As cidades portuguesas mais amigas das startups

Lisboa está na boca do mundo e há poucos empreendedores que não queiram fixar-se e criar startups na capital portuguesa. Mas a rede é... nacional. E até há uma estratégia para a desenvolver.

Portugal tem cada vez mais cidades a apoiar startups locais e internacionais.

No dia em que o ECO visitou a Startup Torres Novas, inaugurada em 2017, percebeu que a aposta da câmara municipal local tinha contado com um aliado de luxo: a base de inspiração para a incubadora ribatejana foi a Startup Lisboa, incubadora alfacinha criada há cinco anos. Essa é apenas uma das provas de que um país com 92.090 Km2 tem outras tantas oportunidades para apoiar as suas startups e ideias de negócio ainda por desenvolver.

Criar incubadoras e aceleradoras é uma forma que as câmaras têm de tornar os municípios mais atrativos, criar emprego e até gerar receita. Ponto cruciais em vésperas de eleições autárquicas (1 de outubro). Lisboa, Porto, Braga e Coimbra podem ser considerados os grandes hubs nacionais, já que agregam grande parte das incubadoras e aceleradoras da cidade. Na capital, onde a rede é sistematizada num site que contabiliza 13 incubadoras, quatro aceleradoras e quatro FabLabs, o pódio é ocupado por nomes como a Startup Lisboa — com polo tech e comércio e serviços como fundamentais –, Beta-i (com o seu Lisbon Challenge e um conjunto de aceleradores verticais em parceria com empresas como a Deloitte, Fidelidade/Fosun ou Prio, entre outras), Fábrica de Startups e até o Labs, entre muitos outros projetos dentro da Grande Lisboa. Ainda por detalhar está o projeto do Hub do Beato, um novo polo de empreendedorismo e inovação que será um centro nevrálgico do empreendedorismo da cidade, em plena zona ribeirinha.

No Porto, projetos como a ANJE, a UPTEC, o Founders Founders ou o i3S são alguns dos nomes que fazem da Invicta um candidato forte ao primeiro lugar nacional. Braga, que tem concentrado esforços e energia em projetos como a Startup Braga ou o CEiiA, projeto invejável que transforma Braga numa metrópole da investigação e tecnologia de ponta, aparece num patamar idêntico. Assim como, em Coimbra, o Instituto Pedro Nunes, a incubadora histórica — e a mais antiga do país — é exemplo de referência e serviu de ninho a empresas que dão cartas: nomes como a Feedzai são casos de sucesso em Portugal e um pouco por todo o mundo.

E veja-se: se, em alguns casos se trata de iniciativas privadas — como o caso da Fábrica de Startups, da Founders Founders ou da Beta-i –, em muitos outros a ideia de criar um mecanismo que possa facilitar a vida aos empreendedores é da quase total da responsabilidade das autarquias. A Nersant, em Santarém, a Startup Torres Novas, o Instituto D. Dinis em Leiria, a DNA Cascais e, muitas outras, noutras tantas cidades, são já braços camarários a trabalhar “de e para” os empreendedores.

De acordo com dados da Startup Portugal, em setembro de 2016 havia 2300 startups incubadas na rede nacional. Dessas, mais de 500 tinham sido criadas nos 12 meses anteriores, numa das 121 incubadoras e aceleradoras da Rede Nacional. E talvez tenha sido esses alguns dos dados para os quais Paddy Cosgrave e a equipa olharam quando, menos de um ano antes, decidiram que o maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo, o Web Summit, viria da Irlanda-natal para Portugal.

Em 2017, o Web Summit decorre entre 6 e 9 de novembro.Paula Nunes / ECO

Uma causa que é consequência

Se os holofotes hoje estão virados para Portugal como um dos hubs mais hot da Europa em matéria de empreendedorismo, o Web Summit parece ter sido uma consequência que, antes de o ser, foi causa. A notícia, conhecida a 23 de setembro de 2015, foi como uma lufada de ar fresco no início do outono que mais parecia brisa de primavera: o Web Summit tinha escolhido Lisboa em detrimento de Amesterdão, Paris, Barcelona e Dublin, para acolher o maior evento de empreendedorismo e startups do mundo.

“Após uma análise cuidada, decidimos transferir o Web Summit para Lisboa. Este evento tem crescido para além das nossas expectativas e queremos que continue a crescer”, dizia, na altura, o CEO do evento, sublinhando o facto de, depois de perguntar na sua conta de Twitter onde deveria ser o próximo Web Summit, 95 em 100 tweets “defendiam Lisboa”.

