqueiro vence subconcessão da Metro do Porto

  • Lusa
  • 18 Outubro 2017

Numa proposta de 204 milhões de euros, o grupo Barraqueiro venceu o concurso para a subconcessão da Metro do Porto por sete anos.

A Barraqueiro SGPS venceu o concurso para a subconcessão da Metro do Porto por sete anos, apresentando a “melhor proposta” para garantir a operação e manutenção do sistema por sete anos, no valor de 204 milhões de euros, foi esta quarta-feira anunciado.

Em comunicado, a Metro do Porto revela que o Conselho de Administração da Metro recebeu esta quarta-feira o relatório preliminar do júri, liderado pela Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) e anuncia que “o vencedor do concurso é a Barraqueiro SGPS, uma vez que apresentou a proposta com o mais baixo valor”, o único critério de seleção entre os concorrentes.

“O preço da proposta da Barraqueiro SGPS é de 204.339.874,99 € (204,3 milhões de euros). Valor substancialmente inferior (-7,5%) ao preço de referência fixado para o concurso, que era de 221 milhões de euros (221.212.822,89 euros)”, acrescenta a Metro. Em segundo lugar ficou o grupo MEAS/Manvia/MEEE/ME SPSG/MGC, com uma proposta de 204,6 milhões de euros, seguindo-se a Corporacion Española de Transportes, propondo 206,3 milhões de euros.

O presidente da administração, Jorge Delgado, considera que “o concurso decorreu de uma forma absolutamente transparente e foi muito competitivo”. “O número de concorrentes envolvidos demonstra que o mercado estava muito motivado para vir apresentar propostas de qualidade, que a concorrência funcionou e que o interesse público sai objetivamente defendido. Por outro lado, com o caderno de encargos que preparámos, a elevada qualidade de serviço e o excelente desempenho do Metro do Porto saem reforçados”. A Barraqueiro já lidera o consórcio ViaPorto, que é responsável pela operação do metro desde 2010.

O anúncio do concurso, publicado no Diário da República no dia 23 de junho, previa para 25 de setembro o último dia para apresentação de propostas. Contudo, a Metro do Porto prorrogou esse prazo por 11 dias, “devido à necessidade de prestação de esclarecimentos aos potenciais concorrentes e de acordo com o previsto no programa do concurso”.

A Barraqueiro vai garantir a operação e a manutenção do sistema de metro ligeiro da Área Metropolitana do Porto (AMP) por um período de sete anos, a partir de abril do próximo ano e até março 2025.

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Quem dá mais pela nova sede da Amazon?

A Amazon tem 4,2 milhões de euros para investir na nova sede nos Estados Unidos. Várias cidades concorrem entre si, numa luta pela localização da futura HQ2. Conheça algumas das propostas.

A Amazon anunciou que tem cinco mil milhões de dólares para investir na construção da sua nova sede. A localização será algures nos Estados Unidos e, para isso, a empresa abriu uma espécie de concurso ao qual as cidades se candidatam para receber a nova sede. As candidaturas decorrem até dia 19 de outubro, mas algumas propostas já foram conhecidas.

Seattle é a cidade que abraça a atual sede da Amazon. No entanto, a empresa pretende construir uma nova sede, a HQ2, de forma a conseguir expandir-se facilmente para outras indústrias e ligar os seus negócios entre si. O gigante do comércio eletrónico tem disponíveis cinco mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) para investir na construção dessa nova sede, que prevê empregar 50 mil novos funcionários nos próximos 15 a 17 anos.

O concurso decorre desde o passado mês de setembro, quando a empresa anunciou os planos para a nova sede. Desde então as várias cidades norte-americanas competem entre si para serem as escolhidas. Mas desengane-se se pensa que é um processo simples e só uma questão de vontade: a candidatura exige certos requisitos, tais como a cidade ter uma grande área metropolitana, com mais de um milhão de habitantes e ter vários profissionais tecnológicos especializados que possam ser contratados. O ECO reúne algumas das propostas que já foram enviadas:

Dallas, Texas

Investimento de 15 mil milhões de dólares numa linha ferroviária na zona da nova sede

As empresas Matthews Southwest e Texas Central Partners desenvolveram um projeto de mobilidade orientado para a zona do futuro campus HQ2 da Amazon. A proposta baseia-se no desenvolvimento de uma linha ferroviária onde circulará um bullet train, um comboio de alta velocidade, num investimento que deverá custar 15 mil milhões de dólares (12,7 mil milhões de euros), de acordo com o Dallas Business Journal. Se for aprovado pela cidade, a linha com quase 400 quilómetros vai ligar Houston a Dallas em apenas 90 minutos.

