Fim do prémio tira 124 milhões dos certificados

O Estado continua a captar as poupanças das famílias portuguesas, mas não através dos certificados de aforro. Com o fim do prémio extraordinário, saíram mais de 100 milhões destes títulos.

O fim do prémio nos Certificados de Aforro fez afundar a taxa de juro oferecida aos portugueses. Perante retornos bem mais reduzidos, as famílias resgataram 124 milhões de euros deste produto de poupança do Estado. Isto ao mesmo tempo que foram aplicados mais de 400 milhões nos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM).

De acordo com os dados do Banco de Portugal, se no final do ano passado havia 12.922 milhões de euros em certificados de aforro, no final de janeiro o saldo era de apenas 12.799 milhões de euros. Não é a primeira vez nos últimos meses que há uma quebra, mas é a maior em alguns anos. Saíram 124 milhões.

Este volume de resgates traduz a saída de investidores em busca de retornos mais atrativos noutros produtos. É que os Certificados de Aforro vão perder o prémio extraordinário de 275 pontos base, o que vai ditar uma queda acentuada na remuneração auferida. Numa altura em que a Euribor a três meses está negativa, a taxa deverá descer para cerca de 0,6%.

Ao mesmo tempo que os Certificados de Aforro registam um resgate mais forte — desde novembro que tem vindo a sair dinheiro destes títulos –, os CTPM continuam a atrair aforradores. Os dados do Banco de Portugal mostram que em janeiro foram captados 409 milhões de euros nestes títulos que pagam uma taxa bruta média anual de 2,25%.

Com a entrada de dinheiro nos CTPM, o saldo, para o Estado, manteve-se positivo. O IGCP conseguiu obter um financiamento de 285 milhões de euros através dos pequenos investidores. A meta para este ano é a de obter até dois mil milhões, depois do recorde alcançado em 2016.

(Notícia atualizada às 13h40 com mais informação)

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