Mas falar de empreendedorismo a nível nacional teve os seus reflexos, também localmente. Foram muitos os municípios que criaram, desde a primeira edição da conferência internacional em Lisboa, polos de inovação e empreendedorismo: casos como o Hub do Beato ou a Startup Angra são dois desses exemplos.

Nem só de cidades vive o país

Mas, porquê olhar para cada caso isolado quando se pode ter uma visão do todo? Criada em 2016, a Startup Portugal é uma estratégia nacional para o empreendedorismo o que depreende que, todo o país tem princípios e objetivos concertados no que respeita ao ecossistema empreendedor.

Liderada por um alemão — Simon Schaefer, que o ECO entrevistou em primeira mão há menos de um ano — a estratégia nacional para o empreendedorismo assume-se como um guia de boas práticas e acordos para a dinamização de um ecossistema que muito tem crescido nos últimos anos. E como uma rede que pretende que as incubadoras nacionais se transformem em balcões ativos da Startup Portugal.

“Acho que há dois tipos de questões: o que vem de dentro e o que vem de fora. De dentro, as coisas que foram mal feitas nos ecossistemas e que foram frequentemente relacionadas com os políticos e com as políticas que não foram à procura de respostas nos empreendedores. Isso será a minha primeira opção, porque não seria apenas falta de comunicação mas de ambição verdadeira. Como se, por estarmos num startup hype os governos quererem fazer qualquer coisa pelas startups. Mas isso não é genuíno”, explicava Schaefer nessa entrevista.

Genoma Startup

Apesar de estar fora do Top 20 das principais cidades do mundo para startups, o projeto Startup Genome dedicou, este ano, duas páginas a Lisboa, fazendo um raio-x das principais características da cidade. Da cidade, o relatório descreve os seguintes dados: a taxa de fundação de startups por mulheres é superior à média global (17% contra 16%). Lisboa tem menos fundadores imigrantes: 15% face à média mundial de 19%. Quanto ao público-alvo das startups lisboetas, os consumidores estrangeiros representam 34% do total, acima dos 23% de média global.

Raio-X do relatório de 2017 do Startup Genome à realidade do empreendedorismo lisboeta.

Segundo dados da Startup Portugal, nos últimos 12 meses foram criadas 584 novas startups sendo que, cada startup, no seu primeiro ano de vida, cria em média 2,2 postos de trabalho. O peso dos novos empregos no total nacional é cada vez mais alto, ao mesmo tempo que a taxa de desemprego retrai e se fixa em valores abaixo de 10%. De acordo com a mesma informação, 46% dos novos empregos foram gerados por empresas com menos de cinco anos.

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Fundos comunitários: “Ainda se queixam da herança”, diz PSD

O ex-líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, acusou o Governo de desviar a atenção da atual execução dos fundos comunitários criticando o anterior Executivo.

O PSD atacou esta quarta-feira o Governo por ter criticado a herança da execução dos fundos comunitários e, ao mesmo tempo, não ter resolvido o problema em dois anos de mandato. Em Braga, o ex-líder parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, argumentou que o Executivo é “sorridente, mas quase sempre incompetente”.

“Ainda se queixam da herança”, atacou Montenegro. O social-democrata argumenta que o Partido Socialista critica o Governo anterior para “esconder a incapacidade de terem quebrado o ritmo que trazemos de trás”. Para o ex-líder da bancada parlamentar do PSD “estávamos na linha da frente e agora estamos nos últimos lugares”.

Na sequência da notícia desta quarta-feira do jornal Público, o grupo parlamentar agora liderado por Hugo Soares enviou esta quarta-feira várias perguntas ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques. O PSD pretende saber de que forma é que o Governo está a resolver o problema dos atrasos na certificação das despesas nos Programas Operacionais que compõem o Portugal 2020.

Além disso, o PSD quer saber qual a taxa de concretização dos objetivos e metas comprometido com a Comissão Europeia e conhecer quais os pormenores dos contactos entre Portugal e a Comissão Europeia para reprogramar o Portugal 2020.

Na mesma intervenção desta quarta-feira em Braga, Luís Montenegro afirmou que os socialistas “dizem que o Governo anterior fez tudo mal, que deixou tudo mal preparado, [mas] esqueceram-se que fomos o primeiro país na Europa a assinar os programas operacionais e a fazer pedidos de pagamento do novo quadro comunitário e o quarto a assinar o acordo de parceria”. De acordo com o social-democrata, “têm sido as empresas e os municípios a executar e não a Administração Central“.