Prevê-se que a linha comece a ser construída no final do próximo ano.

Dallas, Texas

Aproveitamento da localização do antigo Valley View Mall

Mais uma proposta para a terceira maior cidade norte-americana. Desta vez, três developers propuseram que a nova sede se mudasse para a antiga localização do quase inexistente centro comercial Valley View Mall. A proposta para a sede da Amazon inclui a construção de um prédio de escritórios, num espaço de 500 mil metros quadrados.

Criado em 2000, começou a ser demolido em junho deste ano para dar lugar ao Dallas Midtown, um investimento de quatro mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) que se transformará em 174 hectares de comércio, escritórios, um hotel e ainda um parque urbano quatro vezes maior do que o gigante e famoso Klyde Warren Park.

Phoenix, Arizona

Mais um aproveitamento de um centro comercial

De Phoenix chega mais uma proposta de reaproveitamento de um centro comercial. O Park Central foi o primeiro centro comercial da cidade, inaugurado na década de 1950. Alguns anos depois várias lojas foram fechando, restando hoje um Starbucks, alguns restaurantes e uns escritórios. O projeto passa pela implementação do HQ2 nas antigas instalações do shopping, que terá o nome de Park Central Mall.

Jersey City, Nova Jersey

Sete mil milhões de dólares em incentivos fiscais

No início deste mês, o governador de New Jersey disse que ofereceria alguns benefícios fiscais no valor de sete mil milhões de dólares (5,9 mil milhões de euros) se a Amazon elegesse a cidade para receber a nova sede, na próxima década. O plano inclui um programa de subsídios e alguns incentivos económicos para empresas que, tal como a Amazon, “lancem projetos inovadores”.

A proposta visa aumentar o valor de subsídios entre os cinco mil e os dez mil dólares (8,5 mil euros) por cada posto de trabalho que a Amazon crie e o governador prevê que a lei seja assinada em meados de janeiro do próximo ano.

Memphis, Tennessee

60 mil milhões de dólares em incentivos ficais

A cidade de Memphis elevou a fasquia e ofereceu 60 mil milhões de dólares em incentivos fiscais à Amazon, caso seja a escolhida para receber a nova sede. O Conselho da cidade aprovou a proposta monetária a 3 de outubro.

Esta segunda-feira, ficou confirmado que a Amazon está à procura de incentivos fiscais para implementar em Memphis o seu centro de atendimento, que empregará mais de 600 pessoas, de acordo com documentos enviados ao EDGE (Economic Development Growth Engine for Memphis & Shelby County). A empresa de comércio eletrónico disse que vai construir um edifício numa área de 33 hectares, num investimento de 72,5 milhões de dólares (61,4 milhões de euros).

Frisco, Texas

A promessa de construir uma cidade governada pela Amazon

A cidade de Frisco, no Texas, enviou à Amazon uma proposta que promete tornar a parte da cidade que está por construir, com uma população de cerca de 160 mil habitantes espalhados por 160,5 quilómetros quadrados, num conjunto de empresas dominadas pela gigante do comércio eletrónico.

“Apenas 60% da nossa cidade está construída, então temos uma grande quantidade de área disponível, onde podemos construir e adequar [à Amazon]”, disse o presidente de Frisco, Jeff Cheney ao New York Times.

Stonecrest, Georgia

Uma cidade que promete mudar de nome em homenagem à Amazon

A cidade de Stonecrest ofereceu uma proposta bastante aliciante e com uma vantagem sobre as restantes. Ficou no ar a promessa de que, caso a Amazon escolha Stonecrest para instalar a nova sede HQ2, a cidade vai alterar o seu nome para Cidade da Amazon. No início deste mês, o Conselho Municipal votou 4-2 a favor da mudança de nome. A cidade prometeu ainda dedicar cerca de 140 hectares ao novo campus.

“Existem várias grandes cidades dos EUA que querem a Amazon, mas nenhuma tem a oportunidade de marca que estamos a oferecer”, disse Jason Lary.

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Parlamento aprova voto de pesar pelas vítimas dos incêndios

  • Margarida Peixoto
  • 18 Outubro 2017

O Estado falhou, ouviu-se da esquerda à direita. Deputados pedem medidas concretas que evitem que tragédias como as que se verificaram este ano se repitam.

