Moody’s: Alargar prazo para pagar ao Fundo de Resolução protege os bancos da perda com Novo Banco
Agência de notação financeira considera positiva decisão de alargar prazo do reembolso do empréstimo ao Fundo de Resolução porque protege os bancos da perda com a venda do Novo Banco.
Para a Moody’s, o alargamento da maturidade dos empréstimos estatais concedidos ao Fundo de Resolução é positivo para os bancos portugueses, porque “protege as instituições de uma perda para este fundo com a venda do Novo Banco“.
O Novo Banco recebeu uma injeção de capital de 4,9 mil milhões de euros do Fundo de Resolução em 2014. Esta injeção foi financiada em 4,5 mil milhões em empréstimos do Estado português. Atualmente, o Fundo de Resolução deve ao Governo 3,9 mil milhões de euros e se a venda do Novo Banco não cobrir, como tudo indica, este montante, os bancos portugueses terão de suportar parte desta perda dado que são responsáveis pelo financiamento do Fundo de Resolução.
A agência de notação financeira diz, contudo, que a decisão do Ministério das Finanças em prolongar o prazo de maturidade dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução até 2046 não altera as responsabilidades dos bancos portugueses em relação ao Fundo de Resolução.
“Em vez disso, a extensão visa preservar a estabilidade financeira do país e reforça a capacidade dos bancos portugueses de se recapitalizarem”, argumenta a Moody’s. “O anúncio vem também numa altura em que os bancos portugueses enfrentam requisitos regulatórios e de capital mais exigentes que vai forcar a melhoria dos níveis de solvência face aos níveis atuais”, acrescenta.
"A extensão visa preservar a estabilidade financeira do país e reforça a capacidade dos bancos portugueses de se recapitalizarem. O anúncio vem também numa altura em que os bancos portugueses enfrentam requisitos regulatórios e de capital mais exigentes que vão forçar a melhoria dos níveis de solvência face aos níveis atuais.”
Na semana passada, o Ministério das Finanças anunciou a decisão de alargar o prazo de maturidade dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução para dezembro de 2046. O objetivo da alteração é garantir que o esforço das contribuições exigidas aos bancos se mantém “ao nível atual”, explicou o Governo.
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