Associação reúne a 4 de abril para abrir porta a acionistas do Montepio
A Associação Mutualista Montepio convocou uma assembleia geral, para dia 4 de abril. Os mutualistas vão decidir sobre a passagem da Caixa Económica a sociedade anónima.
A Associação Mutualista Montepio convocou uma assembleia geral, para dia 4 de abril, com o objetivo de “ultimar o processo de transformação da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) em sociedade anónima”, conforme nota explicativa hoje distribuída.
A razão da mudança deve-se à evolução e alargamento do seu âmbito de atividade, desde a fundação em 1844, a atividades exclusivas dos bancos, adiantou a instituição.
Tal alargamento motivou inclusive um novo regime jurídico das caixas económicas, criado em 2015.
A CEMG tem estado subordinada ao Montepio Geral – Associação Mutualista, a quem tem alocado os respetivos lucros.
Concretiza-se assim a deliberação do Banco de Portugal, que determinou em 21 de novembro de 2016, a transformação da CEMG em sociedade anónima.
A assembleia geral vai aprovar, em particular, uma proposta de alteração dos estatutos, aprovada pela administração em 30 de março último, a culminar um processo que envolveu outras entidades, designadamente o Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de valores Mobiliários.
Em dezembro, o presidente do Grupo Montepio, António Tomás Correia, garantiu que a Associação Mutualista Montepio Geral continuará a ser proprietária do total do capital social da CEMG, apesar da transformação do banco mutualista em sociedade anónima.
As contas individuais da Associação Mutualista Montepio, relativas a 2016, foram aprovadas na quinta-feira, em assembleia-geral, com um lucro de 7,4 milhões de euros.
Antes, na quarta-feira, a CEMG apresentou um prejuízo de 86,5 milhões relativo ao exercício do ano passado, uma melhoria face ao resultado líquido negativo de 243 milhões de euros em 2015.
A associação e o banco mutualistas têm estado em foco, com uma sucessão de notícias negativas, como a constituição de António Tomás Correia como arguido num processo em que é suspeito de ter recebido indevidamente 1,5 milhões de euros do empresário da construção civil José Guilherme.
Fonte ligada à investigação precisou na quarta-feira à Lusa que Tomás Correia não é arguido na “Operação Marquês”, mas num outro inquérito autónomo resultante de elementos recolhidos naquela investigação em que o ex-primeiro-ministro José Sócrates é um dos arguidos.
Tomás Correia reiterou na quarta-feira, em comunicado, que abdicará das suas funções se se colocar a possibilidade de transitar em julgado algo a seu desfavor.
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