Lloyds: Tesouro britânico deixa de ser o maior acionista
A posição do Governo britânico baixou gradualmente nos últimos quatro anos, deixando em 2017 de ser o maior acionista do banco resgatado pelo Estado. Lloyds já devolveu 18 mil milhões de libras.
O Estado britânico deixou de ser o maior acionista do Lloyds, banco que resgatou durante a crise financeira. O Tesouro do Reino Unido tem vindo gradualmente a vender a sua quota inicial de 43%: a 13 de dezembro já só tinha 6,93% dos títulos e, na passada sexta-feira, 6 de janeiro, a posição diminuiu para os 5,95%, comunicou esta segunda-feira o banco britânico.
O fundo Blackrock passa agora a ser o maior acionista do Lloyds Banking Group, deixando o Estado britânico — cerca de sete anos depois do resgate público — de ser o maior acionista do banco liderado pelo português António Horta Osório. Das 20,5 mil milhões de libras injetadas no Lloyds, cerca de 18 mil milhões de libras já foram devolvidas ao Estado.
Este momento também reflete o trabalho árduo realizado por toda a gente no Lloyds durante os últimos cinco anos para transformar o grupo num banco simples, de baixo risco e focado no consumidor que está comprometido a fazer com que o país prospere.
Neste momento, a posição que o Tesouro ainda tem no Lloyds vale cerca de três mil milhões de libras no mercado e estão quase no fim, pelo que já se pode afirmar com segurança que vão sair com lucro. Se assim acontecer, o Reino Unido ficará ressarcido do valor total que pagou para resgatar o banco. Com as vendas sucessivas em 2016, houve uma pressão vendedora do Tesouro nas ações do banco que, no entanto, já valorizaram cerca de 5% desde o início do ano.
Horta Osório destaca este momento como um marco do percurso feito: “O anúncio feito hoje de que o Governo do Reino Unido já não é o nosso maior acionista é um momento chave na nossa caminhada para que o Lloyds Banking Group volte a ser detido totalmente por privados, devolvendo o dinheiro dos contribuintes com lucro”, afirmou o presidente executivo do banco.
“Este momento também reflete o trabalho árduo realizado por toda a gente no Lloyds durante os últimos cinco anos para transformar o grupo num banco simples, de baixo risco e focado no consumidor que está comprometido a fazer com que o país prospere”, reconheceu o bancário português.
Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)
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