Cristas considera “inadmissível” risco de perder fundos

Já a presidente do CDS-PP Assunção Cristas considerou, em Pombal, “inadmissível” que Portugal corra o risco de perder fundos comunitários, referindo-se a uma notícia avançada pelo jornal “Público”.

“Então não nos espantamos quando vemos hoje notícias que nos dizem que os fundos têm uma execução tão baixa que há risco de devolver dinheiro a Bruxelas? Isto é incompreensível e inadmissível, porque o país precisa deste dinheiro”, frisou Assunção Cristas, no discurso durante um jantar de apresentação da candidatura de Sidónio Santos à Câmara de Pombal, no distrito de Leiria.

A líder do CDS-PP acusou o primeiro-ministro António Costa de “tantas vezes” dizer “uma coisa e fazer tantas vezes o contrário”. “António Costa diz que a qualificação dos portugueses é uma grande prioridade para este Governo, mas ando por todo o país, vou às empresas e estamos num concelho com muitas empresas e indústria, a querer trabalhar, a puxar pela nossa economia, pelas nossas exportações e o que dizem é que não crescem mais porque não têm maneira de ter pessoas qualificadas tecnicamente para as suas áreas”, adiantou Assunção Cristas.

Segundo a também candidata à Câmara de Lisboa, as empresas até poderiam “crescer mais”, mas questionam “onde vão buscar pessoas qualificadas”. “Aos centros de formação profissional e aos cursos que começaram a ser desenhados com o setor empresarial? A resposta é: antigamente ainda tínhamos algumas turmas, agora estão cortadas porque não há fundos comunitários para pagar e para financiar esses cursos. Então onde está a prioridade da qualificação? Onde estão a ser alocados os fundos comunitários?”, perguntou ainda Assunção Cristas.

A presidente do CDS-PP sublinhou que os “empresários precisam desta formação, porque precisam de apoio aos seus investimentos”. “E o que vemos é muita propaganda.”

Artigo atualizado

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E o Dinossauro de Ouro das Autárquicas 2017 vai para…

A escolha é sua. Está a decorrer uma votação para eleger o dinossauro autárquico destas eleições. A iniciativa é promovida pela associação cívica TIAC e o blog Má Despesa Pública.

É uma votação diferente, mas na qual todos os portugueses podem participar. Nesta eleição há 38 candidatos a presidente de Câmara. O que é um dinossauro? Um autarca que, tendo já cumprido três mandatos à frente de um município, se apresenta de novo às eleições autárquicas que se realizam a 1 de outubro. A votação termina a 29 de setembro.

“Queremos que os portugueses escolham o dinossauro autárquico que mais se destaca na procura do poder – para benefício do seu povo, ou do seu ego”, resume a TIAC. No site da iniciativa, a associação ironiza: “Do grego deinos sauros – ‘lagarto terrível’ –, estima-se que os dinossauros terão aparecido há 230 milhões de anos”. “Outras espécies de sangue quente tornaram-se autarcas”, lê-se.

“O facto de haver tantos veteranos da gestão autárquica de novo na corrida, incluindo candidatos cadastrados, mostra bem as falhas da lei de limitação de mandatos e o fracasso das elites políticas locais em se renovarem. Os dinossauros candidatos não são uma marca de experiência, mas de estagnação”, justifica João Paulo Batalha, presidente da TIAC.

Por seu lado, Bárbara Rosa, co-autora do blog Má Despesa Pública, parceiro da iniciativa, pretende que “as pessoas reflitam sobre a qualidade da democracia local (ou a falta dela) e sobre os vícios de abuso de poder, de caciquismo, de má despesa pública e desperdício de recursos associados à não renovação das elites políticas locais”. “Não haverá desenvolvimento económico e social enquanto não ultrapassarmos as lógicas clientelares de exercício do poder”, defende.

O prémio será entregue no dia a seguir às eleições, a 2 de outubro. Ao mesmo tempo, as autarquias que elegerem um candidato dinossauro serão “honorificamente” nomeadas de “Parque Jurássico”. Na lista só aparecem duas mulheres. Eis os candidatos:

  • Álvaro Amaro, Guarda – PSD;
  • Amândio Melo, Belmonte – PSD, Independente;
  • Ana Cristina Ribeiro, Salvaterra de Magos – BE;
  • António Eusébio, Faro – PS;
  • António Murta, V.R. Santo António – PS;
  • António Sebastião, Almodôvar – PSD, Independente;
  • Carlos Pereira, Santana – PSD, Independente;
  • Carlos Pinto, Covilhã – PSD, Independente;
  • Carlos Pinto de Sá, Évora – CDU;
  • Carlos Teixeira, Lisboa – PS, PDR/JPP;
  • Domingos Torrão, Penamacor – PS, PSD;
  • Fernando Costa, Loures – PSD;
  • Fernando Marques, Ansião – PSD;
  • Fernando Seara, Odivelas – PSD;
  • Francisco Amaral, Castro Marim – PSD;
  • Isaltino Morais, Oeiras – PSD, Independente;
  • Jaime Ramos, Coimbra – PSD;
  • Jaime Ramos, Entroncamento – PSD;
  • João Cepa, Esposende – PSD, Independente;
  • João Marques, Pedrógão Grande – PSD;
  • João Rocha, Beja – CDU;
  • João Teresa Ribeiro, Vendas Novas – CDU;
  • Joaquim Raposo, Oeiras – PS;
  • José Estevens, Castro Marim – PSD, Independente;
  • José Maltez, Golegã – PS;
  • José Pós-de-Mina, Moura – CDU;
  • José Rondão Almeida, Elvas – PS, Independente;
  • Júlia Paula Costa, Caminha – PSD;
  • Litério Marques, Anadia – PSD;
  • Luís Leal, Montemor-o-Velho – PSD;
  • Manuel Machado, Coimbra – PS;
  • Manuel Rodrigo, Miranda do Douro – PSD;
  • Narciso Miranda, Matosinhos – PS, Independete;
  • Narciso Mota, Pombal – PSD, Independente;
  • Pedro Namorado Lancha, Fronteira – PSD, PS;
  • Ribau Esteves, Aveiro – PSD;
  • Valentim Loureiro, Gondomar – PSD, Independente;
  • Vítor Proença, Alcácer do Sal – CDU:

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Fed não mexe nos juros. Corte de estímulos começa em outubro

A entidade liderada por Janet Yellen decidiu não mexer nos juros de referência, mas planeia começar a reduzir o respetivo balanço já no próximo mês.

A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) decidiu manter a taxa de juro no nível atual, mas sinalizou que pretende avançar com o arranque da retirada dos estímulos económicos já no próximo mês de outubro. Esta é a principal conclusão da reunião de política monetária que terminou nesta quarta-feira. Mas o mercado deve contar com uma subida dos juros ainda em 2017, antecipam os responsáveis da Fed.

Os responsáveis do banco central norte-americano decidiram começar a reduzir o balanço da Fed avaliado em 4,5 biliões de dólares (3,75 biliões de euros) em ativos já em outubro, dando assim o pontapé de saída à retirada dos estímulos que suportaram a maior economia do mundo após o estalar da crise financeira em 2007.

A Fed pretende começar a introduzir um limite ao montante a reinvestir (de 6.000 milhões de dólares por mês em títulos do Tesouro e de 4.000 milhões de dólares por mês em títulos hipotecários). Esses limites irão sendo trimestralmente incrementados até um máximo de 30.000 milhões de dólares em obrigações do Tesouro americanas e de 20.000 milhões de dólares em títulos hipotecários. Esse limite máximo deverá ser alcançado a partir de outubro do próximo ano.

Cronograma de metas mensais

Já no que respeita à taxa dos fundos federais fica inalterada, no intervalo entre 1% e 1,25%. Contudo, estes continuam a antecipar uma subida dos juros nos Estados Unidos mais para a fase final deste ano, dizendo que o impacto dos danos provocados pelos furacões apenas terão um efeito temporário na economia.

“Os furacões Harvey, Irma e Maria devastaram muitas comunidades, infligindo dificuldades severas”, afirmou o Federal Open Market Committee em comunicado disponibilizado esta quarta-feira, após a reunião de dois dias. “Os distúrbios relacionados com as tempestades e a reconstrução irão afetar a atividade económica no médio prazo, mas as experiências do passado sugerem que as tempestades provavelmente não irão materialmente alterar o curso da economia nacional para além do médio prazo”, acrescenta o documento.

Os responsáveis do banco central norte-americano estão a contar com um crescimento robusto e baixo desemprego no sentido de fazer subir a inflação para próximo do seu objetivo, o que irá suportar a respetiva política de aperto gradual através de aumentos das taxas de juro e das inversão do quantitative easing.

No seu novo conjunto de projeções, a entidade liderada por Janet Yellen vê três subidas de 1/4 de pontos para a taxa de juro como sendo apropriadas para o próximo ano, em linha com o que antecipava já em junho.

