Balcão em Almeida vai mesmo encerrar. Caixa rejeita pressões
Banco público rejeita pressões e aproveitamento político no caso da agência no concelho de Almeida que vai mesmo encerrar. CGD garante que habitantes vão contar com balcão em Vilar Formoso.
A agência da Caixa Geral de Depósitos em Almeida vai mesmo encerrar, apesar dos protestos e da ocupação por parte dos habitantes daquele concelho da Guarda de que foi alvo esta terça-feira. Em comunicado, o banco público garante que vai continuar a servir os cidadãos daquele concelho através da sua agência em Vilar Formoso e recusa aproveitamentos políticos ou pressões.
“Depois de cinco anos consecutivos de prejuízos e diminuição de atividade comercial e com um nível de movimentos de tesouraria muito abaixo da média na agência de Almeida, a Caixa assegurará, noutros moldes, a prestação de serviços aos clientes e continuará presente no concelho de Almeida através da sua agência de Vilar Formoso, assegurando deste modo a presença em todos os concelhos em que vinha atuando”, refere o banco em comunicado enviado às redações.
A Caixa, que estava disponível para encontrar soluções com as autoridades locais no sentido de manter serviços da instituição na sede de concelho, nomeadamente através da permanência de colaboradores no balcão de Almeida por um período de transição e da criação de acompanhamento aos clientes nas instalações do município ou da Junta de Freguesia, diz que deixou de fazer sentido realizar qualquer reunião com aqueles responsáveis depois de ver novamente a sua agência ocupada esta terça-feira por cerca de 60 manifestantes.
"Depois de cinco anos consecutivos de prejuízos e diminuição de atividade comercial e com um nível de movimentos de tesouraria muito abaixo da média na agência de Almeida, a Caixa assegurará, noutros moldes, a prestação de serviços aos clientes e continuará presente no concelho de Almeida através da sua agência de Vilar Formoso, assegurando deste modo a presença em todos os concelhos em que vinha atuando.”
“Esta situação configura uma forma de pressão reiterada, não legítima e imprópria de um Estado de Direito”, considera o banco. “A Caixa cumpriu a sua parte. Mas recusa aproveitamentos políticos de qualquer ordem”, sublinha ainda.
O banco ressalva ainda que 66% do movimento de balcão de Almeida são atualizações de cadernetas e consultas.
O presidente e o vice-presidente da Câmara de Almeida deslocaram-se esta terça-feira a Lisboa para uma reunião com a administração da CGD, mas o encontro não aconteceu e a população manteve o protesto.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida, Alberto Morgado, disse à Lusa que estava marcada uma reunião com a administração da CGD para as 18:00, que não aconteceu porque só se realizaria se a população abandonasse as instalações do balcão em Almeida, Guarda, que ocupa pacificamente desde as 14:30.
“Não houve reunião com a administração, houve com o diretor central”, disse o autarca, adiantando que os administradores “puseram exigências relativamente à saída da população da CGD [de Almeida], mas isto não tem nada a ver com a Câmara Municipal, [e] o senhor presidente, naturalmente, que não tinha condições para fazer uma coisa dessas”, contou, alegando tratar-se de uma manifestação “espontânea”, que não foi organizada pela autarquia.
Entretanto, segundo Alberto Morgado, o presidente da Câmara, “exigiu que lhe fosse garantido” que os serviços de tesouraria continuariam na agência de Almeida. “E eles [CGD] como também não garantiram isso previamente, acabou por não haver reunião, lamentavelmente”, rematou o vice-presidente.
Após a reunião, Alberto Morgado disse à Lusa que ele e o presidente da autarquia, António Batista Ribeiro, se deslocariam para Almeida onde, à chegada, tencionavam “reunir com as pessoas” que participam no protesto pacífico.
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