Membros da OPEP concordam com monitorização da produção
Para avaliar o compromisso dos países que aceitaram reduzir a produção petrolífera, foi criado o comité de monitorização que vai aceder aos registos de toda a produção dos países envolvidos.
Os países-membros da OPEP concordaram em monitorizar a produção petrolífera, depois de terem assinado o acordo que limita a produção do ouro negro, de modo a equilibrar o mercado. Até agora, a perceção dos responsáveis da OPEP é que está tudo a correr como previsto.
Os países envolvidos concordaram cortar a produção em 1,5 milhões de barris por dia, acordo que entrou em vigor no primeiro dia de 2017. “O cumprimento com este acordo tem sido ótimo”, disse o ministro da Energia saudita à Bloomberg. “Tendo por base tudo o que conheço, este é um dos melhores acordos celebrados desde há muito tempo”, acrescentou.
A Arábia Saudita, o Kuwait, o Qatar, a Argélia e a Venezuela encontraram-se com os outros países não membros, como a Rússia e Omã, de modo a verificar se os envolvidos no acordo estão a cortar a produção em 1,8 milhões de barris por dia para os próximos seis meses. O objetivo é provar que a OPEP vai eliminar o excesso de oferta a nível global e acabar com o ceticismo relativamente a promessas feitas — e falhadas — no passado.
Monitorização da produção
O ministro da Energia do Kuwait, Essam Al-Marzouk, que preside o comité de monitorização composto por cinco membros, saiu da reunião em Viena no passado dia 20 de janeiro, sexta-feira, com uma mensagem de sucesso: os produtores de petróleo estavam em total “total acordo” no que toca à monitorização da produção dos vários países.
O comité, que inclui os ministros do Kuwait, Rússia, Argélia, Venezuela e Omão, vão encontrar-se a 17 de março no Kuwait e depois, novamente, em maio. O secretariado da OPEP vai apresentar um relatório nos dias 17 de cada mês, avançou a organização em comunicado. Um grupo técnico, que consiste nos delegados de cada país membro do comité, vai encontrar-se mensalmente com o presidente da OPEP, o ministro da Energia saudita, para preparar este relatório.
O comité de monitorização vai aceder aos dados relativos à produção de cada país, bem como a informação proveniente de agências como a IHS Cambridge Energy Reserarch Associates, a Argus Media e a Agência Internacional de Energia, segundo revelou o ministro da Energia Russo, Alexander Novak.
Vai ainda avaliar posteriormente o compromisso para com o acordo assinado, tendo em conta a produção de cada país. Os dados da exportação de cada país também poderão ser analisados, acrescentou Novak à Bloomberg.
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