Os principais índices bolsistas norte-americanos que antes da divulgação do comunicado da Fed negociavam quase inalterados entre ganhos e perdas muito modestas, entraram todos em terreno negativo. Já o dólar que perdia terreno face ao euro, inverteu o rumo. Já ganha 0,92%, para os 0,8414 euros.

(Notícia atualizada às 19h30, com mais informação)

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O que se passa com a Ryanair? O Twitter explica

  • Rita Frade
  • 20 Setembro 2017

A Ryanair, empresa de aviação low-cost, continua a dar que falar, sobretudo, nas redes sociais. O que será que o Twitter tem a dizer sobre o assunto?

A Ryanair tem sido um dos temas de destaque da semana, devido ao número avultado de voos que planeia cancelar até ao final de outubro (só em Portugal vão ser canceladas 346 ligações de e para Portugal).

Como seria de esperar, os “#lesadosdaryanair” têm aproveitado as redes sociais para manifestar o seu desagrado. Mas, afinal, o que levou a empresa de aviação low-cost a cancelar tantos voos? O Twitter explica.

De acordo com o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, o cancelamento de voos nas próximas semanas não está relacionado com a falta de pilotos, mas sim com um “erro” na distribuição de férias dos mesmos.

O problema é que agora, para poderem voltar a remarcar a viagem, os passageiros estão a ser obrigados a pagar as taxas que já tinham sido pagas ao comprarem o bilhete pela primeira vez. Há ainda clientes a queixarem-se do facto de a Ryanair estar a marcar lugares separados a clientes que, inicialmente, iam juntos, tendo estes, mais uma vez, de voltar a pagar para ficar nas mesmas posições.

A boa notícia é que, à partida, mais de metade dos clientes da Ryanair terá voo remarcado até ao final do dia de hoje. De qualquer forma, apesar de todo o caos e danos causados pela empresa, há quem não deixe de brincar com a situação.

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Institutos europeus reveem em alta desempenho da Zona Euro

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

Até ao final do ano, a Zona Euro poderá vir a crescer 0,6% por trimestre. As contas foram feitas pelos institutos de investigação Ifo, KOF e ISTAT, respetivamente da Alemanha, Suíça e Itália.

A economia da Zona Euro continuará a crescer a um ritmo de 0,6% no terceiro e quarto trimestre, o que significará um crescimento global de 2,3% em 2017, segundo previsões de três institutos publicadas hoje.

Os institutos de investigação económica Ifo, KOF e ISTAT (da Alemanha, Suíça e Itália) antecipam ainda que o crescimento da zona euro deve abrandar para 0,5% no primeiro trimestre de 2018.

Como principais impulsionadores do crescimento, os institutos apontam os investimentos, que têm beneficiado das baixas taxas de juro e de uma melhoria das condições de crédito.

O consumo das famílias, que tem crescido 0,4% por trimestre, graças “ao aumento dos rendimentos disponíveis e à boa situação do mercado de trabalho” também é apontado como um fator importante para o crescimento.

Quanto à evolução dos preços, as previsões conjuntas dos referidos institutos indicam que a inflação deve descer para 1,4% no terceiro e no quarto trimestre deste ano e possa baixar ainda mais nos três primeiros meses de 2018 para 1,1%.

Os peritos das três instituições económicas consideram que essa evolução se deve ao efeito dos preços da energia, se o crude se mantiver a um nível próximo de 51 dólares por barril e com o euro perto de 1,18 dólares.

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Portuguesa James entra no exclusivo acelerador Fintech71

Dez startups de fintech participam no acelerador norte-americano. Na short list há um nome português: a James, a ex-Crowdprocess.

A plataforma James, criada pela portuguesa ex-CrowdProcess, acaba de ser escolhida para integrar a lista de dez fintech do exclusivo acelerador norte-americano Fintech71, anunciaram no Facebook.

A startup portuguesa, especializada em machine learning aplicado a soluções para o setor financeiro, integra a lista de uma dezena de escolhidas e participa no encontro que decorre em Nova Iorque. Da lista fazem parte startups de países como a Índia, Reino Unido, Estados Unidos, Israel e Irlanda.

Há um ano, a James mudou o nome inicial de CrowdProcess. Em maio deste ano, Pedro Fonseca, co-fundador da empresa, anunciava num post no Medium que passava a pasta de CEO a João Menano, também na empresa desde o primeiro dia.

A 30 de junho, a fintech portuguesa fechou uma ronda de financiamento de 2,7 milhões, que incluiu investidores como o ex-membro da administração da Credit Suisse, Gaël de Boissard. Um ano antes, a startup saiu vencedora do concurso Money 20/20 Europe Startup Competition.