Parlamento fez minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos incêndios do último fim de semana.Paula Nunes/ECO

A Assembleia da República aprovou esta quarta-feira um voto de pesar pelas vítimas dos incêndios deste ano, imediatamente antes do início do debate quinzenal com o primeiro-ministro. Todos os grupos parlamentares manifestaram o pesar e a solidariedade para com as vítimas e familiares dos fogos que devastaram este ano o país.

“São já mais de cem as vítimas mortais desde junho. Em respeito pela sua memória não podemos ficar de braços cruzados. As reparações (…) têm de avançar,” leu o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.

Um por um, todos os grupos parlamentares lamentaram as tragédias dos fogos, lembrando os incêndios de junho, em Pedrógão Grande, e os do último domingo, onde morreram mais 42 pessoas. “Este ano, nos últimos dias, o Estado falhou aos seus,” disse Pedro Filipe Soares, líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda. “E quando isso acontece, nenhuma nem nenhum de nós pode dormir em paz,” frisou.

Pelo PS, Carlos César reconheceu as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa: “Organizar, coordenar, prevenir, combater — como se diz no voto de pesar desta Assembleia — eis as tarefas a que todos, mas todos, temos o dever de empreender com melhores resultados, neste ‘novo ciclo’ que temos a obrigação de intentar, como disse o senhor Presidente da República.

Sabemos hoje que já ficámos na história por ter falhado.

Hugo Soares

Líder da bancada parlamentar do PSD

“Sabemos hoje que já ficámos na história por ter falhado”, somou Hugo Soares, do PSD. “Quatro meses só após a tragédia dos 64 mortos de Pedrógão Grande, o país foi mais uma vez confrontado com o horror, o inferno de chamas e de morte,” frisou o deputado centrista Telmo Correia. “Impressiona-nos muito e nunca esqueceremos as imagens dos portugueses e portuguesas a fazerem face a uma tragédia desta dimensão,” frisou. “O que aconteceu foi fruto de um falhanço completo do Estado”, sublinhou ainda.

Já João Oliveira, pelo PCP, defendeu que se impõe “com urgência uma resposta pronta e eficaz, bem como o cabal esclarecimento de todas as circunstâncias em que ocorreram aqueles incêndios, e as responsabilidades criminais.” João Oliveira não pediu mais leis, mas antes as dotações orçamentais necessárias para garantir a disponibilidade de meios para a prevenção e o combate aos incêndios.

Heloísa Apolónia, dos Verdes, argumentou que “há muitas soluções que se encontram empreendidas no papel”, mas que “é preciso passá-las para o terreno.”

“Neste momento a nossa principal atenção está na forma como nos podemos todos organizar para apoiar a reconstrução”, disse também André Silva, deputado pelo PAN.

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Mário Centeno: Estabilidade política é um “trunfo” para Portugal

  • ECO
  • 18 Outubro 2017

Numa altura em que Espanha lida com um movimento separatista na Catalunha, Mário Centeno realça que a "a estabilidade política é um trunfo" para Portugal, o que vai ajudar a atrair mais investimento.

Mário Centeno afirma que a “estabilidade política” em Portugal torna o país num “trunfo”. Numa altura em que o país vizinho está sob tensão política devido ao movimento separatista da Catalunha, o ministro das Finanças português diz estar preocupado com os acontecimentos em Espanha, mas realça que é esta “turbulência política que ajudará seguramente [Portugal] a atrair mais investimento, mais turismo, mais pessoas”. O país tem, segundo Centeno, os “ingredientes” necessários para atrair investidores: resiliência das finanças públicas e a redução da dívida.

“O sistema político em Portugal é extraordinariamente estável, não há novos partidos, não há radicalismos e as posições, mesmo quando divergentes, têm mecanismos para as resolver”, afirma Mário Centeno à Reuters, numa altura em que Espanha vive uma crise política com o movimento independentista na Catalunha. E lembra: “Temos uma fantástica relação institucional quer no campo parlamentar, quer com o Presidente da República”.

O Governo espanhol ameaçou colocar a região autónoma da Catalunha sob controlo central direto caso o líder catalão Carles Puigdemont não abandone o plano de independência até quinta-feira.

Esta turbulência acabou mesmo por levar Madrid a rever em baixa a estimativa de crescimento do país. A economia de Espanha deverá crescer 2,3% no próximo ano em vez de 2,6%, como estava previsto, afirmou o Ministério das Finanças espanhol. O ministério justificou a sua decisão com o impacto do impasse político na Catalunha, que é responsável por um quinto do crescimento de Espanha. Mas é esta turbulência que beneficia Portugal.

