BCP: “Os CoCo’s estão a ser pagos neste momento”
Um dos objetivos do aumento de capital do BCP era pagar o que ainda devia ao Estado. Ou seja, os 700 milhões de euros que ainda faltam. Um pagamento que "está a ser feito neste momento", diz o BCP.
O BCP está neste momento a pagar o que ainda devia ao Estado. Dos três mil milhões de euros que foram injetados, ainda faltavam pagar 700 milhões no final do ano passado. Mas essa dívida é hoje saldada. “O BCP está neste momento a pagar os CoCo’s”, diz o CFO do BCP, Miguel Bragança, na sessão comemorativa de entrada em bolsa das ações resultantes do aumento de capital do banco liderado por Nuno Amado.
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“Neste momento estão a ser pagos estes 700 milhões de euros”, diz o CFO do banco português, no dia em que o banco lança mais 14 mil milhões de novas ações no mercado, resultantes do aumento de capital no valor de 1.300 milhões de euros. “A transferência já foi feita e o dinheiro deve estar a chegar”. Este era o montante que o BCP ainda devia ao Estado no final do ano passado. Ao todo, foram três mil milhões de euros que o Estado injetou no banco português. Uma injeção que proporcionou um “retorno de 9%”, refere.
O dia é de comemoração, mas as ações não estão em festa. Os títulos arrancaram a sessão a cair 3,08% para os 14,14 cêntimos, acentuando a tendência negativa para uma queda de cerca de 9% que leva as ações para um novo mínimo histórico nos 13,3 cêntimos. Uma descida que “é normal”. O banco desvaloriza a queda e diz que é apenas uma “tomada de mais-valias”.
Fosun mantém compromisso de alcançar 30%
A Fosun aproveitou o aumento de capital para reforçar a posição no BCP para 23,92%. Apesar do aumento face aos 16,67% que detinha até agora, a atual participação ainda fica abaixo do objetivo do grupo chinês, que passa por ficar a deter 30% do banco português.
Mas este compromisso mantém-se. “A Fosun tinha dois compromissos: dar a ordem de compra de no sentido de aumentar a sua participação para 30% do capital do BCP — que cumpriu — e tinha um compromisso público — não legal mas reputacional — de chegar aos 30%. E esse compromisso mantém-se”, explica o banco.
O outro acionista de referência, a Sonangol, aumentou a participação de 14,87% para 15,24%, numa operação que foi totalmente subscrita e o número total de ações solicitadas pelos investidores acabou por superar em 22% o número de títulos em oferta.
Nesta oferta, os acionistas qualificados ficaram com 40% ou 41% e os institucionais com uma percentagem entre os 26% e os 27%. O restante (um terço) ficou nas mãos do retalho.
(Notícia atualizada às 10h43 com mais detalhes sobre a operação)
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