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Lisboa interrompe ciclo de ganhos. BCP pressiona

  • Rita Atalaia
  • 20 Setembro 2017

Depois de oito sessões em alta, a praça portuguesa encerrou no vermelho. A bolsa nacional foi arrastada pelas perdas do BCP, com o banco liderado por Nuno Amado a cair quase 2%.

A bolsa nacional encerrou no vermelho. Depois de oito sessões em alta, a praça portuguesa voltou a provar as perdas, pressionada pela queda expressiva do BCP. O banco liderado por Nuno Amado recuou quase 2%, num dia que continuou a ser marcado pelo alívio dos juros da dívida portuguesa.

O PSI-20, o principal índice de referência, perdeu 0,16% para 5.294,66 pontos, acompanhando a tendência no resto da Europa. A bolsa nacional interrompe assim o ciclo de subidas mais longo em mais de um ano, quando já acumulava uma valorização de 13% em 2017. A queda desta quarta-feira foi sobretudo provocada pela descida do BCP. A instituição financeira cedeu 1,81% para 22,80 cêntimos, depois de arrancado no verde. Este desempenho acontece num dia em que os juros a dez anos continuaram a aliviar, tocando os 2,389%.

PSI-20 interrompe ciclo de subidas mais longo em mais de um ano

Ainda do lado das perdas, destaque para os CTT (-1,26%), EDP (-0,46%) e Pharol (-2,39%). A contrariar este sentimento esteve a Galp Energia, que valorizou quase 1% para 14,45 euros, com a petrolífera a beneficiar da subida de perto de 2% dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Mas também a Jerónimo Martins — a retalhista subiu 0,45% para 16,64 euros.

Tanto na Europa, como nos EUA, os investidores mantiveram-se cautelosos, à espera da conclusão da reunião da Reserva Federal dos EUA. No final da tarde, Janet Yellen vai realizar uma conferência de imprensa onde poderá dar mais pistas sobre a redução do balanço do banco central, bem como sinalizar quando deverá subir novamente as taxas de juro.

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Remessas dos emigrantes sobem 30%, Angola é a maior dos PALOP

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

Portugal recebeu 364,7 milhões de euros em julho. França e Suíça continuam a ser os países com maiores remessas. Já Angola ocupa quase a totalidade de dinheiro enviado a partir dos PALOP.

As remessas dos emigrantes subiram 30% em julho face ao mesmo mês do ano passado, com os trabalhadores portugueses nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) a enviarem mais quase 60% que em julho de 2016.

De acordo com os dados do Banco de Portugal compilados hoje pela Lusa, os emigrantes enviaram para Portugal 364,7 milhões de euros, o que representa uma subida de 30,01% face aos 280,5 milhões enviados em julho de 2016.

Em sentido inverso, os imigrantes em Portugal enviaram para os seus países de origem 40,9 milhões de euros, o que representa uma descida de 9,3% face aos 45,1 milhões enviados em julho do ano passado.

Como é habitual, os portugueses em França, com 105 milhões, e na Suíça, com 96 milhões, foram os que mais contribuíram em volume para este aumento, registando subidas face a julho do ano passado a rondar os 30%.

Olhando apenas para os PALOP, o aumento é ainda mais acentuado: em julho, estes emigrantes enviaram para Portugal 32,8 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 59,9% face aos 20,5 enviados em julho do ano passado.

Angola, como habitualmente, representa a esmagadora maioria das transferências, sendo responsável por 32,08 dos 32,85 milhões de euros que representam a totalidade das verbas enviadas dos PALOP.

A verba que os trabalhadores nacionais em Angola mandaram para Portugal subiu 63,7%, o que é quase diametralmente oposto à redução de 47,8% das verbas enviadas em julho pelos angolanos a trabalhar em Portugal.

Já os africanos lusófonos enviaram 3,25 milhões de euros em julho, o que equivale a uma descida de 17,7% face aos 3,95 milhões enviados um ano antes.

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Europa dá mais poder aos reguladores. ESMA é quem mais ganha

  • Rita Atalaia
  • 20 Setembro 2017

A Comissão Europeia entregou um conjunto de propostas para dar mais poderes aos reguladores. Mas, entre as alterações propostas, é a ESMA que mais ganha poder de fogo nos mercados de capitais.