“Isto (turbulência na Catalunha) é, de certa maneira, uma preocupação para nós. Mas a estabilidade política torna Portugal distinto daquilo que é essa turbulência política e ajudará seguramente a atrair mais investimento, mais turismo, mais pessoas”, notou o ministro na entrevista. “Isto (estabilidade política) continua a ser um ativo que não podemos deixar de valorizar e de utilizar”, remata.

“Ingredientes” certos para atrair investidores

Este investimento vai chegar a Portugal porque o país tem os “ingredientes” necessários para atrair o interesse dos investidores. “Hoje em dia, a resiliência das finanças públicas em Portugal é suficiente para enfrentar esses ciclos. E vamos entrar numa trajetória de redução da dívida, que vai ser sustentada nos saldos primários positivos e no crescimento económico”, salienta. “Estes são os ingredientes que levam os investidores a poderem considerar Portugal”, refere.

Mas há um outro “ingrediente” nesta receita de sucesso: ter mão-de-obra qualificada. E Portugal está “alinhadíssimo” com a média da Europa, garante Mário Centeno, que diz que o país tem vindo a superar a maioria dos países na qualidade da educação medida pelo teste internacional PISA da OCDE.

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PSD desafia Costa a apresentar moção de confiança

  • Margarida Peixoto
  • 18 Outubro 2017

Costa respondeu que só apresenta uma moção de confiança quem se sente inseguro e que esse não é o caso do Executivo.

Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD, confrontou o primeiro-ministro no debate quinzenal sobre os incêndios.Paula Nunes/ECO

Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, desafiou esta quarta-feira o primeiro-ministro a apresentar uma moção de confiança ao Governo, em vez de se limitar a ver votada a moção de censura que o CDS já anunciou que vai entregar na Assembleia da República.

“Traga a esta Câmara uma moção de confiança”, disse Hugo Soares, argumentando que o Governo já perdeu a confiança e que António Costa faria “um favor” se se demitisse.

Depois da insistência do social-democrata, Costa acabou por responder: “Moção de confiança só apresenta quem se sente inseguro quanto à confiança. O Governo não está inseguro.”

O CDS já anunciou que se prepara para apresentar uma moção de censura ao Governo, por causa da forma como foram geridos os incêndios. O PSD ainda não disse abertamente que votará a favor, mas já indicou que tem abertura para o fazer. Contudo, o Bloco de Esquerda, pela voz de Pedro Filipe Soares, já disse que não faz depender a sua confiança no Governo da questão da demissão da ministra, mas antes dos acordos e das políticas efetivamente implementadas.

Também o PCP tem sublinhado que não é mudar os rostos que estão nos cargos que fará a diferença, defendendo antes que é preciso “mudar as políticas de direita” que deixaram a floresta desordenada e a tornaram num perigo para as populações.

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Prejuízos nestes incêndios terão superado os de Pedrógão Grande, antevê ministro

  • Lusa
  • 18 Outubro 2017

O ministro Luís Capoulas Santos disse antever que os prejuízos provocados este domingo e segunda-feira pelos incêndios terão superado os resultantes do fogo em Pedrógão Grande.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, afirmou esta quarta-feira que os prejuízos nos incêndios de domingo e segunda-feira devem superar os registados no fogo de Pedrógão Grande.

“Nos sete municípios de Pedrógão Grande os prejuízos foram estimados em valores superiores a 500 milhões de euros. Pela área geográfica agora atingida e pela violência do incêndio, não é difícil chegar à conclusão que estes prejuízos superarão muito largamente esse montante”, disse Capoulas Santos, que falava aos jornalistas após uma reunião com presidentes de municípios do distrito de Leiria afetados pelos incêndios de domingo, na Marinha Grande. O ministro sublinhou que, no incêndio de Pedrógão Grande, sete concelhos foram atingidos, sendo que agora há “mais de 30 municípios afetados”.

[Em] Pedrógão Grande, os prejuízos foram estimados em valores superiores a 500 milhões de euros. Pela área geográfica agora atingida e pela violência do incêndio, não é difícil chegar à conclusão que estes prejuízos superarão muito largamente esse montante.

Luís Capoulas Santos

Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural

Em declarações aos jornalistas, o ministro reiterou que os agricultores afetados pelo incêndio terão apoios à semelhança daqueles que foram disponibilizados aos produtores agrícolas atingidos pelos fogos de Góis e de Pedrógão Grande. Também na área das florestas, o Estado vai reabilitar “aquilo que foi destruído” em relação à “floresta pública”, sendo que, na floresta privada, serão concedidos apoios à reflorestação, que poderão ser de até 95% a fundo perdido no caso de particulares e de até 100% nos casos de entidades coletivas ou autarquias locais.

