CaixaBank aposta no crescimento do BPI até ser o maior banco português
O presidente executivo do CaixaBank diz que BPI está num "muito bom caminho" para atingir o mesmo crescimento do banco espanhol até se tornar no maior banco português.
Na apresentação que fez esta manhã em Barcelona dos resultados do primeiro trimestre do CaixaBank, Gonzalo Gortázar afirmou que o atual plano de 100 dias que está a ser implementado no BPI está em “muito bom caminho” e “no futuro haverá uma aceleração quase permanente” no crescimento do banco português. “Tenho o ‘feeling’ que vamos cumprir as sinergias anunciadas e conseguir que o BPI possa ter o mesmo tipo de evolução” que o CaixaBank teve em Espanha, tornando-se no primeiro banco português, afirmou Gortázar.
Por outro lado, o presidente executivo do CaixaBank afastou a possibilidade de uma mudança de nome do BPI nos próximos anos. “Temos mais de 100 iniciativas em marcha e não há nenhuma que esteja a estudar uma mudança de nome. Portanto, não prevejo uma mudança de nome”, assegurou Gonzalo Gortázar, insistindo que “a prioridade neste momento é reforçar a rentabilidade e a eficiência do BPI”. Gonzalo Gortázar voltou a defender que o BPI tenha um “crescimento orgânico”, não estando previsto que cresça através da aquisição de outras entidades.
O responsável do banco espanhol voltou a referir que estão previstas despesas de 150 milhões de euros para “melhorar a eficiência e reestruturação” do BPI e, como isso vai ter um impacto nos resultados da empresa, “ainda é cedo para falar numa política sustentada de dividendos para o banco”.
O CaixaBank teve lucros de 403 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, um crescimento de 47,9% em relação ao mesmo período de 2016, quando ainda não tinha integrado contabilisticamente o BPI. Em informação dada hoje à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o CaixaBank salienta que estes resultados, que incluem um aumento de 11% dos créditos e dos recursos, foram conseguidos “depois de integrar o BPI”. Dos resultados globais, 353 milhões de euros correspondem à atividade do CaixaBank (30% mais do que no exercício anterior), enquanto 50 milhões foram trazidos pelo BPI, informa o banco espanhol.
Em fevereiro, o CaixaBank ficou com 84,5% do BPI na oferta pública de aquisição, tendo ficado nas mãos de outros acionistas 15,49% do capital. Por outro lado, a integração do BPI produziu um resultado extraordinário de 155 milhões de euros, mas como a reestruturação em curso no banco português nos próximos meses terá um custo aproximado de 155 milhões de euros, o impacto global da operação será neutro.
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