A Comissão Europeia quer dar mais poderes aos reguladores europeus. O braço executivo da União Europeia (UE) entregou um conjunto de propostas para acompanhar “a rápida mudança dos mercados financeiros”, afirma o vice-presidente da comissão, Valdis Dombrovskis. E, entre estas alterações, a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA, em inglês) — entidade de que Gabriela Figueiredo Dias, presidente da CMVM, faz parte vai ganhar poder de fogo nos mercados de capitais.

“Os mercados estão a mudar rapidamente”, nota Valdis Dombrovskis, num comunicado (conteúdo em inglês). O vice-presidente da Comissão Europeia refere que a Europa tem de se unir, agindo enquanto “único player“. E uma “supervisão financeira mais integrada vai tornar a União Económica e Monetária mais resiliente“, diz. Desta forma, a comissão apresenta uma série de propostas de alteração, num momento em que a saída do Reino Unido da União Europeia obriga a um ajustamento dos modelos.

Entre as principais propostas, a comissão sugere que as autoridades de supervisão europeias, ou seja, os reguladores, definam as prioridades de supervisão em toda em UE, monitorizem as práticas das entidades — nomeadamente dos bancos que estão a retirar algumas das suas operações de Londres no seguimento do Brexit — para garantirem que cumprem as regras.

A nível das seguradoras, através da EIOPA, o regulador responsável pelo setor deverá ter um papel mais importante para garantir que cumprem os requisitos de solvabilidade. “Isto vai ajudar a garantir uma melhor supervisão das maiores seguradoras”, lê-se no comunicado. Finalmente, o Comité Europeu de Risco Sistémico (ESRB, em inglês) “será mais eficiente de forma a reforçar a supervisão dos riscos”.

Mas o grande destaque vai para a ESMA, o regulador do mercado de capitais europeu que conta com Gabriela Figueiredo Dias, presidente da CMVM, como uma das administradoras. Esta entidade vai ganhar mais poderes nos mercados de capital com estas alterações, passando a supervisar diretamente certos setores na UE. As principais mudanças são as seguintes:

  • Autorizar e supervisionar os principais índices usados nos instrumentos e contratos financeiros ou para medir o desempenho de um fundo de investimento. “Isto vai melhorar a harmonização da supervisão dos índices”;
  • A entidade vai também ficar encarregue de aprovar certos prospetos europeus e não europeus criados no âmbito da UE. “Estes prospetos são documentos que contêm a informação que um investidor precisa antes de tomar a decisão de investir numa determinada empresa.”;
  • Autorizar e supervisionar fundos de investimentos europeus, com o objetivo de criar um mercado único para estes fundos;
  • A ESMA vai ter um papel mais importante nas investigações sobre abusos de mercado. “[A entidade] terá o direito de agir quando determinadas ordens, transações ou comportamentos dão origem a suspeitas bem fundamentas e têm consequências transfronteiriças ou impacto na integridade dos mercados financeiros ou na estabilidade financeira na UE.”

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Como a má gestão das férias da Ryanair trocou as voltas às suas

Daqui até ao final de outubro, a Ryanair vai cancelar mais de dois mil voos. Deixamos cinco perguntas e respostas para perceber o que se passa.

A partir desta quinta-feira, 21 de setembro, e até ao final de outubro, a Ryanair vai cancelar mais de dois mil voos, por não ter pilotos suficientes para operá-los. Em causa, uma má gestão das férias dos pilotos, que acabaram por ficar muito concentradas num espaço de seis semanas.

O que está em causa?

Há dois fatores que explicam a necessidade de cancelar voos: férias e limitações ao tempo de voo dos pilotos. No primeiro caso, o que aconteceu foi uma má gestão. Este ano, a Ryanair impôs que as férias dos pilotos e pessoal de bordo só poderiam ser tiradas em nove meses do ano — de fora ficavam os meses de verão. A falta de organização acabou por levar ao caos que a Ryanair atravessa agora:

Fizemos asneira com a marcação de férias, tentando concedê-las em setembro e outubro, numa altura em que ainda estamos a operar a maioria do horário de verão”, admitiu Michael O’Leary, o presidente executivo da companhia irlandesa. Ou seja: se nos meses de verão a Ryanair estava até com excesso de pilotos, porque estes não puderam tirar férias, uma boa parte deles acabou por tirar férias num período muito concentrado de seis semanas.

Por isso, a Ryanair tentou pagar aos pilotos para abdicarem destas férias. Mas não só os pilotos não aceitam a proposta, como, mesmo que quisessem fazê-lo, em muitos casos, estão legalmente impedidos. Isto porque as limitações ao tempo de voo preveem que um piloto só possa voar um máximo de 100 horas em 28 dias, o equivalente a 900 horas num ano civil.