Além da reunião com os autarcas, Capoulas Santos visitou durante a manhã o Pinhal de Leiria. Cerca de 80% desta mata nacional ardeu durante o incêndio de domingo.

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Centeno: Portugal pode crescer a um ritmo de 2% nos próximos cinco anos

  • ECO
  • 18 Outubro 2017

Mário Centeno diz que o "crescimento do PIB [previsto para 2018] é muito robusto". E vê o país a crescer 2% ao ano, nos próximos anos. O défice vai cair, a dívida também, baixando dos 120% em 2019.

Portugal está a crescer. E vai continuar, embora de forma menos expressiva. Ainda assim, o Governo prevê que o PIB aumente 2,2% em 2018, sendo que Mário Centeno diz que o país pode registar taxas de crescimento anuais de 2% durante os próximos cinco anos. Uma evolução positiva à medida que o défice cai, mas a dívida também. O rating pode subir, mas os juros da dívida devem cair. BCE é um problema? “Já está descontado” o fim do programa de compras, diz o ministro das Finanças.

Centeno diz que a reestruturação e estabilização do sistema financeiro terá acrescentado 0,5 pontos ao ‘output’ potencial da economia nacional, colocando-o agora em 2%, salientando, em entrevista à Reuters, que as deficiências no setor eram “altamente ‘detrimentais’ para o crescimento económico”. Assim, se se mantiver “o atual entorno externo, em que a procura externa cresce 4% ou um pouco acima, a Europa cresce próximo de 2%, Portugal pode crescer 2% nos próximos cinco anos“, adiantou.

Em 2017, Portugal deverá crescer 2,6%, antecipando-se uma desaceleração no próximo ano. “Nós continuamos a considerar a política orçamental muito prudente (…) e o crescimento do PIB é um crescimento muito robusto“, disse Centeno, lembrando que “um crescimento de 2,2% será, se se confirmar, o terceiro maior crescimento do século”.

“A projeção PIB (para 2018) é prudente, alinha em termos técnicos o crescimento do PIB com aquilo que, no estado atual da economia, consideramos que é o crescimento potencial de Portugal”, vincou Mário Centeno.

“É a melhor previsão (do PIB) para sustentar um exercício orçamental no qual nós não queremos correr riscos”, disse. “Se o PIB for melhor, como há riscos (positivos) que nos possam indiciar que assim seja, melhor. E vamos aproveitá-los para reduzir a dívida, credibilizar o exercício orçamental português, conter as pressões externas e internas”, rematou.

Baixar défice vai ser “mais fácil”

Ao mesmo tempo que vê a economia a crescer, Centeno está confiante na queda do défice. “2017 está objetivamente a ser um ano mais fácil do ponto de vista orçamental. Até pela credibilidade que ganhámos ninguém tem posto em causa as nossas metas e vamos cumpri-las de novo e vamos criar as condições para que 2018 seja também um ano mais fácil“, referiu o ministro das Finanças, projetando um défice de 1%.

“Os exercícios orçamentais em Portugal tornar-se-ão cada vez mais simples quanto menor for a dívida e quanto menor for o objetivo do défice porque nós já estamos num nível de saldo primário que, enquanto não houver uma alteração do perfil das taxas de juro, nos podemos manter”.

“Um nível de saldo orçamental primário (positivo) de 2,7% do PIB a 3% é compatível com a consolidação orçamental, com a redução da dívida e com o grau de desenvolvimento que o país tem porque o país precisa de crescer, investir, libertar recursos”.

Dívida em queda. 120% do PIB em 2019

O Governo estima que o rácio de dívida pública bruta desça para 123,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de 2018 contra 126,2% em 2017 e acima de 130% em 2016. Mas “se nós conseguíssemos colocar a dívida bruta abaixo de 120% do PIB no fim da Legislatura seria um excelente indicador (…) Esta trajetória sustentada, constante e gradual é aquilo que eu acho que Portugal deve ambicionar e implementar”, disse.

“E vamos fazer isto, sem pôr em causa a almofada financeira com que temos gerido a nossa dívida, os acordos no Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE) e garantindo uma trajetória sustentável para esta redução. É a grande novidade”, afirmou Centeno à Reuters.

 

Rating a subir. E o BCE?

O elevado nível de endividamento é motivo de preocupação para as agências de notação financeira. Ainda assim, e tendo em conta o crescimento da economia, o rating está a subir. A 18 de setembro, a Standard & Poor’s surpreendeu ao retirar o rating de Portugal de lixo, uma decisão que atirou as taxas de juro para um nível em torno dos 2,3%.

“Esperamos que a Fitch e a Moody’s o façam (sigam a S&P) (…) e que possam proximamente fazer também o upgrade, seguindo um ritmo mais normal”, afirmou Mário Centeno, desvalorizando ao mesmo tempo o impacto do fim do programa de compra de dívida do Banco Central Europeu. O fim das compras “não é um facto para Espanha, para Itália, para a Alemanha, mas já é um facto para Portugal”, salientou.

“Tecnicamente isso já está refletido na nossa dívida porque nós já não temos o apoio do BCE que tínhamos há um ano, um ano e meio e a participação nossa no programa do BCE está claramente abaixo da chave de capital que Portugal tem”, disse o ministro das Finanças.

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António Costa sobre incêndios: “Se me quer ouvir pedir desculpas, eu peço desculpas”

  • Margarida Peixoto
  • 18 Outubro 2017

O primeiro-ministro diz que se não pediu desculpas antes foi porque prefere guardar a palavra para a sua vida pessoal. Como primeiro-ministro, prefere falar em "responsabilidade."

António Costa, primeiro-ministro, pediu desculpas no debate quinzenal desta quarta-feira.Paula Nunes/ECO

“Se me quer ouvir pedir desculpas, eu peço desculpas,” disse esta quarta-feira o primeiro-ministro, durante o debate quinzenal, na Assembleia da República, sobre as consequências dos incêndios que devastaram este ano o país. António Costa garantiu que o “peso na consciência” pelas vítimas mortais dos incêndios não desaparece, mas que não pediu desculpas antes porque, como primeiro-ministro, prefere falar em “responsabilidade.”

“Não vou fazer jogos de palavras. Se quer ouvir-me pedir desculpas, eu peço desculpas”, respondeu António Costa, a Hugo Soares. “E se não o fiz antes, não é por não sentir um enorme peso na minha consciência,” garantiu o primeiro-ministro.

Assim que pediu desculpas, António Costa foi aplaudido pela bancada do PS. Depois, o primeiro-ministro continuou garantindo que tem sentido o peso na consciência desde a tragédia de Pedrógão Grande, quando morreram 64 pessoas. E que esse peso se redobrou este fim de semana, depois de uma nova tragédia que vitimou mais 42 pessoas.

Reservo a palavra desculpa para a minha vida privada, enquanto primeiro-ministro prefiro responsabilidade.

António Costa

Primeiro-ministro

Costa reforçou ainda que não se esquecerá destas mortes, da mesma forma que nunca se esqueceu das mortes que aconteceram no passado, enquanto desempenhava outras funções públicas, como por exemplo quando era ministro da Administração Interna.

Contudo, explicou, não pediu desculpas antes porque prefere a palavra responsabilidade: “Reservo a palavra desculpa para a minha vida privada, enquanto primeiro-ministro prefiro responsabilidade.”

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PS pronto para aprovar mais despesa no OE2018 por causa dos incêndios

  • Margarida Peixoto e Marta Santos Silva
  • 18 Outubro 2017

Rocha Andrade, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, afirmou a disponibilidade dos socialistas para aprovar alterações ao OE2018 se for preciso acomodar gastos com vítimas de incêndios.

Fernando Rocha Andrade, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, foi quem abriu o debate quinzenal desta quarta-feira, pelos socialistas.Paula Nunes/ECO

O PS está disponível para mudar o Orçamento do Estado para 2018 se for preciso aprovar mais verbas para acomodar as medidas imediatas de apoio às vítimas dos incêndios. A garantia foi deixada esta quarta-feira pelo ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro.

O ex-governante começou por contextualizar a ideia que António Costa transmitiu logo a seguir aos fogos de domingo e que foi muito mal recebida. “É quase inevitável que voltemos a enfrentar situações semelhantes,” disse, explicando que as condições de risco deste domingo foram “extremas”, mas “devido em parte à acumulação durante anos desses fatores de risco.” E é por isso que as soluções vão demorar a surtir efeito e que “num futuro próximo” o país poderá ter de enfrentar situações semelhantes.