A solução proposta para os pilotos

Para evitar situações semelhantes no futuro, a Ryanair propôs pagar aos pilotos um bónus anual de 12 mil euros e um bónus de seis mil euros aos copilotos. Em troca, pedem que os trabalhadores abdiquem de dez dias de descanso no próximo ano, o que levará a que voem um total de 800 horas.

A maioria dos pilotos, escreve o Irish Independent, deverá rejeitar esta proposta.

Quais os voos afetados?

Sem pilotos suficientes, e com a justificação oficial de querer melhorar a pontualidade, a Ryanair vai cancelar 40 a 50 voos por dia até ao final de outubro. Ao todo, são cerca de 2.000 voos, dos quais 346 são de e para Portugal. Por cá, Lisboa e Porto são os aeroportos mais afetados. É o aeroporto Francisco Sá Carneiro que se sentirá o maior impacto. “Há um volume de cancelamentos no Porto superior ao resto do país uma vez que esta é uma das nossas maiores bases Europeias e este acabou por ser um dos critérios na seleção de rotas a cancelar, já que nos permite oferecer mais alternativas de voos”, justifica fonte oficial da Ryanair.

O que acontece aos passageiros?

A Ryanair dá conta de que “todos os passageiros afetados já foram contactados por email ou SMS, de forma a conhecer as suas opções de reembolso ou remarcação de voo, sempre com possibilidade de compensação, ao abrigo da norma EU261”.

São essas as opções: remarcar, cancelar e pedir o reembolso ou pedir uma indemnização.

No caso de quererem remarcar, como noticia esta quarta-feira o Jornal de Notícias (acesso pago), os passageiros estão a ser obrigados a pagar de novo taxas de bagagem e de marcação de lugares, que já tinham sido pagas para os voos que foram cancelados. A Ryanair esclarece, contudo, que isso se deve a um “erro de sistema” e que estes clientes podem pedir o reembolso destas taxas.

Quanto é que a Ryanair vai pagar por isto?

Entre reembolsos, indemnizações e taxas aeroportuárias, o cancelamento destes voos vai ter um custo considerável para a Ryanair. A companhia aérea prevê um impacto financeiro de cerca de 25 milhões de euros, dos quais cerca de 20 milhões relativos apenas a compensações aos passageiros.

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Beneficiários de apoios ao desemprego em mínimos desde 2002

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

Os dados foram revelados pela Segurança Social, e apresentam um número de beneficiários próximo àquele registado em 2002, de 184.077 pessoas.

O número de beneficiários com prestações de desemprego foi de 185.473 em agosto, menos 14,3% face ao mesmo mês do ano passado e menos 1,9% comparando com o mês anterior, segundo dados oficiais divulgados esta quarta-feira.

De acordo com as estatísticas mensais da Segurança Social, o número de beneficiários de prestações de desemprego em agosto de 2017 foi o mais baixo desde janeiro de 2002, quando o número foi de 184.077.

O número de beneficiários inclui dados do subsídio de desemprego, subsídio de desemprego social inicial e subsequente, prolongamento de subsídio social de desemprego e medida extraordinária de apoio aos desempregados de longa duração.

Quanto ao subsídio de desemprego, o número de beneficiários atingiu 149.680 em agosto, uma redução homóloga de 12,4% e uma queda de 0,9% face a julho.

O subsídio social de desemprego inicial chegou a 7.077 desempregados, representando menos 19,6% face ao período homólogo e menos 4,3% do que no mês anterior.

Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 26.864 indivíduos, menos 26,3% face ao mesmo mês de 2016 e uma redução de 6,6% comparando com julho.

A medida extraordinária de apoio aos desempregados de longa duração sofreu uma descida de 12,6% comparativamente ao mês anterior, integrando 2.752 indivíduos nesta medida, ou seja, menos 397 indivíduos do que no mês anterior.

Numa análise por sexo, observou-se uma diminuição de 9,7% do número de mulheres com prestações de desemprego e de 19,1% do número de homens desempregados face ao mesmo período do ano anterior.

Por grupos etários, o decréscimo é generalizado mas mais acentuado entre os 45 e 54 anos (menos 19%) e entre 35 e 44 anos (13,8%).

O valor médio das prestações de desemprego processadas em agosto foi de 465,22 euros, mais 0,8% que no mês anterior e mais 1,9% face ao período homólogo.

Segundo os últimos dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos nos centros de emprego foi de 418,2 mil pessoas em agosto.

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