De seguida, passou para a necessidade de ação. Rocha Andrade defendeu que há medidas que devem ser tomadas no imediato e, nesse sentido, deixou a garantia de que se for preciso mudar o Orçamento do Estado para 2018 no sentido de acrescentar verbas para este efeito, o PS está disponível para aprovar as alterações necessárias.

Mais tarde, durante o debate, o primeiro-ministro António Costa responderia que será preciso, “no quadro da flexibilidade existente” acomodar já as verbas necessárias para arrancar já com o novo quadro que permitirá dar resposta ao problema.

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Liberdade de expressão e de imprensa discutidas na MLGTS

Joana Marques Vidal, sócios da MLGTS, advogados, um juiz do Tribunal Constitucional e jornalistas debatem o tema nos dias 25 de outubro e 8 de novembro, em Lisboa

“Liberdades de imprensa e de expressão: que papéis, que efeitos, que fronteiras e limites?” é um dos motes para a conferência que decorre – dia 25 de outubro e dia 8 de novembro – na Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, em Lisboa. Um encontro com a chancela do Instituto Miguel Galvão Teles e que terá a presença da titular da investigação criminal, Joana Marques Vidal.

A primeira sessão – que decorrerá na sede do escritório em Lisboa no dia 25 de outubro – será inaugurada por Nuno Galvão Teles, managing partner da MLGTS. Segue-se a intervenção do sócio Rui Patrício (na foto) e do magistrado do Tribunal Constitucional, Gonçalo Almeida Ribeiro.

Sessão que será encerrada por Carlos Magno (da ERC) e Sofia Branco (do Sindicato dos Jornalistas).

No dia 8 de novembro, a MLGTS abre a sessão com o discurso de João Soares da Silva, chairman do escritório. E contará ainda com o discurso da Procuradora-Geral da República. António Costa (Publisher do ECO) será um dos moderadores do debate. Que conta ainda com o advogado da Cuatrecasas, Paulo Sá e Cunha, a advogada Isabel Duarte e o Procurador João Aibéo. O encerramento estará a cargo de Filipe Alves ( do Jornal Económico) e Pedro Lomba, da PLMJ.

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Facebook compra rede social viral entre os adolescentes

A empresa de Mark Zuckerberg comprou uma aplicação usada pelo público adolescente. Ainda não há valores sobre o negócio. Esta compra vai fortalecer a concorrência que já existe para o Snapchat.

O Facebook fez mais uma aquisição: desta vez comprou a Tbh, uma aplicação eleita pelos adolescentes. Não há dados sobre o valor envolvido no negócio mas a compra é um sinal de que a empresa de Mark Zuckerberg continua a ganhar terreno face às outras aplicações, nomeadamente o Snapchat, que tem vindo a sofrer com a concorrência cada vez mais forte.

A Tbh é uma aplicação de elogios anónimos, usada maioritariamente por utilizadores jovens. Tbh é a sigla para “to be honest” que, em português, significa “para ser honesto”, e foi criado a pensar nos adolescentes com mais de 13 anos, permitindo que os utilizadores criem pesquisas anónimas sobre eles mesmos e sobre os seus amigos.

“A Thb e o Facebook partilham um objetivo comum de construir uma comunidade e permitir que as pessoas partilhem maneiras de nos unir ainda mais“, disse a porta-voz do Facebook, Vanessa Chan, em comunicado esta segunda-feira. “Estamos impressionados pela maneira como o Tbh está a conseguir isso”.

Sem detalhes

Até agora, a empresa de Mark Zuckerberg não divulgou o valor do negócio mas, com esta aquisição, está a somar mais uma aplicação ao conjunto que se une contra o Snapchat, a rede social que foi eleita como a mais popular entre os adolescentes, segundo estudos recentes.

Apesar de estar presente apenas nos Estados Unidos, a Tbh foi transferida por mais de cinco milhões de pessoas nas últimas semanas que, no total, enviaram mais de mil milhões de mensagens. No mês passado, a Tbh posicionou-se em primeiro lugar na lista de aplicações gratuitos na Apple Store e na App Store.

Os quatro cofundadores da Tbh – Nikita Bier, Erik Hazzard, Kyle Zaragoza e Nicolas Ducdodon, vão sair dos escritórios da startup em Oakland, Califórnia, para se mudarem para a sede do Facebook, em Silicon Valley. Continuarão a trabalhar na sua aplicação e os downloads serão feitos de forma autónoma e individual.

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Governo quer pagar dois mil milhões às empresas em 2018

Desde julho que o Executivo aumentou meta dos pagamentos para 1.250 milhões, em 2017, um crescimento de 25% face aos mil milhões previstos inicialmente. O objetivo sobe para dois mil milhões, em 2018.

O Governo prevê duplicar, em 2018, o nível de pagamentos às empresas. De acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2018, a fasquia para o próximo ano foi colocada em dois mil milhões de euros.

Para este ano, desde julho que o Executivo aumentou a meta dos pagamentos para 1.250 milhões, o que representa um aumento de 25% face aos mil milhões previstos inicialmente. O anúncio foi feito a 14 de julho pelo ministro do Planeamento, Pedro Marques, quando o apoio dos fundos comunitários às empresas atingiu, nessa semana, os 900 milhões de euros. Desde então, a mensagem foi sendo repetida — António Costa reiterou o compromisso, este fim de semana, na Comissão Nacional do PS, em Coimbra — e os pagamentos, no final de setembro, já ascendiam aos 1.054 milhões de euros. A meta é relativamente confortável de atingir já que, nos últimos 12 meses, a média de pagamentos às empresas foi de 66 milhões.

No relatório da proposta do Orçamento do Estado para 2018, entregue no Parlamento na sexta-feira o compromisso ficou escrito. “Na sequência da aceleração dos incentivos o investimento empresarial no âmbito do Portugal 2020, iniciada em 2016 com o Plano 100, o ano de 2017 voltou a conhecer um novo ciclo de aumento do ritmo de execução e de pagamento, prevendo-se que os mesmos atinjam 1.250 milhões de euros no final do corrente ano — o ano de maior execução de sempre nos apoios às empresas nos quadros comunitários”, pode ler-se.

E olhando para “a carteira de projetos aprovados nas áreas de investigação e desenvolvimento, inovação e internacionalização, o nível de execução atual e a dinâmica recente de crescimento económico, prevê-se a implementação de cerca de 1,2 mil milhões de euros de investimentos”, o Executivo estabelece a meta de dois mil milhões para o próximo ano.

Na proposta de Orçamento, o banco de fomento também não é esquecido. “A Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) assumirá também um papel mais relevante” na capitalização de empresas, com a consolidação e materialização do alargamento do seu mandato e funções, através da realização de operações de intermediário grossista no financiamento da banca comercial (operações de on-lending e arrangement), da implementação e gestão de instrumentos financeiros com financiamento europeu a partir de fontes alternativas ao Portugal 2020″.

Fundos potenciam o investimento

A grande aposta do Orçamento, do ponto de vista financeiro, vai para o investimento público que deverá atingir os 4.525 milhões de euros em 2018, ou seja, uma subida de 40,4% face ao ano anterior.

Induzido pelos fundos europeus, em 2018″, o investimento “poderá atingir 1.182 milhões de euros”, pode ler-se no relatório. “Este valor representa um acréscimo de 66% do total da execução acumulada prevista para o final do corrente ano”, sublinha o documento entregue na sexta-feira a Ferro Rodrigues. E este investimento será concentrado naquelas que são as prioridades do Executivo “alinhadas com o Programa Nacional de Reformas”.

Fonte: Proposta do OE2018.

O relatório da proposta do Orçamento do Estado também revela que, numa análise por programas, a agricultura, as infraestruturas e a educação são as três áreas onde os fundos estruturais têm uma maior relevância.

“Apoios à agricultura competitiva e sustentável, à coesão territorial e à fixação da população em meio rural”, são alguns dos objetivos dos fundos europeus mobilizados através da agricultura, mas também “reabilitação e a expansão de perímetros de rega, nomeadamente na área do Alqueva” ou ainda ajudar “à internacionalização do setor agroalimentar”.

A aposta na infraestrutura com a execução do plano Ferrovia 2020 é outra das utilizações primordiais dos fundos que a este nível também servirão para terminar acessos rodoviários a empresas, avançar com a solução Montijo para complementar a capacidade da Portela.

O relatório deixa ainda uma nota relativamente ao processo de reprogramação do Portugal 2020, sem, no entanto, dar qualquer indicação clara de qual o caminho que o Executivo vai seguir. Ou seja, quem vai perder verbas. “A par da continuidade da gestão eficaz dos atuais Programas, o Governo, na sequência da negociação com a Comissão Europeia, concretizará em 2018 uma reprogramação como alinhamento estratégico e programático do Portugal 2020 com as prioridades do Programa Nacional de Reformas. Pretende-se um Portugal 2020 que contribua de forma mais inteligente para a implementação dos desafios estruturais e que responda às novas dinâmicas da economia portuguesa.”

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